M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 19
A.M - Destino cruel


Notas iniciais do capítulo

Parte 4 - Final



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Anteriormente nessa história: Alvo conheceu Max na festa de Natal da Toca. Logo se sentiu atraído por ela, mas ficou completamente desorientado aos saber que ela era trouxa.

 

A.M

Furtivamente ele pulou de um galho a outro, observando do topo de uma árvore o local onde a pouco tempo aconteceu uma festa. Era um salão em uma propriedade privada, muito "privada". A propriedade pertenciam aos Parkisons, uma das muitas casas que a família de renome possuíam no oeste do país.

Alvo não poderia ser visto ali. Ele ainda era um agente em treinamento, estar investigando uma das maiores famílias do Mundo Bruxo sem autorização faria sua carreira como auror ser quilhotinada, se fosse pego. Ainda bem que ele tinha uma vantagem... era um animago e poucos sabiam disso. O Ministério sabia é claro, mas eles tinham mais o que fazer do que se importar para onde Alvo Potter ia e vinha transfigurado em um gato selvagem preto de olhos verdes. Na verdade eles achavam muito útil um auror com tal habilidade.

Quando achou que estava seguro os arredores, ele desceu da árvore em um pulo e voltou a forma humana. Não tinha ninguém na propriedade, pelo menos parecia. Alvo caminhou em direção ao salão de festa e com um feitiço destrancou a porta. Sorrateiramente entrou sem fazer barulho. O lugar era muito amplo e elegante, Alvo se perguntou por alguns instantes se os pais de Hoold Parkinson permitiam que ele desse festinhas estilo trouxa e com drogas por ali. Provavelmente não, trouxas não era muito o fetiche dos Parkisons mais velhos.

Alvo examinou todo o salão, não encontrou nada. Qualquer evidência já teria sido limpa, escondida. Fazia meses que o caso de Molly aconteceu... se elas tivessem contado antes teria sido muito mais fácil.

— Quem está ai? — Uma voz idosa veio da porta do salão

Rapidamente Alvo se escondeu embaixo da capa da invisibilidade e caminhou sem fazer barulho na direção da porta. Ele parou de frente para um velho senhor de roupas surradas, devia ser o cuidador daquela propriedade.

Percebendo que não havia ninguém e não sentindo a presença do jovem sob a capa invisível, o velho deu as costas para o salão e Alvo o seguiu esperando obter algo novo.

— Aguar as plantas, consertar o corrimão da escada, alimentar os elfos... — O velho resmungava seus afazeres do dia enquanto ia em direção ao jardim florido.

Alvo percebeu que seguir o cuidador seria inútil e fazer-lhe perguntas, como um auror faria, estava totalmente fora de mão. Se aquele senhor fosse fiel aos Parkisons ele, Alvo, estaria ferrado. O rapaz estava se afastando, mas então se deteve ao ouvir o senhor resmungar:

— Crianças fazendo orgia embaixo do meu nariz... garoto insolente o senhor — Ele foi até o poço e puxou um balde de água e a transferiu para um regador — Com aquelas balinhas...

O senhor largou o regador no chão e pegou um pacotinho com bolinhas coloridas do bolso...Alvo já tinha visto aquilo antes e podia afirmar com toda certeza que não eram balas... O velho levou uma delas a boca e em segundos começou a ficar tonto e caiu no chão abobado e sorrindo.

— Adoro as balinhas — Ele dizia para o saquinho de plástico nas mãos.

O rapaz sob a capa aproveitou a oportunidade e descobriu-se, guardando a relíquia mágica. Ele usou um feitiço de transfiguração temporário no próprio rosto para mudar alguns traços e se aproximou do velho senhor. Agachou ao lado dele e o homem deu sorriso bobo.

— Olá!

— Olá, senhor... — Alvo respondeu simpático.

— Bhutew. Você quer uma? — Estendeu o pacote.

— Sim, claro! — Ele pegou uma "balinha" verde e guardou no bolso da capa — Por acaso o senhor sabe onde vende mais dessas por aqui?

— O Gunt vende.

— Ah sim, O Gunt — Alvo conhecia aquele nome dos relatórios do Ministérios... aquele criminoso já dava problema a muitos anos — Obrigado, senhor Bhutew!

