Snake Charmer escrita por Connor Hawke


Capítulo 1
Passado é prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem? Essa é uma antiga fic minha que eu estou reformulando. Eu estou contando com a ajuda de uma autora daqui, a Dinahmitt, que se dispôs a ler e corrigir os capítulos da trama original, e também a ajudar com ideias para a trama. Então aqui está o prólogo corrigido por ela e editado por mim. Espero que gostem.^^

Boa Leitura!



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Snake Charmer

 

Prólogo

 

Meu nome é Emistre Ecchiore. Eu sou italiano, filho de uma Bruxa puro sangue com um pai mestiço.  Meu pai é um diplomata bastante influente por toda Verona, assim como minha mãe, ela trabalha como secretária dele. Ambos preferem não usar magia diante dos trouxas, mas não hesitam em usar se for necessário. Eu cresci numa bela mansão em meio a um campo florido, longe do centro de Verona. Nós tínhamos uma criada bastante afetuosa e gentil, que seguia todas as ordens de meus pais sem questioná-las. Para ela era importante seguir as ordens de meus pais acima de tudo.

Quando eu tinha 13 anos, eu estava procurando um livro para ler na biblioteca que ficava na sala da minha casa. Lá haviam livros sobre assuntos diversos, Alquimia, Bruxaria, História, Ciências, Matemática, entre outros. Então eu resolvi pegar um livro de Alquimia e começar a ler. Eu mal conseguia entender as palavras antigas escritas no livro. Mas então, quando eu olhei em uma das páginas, havia um artigo sobre como moldar um objeto a partir do ouro. Achei aquilo muito interessante, apesar da dificuldade de compreensão, aquela possibilidade me fascinava.

Então coloquei o livro de volta na estante e de repente todos os livros começaram a tremer junto com a estante. Fiquei com medo, afinal, eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

A nossa criada estava andando pelo corredor quando ouviu o som da estante tremer. Ela deve ter pensado que se tratava de um tremor, então ela virou para trás e foi até onde eu estava. Eu estava tão nervoso por causa daquilo, meu corpo formigava e ardia muito. Ela se aproximou de mim, me olhou nos olhos com preocupação e disse:

— Emistre, o que está acontecendo?

Eu congelei. Meu corpo começou a esfriar e os tremores de repente pararam e todos os livros foram postos no lugar atrás de mim, sem eu notar. Respirei com alívio e então falei com a criada.

— Não é nada, Clara. Só estava procurando um livro para ler. — Eu disse constrangido — Algum problema? - Perguntei.

— Não, nenhum problema. Eu...vou preparar o almoço - Disse ela sorrindo para mim.

Assim que a criada se retirou dali, voltei a procurar um livro para ler. Dessa vez peguei um livro de bruxaria. Folheie as páginas que estavam amareladas de tão envelhecidas e cheiravam a pó. Algumas palavras estavam apagadas devido o tempo. Então, folheando as outras páginas encontrei uma que estava escrito algo como "Paixão de Fogo", mas estava em latim e eu não conhecia esse idioma. Nunca fui para a escola. Os meus estudos eram só os livros que haviam na minha casa. Tentei pronunciar aquelas palavras horríveis, mas a pronuncia não saia corretamente. Eu continuei tentando e tentando, e tentando, e nada. Resolvi por de volta o livro na estante. Logo em seguida, uma coisa estranha aconteceu. Um dos livros começou a soltar faíscas e em seguida elas se transformaram em uma pequena chama que foi crescendo e crescendo na estante até que a estante toda começou a pegar fogo. Os meus pais que estavam na cozinha tomando café, logo sentiram cheiro de queimado e vieram correndo até mim. Eles olharam a estante pegando fogo e ficaram apavorados.

Eu fiquei sem entender o que estava acontecendo e as chamas iam queimando cada vez mais a estante transformando a madeira em cinzas.

Os meus pais me abraçaram, pois sabiam que eu havia despertado a magia dentro de mim, mas resolveram me mandar para uma escola normal, ao invés da escola especial que todos os bruxos vão, Hogwarts, a escola de magia e feitiçaria. Todos na Itália conheciam a escola por ser excelente em disciplinar jovens bruxas e bruxos que possuem magia dentro de si. Mas eles preferiram me mandar para uma escola normal, pois achavam que aprendendo com os trouxas, eu inibiria os meus poderes latentes que haviam despertado.

