— Oh! Como ela é linda! Parece com você, amiga! – disse ao olhar para bebê que dormia em seu colo – Ainda bem, porque se parece com pai...

Ambas riam enquanto o homem loiro de olhos azuis cruza os braços e bufou.

— Muito engraçado, Amélie – fala ele revirando os olhos.

A loira de olhos verdes entrega a bebê à mãe e aproximar do irmão, abraçando.

— Não fica assim, meu irmão. Você sabe que eu te amo! – ela aperta as bochechas do mesmo, fazendo-o fica emburrado.

— Amélie... pode parar, por favor... – pediu.

— Não até você me desculpa e admitir que eu tô certa – fala rindo.

O rapaz desviou o olhar para sua esposa, pedindo a ajuda, o que fez a rir da situação. A bebê resmungou ao sentir à movimentação da mãe, que logo começou a fazer carinho na bochecha da pequena.

— Desculpe, meu amorzinho – sussurrou, a bebê deu um mine sorriso – Gabriel, você está quieto hoje. Aconteceu alguma coisa? – a mulher olhou para o senhor Agreste que estava concentrado no celular.

Gabriel assustou-se e olhou para moça, que sorria gentilmente.

— É coisa do trabalho – disse ao guardar o celular.

— Só pensa em trabalho. Humpf... – Amélie cruzou os braços.

— Você achar que só penso nisso?

— E o que mais você pensa, hein?!

— Quer mesmo saber? – sorriu malicioso, deixando a sua esposa corada.

— Er.... e-eu... eu v-vou ver o que A-Adrien estava fazendo.

Todos riram do comportamento da loura, fazendo a pequena resmunga novamente.

.....

Gabriel olhava, admiradamente, para o quadro de sua amada. Os olhos verdes da jovem loura se destacavam, o deixando cada vez esperançoso. Em seguida, alguém bate na porta e entra, cumprimenta-o.

— Senhor Agreste – era Nathalie – Adrien recebeu o convite de festa da senhorita Bourgeois, e queria saber se ele pode...

— Libere a agenda dele e um dia de folga não mata ninguém – disse sem expressão. Frio e calculista – É só isso? Pode-se retirar – a mesma assentiu – Ah, por favor. Não deixe ninguém entrar aqui, estarei ocupado.

— Sim, senhor.

Fechou a porta, deixando-o sozinho com seus pensamentos.

“Uma festa sendo oferecida pela menina mais rancorosa da cidade. Mas que terreno fértil para emoções negativas”.

— Não se preocupe, meu amor – sussurrou – Vou concerta tudo! Em breve, estaremos juntos.

Nenhuma resposta, mas não precisava.

Enquanto isso, a festa continuava. Jovens se divertiam com músicas e jogos, dançavam totalmente animados. Em um canto, Chloé estava – como sempre – entediada. Ao seu lado, o fiel mordomo que mantinha seu sorriso discreto.

— Pronto! Adrien parece feliz – ela limpa a bochecha – Já podemos acabar com essa festa?

— Se me permitir mais uma sugestão... – ele se curvou – Para reafirmar a sua bondade para o Adrien, a mademoiselle pode ir conferir se seus convidados estão se divertindo.

Chloé não gostou nadinha disso, mas fez. Passando por entre as pessoas, perguntando com seu jeitinho de ser se estavam gostando ou divertindo na festa. Nathanël olhava para pessoas, tranquilamente, bebendo água. Seu olhar cai na azulada que conversava com a morena, suspirou sorrindo.

“Como ela é linda. Muito linda!”

Adrien se aproxima do balcão e viu o ruivo sorrindo para algo, segui-o pelo olhar e fechou a cara. O akuma aproximou do louro. Plagg percebeu o comportamento do portador e chamou a sua atenção.

— Ei, garoto! Está tudo bem? – perguntou e olhou para uma certa direção – Entendi. É melhor se calma ou seu plano de conquista a sua namorada não dará certo.

O jovem respirou fundo e sorriu discretamente para o kwami.

— Tem razão, Plagg!

— Aproveitando... poderia pegar alguns salgadinhos de queijo para mim? – fez carinha fofa, fazendo Adrien revira os olhos.

— Claro, claro! – pegou os três salgadinhos, em seguida, um biscoito.

