Dias intermináveis. escrita por Smitchkoff


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá serumaninhos. Aos fãs de NaruHina ♥
Escolhi essa capa referente ao último filme do piratas do caribe (meu filme favorito) achei que combinou perfeitamente ♡

Espero que gostem!!
Boa leitura, desculpem qualquer erro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710040/chapter/1

Sempre ia até aquele lugar, era seu esconderijo secreto, a boca do leão como gostava de chamar a gruta onde sua entrada era escondida pelas folhas das arvores que cresciam ao seu redor. Encontrou aquele lugar enquanto caminhava, procurando animais aos quais nunca havia visto e quando encontrava algum, anotava em seu caderninho que sempre carregava consigo.

Mas aquele dia algo o surpreendeu mais do que qualquer coisas nesses seus treze anos de vida. Sabia que elas existiam, mas em todo aquele tempo nunca tinha tido a oportunidade de vê-las pessoalmente, achara até que eram simples contos. Mas lá estava ela, de costas para ele, observando sua barbatana. Uma sereia.

Já havia visto fadas, elfas, ninfas, belas mestiças, e até mesmo bruxas mas nunca uma sereia. As havia imaginado em sua mente pelas histórias que ouvia. Seres misticos, belamente esculpidos pelos deuses e jogados a terra amaldiçoando as vidas dos pobres homens que caiam em seus feitiços.

Tendo isso em mente devia dar meia volta e ir embora. Mas a curiosidade não o permitia sair dali, ele queria olha-la, fazer-lhe perguntas se possível. Um passo em falso foi o suficiente para causar barulho e assustar a criatura que o olhou rapidamente e mergulhou fugindo. Arregalou os olhos, aquilo não podia ser verdade, xingou-se mentalmente.

— Ei, espera. – Gritou na esperança que o escutasse.

Agachou-se desesperado a beira do lago redondo e profundo que havia no meio da caverna. Mergulhou a cabeça na água apoiando as mãos em terra. As águas claras possibilitavam a vista da sereia que o olhava la de baixo, estava boquiaberto, tentou proferir alguma palavra mas fora, obviamente, impossível. Em um solavanco voltou a cabeça para tomar ar enquanto tossia.

Olhou novamente para o lago verde a sua frente vendo suas esperanças voltarem com força olhando-a ali, imersa na água estava metade do belo rosto da sereia. Sua pele leitosa contrastava com o preto azulado de seus cabelos, ficou vidrado pela cor exótica de seus olhos perolados comparando-os com a lua, não aparentava ser mais velha que ele no entanto pensava se seus anos de vida comparavam-se ao da criatura a sua frente.

— Então as histórias eram reais. – Indagou ele. – Meu nome é Naruto. Uzumaki Naruto. – Falava sorridente enquanto era encarado de forma amedrontada. – O que há? – Inclinou-se ele para frente. – Você não sabe falar? – Questionou. Até onde sabia nas histórias eram seres normais que falavam sua linguá.

— Meus pais dizem que não devo falar com estranhos. – Respondeu ela sem encara-lo suas bochechas adquiriam um tom rosado, em seu interior arrependia-se de ter desobedecido a regra que havia lhe sido imposta.

— Mas se nós nos apresentarmos não seremos mais estranhos. – Proferiu o menino com um largo sorriso no rosto fazendo com que a morena o olhasse de cenho franzido.

—  Hyuuga Hinata. – Respondeu contrariada olhando para algum lugar que não fosse os olhos azuis do rapaz.

— Belo nome, assim como você. – Comentou ele vendo-a corar mais ainda e mergulhar novamente.

— Que? – Exclamou assustado. – O que eu fiz dessa vez? – Gritou. Pouco tempo depois vendo-a imergir com o olhar longe do seu.

— Foi direto de mais.

— Oh, - Coçou a cabeça, sua expressão agora um pouco constrangida. – me desculpe. – Quantos anos tem? – Quis desconversar.

—  Onze... E você?

— Treze. – Sorriu-lhe.

Silencio instalou-se entre os dois. Ambas as mentes curiosas sobres os seres ao qual viam pela primeira vez. Naruto em dado momento pegou seu caderno e descrevia sobre a sereia a sua frente, falava como aparentava ser fisicamente de como parecia ser tímida e reservada. Para ele não importava se não tinham um assunto para quebrar o silencio no momento bastava a presença do ser que a tempos gostaria de ver. Sem perceber havia feito um esboço do rosto angelical de Hinata. Corou. Sem duvidas era a criatura mais bela que já vira.