Quando completei 17 anos, meus pais me matricularam em uma escola de trouxas. No meu primeiro dia de aula passei no corredor da escola e todos me olhavam estranho. Eles olhavam fixamente para meu aglomerado de cabelos pretos que caíam sobre o lado direito de meu rosto ocultando um de meus olhos verdes. Provavelmente sabiam o que eu era, mas não deveriam entender, buscavam me evitar ao máximo. Eu disse um "Oi" e todos se silenciaram diante da minha presença. Pareciam estar com muito medo de mim. Mas por quê?

Então eu a vi. Aquela linda garota que era um pouco mais nova que eu, ela devia ter uns 14 ou 15 anos talvez. Tinha cabelos loiros e olhos verdes como os meus, no cabelo dela haviam tranças lembrando uma coroa e algumas madeixas de seus cabelos eram frisados. Ela possuía um ar angelical e vestia uma blusa rosa choque junto de uma blusa top preta, uma saia curta preta que mostravam parte de sua virilha, botas de couro preto de salto altos, e carregava os livros na mão. Ela começou a vir na minha direção e deu um pequeno esbarrão em mim e soltou um delicado "Oi" para mim, com aquela voz de anjo e foi até o armário dela, o abriu e organizou seus livros lá dentro.

Observei-a mexendo no armário e fui andando lentamente até ela. Meu corpo parecia duro feito uma pedra. Eu estava andando todo desengonçado, tenso. Quando fui até ela e me aproximei, ela voltou o seu olhar para mim:

— Oi de novo! O que você quer?

As palavras não saiam da minha boca. Eu comecei a ficar nervoso e o armário dela começou a tremer que nem a estante da minha casa. Ela começou a ficar assustada e disse:

— O que você está fazendo?

Os tremores começaram a ficar cada vez mais fortes com o meu nervosismo e logo as portas de todos os armários também estavam tremendo, batendo as portas, incluindo a dela. Os outros garotos olhavam para aquilo e ficaram tão assustados que não sabiam o que fazer.

A garota começou a gritar comigo dizendo para eu parar repetidas vezes e eu não conseguia. Coloquei as mãos em torno da minha cabeça. Me desesperei e ela soltou um grito estridente que todos ali presentes ouviram e não entenderam nada. Estava tão desesperado que soltei uns grunhidos, tão confuso e assustado quanto aquela menina.

A diretora do colégio veio e deu um tapa no meu rosto assim que eu abaixei as mãos.  Parecia que meus poderes estavam voltando.

O corredor inteiro tremia e a diretora, apesar de tentar se equilibrar com os tremores, continuava a me bater no rosto até me empurrar contra a parede, eu bati e cai no chão inconsciente. Tudo voltou ao normal e a garota foi chorar nos braços da diretora.

Quando eu acordei, meus pais estavam lá me socorrendo.

— Pai? Mãe?

Sentia-me cansado de alguma forma. Me levantaram do chão e disseram que ia ficar tudo bem, foram falar com a diretora do colégio sobre aquilo. A garota simplesmente foi embora junto com todos os outros assim que o sinal tocou e eu fiquei lá, sozinho no corredor da escola.

Decidi ir para a aula. Levantei-me e fui, desconcertado com tudo aquilo que mais parecia uma assombração, até a sala. A porta estava fechada. Bati na porta. O professor - um homem alto de cabelos e olhos castanhos, bigode espesso, óculos, vestindo uma camisa branca com um suéter bege, uma calça marrom e sapatos marrons - abriu a porta. Me olhou incomodado:

— Estou no meio de uma aula, o que você quer?

Perguntei se podia entrar, pois estava na sala dele e aquele era o primeiro dia de aula. Respondeu-me que não tolerava atrasos, mas como era o meu primeiro dia de aula, iria abrir uma exceção, permitindo que eu entrasse. Agradeci. Orientou-me a sentar onde estivesse vago e eu resolvi ficar em um lugar ao fundo da sala, próximo de um armário que tinha lá. O professor fez uma rápida introdução sobre mim e perguntou o meu nome.

— Emistre Ecchiore — Eu disse um pouco constrangido com todos olhando para mim como se eu fosse um estranho no ninho; e provavelmente o era.

— Quantos anos você tem?

— Dezessete. - Eu respondi meio tímido.

— Quem são seus pais?

— Enzo e Orchidea Ecchiore. Meu pai é diplomata e minha mãe secretária dele.

