Para Além das Rochas escrita por Zornm


Capítulo 1
CAPÍTULO ÚNICO


Notas iniciais do capítulo

Helloooow ~

Apresento a vocês a minha mais nova brisa passada para o Word. USHAUSHAUSA Na verdade nada mais é do que um sonho que tive há... Umas semanas já, se não me falha a memória. À pedido passei o que lembro para o Word. Achei legal, principalmente porque possui o ar bem... Nonsense? xD (Típico) Por isso quis postar.

Enfim. O cenário principal se passa na minha maior paixão: o mar... Nesse caso, """mar""". Mas já dizendo aos sabichões: "aaaaaaah, no mar não há os animais que você mencionou aí". De novo: isso foi um sonho. =)

As personagens serão representadas pelos nomes Sol e Lua. Por quê? Boa pergunta. Eu não queria dar nomes de seres humanos, simples. XD

Bem, vou parar com os blá blá. Só as observações agora ~

1) Escrevi ouvindo isso: https://www.youtube.com/watch?v=savCAd6RyPI
Eu recomendo. Passa mais sentimentos de brisa durante a leitura. XD

2) Eu revisei o texto duzentas vezes, mas passei o DIA TODO lendo pdfs de biofísica e já são 5h da manhã. Minha atenção aos detalhes tá zero, por isso me perdoem pelos possíveis erros. Também me perdoem se detalhei pouco algumas cenas, mas né ~ sono ~

Tá. Chega.

Espero que gostem. ♥ Boa leitura ~



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Sol e Lua subiram nas pedrinhas pontiagudas que marcavam o caminho até o destino desejado, e de pés descalços mesmo seguiram, ignorando o ardor nas solas. Estavam mergulhadas no próprio silêncio, somente admirando a paisagem e viajando nos pensamentos não exibidos, por isso o som dos pássaros e das folhas farfalhando predominavam o ambiente que permanecia sucumbido pela calma.

Avançaram mais sessenta passos e Lua pôde observar o brilho que somente a água refletindo a luz solar possuía. Animou-se mais do que o comum, bateu no ombro de Sol dez vezes como reflexo disso, apontando para o pequeno conjunto de líquido no meio de rochedos marrons. A água aparentava ser uma junção do azul e do verde, e isso encantou as duas figuras visitantes, mas Lua, agindo conforme sua personalidade, vibrou e saiu correndo e tropeçando até a maravilha descoberta. Sol suspirou pouca surpresa.

Lua sentou-se e colocou os pés dentro da água, mas Sol foi mais além. Desfez-se de suas roupas e permaneceu somente com os trajes de banho, pronta para se afundar e explorar o que havia mais ao fundo. Juntou-se a Lua, porém moveu o quadril para ir mais à frente, consequentemente caindo no submerso, jogando-se mais para baixo quando dois terços do seu corpo já havia se molhado.

Desceu. Desceu. Desceu. E desceu. Porém passaram-se minutos e não subiu. Lua reparou e reagiu.

Abriu os lábios e pronunciara o nome de Sol. Uma. Duas. Quatro. Nove. Quatorze vezes. Sem resposta, abaixou-se e quase enfiou o rosto dentro da água, mas ao invés disso foi sua mão. Moveu o braço centenas de vezes, no entanto, as únicas sensações de toques foram contra as rochas.

Nunca mais veria ela? Lua refletiu, sentindo o desespero subir por sua mente com facilidade ― como de praxe. Contudo, suas dúvidas e luto morreram quando a mão fora agarrada e seu corpo puxado para baixo. Antes que pensasse que havia sido algum suposto monstro do mar que lhe sugara para baixo, viu o rosto de Sol. Julgando por suas expressões, não fazia nenhum esforço sequer para prender a respirar, por isso Lua fez o mesmo.

Respirava debaixo d’água.

“Um milagre, Sol!” Lua disse, sorrindo.

