Countess Widow. Sex, drugs and Rock n' roll. escrita por Apolo Fernandes


Capítulo 34
Vantagens...


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra publicar, mas publiquei. E já tem mais coisas escritas. Valeu pessoal!



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O dia seguinte amanheceu tranquilo, Raul e Urias dormiam ainda no bar do Luis, cada um sobre uma mesa diferente. Os dois haviam se negado a voltar pra casa embriagados, para evitar problemas com a família. André e Jeronimo haviam sido os menos afetados pelo álcool, agora caminhavam á procura de equipamentos para a banda. Sophia estava deitada ao lado de Alexandre, ainda despida e sentindo-se mal pelo que acorrera a noite. Alexandre dormia tranquilo.

            Á tarde Urias e Rebeca resolveram se encontrar na praia. Ele ainda estava usando a mesma roupa que tocou no festival, ao se aproximar a garota percebeu que fazia tempo que ele não tomava banho. Mas ao abraça-la ela não se esforçou pra se esquivar, como normalmente acontecia. Urias a soltou e arregalou os olhos. Rebeca fez uma expressão como quem pergunta o motivo da reação dele.

−Geralmente as pessoas se afastam quando eu as abraço. –Respondeu Urias sorrindo.

−Acho que é porque você passa tempo demais sem tomar banho. Como agora,  parece que você passou a noite toda vomitando.

−É por que eu passei. Acho que bebi demais. Mas você não se afastou.

−Eu não tenho frescura. Mas um banho as vezes é bom. –Passaram alguns segundos em silencio. Então Rebeca torna a falar. –E o show? você não mandou mesmo o ingresso né.

−Eu não te disse que mandaria.

−É... Não disse mesmo. Mas eu esperava...

−Que eu não estivesse falando sério.

−É.

            Após alguns minutos conversando, Rebeca chama Urias para entrar no mar. A garota fica apenas em trajes de banho permitindo que Urias olhe para seu corpo. Ele faz uma cara de aprovação tentando ser engraçado, Rebeca levanta uma sobrancelha como resposta. A menina caminha até a água e em seguida entra no mar. Urias tira apenas a camisa. Ainda usando uma calça jeans corre para a água.

            Raul estava cochilando no sofá de casa quando recebeu uma ligação. A voz do outro lado revelou quem o contactava. Era Nicolau. A cada minuto que passava com o empresário ao telefone a alegria de Raul ficava mais visível. Após quase 5 minutos conversando, ele se despede e desliga o telefone. Após corre até seu quarto veste uma camisa regata do Iron Maiden e sai de casa. Vai correndo até o apartamento de André e bate na porta varias vezes, mas ninguém o atende. Tenta ligar para Urias, mas também não é atendido. Sem ninguém em que pudesse contar ele vai até o ponto de encontro com Nicolau sozinho.

            A noite daquele sábado já se aproximava, o sol já havia se escondido quase que completamente, o ar estava úmido e as nuvens mostravam que a noite não passaria sem a presença da chuva. Ao descer do ônibus o vocalista vê o empresário acompanhado de mais dois homens. Eles cumprimentam-se e vão até um estabelecimento. Sentam-se e os 4 e Nicolau faz sinal para uma garçonete.

−O que vão querer? –Pergunta a moça.

−Uma cerveja pra cada um. –Responde um dos homens, ele era grisalho e parecia ter no mínimo 50 anos.

−O rapazinho. Preciso da identidade dele. –Fala a garçonete olhando pra Raul.

−Moça. –Volta a falar o homem grisalho. Ela passa a prestar atenção nele. Ele sinaliza para ela chegar mais perto. A garçonete fica quase debruçada sobre a mesa, bem próximo ao homem, ele tira algumas cédulas do bolso do paletó e as coloca presas á uma das alças do sutiã da moça. Então a pergunta. –Temos algum problema?

−Não senhor. Nenhum.

−Boa garota. –Diz o homem piscando para a garçonete.

            Após alguns segundos a moça volta com uma bandeja e 4 garrafas sobre ela. Ao aproximar-se da mesa, a moça não se contém e deixa escapar um sorriso discreto. Cada um dos homens pegam uma garrafa e o grisalho abre a sua com a boca, oque faz com que os outros se surpreendam.

−Podemos começar? –Pergunta o outro homem que até o momento não havia falado, este era bem mais novo que o outro.

−Claro. Então... Raul estes são Carlos e Fabrizio Costa. –Disse Nicolau apontando para o mais novo e o mais velho respectivamente. –O Carlos é da televisão e quer uma entrevista com a banda, e o Fabrizio é  um dos donos do Califórnia Squid, e eles decidiram realmente contar com a participação de vocês no festival.

