Meu gatinho escrita por Beilschmidt


Capítulo 8
Oitavo


Notas iniciais do capítulo

Oioi~
Então, postando hoje porque amanhã eu vou passar o dia fora em um churrasco com a família, e já to meio tristonha porque vou passar um bom tempo sem falar com meu namo :C, to sem crédito pra entrar na net..logo não poderia postar o cap.
Espero que fiquem felizes 8D
Tadinhos de vocês, a fic vai acabar na quarta gente.
Não chorem, eu sou sensível D8
Bjs.



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Fazia frio aquele fim da tarde de quinta, mas mesmo assim o felino estava atacado e corria feito uma bala pela casa toda.

Bridgette tentava ler um artigo em seu computador, mas não conseguia se concentrar com tamanha alegria que Adrien estava. Ter seus sentimentos correspondidos o deixava eufórico demais, precisava ter Marinette ali para abraçar, fazer-lhe cafuné e mima-lo muito. Mas ela estava em aula e só voltaria em uma hora, ele não aguentava mais. Seu rabo balançava freneticamente. Corria a casa toda e parava na porta, na expectativa de que ela entrasse ali logo e o aconchegasse em seus braços.

— Adrien, fica quieto um pouco! — resmungou Bridgette que já estava desistindo de tentar ler pela quinta vez o segundo parágrafo.

Félix vinha da cozinha com uma xícara de chocolate quente, que entregou à garota.

— Aconteceu algo para ele estar assim, isso não é normal. — disse ela — E ele nem sequer me escuta, e duvido muito que se destransforme para dizer. — passou a mão pelos cabelos, já cansada de encarar a tela do computador, seus olhos ardiam a ponto de lagrimar. Pegou a xícara e levantou-se, puxando-o consigo até o quarto.

O modelo sequer disse algo. Preferiam deixar a casa a mercê daquele ataque felino de Adrien do que acabar por perder a paciência, que já era pouca.

Em um dos poucos momentos em que ele parava e ia beber água, Adrien voltou a sua forma humana, cansado e… muito feliz. Ainda não conseguia acreditar. Foi rapidamente até a cozinha e encheu um copo de água.

— Ué, cadê o povo? — disse Marinette assim que abriu a porta da sala e não viu movimento algum.

Adrien aguçou as orelhas e quase se engasgou com a água. Assim que terminou, correu até ela, derrubando-a no sofá. Marinette, atordoada, franziu as sobrancelhas como quem pergunta “Que foi que eu perdi enquanto estava fora?”. A porta do quarto abriu-se lentamente, então, revelando Félix. Vinha carregando a xícara, antes cheia de chocolate.

— Ele está atacado desde que saíste. Vira-te logo com ele que a Bridgette não aguenta mais a correria dele pela casa toda.

Suspirou, estava cansada. E tinha mais aquilo para lidar.

.x.

Em frente à porta da casa, Marinette ajeitava o gorro preto que fizera, encaixando-o de forma que não apertasse as orelhas de Adrien. Ela tinha prometido que o levaria para passear pela praça assim que este se comportasse e ficasse quietinho enquanto ela almoçava. Cumprida, a promessa ali estavam eles.

Fechou a porta e pôs sua bolsinha rosa, enlaçou seus dedos nos dele. A mão grande e quente envolveu-a, deixando-a com um enorme sorriso tímido.

À medida que eles caminhavam, Adrien foi pensando no que dar a garota como uma forma de agrada-la. Mas para isso precisava de dinheiro. Todo o mês ganhava uma quantia de Félix para que pudesse usar com o que quisesse, mas como ele mal saía de casa sem companhia, ele apenas guardava. Ali estava a chance de poder usar para comprar algo.

— Marinette! — uma voz aguda e infantil soou bem perto.

— Manon?