Sol assentiu, porém mudou o foco com pressa. Pegou no pulso de Lua e a guiou para mais fundo, somente mudando a rota quando as rochas sumiram de sua vista, desaparecendo com a "parede" que tornava aquele espaço tão pouco largo. Algo que parecia minúsculo de repente ganhou proporções gigantescas diante dos olhos de Lua, que só podia observar o infinito, pois o mar que se enfiaram não parecia possuir fim.

“Que... Lindo. Podemos ir além, Sol?! Deve ser melhor ainda!” Lua levou as pontas dos lábios de orelha a orelha, observando Sol com o mais intenso olhar de expectativa. Recebeu um sim como resposta.

Ambas as figuras nadaram numa direção qualquer, sem demonstrar preocupação de como voltariam. Acharam pouca coisa nos primeiros minutos, porém, quando quase deixando suas curiosidades de lado, algo a frente chamou suas atenções. Era imenso, belo, luminoso e, de muitos modos, elegante.

Uma imensa concha; para Lua, “daquelas com pérola dentro”. Aproximaram-se com expressões de satisfação, sentindo uma obrigação interna de ao menos conferirem a segunda maravilha descoberta no dia. Todavia, dois impulsos depois a imensa concha de abriu, mas não havia nenhuma pérola, e sim o negro. O fundo da criatura assemelhava-se a uma caverna que engoliria qualquer ser que passasse pela abertura, e isso não significava que não continuaram a nadar. Os braços e pernas prosseguiram com os movimentos e logo encararam o preto. Só que havia bem mais cores do outro lado.

Águas-vivas. Estrelas do mar. Arraias. Tartarugas. Peixes-boi. Polvos. Até mesmo sereias. E mil criaturas marinhas formaram uma explosão de pigmentos na visão de Lua e Sol, que por um longo período ficaram paralisadas diante a imagem magnífica que juravam impossível de se ver algum dia.

Sol bateu o cotovelo no ombro de Lua para despertá-la da incrível surpresa. Nadaram mais para o fundo, parando somente quando seus pés deitaram na areia. Ali, deixaram-se soltar os corpos, que lentamente desceram e repousaram no chão.

Assistiram as criaturas nadando e, além delas, muito ao longe ― não sabiam quanto ― uma luz natural do sol descia e reluzia a bela apresentação de cores e vida. Era magnífico, ambas diriam.

“É lindo” Sol pronunciou com seu sotaque forte.

“Isso é sonho, né, Sol?” Lua indagou com pesar, virando o rosto para olhar sua companhia, recebendo atenção também.

“Talvez, mas isso importa? Apenas aproveite.”

Sol possuía razão. Seja sonho ou seja realidade, nada mudaria o fato de que viram aquilo. Sentindo mais tranquilidade, Lua subiu os olhos de novo, percebendo que a luz ficara ainda mais intensa, tornando o pequeno espetáculo ainda mais bonito.

Sol e Lua permaneceram ali, sucumbidas pela beleza momentânea e quem sabe fantasiosa. Não sabiam, porém, sentiam que ficariam daquele mesmo jeito por longos séculos. Quem sabe, talvez, pelo o restante de suas vidas.

 


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Notas finais do capítulo

Heay? Achou legal? Viajado demais? Compreendeu alguma coisa? XD Enfim. Caso queira opinar, fique à vontade. ~ ♥

Ah! A propósito. Eu não faço uso de aspas (") para diálogos e sim travessão. Porém, coloquei aí porque me fez mais sentido, pois no sonho Lua e Sol falavam sem voz. Não havia som, mas de algum modo eu sabia o que falavam. É... Brisa 2.0.

As coisas não faladas e não apresentadas visualmente, como as sensações e pensamentos, foram postas no texto seguindo o que eu sentia durante o sonho. Não há muita coisa no entanto. Esqueci bastante detalhes dos sentimentos. XD Inclusive ocorreu algo mais no final, mas eu realmente não me recordo muito do sonho.

Obrigada a quem leu até o final. 'Té a próxima. ♥



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