−Vocês tocarão no palco 3. Devo ser sincero, nem de longe tem o mesmo prestígio do palco 1 e 2, mas é lá onde as bandas mais novas tocam, se tiverem sorte e uma boa performance, conseguem um produtor pra um álbum novo. Eu geralmente pergunto se minha oferta foi generosa o suficiente, porém, a menos que eu estivesse diante de um lunático...

−Não está. –Interrompeu o músico. –Aceito a oferta. Não sei quanto será nosso pagamento, mas a oportunidade é boa demais pra deixar passar. A sorte favorece os que sabem jogar, senhor.

−Gostei da frase: “A sorte favorece os que sabem jogar”− Repete as palavras o rapaz da televisão, apresentado como Carlos, enquanto as registrava num pedaço de guardanapo.− Quem foi o gênio?

−Está olhando pra ele. –Respondeu o músico olhando pro homem com um sorriso de suspeita. − E nem pense em se apropriar das palavras.

            Os homens passam mais algum tempo conversando, resolvendo questões burocráticas e combinando o cachê da banda. Raul mostra-se satisfeito com tudo, em sua cabeça agradar o Dr Costa é uma boa estratégia. Fabrizio permanece sério, não sorri nem mostra nenhuma reação aos comentários de Raul, fazendo o vocalista se perguntar se o homem já percebeu que estava sendo bajulado.

            Mais tarde nesta mesma noite, Raul decide reunir seus amigos num bar para comemorar a garantia da participação no Califórnia Squid. Urias é o primeiro a chegar, ele vem acompanhado da Rebeca. Depois de uns minutos André, Laurinha e Jeronimo também chegam a reunião. Junto ao viking estava Astrid. Depois de meia hora quando todos já estavam conversando e nem esperavam mais sua presença, Sophia chega. Ela se senta junto aos outros e todos a olham mas não falam nada. Ela entende oque todos querem saber, então fala:

−O Alexandre não pôde vir.

−Porque ? –Perguntou Jeronimo.

−Por que ele ta trabalhando no hotel junto com o pai dele.

            Todos começam a beber e rir, e mostram bom humor, porém o humor de um dos integrantes do grupo só aparentava está bom. A garota ruiva da mesa não estava confortável com a situação, isso por que André e Laurinha estavam muito próximos. Mas ela se manteve amigável com todos até mesmo com a garota. De certa forma ela até se sente culpada por sentir ciúme do baixista, já que seu namorado não era ele.

            Era quase meia noite quando “Shook me all nigth long” toca no celular de Raul. Ele atende e todos baixam o tom de voz, porém continuam conversando. Mas depois de alguns minutos conversando, nada mais é dito e todos focam apenas na conversa do vocalista pelo telefone. Após uns 5 minutos de conversa Raul se levanta veste apressadamente seu agasalho que já havia tirado e chama:

−Urias, André e Jeronimo venham comigo.

−Oquê? Pra onde você vai cara? –Pergunta André.

−História longa. No caminho eu explico. Preciso de vocês. –Responde o líder.

−Essa hora é perigoso deixar as meninas voltarem só pra casa, cara. –Argumenta André.

−Não seja por isso. – Raul põe um maço de dinheiro na mesa, todos o olham, então ele conclui. –Meninas, voltem de táxi.

            Os 4 rapazes se afastam do bar. A figura deles juntos até deixam algumas pessoas na rua com medo. Raul com um moletom preto, e as duas mãos dentro do bolso, um cigarro na boca e óculos escuros. André vestindo uma camisa do Dragonforce e cara de poucos amigos. Urias vestindo uma regata branca, porém seus 1 metro e 90 de altura e seu cabelo cacheado e volumoso típico de headbanger, já era um motivo pra deixar as poucas pessoas que ainda caminhavam na rua com medo. E por ultimo, Jeronimo, também com porte físico avantajado, usando acessórios típicos de metaleiro viking. O martelo de Thor pendurado em seu pescoço, grandes braceletes, e um “horn drink” pendurado em seu cinto, além da presença de uma doberman chamada Astrid ao seu lado.

            Eles vão até o ponto de encontro com Nicolau, que estava encostado em sua van fumando um cigarro. Eles entram no veículo e partem em direção a estrada. Demoram pouco menos que meia hora até entrarem numa via sem iluminação. A pista está úmida devida a uma fina chuva. Nicolau gira o volante para a direita fazendo a van entrar numa pista de barro.


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