Nervosismo passava por seus músculos não a deixando mover-se de seu lugar, desde a ultima palavra do garoto a sua frente não atreveu-se a ser aquela que quebraria o silencio entre eles. Pôs-se a arrancar olhares pelo canto dos olhos analisando-o vez ou outra. Um humano. Já havia ouvido falar. Eram descritos por sua família como seres impiedosos, maldosos e mentirosos. Devia sair dali o quanto antes. Olhou ao fundo do lago onde se tornava escuro pela profundidade. Um calafrio percorreu sua espinha.

Os olhos azuis do rapaz mantinham-se concentrados em algo em seu caderno, algo que ela não sabia dizer o que era. Vez ou outra seus olhares chocavam-se e via-se na obrigação de desvia-los. Seu rosto era de pura serenidade, seu ser esbanjava alegria quase pode sorrir ao encara-lo. A pele naturalmente bronzeada os cabelos loiros arrepiados, lembrava-lhe o sol. Olhar ele dava um conforto em seu coração. Corou violentamente logo balançando a cabeça de um lado para ao outro na tentativa de mandar para longe tais pensamentos. O que seus pais pensariam sobre isso... Era loucura.

Viu-a remexer-se inquieta na água, parecia assustada com algo. Vê-la ali o fez pensar como poderia ter entrado em seu esconderijo. Pois a olhar para baixo, talvez tivesse uma fenda por onde ela tivesse passado, pensava. Pôs a olhava novamente e uma pergunta lhe veio a mente.

— As historias, – Sua voz ecoou pelo local fazendo-a com que o olhasse. – são reais? De que vocês hipnotizam os homens e os levam para as profundezas e os matam afogados? – A sereia arregalou os olhos.

— Não, Não. – Negou balançando incessantemente a cabeça enquanto suas mãos balançavam em frente seu rosto.

— Então o porque das historias?! – Questionou deitando-se de barriga para baixo esperando que ela esclarece sua duvida.

— Bom, até onde eu sei, - Começou ela hesitante. – haviam dois tipos de sereias. – Parou um momento parecendo querer lembrar-se de algo. – Eu não sei ao certo, mas enfim. Eram as boas e as más... As que faziam tais atrocidades eram dadas como bruxas e tinham como destinos serem caçadas até a morte. – Olhou para o menino que prestava atenção em suas palavras.

— E você é o que? – Perguntou ele ainda encarando-a vendo que esta não havia entendido. – Digo se é boa ou má.

— Sou boa, logico!

— Como que eu vou saber? – Perguntou mais pra si como pra ela mesma.

— Acha mesmo que se eu fosse má você ainda estaria ai me encarando? – Rebateu cruzando os braços vendo-o concordar. – Eu também já ouvi histórias sobre vocês humanos. – Encolheu-se sobre o olhar atento do rapaz. – Não muito diferente do que escutou sobre mim... Minha família diz que humanos sãos maus, impiedosos, fazem de tudo para conseguir o que querem. É verdade? – Agora o menino tinha suas sobrancelhas franzidas.

— Sim é verdade. – Suspirou tristemente. – Fazem de tudo, mesmo se isso custar a vida de seus familiares...  – O semblante da menina antes amedrontado agora triste vendo que o brilho de Naruto havia sumido

— O que aconteceu?

Vendo que o assunto iria manter um dialogo entre os dois poi-se a falar mesmo este sendo um de seus maiores fardos. Culpava-se pela destruição de seu clã mesmo seus pais dizendo que aquilo era pura ganancia dos superiores que tinham medo do desconhecido. Naruto era mestiço. Seu pai era um Elfo e apaixonou-se pela guardiã das floretas do norte, uma poderosa raposa vermelha de nove caldas. Seus pais faleceram assim que ele nasceu, deram sua vida para protege-lo, por carregar o espirito da raposa os anciões do clã ao qual seu pai pertencia declararam sentença de morte ao recém nascido por temerem que ele virasse uma terrível besta. E desde então fugia com a ajuda de seu Tio por parte de pai, Jiraya, para o mais longe possível de sua terra natal. Os sinais que demostravam essa realidade eram suas três marquinhas em cada bochechas como bigodes de raposa.

— São fofas. – Hinata sorriu para ele deixando-o ainda mais maravilhado.

Hinata mantinha-se mais perto da beira junto dele. Estava mais relaxada para que se deixasse ficar perto o suficiente ficando de bruços sobre a terra onde o loiro ainda encontrava-se deitado, parecia não se importar em ter seu dorso a mostra os cabelos escuros caiam por suas costas e por sobre o peito escondendo os pequenos seios. Estando tão perto não pode conter o impulso de tocar-lhe o rosto bronzeado em cima das finas marcas. Ficando este, estático ao toque suave da menina, não se permitia mexer-se caso contrário a afastaria.