Por um momento, o professor pareceu pensar sobre aquilo. Talvez ele não conhecesse os meus pais, mas eles eram muito famosos por toda Verona, assim como Hogwarts.

— Alguns de meus alunos disseram que o senhor possui alguns… poderes… ou magia, isso é verdade?

— S-Sim — Eu estremeci pensando no que eles poderiam fazer comigo. Queimar na fogueira já não é mais "moda" desde o século 17 — Mas… eu não sei controlar isso ainda – Respondi sinceramente, mas tímido.

— Bem, eu não quero saber como você aprendeu tal coisa, mas devo avisá-lo para que você controle isso ou eu tomarei as devidas providências para que você não seja um tormento nessa escola - Disse o professor com cara de poucos amigos.

— S-Sim, eu… eu entendo, professor — Ser expulso de lá? Sem problemas. Afinal, eu sentia que eu não me encaixava ali mesmo.

O professor continuou a explicar mais um pouco da matéria até que o sinal tocou. Os alunos se despediram do professor enquanto ele arrumava suas coisas para a sua próxima aula. Então eu vi a garota que havia encontrado no corredor saindo da sala e intervi.

— Espera!

A garota virou para trás já nervosa e praguejando e então foi até mim.

— O que você quer, Emistre? - Disse ela sem muita paciência.

— Eu só queria dizer que eu gosto de você - Eu confessei.

— Mas eu não gosto de você. Você é esquisitão demais e você é mau. Aquilo que você fez no corredor? — Ela me lembrou — Aquilo foi muito cruel.

E foi embora sem ao menos me dizer o nome dela. A sala ficou vazia antes da próxima aula, e foi ai que eu ouvi o meu nome sendo sibilado.

— Emissstre Ecchiore!

O som parecia vir do armário da sala e ninguém parecia ter percebido. Levantei da carteira e fui até o armário. Quando abri as duas portas do armário, uma enorme cobra verde surgiu dentro do armário e começou a falar comigo. Claro, eu estava um pouco assustado com aquilo, mas não deixei me abalar. Cravei meus pés no chão e falei com ela.

— Quem é você?

— Eu sou Nagini. Uma serva de Lorde Voldemort. - Disse a cobra sibilando. - Interesssante! Você sssabe falar a língua das cobrasss - Continuou Nagini.

— O que você quer de mim? - Perguntei, desconfiado.

— De você? Nada. Ssssó gossstaria de avisá-lo que o Lorde das Trevas está esperando por você - Disse a cobra.

— Lorde das Trevas? Voldemort?  Quem é ele? Não conheço ninguém com esse nome – Respondi baixinho.

— Paciência, garoto. Logo você o conhecerá - Disse a cobra.

— Como… Como eu consigo ver você? - Eu indaguei, já que ninguém parecia se importar com uma cobra no armário da sala de aula.

— Porque eu sou real apenas para você. Ninguém pode me ver. A não ser que você deseje isso - Disse a cobra.

—  Deseje? - Eu disse, observando aquela cobra.

Quando pisquei a cobra já não estava mais lá no armário. Fechei o armário e voltei para minha carteira. Fiquei refletindo sobre a conversa. Por que eu podia não entender aquelas palavras difíceis dos livros na biblioteca dos meus pais, mas conseguia entender as palavras de uma cobra?

Meus dias naquela escola foram passando. A cada dia, um novo surto dos meus poderes e fui tentando me aproximar daquela garota que tanto me encantava. Até que um dia eu estava no pátio da escola e a vi lanchando sozinha, debaixo de uma árvore. Me aproximei lentamente dela.

— Posso me sentar aqui com você? - Ela olhou sério para mim e relutou um pouco sobre aquilo.

— Está bem, sente-se.

Eu a agradeci e comecei a conversar com ela.

— Qual é o seu nome? — Perguntei olhando para o chão.

— Lorena, Lorena Cagliostro - Ela disse.

— Lorena… Eu peço desculpas por não me apresentar apropriadamente, mas… eu sou tímido. - Eu disse novamente olhando para o chão.

— Tudo bem.

— Sei que não nos conhecemos e que isso parece apressado demais, mas… sinto que eu estou começando a me apaixonar por você. - Eu disse tentando olhar para aqueles olhos verdes encantadores. Meu nervosismo era tanto que os nervos do meu corpo ficavam trepidando, não conseguia falar com ela naturalmente, sem olhar para o chão.

