A Maldição do Leão Azul escrita por Alessia Serafim


Capítulo 1
Capítulo 1 - One-short




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Os irmãos Winchester dirigiam de volta ao Bunker dos homens de letra, tinham acabado de encerrar um caso de Lobisomens, que envolvia dois grupos da espécie que estavam lutando pelo território, quase aniquilaram os dois grupos se não fosse por uma estranha mulher que acalmou os lobos, então só aniquilaram um e o segundo grupo que estava sendo incriminado deixou a cidade.

— Aquela mulher só pode ser uma bruxa – disse Dean confiante, em quanto tentava mudar a musica do rádio sem tirar os olhos da estrada.

— Ela era uma Peeira – informou Sam ao irmão – Consegue acalmar os Lobos, também são chamadas de Fada dos Lobos.

— Certo Wikipédia – resmungou Dean aumentando o volume do rádio.

 

Forget the hearse, ‘cause I never die

I got nine lives, cat’s eyes

Abusing every one of them and running wild

 

Os irmãos ficaram apreciando o som da musica. Distraído com a musica Dean Winchester não percebeu a aproximação do animal até ser tarde demais.

O leão azul pulou no capô do carro fazendo o caçador frear no meio da estrada.

— Mas que bicho é esse? – perguntou Dean assustado

Sam pegou sua arma e saiu do carro para procurar o animal, mas não o achou, a estrada estava escura demais.

— Ele fugiu – informou Sam

— Meu bebê! – choramingou Dean ao ver o a maçado em seu carro no formato das patas do animal – Eu vou matar esse bicho desgraçado! Vem Sam, vamos a caça desse animal!

***

Quando era pequeno sua mãe lhe contava uma história antes de dormir, em uma das noites ela lhe contou sobre uma história que sua avó lhe contou sobre sua família, ela acreditava que eram amaldiçoados, a própria deusa Atena tinha lhes lançado uma maldição, para que destruíssem as poderosas górgonas, para que tivessem poder para elimina-las a deusa lhes deu poder de poderem se transformar em um antigo inimigo dessas criaturas, o Leão Azul.

Por um longo tempo acreditou que era só uma história que pertencia a mitologia grega, mas depois da tentativa contra sua vida na escola que frequentava começou a acreditar que aquela história boba era real, principalmente depois que sua pele começou a ficar azul e começou a crescer pelos em seu rosto, por fim, acabou matando sua professora de matemática, mastigando sua garganta com os seus enormes caninos.

Sua vida não foi, mas a mesma depois daquilo, nunca contou a alguém o que tinha acontecido, seus pais o achariam que tinha enlouquecido, eles não acreditavam que a história podia ser real, sua vó era a única que poderia acreditar, mas ela estava morta, a velhice a alcançou. Estava sozinho nessa loucura e agora teria que achar as duas górgonas que faltava e não poderia fazer isso perto dos pais. Fez a coisa mais sabia que podia fazer se afastou deles, ainda acreditando que o seu filho estava em choque com a morte de sua professora permitiram que o seu filho se mudasse temporariamente para a casa de seu padrinho, que morava a duas cidade de distância.

John Johnson se mudou para a casa de seu padrinho Henry, na noite da mudança o seu tio abriu o jogo, ele sabia que a história da família de sua mãe era real e sabia que ele matou a professora para provar mostrou vários diários que estavam na sua família, tinha herdado de sua mãe a avó de John, relatava casos de assassinatos, desaparecimentos, vitimas das três górgonas e que estava no rastro de uma delas e que não coincidentemente era a professora dele.

— Você tem um dever John, você deve caçar as outras górgonas – disse Henry fechando o diário que segurava e o guardando de volta ao baú, onde ele guardava os diários que lhe fora confiado.

— Eu não estou pronto, foi por pura sorte que consegui matar aquela górgona, não sei se poderei fazer aquilo novamente – confessou John.

— Realmente foi muita sorte, seu poder despertou quando mais precisava dele – concordou Henry – Não se deve contar só com a sorte, eu posso lhe ensinar o que precisa saber, eu posso lhe ensinar a ser um caçador.