Manon era uma garotinha, filha de uma amiga de sua mãe. Ela passeava por ali e a viu, tinha em uma das mãos um algodão doce. Sua mãe estava ali perto comprando sorvetes, acenou para Mari. A garota acabou indo parar no colo dela, como sempre gostava.

— Oi Mari, vamos brincar? — disse, a voz dela irritava nas orelhas de Adrien, agudas demais — Quem é ele? É seu amigo?

— Bem…

— É seu namorado?

— Olha… sim. — sorriu.

Os olhos de Adrien brilhavam contentes, adorava seu novo posto.

— Qual seu nome? — disse curiosa.

— Adrien.

— Eu sou a Manon. Por que ele tem um gorro mais bonito que o meu? — disse ela ao puxar de uma vez a peça do loiro para ver mais de perto.

Adrien entrou em pânico. Suas orelhas foram expostas tão facilmente que sequer pensou no que dizer, muito menos de tentar pegar o gorro de volta. Manon olhou aquilo e abraçou o pescoço de Marinette.

— O que é isso? Por que ele tem orelhas de gato?

As pessoas que passavam ali ficavam olhando o garoto. Adrien se encolheu já prevendo os comentários maldosos que passou a vida ouvindo. Suas mãos tremiam e ele queria poder sumir dali. Mas não deixaria Mari sozinha.

— Ele é assim, Adrien é um doce de pessoa, por que não brinca junto dele? — sorriu puxando o garoto pelo braço, tentando passar confiança.

Os comentários não vieram. Apenas um puxão de Manon pedindo que pudesse brincar com ela. A garota realmente não se importava com as orelhas.

— Não fique nervoso, tu estás comigo e eu não vou deixar que passe pelo que passou antes. — a mão dela deslizou pela bochecha dele, como da primeira vez que se viram naquela noite chuvosa de sexta. Ele tremeu.

— Mas, Marinette…

Pegando o gorro da menina, Marinette o pôs no loiro novamente. Apertou de leve seu nariz e sorriu.

— Vá se divertir um pouco.

.x.

Bridgette olhou para a janela, sabia que desde cedo aquele fotógrafo estava ali apenas esperando um momento para que pudesse registrar qualquer coisa que seja de Félix Agreste. Não bastasse ter batido boca com um mais cedo, quando saíra para comprar pães para o café da manhã, agora era aquilo.

Já havia ligado para o loiro pedindo que ele desse um fim naquela situação, mas Félix não dera sinal de vida desde que saiu da casa para resolver esse problema com o pai. Esperava ansiosa pela ligação dele.

— Ao menos isso. — disse Félix ao entrar subitamente pela porta — Bridgette?

Ela levantou-se do sofá e o abraçou, dando-lhe um selinho.

— Como foi?

— Ouvi um sermão dele, que era para ser um modelo comportado e esses “bla, bla, bla” de sempre. Eu não ligo.

—E sobre esses enxeridos? — apontou para a janela, ele sabia muito bem do que ela estava se referindo.

— Meu pai disse que iria conversar com o chefe desses caras, está tudo bem.

Ele a derrubou no sofá beijando-a. Bridgette rapidamente olhou para a janela, e o tal cara não estava mais lá. Ao menos isso estava resolvido. Não gostaria de ter a sua vida pessoal e pacata ser espionada daquela forma somente por causa do Agreste. Já que ela era bem capaz de espanta-los nem que seja na base do punho mesmo, o modelo sabia muito bem disso. Então a única maneira que ele achava viável seria falar com o pai e achar uma solução para uma possível invasão de privacidade.

Félix sabia que seu pai poderia muito bem ser assustador quando queria; por isso ele sorriu vitorioso quando Gabriel aceitou conversar com os chefes daqueles fotógrafos. Nada daquele ocorrido iria interromper os compromissos profissionais do loiro assim que este voltasse de suas folgas.

— Sabe aquela sobremesa que adoraste na Itália?

Tiramisu?

— Sim, eu preparei hoje, como um teste. — seus olhos brilhavam — E tu serás a minha cobaia, vá lá provar.