— Eu já disse, eu não gosto de você. Você é muito sombrio e esquisito, não gosto disso! - Ela exclamou.

Resolvi dar um "basta" naquilo e gritei com toda a força de meus pulmões.

— Eu amo você! E sempre que eu estou nervoso, meus poderes afloram, mas eu não tenho nenhuma intenção de te machucar, porque eu te amo! E eu não vou machucar quem eu amo!

Foi então que eu comecei a sentir o vento me envolver em um círculo invisível e então, do nada, chamas começaram a saltar do chão e me rodearam, formando um círculo de fogo.  Lorena se levantou de onde estava e olhou para mim envolto naquele círculo de fogo.

— O que está acontecendo? - Ela indagou com medo.

— Eu não sei! - Vociferei de dentro do círculo, levantando-me.

As chamas começaram a crescer até se tornarem uma barreira de fogo. Lorena tentava falar comigo do outro lado da barreira, mas eu não conseguia ouvi-la, pois as chamas estavam imensas e intensas. Fechei os olhos, respirei fundo e tentei aquietar o meu corpo e meu espírito, respirando fundo. A barreira de fogo havia desaparecido.

Meu corpo estremeceu e eu cai de joelhos no chão. Fiquei inconsciente. Quando acordei estava sentado na poltrona de minha casa. Olhei para os meus pais que estavam parados perto de mim e me olhavam bem sérios.

— Outro surto de magia... - Disse o meu pai para a minha mãe.

— Nós precisamos mandá-lo para Hogwarts imediatamente – Respondeu minha mãe.

— Mãe, o que aconteceu? - Eu indaguei; eles não pareciam ter percebido que eu já estava são novamente.

— A diretora da escola nos chamou e disse que você estava inconsciente no pátio da escola e que havia um círculo de pó preto em volta de você. Você se lembra do que aconteceu, querido? - Indagou minha mãe.

— Não, eu só me lembro de ter falado com uma cobra verde que disse se chamar Nagini, e servir um tal de Lorde Voldemort. Quem é ele? - Eu perguntei, atônito.

— O mais poderoso bruxo de todos - A minha mãe respondeu, simplesmente.

— Como você sabe disso, mãe? - Indaguei.

— Eu e seu pai trabalhamos para uma unidade do ministério da magia daqui da Itália e fomos informados de que ele está em algum lugar por aqui. - Explicou minha mãe.

— Mas não tema, meu filho. - Interveio meu pai. - Quando você for para Hogwarts, tudo deverá ser esclarecido e você aprenderá a controlar a magia, assim como nós aprendemos quando fomos para lá.

Na manhã seguinte, minha mãe ligou para escola onde eu estudava e trancou a minha matrícula. Nós fomos no jato particular do meu pai que ficava num hangar ali perto da minha casa, no meio da floresta, e voamos para a Alemanha. Lá, nós fomos até a loja de varinhas do senhor Gregorovitch, um amigo de longa data dos meus pais, que me apresentaram. Gregorovitch me recebeu com uma alegria contagiante.

— Ah, Emistre Ecchiore! Filho dos meus queridos amigos Enzo e Orchidea Ecchiore. Eu prevejo grandes feitos para o senhor, Emistre – Disse, alisando um fio de seu bigode preto.

— Mykew. Nosso filho despertou sua magia - Disse meu pai.

— Maravilhoso! E vocês vieram aqui na minha loja comprar a primeira varinha dele, eu presumo? - Disse Mykew.

— Sim. Nosso filho vai para Hogwarts ainda este ano - Disse minha mãe.

— Bem, talvez eu tenha alguma varinha que se adapte a você, Emistre - Disse Mykew.

Mykew foi até a prateleira de varinhas e puxou uma caixa. Então ele retirou uma varinha feita de marfim com núcleo de corda de coração de dragão.

— Teste! - Disse Mykew.

Eu segurei a varinha na mão, mas ela começou a tremer e de repente desapareceu do nada.

— Parece que não é essa...- Disse Mykew intrigado com aquilo.

Depois de inúmeras tentativas frustrantes de achar a varinha perfeita para mim, Mykew olhou na última prateleira, onde havia apenas uma única varinha. Ele pegou a caixa, colocou em cima do balcão e a abriu com cuidado. Dentro estava uma varinha feita de madeira de ébano, núcleo de coral, com uma espiral prateada da ponta até o cabo e no pomo da varinha uma cabeça de cobra bem pequena em preto. Ela tinha 26 centímetros de comprimento.