Treinou por anos, sempre se dedicando ao treinamento de caçador e aos seus estudos, afinal a escola é importante. Por todos os anos que se passaram não teve a sorte de encontrar outras górgonas, até que foi bom. Graças aos diários de seu padrinho descobriu que as górgonas possuíam deformações diferentes, Medusa possuía cabelos de serpentes e olhos petrificantes, já a Euríale tinha pele escamosa dourada e a ultima irmã, Esteno, possuía presas de javalis. Sua primeira górgona tinha sido a Esteno, não foi difícil de mata-la, mas para sua inexperiência no passado fez dar trabalho.

Suspirou cansado. Tinha feito uma longa busca atrás da maldita górgona, seguindo por uma perseguição cansativa para fora da cidade, mas perdeu seu rastro depois de ter quase sido atropelado por um carro antigo e sua forma leonina ainda foi visto por dois homens.

Fechou a porta depois de ter entrado no quarto que tinha pagado para aquela noite em um hotel de beira de estrada, trancou a porta e jogou a chave em cima da cama. Começou a se despir, tirando a camisa e a calça, que quase caíram no chão quando as jogou em cima da cama, seguiu para o banheiro para tomar um banho.

***

Sam e Dean Winchester saíram do Impala e seguiram para a cena do crime, mostraram suas identificações para o policial que os deixou passar.

— O que temos aqui? – perguntou Dean ao policial.

— Duas amigas vieram tomar uma cerveja em um dia de folga, depois de deixarem o bar, a suspeita se aproximou pedindo informação em seguida matou uma das mulheres e fugiu – informou o policial mostrando onde a mulher foi assassinada. No começo do beco.

— Por que deixaria uma testemunha? – perguntou Sam

— Boa pergunta, mas ela não parece querer falar alguma coisa – disse o policial.

— Onde ela esta? – perguntou Dean

— Ali – apontou para ambulância estacionada na calçada.

Os irmãos andaram até a testemunha que estava muito abalada.  Seus olhos estavam vermelhos e sua bochecha estava coberta por lagrimas secas.

— Eu sou o agente Banner e esse é o meu parceiro o agente Stark – apresentou-se Dean, mostrando suas credencias e seu irmão fez o mesmo.

— Poderia nos dizer o que você viu na noite passada? – perguntou Sam.

— Ela perguntou onde estava e se tínhamos visto um leão e depois que respondemos ela matou a Ashley – respondeu a testemunha voltando a chorar.

— Leão? – perguntou Dean franzindo a testa.

— Um leão azul – descreveu a testemunha.

Sam e Dean se entre olharam e voltaram para o carro.

Atrás da faixa de segurança da policia estavam os curiosos e os reportes no meio deles estavam um garoto na casa dos vinte, de cabelos platinados, usando uma jaqueta de couro preta, com um olho azul e outro violeta. Ele observou a entrada dos federais os reconhecendo como os caras da noite passada. Conseguiu escutar a conversa que tiveram com a testemunha graças aos seus ouvidos apurados. Deixou a cena do crime sabendo que estava no rastro certo, aprendeu que quando se caça uma criatura mitológica ela sempre deixa rastros.

***

— Achou alguma coisa Sam? – perguntou o caçador para o irmão.

Os Winchesters voltaram para o hotel depois de visitarem a cena do crime, estavam procurando algum relato de um leão azul na internet.

— Tem uma lenda da mitologia grega, o Leão Azul foi informado por Zeus que as górgonas causavam terror na Grécia, então o leão foi à caça delas – respondeu Sam ao irmão.

— O que é górgonas? – perguntou Dean confuso

— Já ouviu falar da Medusa?

— Já – respondeu Dean dando um sorriso malicioso – Ela dançava bem.

— Da mitologia! Ela possui duas irmãs e em algumas lendas dizem que foram amaldiçoadas por Atena, elas são as górgonas. – respondeu Sam

— Entendi. – disse o caçador – Espera! Aquele leão que amaçou o meu bebe é um ser mitológico que caça górgonas? – perguntou fazendo careta.

