Guerra escrita por Halt_Gabriel


Capítulo 3
Capítulo 3: Minha chegada ao Acampamento




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- Ei, Blackjack, ali ! - Ouvi alguém gritar.

- Percy !!! - exclamou Grover.

- Ei, Grover ! - em um movimento rápido um grande pégaso negro pousou, ao lado de dois outros Pégasos.

- Oi ! Percy Jackson – apresentou-se um garoto de cabelos negros  e olhos verdes.

- Héctor James – respondi.

- Certo... prazer ! Agora, espero que você não tenha medo de altura ! - sorri. Aquele cara parecia ser legal ! Eu e Grover montamos. Em um movimento um tanto brusco, levantamos voo.  A viagem não foi nem um pouco legal ! Eu estava desconfortável e inseguro, mas consegui chegar vivo ao acampamento.  

 

Desmontamos os pégasos. Quando chegamos, fiquei boquiaberto. Estávamos no alto de um morro, com um alto pinheiro, um carneiro dourado pendurado nele e um dragão de vigia. 

- Este é o Velocino de Ouro – informou-me Grover, apontando para o carneiro. - E este é Peleu – mostrou-me o dragão.

- Uau ! - foi só o que consegui dizer. E, mais adiante, vi coisas que me deixaram mais impressionado ainda. Uma extensa floresta, um grande campo de morangos, pessoas treinando com o arco-e-flecha, uma enorme casa e alguns chalés.

- Lá – Percy apontou para o conjunto de chalés – é onde você vai morar este verão.

- Legal – sorri. Descemos o morro. Percy e Grover foram me mostrando os lugares. Descobri que Percy era filho de Poseidon, tinha uma amiga (Annabeth) filha de Atena e sua rival era Clarisse, filha de Ares. Chegamos a tal casa grande. Curiosamente, a casa era chamada de Casa Grande pelos campistas. Percy foi embora, e eu entrei na casa com Grover. Logo, vi o centauro da mensagem-estranha.

- Olá, Héctor. - cumprimentou-me.

- Olá, Quiron- Como vai ?

- Bem, e o sr.?

- Bem... sente-se, temos muito que conversar. - sentei-me.- Vamos pelo começo. Por que vocês não tinham transporte ? - olhei para Grover, que me fez um aceno com a cabeça, dizendo para eu contar.

- Nós estavamos em um ônibus, tranquilamente. O motorista veio até nós e perguntou se estavamos bem. Respondemos que sim, ele virou um touro. Lutamos contra ele, o Grover me emprestou uma espada-caneta muito legal, eu usei-a contra o pescoço do animal e ele virou um bocado de pó ! Quer dizer, o pessoal do ônibus estava em pânico e nós não tinhamos motorista !

- Entendo... e você sabe de qual deus é filho ?

- Não. Nem ideia !

- Certo... Grover, leve-o ao chalé de Hermes. Ah ! E hoje a noite as Caçadoras chegarão, e amanhã a tarde teremos um jogo de Capture a Bandeira.

- Sim, senhor ! Ganharemos desta vez !!

- Assim espero.

- Tchau ! - eu e Grover nos despedimos

- Até logo. E, sr. Underwood, não se esqueça de trazê-lo mais tarde para conversar com o Sr. D. - Grover disse “sim” e nossa conversa com o centauro foi encerrada.

Chegamos ao chalé de Hermes. Um garoto recebeu-me:

- Olá, meu nome é Travis Stoll. Você pode ficar no chalé de Hermes enquanto não descobre quem é seu pai ou mãe olimpiano. Arranje um lugar pra dormir. - disse, com um sorriso travesso. Ocupei um espaço em um cantinho, joguei um saco de dormir lá e a minha mala também. Resolvi sair.

 

Estava na frente de um salão grande, com as portas fechadas. Abri-as e entrei.

