Countess Widow. Sex, drugs and Rock n' roll. escrita por Apolo Fernandes
Dois dias antes do Black Fest a turma estava reunida no quarto de Raul, ensaiando. Todos muito animados, conversando e rindo entre uma faixa e outra. Até Alexandre e André comunicavam-se, mesmo que moderadamente. A harmonia entre os 6 músicos estava melhor que nunca. Raul e Urias eram os mais empolgados em suas performances, o baterista que antes não costumava ouvir metal, já estava mais familiarizado com as bandas, Jeronimo dominava completamente a forma veloz de dedilhar do power metal, mas ainda assim esperava o momento certo pra adicionar elementos do metal viking. André era o segundo mais técnico depois do multe instrumentista. Quem menos se destacava era senhorita Ribeiro, que além de ser a menos técnica era também a mais estática devido a sua timidez, que acabara de ser posta em discussão.
−Sophia. –Chamou atenção, Raul. –Você vai precisar de bebidas?
−Não sei... eu...
−Não é uma boa ideia encher a cara antes de tocar, pessoal. –Pronunciou-se André, interrompendo a garota.
−Que papo é esse, cara? Da ultima vez foi um espetáculo, irmão. –Se opôs Urias.
−A ultima vez nós tocamos num boteco. Agora é pra valer. Vão haver pelo menos 50 mil pessoas lá. Álcool não é a solução. –Argumentou o baixista.
−Ok. Faremos o seguinte, vamos votar, se a votação for negativa, ninguém bebe, mas se for positiva, todos bebem. Eu nem me pronunciarei, dessa forma não tem como haver empate. –Propôs, Raul.
−Justo. –Apoiou, Urias.
−Não importa o resultado da votação, eu não vou beber. –Retrucou, André.
−Qual é, cara? Até parece que nunca pôs álcool na boca. E a democracia? –Respondeu, Raul.
−Começa logo a merda da votação. –Disse André depois de alguns segundos de silêncio.
−Tudo bem. Já sabemos que o voto de André é negativo e o do Urias positivo. Então cabe a vocês decidirem. –Adiantou-se Raul.
−É... acho que...
−FALA LOGO, MULHER! –Gritou Urias, assustando e fazendo com que a garota desse um pequeno salto.
−Sim. Meu voto é sim. –Respondeu Sophia, cedendo a pressão.
−E você Alexandre? –Perguntou Raul.
−Não, cara, dessa vez meu voto é não. Não pretendo beber. –Respondeu o baterista.
−Olha só Jeronimo, quanto poder em suas mãos. –Comentou Raul, sorrindo.
−Pois é, vamos lá. Foi mal cara. –Disse Jeronimo, olhando para André−Não posso perder a oportunidade de beber de graça.
−ISSO AÍ PESSOAL, A VIDA É BELA!!!! –Gritou Urias.
−Pois é André, até os vikings tem seu dia de Urias. –Comentou mostrando-se feliz com o resultado, Raul.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pessoal, o próximo capítulo não vai demorar tanto quanto esse.