— Pode ser e no final ele consegue matar as três, mas ele acaba morrendo também.

 - Trágico – comentou Dean – Vou buscar uma torta, vai querer alguma coisa? – perguntou se levantando da cadeira.

— Não, estou bem – respondeu Sam.

— Se que sabe – deu de ombros e saiu.

Dean pegou o carro e foi até a padaria mais próxima, assim que chegou foi escolher sua torta. Viu pelo vidro várias tortas de dar água na boca, mas a que o fez babar foi à torta de maracujá.

Atrás do Winchester estava o garoto de cabelo platinado, ele o encarava, seu faro sentiu o cheiro da morte vindo do homem, havia três possibilidades para aquele cheiro, a primeira seria ele ser um agente da lei, a segunda seria ele ser um assassino e a ultima seria ele ser um caçador. Ser um agente da lei explicaria por que ele possui uma identificação do FBI, um assassino explicaria o cheiro da morte, mas não explicaria o outro cheiro que sentia, mas ser um caçador explicaria tudo e fazia mais sentido.

Dean encarava a torta com um sorriso, quando levantou seus olhos viu algo estranho pelo vidro, alguém estava caído, seu peito tinha sido rasgado e sua roupa branca agora estava manchada de vermelho e o chão coberto pelo seu sangue.

— Que tipo de caçador você é? – perguntou John curioso, uma mancha surgiu em seu pescoço e ela aumentou gradativamente até cobrir todo o seu corpo, sua pele branca foi substituída pela cor azul.

Dean pegou sua arma e apontou para a criatura e atirou, mas não causou nenhum efeito.

— Nenhum caçador pode me matar – respondeu John a pergunta não pronunciada pelo Winchester.

— O que você é? – perguntou Dean de cara fechada.

— Sou um caçador como você – respondeu – Só que também pertenço ao sobrenatural, sou o Leão Azul – completou John.

— Você matou aquela mulher – não tinha sido uma pergunta.

— Ela era uma górgona que matou pessoas inocentes, eu garanti que ela não matasse mais ninguém, como caçador você entende o meu trabalho – sua pele voltou a clarear.

— Como caçador você deve entender que agora eu preciso te matar – disse Dean repetindo as palavras do platinado.

John suspirou.

— Temos sorte do cara do caixa escutar musica no ultimo volume e esse lugar estava completamente vazio, ou o disparo da sua arma teria nos causado um grande problema – comentou John sem se sentir ameaçado pelas palavras do Winchester.

Dean pensou, não seria nada bom chamar a atenção e o cara a sua frente poderia tentar ameaçar a vida de inocentes.

— Parece que preciso provar minha inocência – reparou John – Tenho um cartão no bolço da minha jaqueta, o meu tio lhe explicará tudo – falou em quanto era observado pelo Winchester.

John pegou o cartão e entregou para Dean.

— Poderia baixar a arma? Tem pessoas entrando – perguntou, apontando para um casal que tinha acabado de entrar.

— Nem ouse se mexer – disse o Winchester guardando a arma e pegando o telefone sem desviar seus olhos nem por um segundo.

— Aproposito qual é o seu nome? – perguntou todo simpático – Não acredito que seja Banner.

— Winchester, Dean Winchester – respondeu Dean

— Prazer, sou John Johnson.

Dean ligou para o tio de John que explicou uma boa parte do que o sobrinho fazia.

Não somos maus, Winchester, nossa linhagem é humana, mas alguns carregam uma maldição. – disse Henry do outro lado da linha.

Dean desligou o telefone.

— Creio que meu tio lhe explicou tudo – comentou John colocando suas mãos no bolço – Perdi algumas aulas caçando a Euríale – sua expressão alegre sumiu – Não se preocupe Winchester, meu fim esta próximo.

Dean observou Johnson deixar a padaria e deu um longo suspiro, teria que ir em outra padaria para comprar sua torta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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