— Essa varinha deve servir. É a última que sobrou da prateleira. Certamente ela devia estar esperando por você - Disse Mykew.

Tirei a varinha da caixa e a peguei. Comecei a sentir uma calmaria dentro de mim, meus cabelos esvoaçaram e assim que o efeito parou, eles estavam todos desgrenhados.

— Parece que achamos a varinha ideal para o senhor, Emistre - Disse Mykew maravilhado.

Guardei a varinha e meus pais pagaram Mykew, que ficou muito agradecido por ter vendido a varinha para mim.

— Muito obrigado, meus amigos - Estava com um sorriso aberto no semblante.

— De nada, Mykew - Disse minha mãe.

— Vamos, filho. Nós ainda precisamos comprar seu animalsinho no Beco Diagonal. - Apressou-me meu pai, que parecia ansioso por aquilo tudo.

— Está bem, pai.

Despedimo-nos do senhor Gregorovitch e voamos para Londres. Chegando lá, fomos até um pub onde todos que conheciam meus pais nos cumprimentaram. Havia uma parede de tijolos. Fomos até ela.

— E agora? - Indaguei, achando tudo aquilo muito esquisito.

Meu pai fechou o punho direito e bateu em um tijolo específico da parede. A passagem para o Beco Diagonal se abriu para nós.

E então, lá estávamos nós. No Beco Diagonal. Fomos andando pela rua que, como parecia ser costumeiro para meus pais, estava lotada de novos bruxos e bruxos fazendo suas compras. Os novos, que estavam lá para comprarem seus animaizinhos, livros e todo artigo para começar o ano letivo em Hogwarts, eram maioria aquele dia.

Nós entramos em uma loja de animais e fomos muito bem recebidos pela vendedora.

— Olá! Procurando um animalzinho para lhe fazer companhia? - Disse a vendedora, sorridente.

— Sim - Atestou minha mãe.

— Certo. Fiquem à vontade - Respondeu a vendedora.

Demos uma volta pela loja e notamos um gato preto de olhos alaranjados. Chamamos a vendedora e ela pegou o gato para nós e o colocou no balcão.

— Algo mais? - Indagou a vendedora.

— Não. Isso é tudo - Respondeu meu pai.

Meus pais pagaram a conta e saímos, levando o meu gato preto que eu chamei de Allegra.

Meus pais decidiram sacar um pouco mais de dinheiro no banco Gringotes enquanto eu esperava com meu novo amigo do lado de fora. Alguns momentos depois, meus pais retornaram com alguns sacos de dinheiro.

— Acho que agora estamos prontos - Disse o meu pai aliviado.

Estação de trem

Lá estávamos nós. Meus pais haviam me dado a passagem para Hogwarts que eles haviam conseguido para mim, provavelmente entrando em contato com a escola de magia e bruxaria, e seguimos para a estação 9¾.

Nós andamos pelas plataformas até que vimos duas placas: uma estava escrito 10 e a outra 9. Então meu pai lembrou:

— A plataforma é entre a plataforma 10 e a 9, você tem que atravessar a parede para chegar lá. Corra até ela e sairá do outro lado.

— Está certo.

Então meus pais começaram a se despedir de mim.

— Boa sorte em Hogwarts, querido - Disse minha mãe me beijando.

— Boa sorte, filho. E lembre-se: não use magia a menos que seja necessário - Disse meu pai me abraçando.

Então, após olhar meus pais atrás de mim uma última vez, eu corri com o carrinho contendo minhas coisas. Meus pais acenaram um adeus e em seguida desapareceram em uma fumaça verde. Quando eu finalmente atravessei a parede, lá na minha frente estava um trem soltando fumaça, pronto para partir dali alguns minutos, com uma grande placa escrita "Expresso para Hogwarts". 

E assim eu peguei o trem para Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Bom, primeiramente eu gostaria de agradecer a Dinahmitt por se oferecer para me ajudar a reformular essa minha fic.

Eu resolvi reformulá-la depois que eu comecei a ver uma fic de HP, e então comecei a ter algumas ideias. Espero que eu tenha acertado nessa reformulação.

É isso. Até mais!

O desenho desse capítulo foi feito por uma garota do grupo do nyah em um post.