- ...vou instrui-los esse ano – era Percy falando. Quando percebeu que eu havia entrado, falou:

- Ei, Héctor ! Venha ! - concordei com a cabeça e me sentei ao lado de umas dez crianças, algumas da minha idade e algumas uns anos mais novas. - Bom, Héctor, eu estava explicando para os novos campistas que eu sou o novo instrutor de esgrima.

-O.k.

- Então, vamos testar a habilidade de vocês. Em pares ! Héctor, quero que você faça dupla comigo.

- Claro ! - Sorri. Ele pegou a caneta – a mesma caneta que eu usara para matar o touro de Creta – e destampou-a. Eu acertara. Era aquela espada.

- Anaklusmos. Minha eterna parceira – disse Percy. - Pegue uma espada ali – apontou para uma caixa de madeira, com almofadas de couro dentro e várias espadas. Fui até lá e peguei uma espada de peso médio, um pouco complicada de ser equilibrada. - Vamos lá ! - exclamou Percy. Levantei a espada. O som de metal tinindo já espalhava-se pelo salão. Ele investiu. Bloqueei o ataque, e deu uma cortada a esquerda, facilmente bloqueada por ele. Agilmente, recebi o contra-ataque, em uma estocada nas costelas. Girei o corpo, desviando-me da lâmina. Resolvi apresentar-lhe os meus dribles de corpo. Fazia certas coisas com o pé, e podia muito bem imitar esses movimentos com a espada. Dei uma estocada na direção das costelas dele, que fez um movimento para defende-las. Girei a espada e bati com a empunhadura na barriga de Percy, que curvou-se. Coloquei a parte chata da lâmina rente ao seu pescoço.

- Acho que eu ganhei – falei, rindo. Percy levantou a cara, e forçou um sorriso.

- Bom... - falou. Senti uma pontada de desapontamento na voz. Estava claro que ele não havia gostado da derrota. Estendi a mão, que ele aceitou. Puxei-o.

- Classe, a aula acabou por hoje. Até o jantar – anunciou Percy. Deixei a espada na caixa e saí. Percy não falou nada.

A noite, no jantar, sentei a mesa de Hermes (jantavamos com as pessoas de nosso chalé). A mesa estava animada. Contavamos piadas, histórias e outras coisas. A mesa de Apolo puxou umam cantoria bem animada.Após alguns minutos, começaram a se levantar da mesa e dirigiram-se, com pratos em mão (com comida, coisa que eu achei estranha,mas imitei) a lareira. Jogaram o resto da comida, e ouvi Travis falando “Hermes, aceite minha oferenda”. Então imitei:

- Pai ou mãe, aceite miha oferenda. - voltamos para a mesa. Quíron, que estava sentado a mesa principal, levantou-se e comunicou-mos:

- Daqui a pouco, receberemos Ártemis e as Caçadoras, e amanhã a tarde, seguindo a tradição, teremos um jogo de Capture a Bandeira. Boa noite ! - todos aplaudiram calorosamente.Cantamos mais algumas músicas, e o jantar foi encerrado.

Quando eu estava voltando para o chalé de Hermes, Grover me chamou:

- Ei, Héctor ! Precisamos ir a Casa Grande !! Você tem que falar com o sr. D !

- Quem é sr. D ?

- O diretor do acampamento !

- Ah, D de diretor ?

- Não, D de Dioniso.

- O deus do vinho ?!

- Sim, sim. Longa história. Vamos ?

- Sim. - E nós fomos.  Quando chegamos, vi um homem baixinho, gordo, de olhos pequenos desafiadores e cabelos encaracolados mal-penteados.

- Toc-toc. - eu disse.

- Hm... oi. - respondeu o homem, que presumi ser Dioniso. - Você deve ser Hugo Jeffrey.

- Héctor James – corrigi.

- Tá, tá, tanto faz... seja bem-vindo ao Acampamento Meio-sangue e blá, blá, blá. Aquela coisa de sempre !

- Ahn... o.k. !

- Certo – interferiu Quíron. - Bom, se não se importa, vou ter uma conversa com o menino, Dioniso.

- Certo, tudo bem... - disse Dioniso, indiferente.