Assustou-se com barulho, olhou para o local e viu a Chloé conversando com ruivo. Logo apareceu a Mylene pedindo gelo, o que fez a loira mimada a xingar e fazendo a borboleta negra se aproximar.

A Bourgeois olhou de relance para o mordomo e depois para o Agreste, e rapidamente fingiu que era brincadeira, em seguida, saiu para buscar gelo. Mylene sorriu e a borboleta saiu de perto.

— O que está fazendo senhorita Bourgeois, cadê a sua crueldade natural?! Estou contando com ela! – disse Hawk Moth, irritado.

Marinette cruza os braços enquanto observava o acontecimento. Alya também observa.

— Essa encenação toda de amizade, que ela está fazendo é uma grande mentira. Ela só está fazendo isso para agradar ao Adrien – disse azulada irritada.

Alya olhou, divertamente, para amiga e zombou-a. Dizendo que há um tempo, uma certa garota não iria para festa até saber do modelinho teen.

— Por favor, não me compare com a Chloé. Além do mais, não queria vim por causa dele.

A morena colocou a mão na testa e suspirou.

— O que realmente aconteceu entre vocês?

A mestiça não respondeu, ficou olhando para qualquer canto. Sem olhar para melhor amiga.

— Marinette... tem alguma coisa que queira me contar? – perguntou.

— Como assim? – olhou confusa.

— Nada, é só que... ultimamente você está distante – sussurrou.

— O que quer dizer? – Marinette estava desconfiada.

Antes que a Cessárie pudesse responder, o ritmo mudou e os jovens formaram pares. Kim convidou a senhorita Bourgeois para dançar, porém, a mesma começou a zoar. O akuma aproximou do atleta, mas, a loura aceita. Deixando o vilão mais irritado.

Chloé acena para o Agreste enquanto dançava com Kim. O jovem modelo retribui o gesto. Marinette esperava a resposta de Alya, mas, a morena muda de assunto.

— Chama ele para dança, amiga!

— Ahn? O que? Adrien! – ela olhou-o – Não! Você está doida!

A Cheng não queria. Estava chateada com o mesmo e evitava ficar perto dele. No entanto, a melhor amiga nem se importou e empurrou a jovem na direção do modelinho.

— Marinette? – surpreso ao vê-la perto de si, pois a mesma fugia enquanto tentava se aproximar – Você está bem?

— Eu... tô bem, desculpe eu....

— Você... quer dançar? – perguntou, sorrindo.

Sem responder, o modelo teen segura sua mão e a leva para pista de dança. Adrien coloca a mão na cintura dela e conduz na dança. O Agreste a olhava, ao contrario da mesma que tentava evitar os olhos verdes do rapaz.

— Me desculpe, princesa... – murmurou. A garota olhou-o, surpresa – Não devia ter forçado e... me perdoe... – ambos se olhavam – Me perdoe, eu não quero ficar longe de você. Sei que não quer me conta...

— Adrien... – sussurrou. O Agreste júnior aperta, levemente, a sua cintura fazendo-a arfar.

— Mas, saiba que não me importo o que seja, só quero que confie em mim.

Ambos mantem os olhares. Azul no verde e vice-versa. O modelo desvia o olhar para Chloé, que dançava com Kim.

— A Chloé está bem tranquila hoje – a menina olha na direção e volta seu olhar para Adrien, dando um leve sorriso.

— Eu...

De repente, a Alya apareceu do nada com Nino e pegou a mão de sua amiga, colocando perto do pescoço do louro, e fez a mesma coisa com ele, pegando a mão livre para cintura da mestiça. Ambos surpresos e confusos, vendo a morena se afastar com o namorado.

Marinette não sabia o que fazer, se tirava as mãos ou só afastava dele. Ela estava sem jeito. Já Adrien, nem se importou e puxou a sua amada para mais perto, fazendo ambos os corpos se chocarem. A jovem o olhou, envergonhada enquanto o mesmo dava sorriso de canto. Aproximou do ouvido dela e sussurrou.

— Eu te amo...

Com as bochechas rosadas e com coração errando as batidas, a Cheng sorrir e aconchegasse, encostando a cabeça no peito do rapaz.

— Eu te amo, gatinho...