Aquilo fora de lá a coisa mais ousada que fizera. Somente naquela inicio de tarde havia quebrado duas regras de seus pais, que exemplo de irmã mais velha ela seria? Mais também o que poderia fazer?! Tudo lhe era contraditório. O monstro ao qual descreviam nas histórias não era nem metade do que via ali. Naruto era amável, gentil e alegre.

Mas assim como sua raça, teriam de haver humanos bons e ruins. E nele ela via o que eles teriam de bom e esperava que esta fosse a primeira impressão de Naruto sobre ela também.

— Você... – Naruto começou voltando seu semblante triste. – Tem uma família? – Mantia o olhar baixo, mas assim que fez a pergunta os levantou encontrando os dela.

— Sim e devem estar me procurando... – Respondeu apreensiva olhando para o fundo do lago.

— E porque não volta? – Ela sorriu constrangida.

— Eu não entrei aqui porque eu quis... – Começou. - Fui pega por uma correnteza, vi o buraco e nadei até aqui. Agora não consigo voltar, está escuro lá em baixo, na verdade estou com medo. – Desabafou em um único folego. Naruto por outro lado pôs-se a gargalhar rolando no chão . Hinata inflou as bochechas de raiva e saltou de costas mergulhando.

— Ah, de novo não. – Virou sentando-se enquanto limpava uma lagrima de seus olhos. Olhou o a silhueta da morena emergir, enquanto tentava formular alguma frase para desculpar-se ela fez um pequeno biquinho e lhe cuspiu água acertando seu rosto.

Depois do ato, eles riram e continuaram uma conversa saudável. Naruto propôs-se a mergulhar e ajuda-la a achar a saída, mas com a condição que se vissem todos os dias naquele mesmo horário, Hinata concordou prontamente e então entrelaçaram o mindinho e fazendo a jura a promessa foi celada. Ainda estava cedo então conseguiriam faze-lo antes do anoitecer. Afastou-se da beira pegando uma bolsa de pele de animal e retirou uma pedra, de longe simples mas sendo colocada em ambientes escuros ela brilhava na intensidade da escuridão que a cercava, explicou para Hinata que piscava encantada fitando a pedra de coloração âmbar.

Quando encontraram a saída Naruto entregou-lhe a pedra retirando outra do bolso, assim ela não teria medo não só de nadar de volta por aquele caminho como em outros aos quais ela poderia encontrar. E assim os dias se seguiram. Todos os dias cada um trazia algo que achava interessante de compartilhar com o outro. Trocavam segredos e compartilhavam novidades tal quando Hinata chegara com a pedra âmbar em volta no pescoço em um belo colar trazendo uma corrente para que o loiro fizesse o mesmo.

Certo dia a sereia pediu-lhe que nadasse com ela. Haviam nadando apenas uma vez, na qual ele a ajudara a sair dali e depois disso somente a observava de longe. Aceitou retirando sua blusa e sem aviso saltou para dentro do lago. Graças a sua boa alimentação e ser saudável conseguia prender a respiração por bastante tempo conseguindo então desfrutar o máximo da companhia da morena. Via detalhadamente as escamas brilhosas que compunham a barbatana roxa escura de Hinata que iam até o meio das costas de forma menos evidente. Nesse dia apostaram corrida vendo quem nadava até o fundo mais rápido ou aquele que trazia algo mais interessante para cima.

Em um de seus encontros Hinata contara que ao atingir dezoito anos ela teria o poder de realizar um único pedido de uma única pessoa dissera que não sabia ao certo quais pedidos poderia conceder, mas que aquilo a assustava pois aquele a quem ela lhe concedesse o desejo seria também o destinado a manter-se junto a si para o resto de sua vida. Sorriu de forma sonhadora, aquilo soava-lhe tão romântico.

Um ano e alguns meses haviam se passado e a revelação do desejo ao qual Hinata lhe dissera tomava-lhe a mente. “Seria aquele a quem ela pertenceria para o resto da vida” pensava. Aquilo doía em seu coração, machucava mais do que se colocassem ervas medicinais em sua ferida exposta ou que apunhalassem pelas costas. Estava decidido a ser aquele quem receberia o pedido. Tendo isso em mente iria arranjar um jeito de falar com ela sobre o assunto da maneira mais normal possível. Pelo menos era o que achava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Awm, o que acharam?
Comentem por favorrrr, quero muito saber se está bom.

Até o próximo, beijinhos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dias intermináveis." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.