Guerra escrita por Halt_Gabriel


Capítulo 9
Capítulo 9: Peço conselhos a uma múmia


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou ficando muito tempo sem postar, então, caso vocês queiram muito ler e eu demorar para postar, acessem através do orkut: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=100899438&tid=5462487150028907617&na=2&nst=76
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Eu não sabia o que mortais veriam. Na verdade, até eu acharia estranho um garoto montado em um pégaso ao lado de um centímano montado em um hipogrifo e uma frota destes logo atras.
  Chegamos ao acampamento magnificamente. Derrubamos umas três árvores, mas ninguém precisava saber. Souberam, no final das contas. Ah, mas isso não vem ao caso ! Os campistas todos comemoraram o reforço de Giges e os hipogrifos. Percy ficou bastante entusiasmado, Annabeth também. O chalé de Ares festejou como ninguém, e Tyson adorou sua chegada. Tivemos uma ótima janta, que ao seu final, recebi um chamado de Quíron. Fui a Casa Grande.
 - Parabéns, Héctor – falou, assim que cheguei lá.
- Obrigado, senhor – agradeci.
- Devo dizer que não esperava que você cumprisse com tanta perfeição uma tarefa deste calibre – “Ah, tá achando que eu sou otário ?!” Foi o que eu pensei na hora.
- Obrigado, senhor – forcei-me a dizer. Ele sorriu. - Você consultará o Oráculo. Fará o que ele mandar. E, depois... - suspirou – Só nos resta a Guerra.
- Sim, senhor. Como faço para ver o Oráculo ?
- Suba as escadas. O reconhecerá quando o vir. - Obedeci. Abri uma porta e adentrei a sala. Lá havia uma mesa cheia de intens. Observei-os. Alguns eram bem interessantes. Enfim, havia outro motivo para eu estar lá. Olhei a sala. Deparei-me com um tipo de sarcófago aberto e uma múmia de uns dez mil anos dentro. “Eu nasci, a dez mil anos atrás...”. Acho que se ela participasse de uma novela, esta seria a sua música da trilha sonora. Voltando ao assunto principal, o que aconteceu no momento seguinte foi estranhíssimo: ela soltou uma fumaça verde, e uma cobra saiu. Começou a falar:

Para a cidade da escuridão irás Terás aulas com o próprio Satanás Depois irá para a cidade dos sonhos e felicidades Que será local de mentiras e verdades Mas, no final, o herói retornará E, enfim, a Grande Batalha começará


  Fiquei atordoado. Voltei para a sala como um zumbi.
 - E então ? - perguntou-me Quíron. Balbuciei alguma coisa como:
- Névoa verde...cobra...rimas...
- Certo, o choque foi muito grande – balancei a cabeça várias vezes.
- Não, não senhor. Estou bem, estou bem...
- Então, o que exatamente o Oráculo disse ? - recitei para ele as palavras.
- Hmm... preocupante... preocupante...
- Preocupante... o que, senhor ?
- A profecia... creio que... creio que conhecerá seu pai.
- Como ?!
- Acho que “a cidade da escuridão” quer dizer “o Mundo Inferior”.
- Ah... meus...deuses ! C-c-como... quer dizer...eu vou, finalmente, pra lá ?
- Sim
- Wow ! Isso é uma coisa maneira !
- Acredite, nem tanto.
- Certo, quando eu vou ?
- Depois de amanhã !
- Nossa, rápido !
- Sim, missões não esperam !
- Er... o.k. - e a conversa foi encerrada.