Adrien sorrir, mas logo, se arrepia ao sentir a respiração da garota perto de seu pescoço. Automaticamente, o rapaz aperta fortemente a cintura dela. Um gemido baixo é ouvido por ele, fazendo morde o lábio inferior levemente.

Em canto da sala, um ruivo olhava para o casal. Segurava fortemente o copo, que estava quase quebrando, até a outra ruiva aparecesse ao seu lado. Alix.

— Eles dançam muito bem, né?

— O que você quer, Alix? – perguntou mal humorado.

— Ué, nada! Só garantindo que tudo ocorra bem, só isso – diz dando de ombro, voltando a olhar pro casal – Admita, eles foram feitos um para outro!

Nathanël sorriu irônico para garota.

— Você acredita muito em conto de fadas, né? – riu amargamente.

— Qual é o problema? – ergueu uma das sobrancelhas.

— Esse é o problema! Não deveríamos deixa-la se iludir – falou triste.

— Nath... vai ficar tudo bem – diz ela, sorrindo – Marinette ama ele, aceite isso?

O jovem balança a cabeça, rindo.

— Eu sei, mas, será que ele gost... ou melhor, ama ela? Me diz, Alix! Seja sincera com nós mesmos, principalmente para nossa amiga – ele a olhou – Adrien poderia realmente amar a Marinette?

Alix olhou para casal, se perguntando para si mesma. Ela lembra das atrapalhadas da amiga mestiça, lembra o modo que a garota ficava e também dos medos que possuía. Depois olhou para amigo, em seguida, abaixou a cabeça e ficou em silêncio. Naquele silêncio, Nath soube da resposta.

— Foi o que eu pensei... – murmurou e se afasta.

A menina ergueu a cabeça e antes de falar, algo chama atenção de ambos. O mordomo de Chloé segurava um ursinho amarelo enquanto falava com uma voz estranha, como se estivesse falando com bebê. Todos olharam, inclusive Adrien e Marinette.

— Esse é seu ursinho Chloé – alguns riram, deixando a Bourgeois irritada e acaba demitindo o empregado.

“Finalmente!”, pensou Hawk Moth e o akuma pousar no ursinho.

— Olá urso maligno! Eu sou Hawk Moth, você sempre foi uma boa influência com a Chloé. Mas, agora, você vai ser uma péssima influência pra todo mundo! E vai ser bem malvado, fazendo isso!

— Com todo prazer, meu senhor! – e assim que o mordomo se torna o Urso maligno.

A partir daí começou a confusão. O casal adrinette continuavam dançando, sorrindo um para outro até serem interrompidos pelo akuma – que estava usando Sabrina e corria em direção da Bourgeois. Kim foi defender a loura até ser pego pelo urso. O casal viu e resolveram sair do local.

Logo Ladybug e Chat Noir aparecem e salvam a loura mimada, fazendo a mesma e o Kim caírem na piscina de bolinhas. Eles tentam captura-lo, no entanto, o akumatizado foge e controla um dos jovens até pega o herói gato.

— Hã? O que você está fazendo? – pergunta a heroína ao sentir segura seu pulso e percebeu – Ah, não!

Hawk Moth sorriu, sentia que conseguiria os miraculous e finalmente poderia realizar o desejo. Ladybug desviava das mãos do parceiro, que tentava pegar seu miraculous. Os brincos.

— Chat Noir! Sou eu! Para com isso! – ela continua desviando até que consegue torce sua mão e fica por trás dele.

Com a mão livre, o herói ativa seu poder e leva a sua mão na direção da heroína vermelha. O que ninguém esperava, era que a Chloé reagisse no momento. Puxou o cinto do Chat, fazendo o mesmo perde equilíbrio e cair no sofá, encostando o cataclismo na mobília.

— Valeu, Chloé!

A Bourgeois riu e olhou para pessoal.

— Eu fui muito legal agora! Vocês viram, né?!

Logo a joaninha ativa o talismã, que é um gafo, em seguida, sai correndo sendo perseguida por Chat. A menina mimada foi atrás, alegando que a heroína não conseguiria sem ajudar da mesma.

Ladybug lutava com Chat no terraço, dando golpes de ataque e defesa. Chloé chega no local e quase é acertada por um bastão, ela se esconde vendo os heróis lutando. A heroína lança o garfo com linha na direção do guarda-sol, onde a Bourgeois estava.