— Hey! Quem é você? — Por alguns instantes a lucidez e desconfiança passou pelo olhar do velho.

Alvo tirou a varinha do bolso e sussurrou "obliviate" fazendo o velho cuidador da casa dos Parkisons esquecê-lo. Em seguida o jovem se transformou e saiu correndo rapidamente para fora da construção. Logo chegou à cidade mais próxima, ela era meio trouxa e meio bruxa.

Como um gato, ele se esgueirou por entre os becos e as casas. Ele pretendia ir ao Ministério, procurar mais informações sobre O Gunt e examinar aquela "balinha" que poderia ter sido a droga usada em Molly. Mas antes ele decidiu examinar a cidade. Seria bem provável que o vendedor ilegal poderia deixar pistas por ali.

Sem obter sucesso em sua busca, Alvo voltou a forma humana e começou a anotar em um caderno todas suas novas descobertas. Atento no que fazia ele não viu a pessoa que vinha em sua direção e eles se chocaram. Ele desequilibrou, mas garota foi direto para o chão e algo de suas mãos caiu se espatifando em pedaços.

— Essa não! — Ela gemeu triste lamentando os destroços de sua câmera fotográfica.

— Me des... — Alvo se apressou em ser educado, mas logo se calou não acreditando em quem via — O que faz aqui? — perguntou um pouco rude.

— Eu moro aqui! — Max respondeu no mesmo tom apontado um prédio pequeno bem ao lado deles.

Na entrada do local estava escrito Alojamentos Universitários. Alvo sentiu uma vontade esmagadora de desaparatar no mesmo instante, mas algo dentro dele o mandava ficar e trocar pelo menos mais uma frase com a garota. Eles não se falaram, muito menos se viram, depois do natal na Toca. E ele esperava do fundo do coração nunca mais vê-la, mas aparentemente o destino não estava a seu favor.

— Você poderia pegar sua varinha e concertar por favor? — Ela mostrou-lhe o equipamento quebrado.

 — Não! — Ele respondeu arrogante, como se fosse obvio que jamais faria algo assim.

— Ótimo! Eu não precisava dela mesmo para fazer meu importante trabalho para aula de cores — Max evidentemente se irritou com a forma que ele falou com ela — Tudo bem, eu peço para Louis.

Max deu as costas e andou pisando duro para o alojamento. Alvo a observou ir... no fundo se arrependendo, pois poderia pelo menos tê-la ajudado. Não tem nada de mais em ajudar as pessoas, mesmo sendo elas trouxas. Mas ele não conseguia reagir de outra maneira senão com raiva toda vez que pensava naquela garota, portanto falando com ela não seria diferente.

Ele observou as janelas do prédio e viu uma delas, minutos depois, se abrir. Não precisou de mais para deduzir que aquele deveria ser o quarto de Max. Então se transformando, escalou o prédio com habilidade e parou no parapeito da janela. A moça estava deitada na cama, com o semblante triste e lia um livro sobre fotografia.

Sabia que não deveria estar fazendo aquilo, mas ele não pode evitar. Alvo sentou sobre as patas traseiras e ficou observando-a atentamente. De repente Max pareceu tomar consciência de sua presença. Abaixando o livro ela olhou diretamente para ele.

— Oi, amiguinho — Falou gentil e levantou da cama indo em direção a janela — Tudo bem? Está perdido? Com fome?

Max sorria, mas o sorriso morreu quando ela percebeu que havia algo muito estranho com o aquele gato... os olhos, algo nos olhos dele não estava certo...Algo familiar... Chacoalhando a cabeça, ela jogou para longe os pensamentos. "É apenas um gato, Max" pensou para si mesma.  Voltou a sorrir e esticou a mão para acariciar a cabeça do gatinho. Mas, no mesmo instante, ele correu e desapareceu por entre as casas da cidade.

O que ele estava pensando? Alvo se indignava com sigo mesmo enquanto corria. Espiar a garota? Ela poderia estar se trocando ou algo pior. Invadir a intimidade dela? Não foi correto o que fez, o que estava havendo com ele?

Ainda sobre as quatro patas, o rapaz corria e dizia para si mesmo que não era um pervertido. Nunca mais faria algo assim. Nunca!

 


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