  Os dois dias passaram voando. Nem deu pra fazer muita coisa. Enfim, chegou a hora de eu ir. Pouco antes de isso acontecer, Giges falou para mim:
 - Tome, é seu – puxou uma rédea. Deparei-me com o hipogrifo que havia derrotado. - É seu. Cuide bem dele.
- Obrigado ! - agradeci. - Ah, e por que chamou-o de “Hipogrifo das Sombras” ?
- Ah, sim ! Porque ele viaja pelas sombras.
- Ahn ?
- Logo entenderás. Agora, monte.
- Er, sim, certo... - pulei nas costas do animal. Ele saiu correndo, em direção a uma árvore. Deu uma freada brusca e saiu correndo novamente. Deu um salto e pulou no chão.
- Ai, m... - um buraco abriu-se e eu não vi mais nada. Só me lembro de alguns minutos depois aparecer em uma cidade movimentada, cheia de placas de neon, vários homens bebendo e fumando e alguns zilhões de cassinos.
- Vegas ! - exclamei. Nem tive muito tempo, pois o hipogrifo andava apressado. Foi neste momento que notei que uma bolsa pendia de sua sela. Corri até o animal e senti o peso. Nossa, pesadíssimo ! Dei uma espiadinha. Um bando de moedas de ouro ! Ok, naquela cidade, eu teria que tomar cuidado. Enfiei tudo na minha mochila da Nike e fui andando. Logo, estávamos na Valencia Boulevard. Acima, via-se uma placa, que tinha caracteres negros e os dizeres: “Estúdio de Gravações M.A.C.”. O hipogrifo relinchou. Achei que queria dizer entrar, então adentrei a sala. Olhando com o canto do olho, pude perceber algumas formas humanas. Cheguei em um homem alto, de óculos escuros e paletó de seda italiana, ao que parecia. Reconheci-o das histórias.
- Caronte ?
- Espere sua vez.
- Não estou afim.
- Mas vai ter.
- Você sabe com quem está falando, Caronte ? – praticamente sussurrei.
- Não, senhor. - ele não pareceu intimidado.
- Sou o filho de Hades, Caronte. - O.k., eu teria que suborná-lo bem provavelmente.
- E daí ?
- O senhor é um tanto displiscente. Posso torturá-lo.
- Não, não pode.
- Mas eu posso te dar... hmm... algumas moedinhas, certo ? - pequei o saco e abri-o. Peguei um bocado de moedas e fui deixando elas escorrerem entre meus dedos. - Que tal... 30 ?
- Pouco.
- 70
- Médio.
- 70
- Não.
- 80.
- Mais um pouco – fiquei irritado. Vai ver por isso o terninho dele começou a pegar fogo.
- Cinco – sibilei.
- Queime no inferno !
- Queime você – rugi, sentindo o fogo a minha volta. Joguei um pouco na cara dele. - Vamos agora, Caronte.
- Sim, garotinho – ele rugiu, de má (ou péssima) vontade. Eu não sei porque ele se rendera, mas acho que porque ele sabia que eu tinha potencial ou algo assim. Acho que eu deveria ter ficado surpreso com o que vi: Um rio negro, cheio de revistas em quadrinhos, bonecas caras e fotografias. Sonhos de pessoas. Eu estava prestes a atravessar o Rio Stix. Caronte entrou no barco, e fui atrás. Atravessamos o rio, e desembarquei em uma praia com areia negra. Fui andando. Vi três filas. Como tinha dislexia não tentei ler as placas. Só sabia que as filas das pontas eram...bem... enormemente enormes é uma boa descrição. Harpias voavam. Elas me lembravam um pouco as Fúrias, mas não me davam medo. Fui caminhando, até chegar em frente a grandes portões negros. Estava em um jardim cheio de trigo. Havia uma romãeira cheia de romãs douradas. Fiquei tentado a comer uma delas, mas sabia que não poderia ajudar meus amigos na batalha, pois ficaria preso eternamente no Mundo Inferior. Desviei meu olhar para o portão. Mal dei um passo e uma chama roxa apareceu. Um homem com cabelos longos e negros apareceu. Ele usava vários anéis de diamantes negros e rubis, e tinha um hobbie negro encrustado de diamantes. Assim que me olhou, seu rosto mudou de moreno para pálido.
- Você... está... vivo !
- Hmm... sim ! E acho que você sabia, pois me reconheceu como seu filho.
- Claro, claro... mas não sabia que era você... - pelo visto Annabeth estava enganada. - Achei que... tinha morrido pouco depois de quando nasceu !
- Por que preocupa-se tanto ?
- Porque, quando vi você pela primeira e durante 15 anos única vez, pressenti que seria um de meus filhos mais poderosos. - meu rosto queimou. Cara, meu pai era H-A-D-E-S. Nas histórias ele era bem perverso e não costumava elogiar.
  - Mas eu tinha esperanças – ele disse. - E, agora, você está aqui. Está mais do que na hora de você começar o treinamento.
- Treinamento ?
- Héctor... a Guerra está se aproximando. E você pode ser um guerreiro que faça total diferença. Agora vamos, entre no castelo. Temos que por os assuntos em dia...


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