— Chloé pode fazer a gentileza – pediu enquanto volta a luta com gato.

A jovem fez e aos poucos, o ursinho foi desfiando até sobra a cabeça. Chat sai do transe e olha, confuso, para parceira.

— Ladybug? O que está fazendo? – perguntou. A heroína olhou-o divertida e colocou as mãos na cintura.

— Ah, nada! Só te salvando com a ajuda da nossa companheira – olharam para Chloé.

Ambos ouviram uma voz até olharem para baixo, onde o pequeno akumatizado chutava o pé do herói gato, que o pega. Ladybug captura o akuma e restaura o que foi causado pelo vilão.

O homem volta pro tamanho normal, totalmente atordoado. A mestiça agradece a lourinha, que com certeza se gaba. Os heróis se despedem e sai, deixando o homem e a loura sozinhos.

— Sabe de uma coisa, estou me sentindo muito generosa agora. Acho que essa coisa sua de ser legal, faz todo sentido. Eu decidi fica com você, está bem.

O mordomo ficou feliz e agradeceu a jovem.

Em outro lugar, após de mais uma derrota, Gabriel sai do seu esconderijo – extremamente – irritado.

— Foi desta vez, mas, não vou desistir! – olhou para o quadro da mulher loira de olhos verdes – Não irei desistir, meu amor! Concertarei tudo, custe o custar.

— Como sempre Gabriel... – ele olhou-o para pessoa, que estava sentada.

— Fora! Você não devia está aqui! Nathalie, venha aqui! Agora! – gritou pelo interfone, porém, a mesma não deu resposta – Nathalie!

— Não adianta, sua secretária não poderá vim no momento – deu um sorriso maldoso.

— O q-que você fez? – sussurrou – O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?!

O cara riu e se levantou.

— Nada de mais, só apliquei uma pequena dose... suficiente pra ela tira cochilo – disse indo até um canto, onde estava uma das bebidas – Assim como fiz com seu segurança.

Senhor Agreste se sentou em sua poltrona, rangendo os dentes.

— Diga logo, o que você quer? – o homem sorriu de lado, tomando no só gole o wisk.

— Sabe o que eu quero – sentou e cruzou as pernas – É bom você me conta onde ela está, senão... hehehe você sabe.

— Não tenho medo de suas ameaças – Gabriel falou sem expressão.

O mesmo gargalhou, encheu o copo e bebo tudo.

— Você não era assim – balançou a cabeça – Então, não sentirá a dor de perde o filho. Ou melhor, único filho.

No hotel, Chloé fez uma surpresa para os convidados. Tom Dupain, o pai de Marin, estava no local ensinando os jovens a fazer macarron. Cada um fez o seu e foram parabenizados pelo padeiro. Adrien estava ao lado da amiga de infância, ele conversava com a mesma que estava feliz por ter conseguido mostrar a sua “gentileza” para o amigo. E acabaram fazendo a promessa de continuarem sendo amigos.

Chloé andou na direção dos colegas e avaliou os doces de cada um, fazendo seus comentários que deixavam um por um magoado ou irritado. Marinette fez careta pra loura, quando passou por ela dizendo que era nojento. O Agreste júnior aproximou-se da moça azulada e ficou perto de ouvido.

— Ela nunca vai mudar... – sentiu arrepio em sua pele – Posso?

— Po-pode... – ela virou-se para o mesmo – O que?

— Comer o macarron! – sorriu divertido – Achou que eu queria o que?

— Nada, eu... pega! – meia atrapalhada segura bandeja, e deixa cair os macarrons, porém, o jovem salva uma e a come.

— Nossa, tá muito bom! Você cozinha tão bem quanto dança, princesa! – ele sai, deixando um beijo na bochecha dela. Marinette sorrir, sem saber que estava sendo vigiada.

Na mansão Agreste, Gabriel encarava a chuva que veio de repente. Pingo d’agua batiam na vidraça, com a taça de vinho na mão. Ele caminha até a janela ao ouvir barulho de carro e olhou. Adrien acaba de chegar em casa, o homem suspirou e voltou para seu lugar. Olhou para quadro de novo, tocou na textura do mesmo.

— Vou fazer de tudo para protege-lo, prometo – colocou a taça vazia na mesa.