- Certo... você tem alguma dúvida ? - perguntou Quíron.

- Sim, algumas.

- Hmm... pode perguntar.

- Como vou saber quem é meu pai ou mãe deus ?

- Ele ou ela terão que admitir você como filho.

- Quem são as Caçadoras ?

- São parceiras de Ártemis, a deusa da caça. Fazem suas caçadas juntas, não tem qualquer relações com homens e são imortais.

- Ah ! E o que é um jogo Capture a Bandeira ?

- Uma tradição aqui no acampamento. Chalés fazem alianças e encaram seus adversários. O objeitivo é capturar a bandeira do adversário e leva-la para seu campo.

- Igual o pique-bandeira ?

- Pique-bandeira ?

- Esquece ! É um jogo mortal.

- O.k. - neste momento, uma trombeta soou. -Ah, as Caçadoras chegaram ! - avisou Quíron. - Vamos recepciona-las ! - E lá fomos nós, em direção ao morro do pinheiro.

- Esqueci ! - exclamou Quíron.

- Do que ?!

- Disto – Pegou uma caixa e entregou-me. Havia um cordão de bronze dentro.

- Um cordão de bronze ?!

- Sim. Puxe-o com força e vai virar uma espada. E não se preocupe. Ela vai aparecer na sua mão.

- Nossa ! Obrigado – eu estava realmente feliz.  

Quando chegamos ao topo do morro, Quíron deu as boas-vindas:

- Sejam bem-vindas, Caçadoras. Espero que passem bem a estadia aqui.

- Obrigado – disse uma garota. Ela tinha olhos meio amarelados, e cabelos cor de caramelo. Pelo seu olhar, percebi que era Ártemis. A seu lado estava uma garota com um manto prateado, assim como as outras Caçadoras. Tinha maquiagem punk e usava uma pulseira no braço direito. Ela olhava diretamente para o pé do morro.

- Thalia ! - ouvi um grito. Mas não era de somente uma pessoa. Eram duas. Olhei para baixo. E lá estavam Percy e uma garota de cabelos loiros e cacheados e olhos cinza-tempestuosos.  Ela me olhou atentamente, da cabeça aos pés.

- Presumo que seja Héctor – ela falou. Já estava a alguns passos de distância. Estendi a mão, que ela apertou.

- E você deve ser Annabeth – falei.

- Certo – ela sorriu. Retribuí o sorriso. E dirigiu-se a garota punk:

- Thalia ! Quanto tempo !

- Annabeth ! Percy ! Bom reve-los ! Onde está Grover ?

- Está com Juníper – respondeu Percy. Thalia sorriu.

- Bem – interrompeu Quíron. - Acho melhor as senhoritas dirigirem-se ao chalé de Ártemis.

- Claro. Vamos, garotas.

- Posso ter uma pequena conversa com o garoto ? - Thalia perguntou. Ártemis hesitou.

- O.k. Mas sem muita aproximação !

- Pode deixar – concordou Thália. As outras garotas seguiram Ártemis, e Thália iniciou a conversa:

- Oi. Héctor ?

- Sim. Thália ?

- É. Filho de...?

- Não sei !

- Ah, indefinido !

- Pois é... - olhei para ela. - Você também é uma meio-sangue, certo ?

- Sim. Filha de Zeus.

- Uau ! - exclamei. Quer dizer, não se vê uma filha de Zeus todo dia, certo ? Ela sorriu:

- Sinto que nossos futuros encontrarão-se. Mas agora, tenho de ir. - apontou para o pé do morro, onde Percy e Annabeth aguardavam-a. - Foi um prazer, Héctor.

- Igualmente – e ela foi, ao lado de seus amigos. E eu fui logo atras (meio confuso), voltando para o chalé de Hermes.


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Notas finais do capítulo

Para Mayumi: Tudo bem, foi só um empréstimo temporário ! XD

E a graça é VOCÊ imaginar o Héctor ! E obrigado pelo aviso !



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