Guerra escrita por Halt_Gabriel


Capítulo 1
Capítulo 1: Descubro que sou quase um Hércules




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Oi. Meu nome é Hector. Sabe, eu sou um semi-deus. Pois é, como os da mitologia grega, mesmo... só que eu não sabia disso até os 15 anos. Então, imagina um cara que é filho de um imortal, tem super-poderes e acha que o pai simplesmente o abandonou fica a vida toda achando que é normal e, depois, chega um garoto metade bode e a outra metade humano e te fala que você é o filho do deus. Pois é, anormal.

 

Foi em um dia normal da escola. 10:30 da manhã. Como de costume, o sino do recreio tocou, e eu e meus amigos saímos em disparada para a quadra de futsal. Falando nisso, é meu esporte favorito. E acho que ser filho de um deus te dá habilidades não só em uma batalha. Ou eu tinha um dom mesmo, sei lá ! Cara, eu sei que meus amigos jogavam bem. Alguns já haviam até ganho torneios, só que era meio... é... fácil driblar eles. Eu não costumo me exibir, mas chegar ao gol do adversário não era lá um grande desafio.  

Pois bem, naquele dia foi diferente !   O jogo começou. Meu amigo Luky (um garoto bem baixinho, que nem eu, de cabelos curtos e negros e olhos castanhos) rolou a bola para mim. Deu um chutão na bola, mas o goleiro, um garoto novo no colégio, fez um négocio realmente novo. Ele inchou muito. Muito mesmo.O gol do futsal já era pequeno, imagina com um gigante tapando ele ?!  E, em seguida, ele fez um negócio mais estranho ainda: devolveu a bola a uma velocidade incrível que eu, nem sei como, rebati. A bola estava em chamas, que nem um cometa. Ela explodiu no peito do gigante, e ele voltou a ter o tamanho normal.  Eu fiquei realmente atordoado. Primeiro, que ninguém incha deste modo. Depois, que eu fiz um negócio que nunca tinha experimentado antes no futsal. E em terceiro lugar, esse negócio que eu fiz nem resultou em um gol !  E  pro meu dia ficar completo, chega um garoto (um tal de Grover) que me empurra para dentro do banheiro, me joga em uma cabine, e vem com esse papo: eu sou um semi-deus ! Hahaha. Quem diria ? Aliás, sabia que o nome do homem-gigante era lestrigão ? Eu preferia chamar de ultra colchão inflável, mas tudo bem. Ah, também devo citar que esse Grover era o menino-bode. Pois é, ele baixou as calças e eu vi pernas de bode ! Empurrei-o e saí correndo. Fui para a enfermaria, inventei uma história (que a enfermeira aceitou !) e fui para casa.

Quando cheguei em casa, estava com muita dor de cabeça. Fui direto para o meu quarto. Sabe, eu sou um pouco inteligente,(mesmo tendo dislexia e problema de déficit de atenção). Sabia, por mais loucura que fosse, que isso poderia ser verdade. Quer dizer, eu nunca conhecera meu pai. Nem ao menos sabia quem era. Grego antigo era a única língua que eu conseguia entender realmente bem, e eu havia visto um garoto com pernas de bode e um outro garoto inflável ! Será que eu era um semi-deus ? De qualquer maneira, eu estava exausto, e logo dormi. O sonho foi estranho. Muito estranho.Eu estava em uma salinha de vassouras (que fica dentro do ginásio do meu colégio) com uma espada negra na mão. Grover, o menino-bode, estava sentado na minha frente. Ele falava:

- Desculpe, Héctor, pelo jeito que te dei a notícia. É só que... você tem uma aura muito forte, então fiquei muito ansioso !

-   Ahn... o.k - respondi, meio sem jeito. O sátiro levantou-se, e veio caminhando até mim. Estendeu a mão. Mas, quando fui aperta-la, ele virou um daqueles gigantes e me deu um tapa. Voei de encontro com uma parede. O cara era enorme ! Quer dizer, como eu ia ganhar de um gigante em um local tão pequeno como aquele ?!Tive uma ideia. Ele era grande, porém lento. Quando deu o segundo tapa, dei uma cambalhota. Corri , em direção ao cara. Ele ia me chutar. Quando o pé veio em miha direção, pulei para cima dele. Aquela coisa, que eu nem sei se poderia ser chamada de pé, descreveu um arco no ar. Juntei todas as minhas forças e pulei. Fui em direção ao peito do lestrigão e enfiei minha espada. O “Sr. Inflável” virou pó imediatamente, e minha queda foi amortecida.Acordei. Ainda era tarde. Eu estava suando feito um louco, mas tinha a sensação de que eu precisava ir ao tal quarto de vassouras. Decidi: no dia seguinte, iria.

 

  Fiquei no computador o resto do dia. Como eu havia suado por causa do pesadelo, quando minha mãe (ela e meu pai eram pais adotivos) chegou em casa, disse que tinha vindo mais cedo pois tinha estado com febre. O dia passou lentamente, como se estivesse brincando comigo. E, enfim, chegou o amanhã.As aulas foram chatas, como sempre. Só a aula de grego antigo me salvou ! E logo chegou o recreio. Me dirigi ao quarto de vassouras. Grover estava lá.

- Héctor ? Ah, bem, você está aí ! Sei que eu me precipitei ontem, mas... é... sei lá !

- Hmm... O.k. - respondi. Tentava não aparentar, mas estava morrendo de medo ! A história estava se desenrolando do mesmo modo do sonho, e ali eu não tinha uma espada !

- Certo. Vou explicar-lhe: Nossa, falei bonito agora ! Enfim, voltando ao assunto: você precisa ir ao Acampamento Meio-Sangue. Você corre ris...

- Acampamento Meio-Sangue ?

- Sim, um acampamento feito para meio-sangues. Semi-deuses, digo. Lá você vai descobrir quem é seu pai ou mãe, treinar para enfrentar monstros etc.

- Ah, sim.

- Então, você vai ?

- Difícil. Como eu convenceria minha mãe e meu pai ? Eles são pais adotivos, não sabem disso ! - Grover entregou-me um papel. Dei uma olhada rápida.- Acampamento de verão ?

- É. Você treina somente aos verões, seus pais vão achar que é uma coisa educativa e você aprende a se defender dos monstros ! Ou você quer continuar enfrentando lestrigões ?!

- Estou dentro ! Então, no quinto dia de verão ?

- Exato.

- O.k. Está combinado ! - e saí. Certo, aquilo foi meio estranho. Mas eu iria para um acampamento, ao menos ! Afinal, o que poderia dar errado ?


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