Nem no Céu, Nem no Inferno escrita por MeiChi


Capítulo 1
Derramarás...


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo de uma história que ponho fé que dará certo e que chegarei até o final.
Espero que achem a ideia tão boa quanto eu achei.
Boa leitura...



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Acordei pela manhã com o barulho do celular. Meu namorado tinha acabado de me mandar uma mensagem. Dizia para que eu fosse rápida, pois ele estaria me esperando em frente a minha casa.

 Da janela eu podia ver o sol radiante como nunca eu tinha visto antes. Essa era época na qual eu mais gostava. Época de lua cheia e um sol estupendo. Pena que não combinava nada com meu humor no momento. 

Acontece que eu não acordei bem. Não acordei disposta a vê-lo e nem a ninguém. Eu queria ficar sozinha, ter um tempo só para mim, mas mesmo assim levantei e me arrumei, saindo de casa de estômago vazio.

Ele estava em frente a minha casa, esperando-me em seu carro. Tínhamos que organizar os preparativos para a formatura que já estava se aproximando. Eu odeio ter responsabilidades como esta, mas por causa de Caio, me tornei presidente do grêmio estudantil, afinal, dessa maneira ele também poderia estar mais próximo da popularidade, como sempre desejou.

Com cabelos tingidos de loiro, um físico de atleta e um rosto angelical, ele conquista amigos e seguidores a onde quer que passe, e me desanima ver que sua real aparência está cada vez mais inalcançável.

Costumo dizer que sou uma garota de sorte, pois conheci Caio antes dele ter se tornado o que ele é hoje. Conheci seus defeitos, seus sonhos, e seu interior, no entanto, ultimamente sinto-me distante, parece que não sei mais quem ele é. Não sei se sinto o que eu sentia por ele antigamente.

Entrei em seu carro e o cumprimentei. Ele logo ligou o veículo e durante o percurso de dez minutos, permanecemos em silêncio. Na verdade, eu permaneci em silêncio. Ele não parava de se gabar de seu novo carro e do quanto estava gastando com o automóvel, e eu não sou lá uma pessoa que gosta de falar sobre carros...

Após os dez minutos, chegamos à escola. Faltavam poucos meses para que o ano letivo acabasse e assim se encerrasse a minha trajetória escolar. Não posso negar, eu estou emotiva, mas ao mesmo tempo preocupada, pois ainda não sei que profissão seguir.

Saímos do carro e fomos em direção à sala do grêmio. Uma sala pequena com duas janelas grandes, uma única e imensa mesa e muita papelada. Sentados em seus respectivos lugares estavam à tesoureira: Teresa; o secretário: Lauro; o diretor de imprensa: Guto; e a diretora social: Lavínia.

― Só acho que não deveríamos gastar muito... Dá para fazer uma festa legal com um orçamento baixo. ― Disse Teresa. Sensata e realista. Admiro-a muito.

― É o nosso último ano, a gente tem que fazer um festão! Senão não vale a pena... ― Reclamou Guto. Como sempre...

― Acontece que tivemos o ano inteiro para arrecadar dinheiro e não fizemos isso! O dinheiro que conseguimos o Pablo gastou tudo naquele festival mequetrefe de comida. Usou o dinheiro sem nos consultar e ainda nos deu prejuízo, pois estragaram os foodtrucks e tivemos que bancar o conserto!

Pablo era o diretor cultural, por causa dele a reputação do nosso grêmio caiu.

― É melhor descobrirem uma maneira de arrecadar dinheiro, senão a festa não acontece... ― Falei, e assim começaram as ideias para arrecadar dinheiro.

― Podíamos fazer sorteios... ― Sugeriu Lavínia.

― Ou vender fichas para concorrer à cestas de doces... ― Outra sugestão, dessa vez vinda de Guto.

― Isso também é sorteio. ― Lavínia revirou os olhos.

Ficamos discutindo por alguns minutos até decidirmos definitivamente que faríamos sorteios. Quando a reunião acabou decidimos ir ao shopping tomar um sorvete para liberar o estresse.

Eu estava com a cabeça nas nuvens, não sabia o que estava acontecendo comigo hoje. Eu simplesmente não me sentia dentro de mim mesma. Sou uma pessoa muito espontânea e alegre, me ver tão pra baixo é estranho.

― Mano, olha quem está ali... ― Guto falou com fome no olhar. ― Beatriz...

― A cada dia ela fica mais gostosa! ― Lauro riu.

― Sou um homem compromissado! Não posso ver isso... ― Caio brincou.

― Desculpa, amiga, mas não sei como você aguenta esse cara... ― Lavínia falou em meu ouvido.

― Nem eu...

No mesmo instante um rapaz encapuzado esbarrou em mim fazendo minha bolsa cair no chão. Todos pararam o que estavam fazendo e começaram a observar o rapaz que pegou a bolsa e deu em minhas mãos. De cabeça baixa, impossibilitando que eu visse com perfeição seu rosto, ele se desculpou e voltou a andar rápido. Eu não conseguia desviar meu olhar dele...


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Notas finais do capítulo

Gostou? Dê-me o prazer de seu comentário.
Gosto de lançar teorias e desafios...
Sei que não conhecem a história e nem o caminho que ela seguirá, mas eu desafio vocês a dizerem para mim o que vocês acham que acontecerá...
Acreditam ser mais um clichê? Um romance? Um drama?
Conte-me...



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