Countess Widow. Sex, drugs and Rock n' roll. escrita por Apolo Fernandes


Capítulo 25
Business




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            Alexandre, Sophia e Raul foram os primeiros a chegar na reunião. Logo após André e Jeronimo entraram conversando sorridentes na sala onde haveria a reunião. O organizador do evento já estava no local, assim como Nicolau e Seu Luiz. O único que faltava era Urias. O vocalista já havia informado sobre onde ele deveria estar a tarde, mas ele já estava quase 1 hora e meia atrasado. Octávio Livramento, o organizador de eventos, um homem robusto de cabelos grisalhos e com um bigode similar ao de Adolf Hitler. Ele já havia sugerido que deveriam iniciar as negociações mesmo faltando um membro, mas Raul se opôs.

            Quando Octávio já estava perdendo a paciência Urias chegou com uma aparência que denunciava seu estado. Uma garrafa de Wisky em mãos, olheiras, um cigarro já consumido na orelha e um hálito que todos sentiram assim que ele entrou no ambiente. Ninguém se pronunciou sobre do estado do rapaz, apenas olharam ele caminhar e passar direto da mesa em que todos estavam sentados e se deitar no sofá. Pôs o antebraço nos olhos para bloquear a luz e começou a cochilar. Todos se entreolharam. Octávio olhou pra Raul e levantou as sobrancelhas como quem pergunta “e agora?”. Raul decidiu iniciar a reunião.

−Agora estamos completos.

−Nós esperamos por ele. No mínimo deveria se sentar conosco. –Falou Sr. Livramento, mostrando descontentamento com a situação.

−Não importa. Agora estamos completos, esteja ele acordado ou não. Vamos começar. –Insistiu Raul. Octáviano mais uma vez mostrou insatisfação com a expressão facial. Então falou:

−Se é assim. Vamos prosseguir. Vocês tem um representante legal?

−Somos nós. Não temos um empresário.

−Era justamente sobre isso que eu queria falar com vocês. –Falou Nicolau. Todos os olhos se voltaram pra ele, então procedeu. −4 de vocês são menores de idade, seria muito mais fácil se tivessem um empresário. Estou me dispondo para isso. Vocês aceitam?

−Eu acho melhor nós continuarmos por conta própria por um tempo. –Disse o vocalista.

−Olha. Vocês vão precisar de autorização dos pais pra tudo. Se eu for empresário de vocês, basta eu ter 4 assinaturas de seus pais, e o resto eu me responsabilizo.

−Pois é. Com certeza você não pretende ter nenhum retorno financeiro né. – Ironizou Raul.

−Isso consumiria uma grande parte do meu tempo. Eu nem poderia me dedicar a Air Guitar. Não quero mais que 10%. Estou aqui pra ajudar. Acredito no talento de vocês. –Investiu na ideia, Nicolau.

−Eu acredito em papai noel. –Ironizou mais uma vez Raul.

−Trabalho com música a bastante tempo. Realmente é melhor pra vocês terem um empresário. –Disse Octávio.

−Também acho melhor termos um representante legal. –Disse André.

−Jeronimo. Você é o músico mais experiente de nós. Oque você acha? –Perguntou Raul.

−Concordo com André. –Respondeu o viking.

−E você Alexandre? –Indagou o vocalista.

−Sim, precisamos de um empresário. –Opinou Alê.

−Urias. Qual seu voto? – Perguntou Raul, mais uma vez.

−Não precisamos de um empresário. –Falou Urias, surpreendendo a todos por estar prestando atenção na conversa.

−Só falta você, Sophia. –Disse o garoto olhando-a fixamente nos olhos.

−É... eu não... –Ela para por um instante e pensa. Olha pra mesa evitando contato visual com todos. Decide não contrariar o namorado. –Sim... eu acho.

−Todos tem certeza de seus votos? –Pergunta Raul tentado fazer os amigos mudarem de ideia. Nenhum deles fala nada. –Então é isso. Parabéns por seu novo emprego. –Diz ele sorrindo ironicamente para Nicolau, que desvia o olhar.

−Já que se decidiram. Eu  quero vocês tocando no próximo mês no Black Fest. Toda edição do evento nós contratamos uma banda iniciante. Dessa vez vocês são os sortudos. O cachê será de dez mil. Interessa?

−Olha, muito bom o valor, mas tem um problema. –Disse Nicolau.

−Qual? –Perguntou Octávio.

−É que todos 4 deles ainda são estudantes e o evento vai ser numa sexta-feira, eles terão que faltar aula. Eu acompanhei todas as edições do Black Fest, e todas as bandas iniciantes que você contratou tinham 4 membros. Eu tive contato com um membro de uma delas e ele me disse que o cachê deles foi de 28 mil.

−Você quer um aumento no cachê? É isso? –Perguntou o dirigente da Black Fest.

−Isso. Acho muito pouco 10.000 pra 6 pessoas, e ainda terem que pagar um empresário. –Argumentou Nicolau.

−É que aquela banda já tinha alguns fãs que a seguiam pela internet, além de terem 12 músicas autorais. Seus garotos só tem 2. –Disse Octávio.

−Não é verdade. Eles já tem 5 faixas gravadas. É que na minha rádio só tocam 2 delas. –Falou o empresário.

−Ainda estamos terminando de compor outras. Fiquem avisados. –Alertou Raul.

−E vocês conseguem terminar quantas até o dia do festival? – Indagou Nicolau.

−Acho que pelo menos mais 5. –Respondeu André.

−Fechamos com 15 mil fixos, pelas 5 faixas. E pago mais 2.500 por cada música autoral adicional que tocarem. Temos um acordo? –Perguntou Sr. Livramento. Todos Raul olha para o novo empresário, em seguida para o diretor do evento e abre um sorriso, depois eles apertam as mãos.

            Octávio pega sua maleta cumprimenta a todos e vai embora. Urias se levanta abre os braços e grita algo que não dá pra compreender direito. Então corre até Raul o abraça e grita mais uma vez. Agora foi possível entende-lo. “Isso merece uma comemoração. Traga o rum Seu Luiz”. Todos riem animados. Imediatamente Seu Luiz vai até o depósito de bebidas pega uma caixa de aguardente e entrega uma garrafa a cada um dos presentes.


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