Félix adorava ser a cobaia das receitas novas que ela cozinhava.

.x.

Assim que a porta da sala se abriu e os dois entraram, deram com o casal deitado no sofá, dormindo. Adrien olhava a cena enquanto permanecia agarrado ao braço de Mari. Em silêncio eles entrarem sem fazer muito barulho, dirigindo-se à cozinha.

— Aqueles dois são tão lindos juntos. — murmurou a garota — Em pensar que demorou tanto tempo para se der conta disso. Que bobinhos.

— Mais tempo do que a gente?

— Bem mais. — sentou-se em uma cadeira — Bibi e Félix são amigos de infância. Bem antes do Gabriel se tornar o famoso que é hoje.

Adrien sabia bem pouco sobre o pai do modelo, apenas sabia o que Marinette lhe contava, além das fotos das revistas, que ele era um dos grandes nomes da moda parisiense e um designer muito respeitado pelo filho. Não era um homem de muitas palavras e não gostava muito de dar entrevistas ou de aparecer em festas. A sua fama acabou se estendendo para Félix, que desde cedo demonstrava ter uma grande carreira de modelo, mas que mesmo todos esses holofotes e fama, ele não se desapegava da grande amizade que tinha por Bridgette e Marinette.

— Eles viviam como gato e rato, isso foi por um bom tempo. — encheu um copo com água e ofereceu ao loiro — Digamos que isso começou quando tinham entre uns quinze ou dezesseis anos. Mas nada que pudesse abalar a amizade e companheirismo que eles sempre tiveram. Pelo contrário, eles ficavam cada vez mais apegados, mesmo com as frequentes briguinhas.

— E só agora se acertaram?

— Sim, eles foram bem cegos de não saber o que sentiam um pelo outro durante esses anos. — riu-se — Mesmo com Bibi percebendo primeiro o que sentia, ela se declarava sempre quando tinha oportunidade, mas acho que ele acabou achando que era apenas uma brincadeira da parte dela, pois ele sempre recebia comentários e flertes das fãs. Até porque ela nunca tinha dito na cara dele um “eu te amo”. — esticou seus ombros — Bom, eu vou tomar um banho e prepara um lanche para ti, não demoro.

Marinette sorriu-lhe e logo saiu. Adrien ainda ficou pensando em algo antes de se levantar e ir até o sofá. Félix estava deitado de um modo todo desconfortável, ainda mais por estar em baixo de Bibi. Uma das mãos delas estava na cara do coitado, de uma forma bem desajeitada.

Rapidamente ele adquiriu a sua forma felina, pulou até a estante de livros para que pudesse observa-los melhor. Ele sabia que Marinette costumava demorar um pouco no banho, então ele tinha um bom tempo para poder descansar do passeio.

Alguns minutos depois, Bridgette acordou, quase caindo do sofá. Balançou o loiro pelos ombros para que pudesse acordar também. Logo seria o horário do jantar e ela teria de se apressar. Estava toda feliz de poder ter quinta somente para si, afinal, não teria aula na faculdade.

— Félix levante. Tu vais me ajudar com a receita de hoje. — disse alegre, gostava de cozinhar com ele.

O loiro abriu os olhos ainda atordoado de sono, queria poder ficar ali mais um pouco. Bridgette então se inclinou para beija-lo.

Adrien não conseguia parar de olhar, mesmo sentido que não deveria, pois achava que estaria entrando na privacidade do casal. Ele tinha lido muito sobre beijos e visto vídeos sobre, mas sequer sabia como faria aquilo. Pensava se Marinette o deixaria beija-lo também, como ele deveria reagir e agir na hora.

Uma onda de pânico tomou seu corpo, e agora?


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Notas finais do capítulo

:3 Sinto em dizer que o beijo só no último capítulo, não se iludam para o próximo hein? NJIVEJMVDFJMNJCFDMJF~