Tabuleiro. escrita por Senhorita Bela


Capítulo 1
O jogo começa.


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira história de ação, eu quis descrever os fatos com a velocidade com que eles ocorrem. Espero que tenha ficado bom.



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Começou.

O telefone toca: "Eu poderia te amar."a mulher no outro lado da linha diz. Ele não responde.

Sete passos até a porta do quarto 176 do Hotel Éden. Dois segundos para abrir a porta. Cinco tiros, três mortos.

Dezesseis passos até o elevador. De volta ao térreo. A porta da sala de segurança é a terceira no corredor dos fundos. Três minutos para deletar todos os vídeos do dia.

De volta ao carro. Ouvem-se sirenes. Alguém já sabe o que aconteceu.

O telefone toca novamente. Ele desliga. Não pode pensar nisso agora.

Noventa quilômetros por hora. Ele segura o volante com força. Acabou de matar o irmão de seu verdadeiro alvo. Uma curva drástica para a direita, outra para a esquerda, segunda via da rotatória, a terceira casa à esquerda é o próximo alvo. Estaciona o carro. Pega o pequeno controle situado no console do carro. Pressiona um botão.

A garagem explode, as janelas se quebram. Pressiona outro botão, o andar de cima parece formar uma melodia de madeira crepitando ao fogo.

Ele acabara de matar sete peões. Totalizando oito peões e um bispo naquele xadrez psicodélico.

Faltam sete peças.

Conta com a ajuda de outras peças de sua mesma cor para executar a tarefa.

Sua torre elimina um cavalo, mas um peão de seu lado é sacrificado para isso.

O próximo objetivo é eliminar um cavalo, tarefa árdua, o homem tem métodos práticos para fugir. Sete tiros no total, dois no adversário, um em seu abdômen e quatro balas presas na lataria de um Camaro.

Não há tempo para descobrir a gravidade de seu ferimento.

O telefone toca novamente, ele sabe quem é: "Estão todos lá.". O bispo de sua equipe consegue reunir todas as peças.

O som do violino naquela pequena reunião de mafiosos é melancólico. Todos aplaudem mas nunca reconheceriam quem compusera tal melodia. Estavam mais preocupados com o assassinato do irmão mais novo do chefão. Temem pela própria pele.

Quem não temeria?

Todos queriam estar seguros.

Todos contrataram seguranças. Seguranças demais. Para um lugar pequeno demais. Homens brigam. Basta uma pequena centelha. E nenhum daqueles homens de ternos armados, pagos para protegerem, encontrariam quem os contratou a tempo, afinal, estriam revidando tiros com mais tiros.

Uma notificação num telefone: "Foi Mikhail."

Um urro de raiva.

Setenta e cinco tiros vindos de um mesmo apartamento.

O violinista e seu violino, ambos destruídos no chão.

Mikhail estirado no chão, treze balas em seu corpo.

Ele acabara de destruir um bispo, duas torres, um cavalo. Restaram apenas o rei e a rainha.

Encontra-se com a rainha. Relata o ocorrido, ela ri, pensa ter saído vitoriosa. Recebe uma ligação: "Mikhail está morto.".

A rainha enlouquece. Seu corpo está estirado na rua.

Um rei sozinho é um rei limitado. Ele corre para todos os lados, mas está sendo cercado. Uma última jogada antes do fim de tudo.

—--///---

Alguém tropeça na mesa onde está o tabuleiro.

Tudo está perdido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado.
Muitos abraços.
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