Meu gatinho escrita por Beilschmidt


Capítulo 10
Décimo


Notas iniciais do capítulo

Oioi~
Querido(a)s leitores, seja do Spirit ou Nyah, que esteja lendo esta humilde e fofa fanfic, quero agradecer pelos favoritos, comentários, trocas de ideias que tivemos nos capítulos anteriores, eu amo vocês ♥. É uma pena eu terminar a fic por aqui, parece tão curto, mas essa era a meta de caps que eu tinha estipulado desde o início, que não seria algo longo, pois eu não tinha muito conteúdo a explorar em minha mente.
Mas não fiquem tristes :3, aqui temos um último capítulo bem fofinho, ok?
Agora justificando minha demora nesta atualização. Fiquei sem internet bem no dia que eu iria atualizar ;-; e fiquei off por três dias e meio, só voltou ontem pela noite, dando tempo de atualizar minhas redes sociais, falar com meu namo e pronto, porque essa caceta caiu de novo. Mas agora pela manhã está normalizado, em nome de Aoba.
Era só, espero que tenha uma boa leitura. Beijos.



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Marinette acordou pela madrugada em sua cama, sabia que alguém havia lhe carregado até o quarto. Estava tudo escuro, não conseguia achar seu celular para que pudesse usar o brilho da tela para focar no ambiente. Suspirou.

Então passou a tatear as mãos pela cama toda a procura de Adrien, se ele estivesse ali poderia procurar o aparelho, já que este disse que tinha visão noturna, seria fácil para o garoto. Mas não sentiu nada a não serem os seus lençóis. Passou a mão no rosto em uma forma de se acalmar.

Ouvia um leve som de chuva do lado de fora, levantou-se com o lençol enrolado em si, mesmo sem enxergar para que lado devesse andar. Tateou as paredes geladas até poder alcançar a sua janela. O céu estava tomado por nuvens cinzentas, carregadas. Fazia mais frio que o normal, então puxou o cobertor mais para perto do rosto. Admirava os rastros de água que as gotas percorriam pelo vidro. A rua estava vazia.

A porta do quarto, que estava entreaberta, fechou-se em um pequeno ruído. A garota virou-se assustada.

— Mari?

Era Adrien. Ele havia ido até a cozinha para beber água, já que novamente estava sem sono. Aproximou-se dela e sorriu.

— Que está fazendo acordada?

— Não sei… quem me trouxe para o quarto?

— Eu. — riu-se — Bridgette me acordou depois que eu cochilei, e pediu para te trazer antes que acordasse de mau jeito.

Mari abriu um sorriso e voltou a olhar a janela, apertou seu lençol mais ainda contra o corpo. O loiro notou, ela devia estar gelada.

— Está com frio? Por que não volta para a cama?

— Perdi o sono.

— Entendo.

Adrien, ainda tímido com toda aquela situação, passou seus braços na cintura dela, apertando-lhe contra o seu próprio corpo. Sentindo-a tremer levemente, ainda pôs seu queixo no ombro dela, fechando os olhos em seguida. Marinette aconchegou-se ali por longos minutos, sem trocar qualquer palavra, apenas apreciando o momento e o calor de seu corpo.

— Mari, queria te dizer uma coisa.

— Diga. — disse ainda de olhos fechados.

Amo-te.

A garota sorriu e pegou as mãos do garoto, levando-as ao seu rosto. Eram quentes e macios, os dedos dele lhe faziam carinho nas bochechas, que por estar escuro, não as vira coradas.

Amo-te também, gatinho.

Ela virou-se e o abraçou fortemente, como se tivesse medo de que ele se sumisse assim que se afastasse. Mas ele continuava ali, sorridente e alegre. O ronronar dele era tão fofo que ela riu baixinho. Adrien adorava esses momentos que a deixava envergonhada, pois aquele sorriso mínimo era dedicado apenas a ele e por ele. Aquela sensação de alegria tomava seu corpo de uma forma que ele sequer conseguia pensar.

Em um momento, a lua, que até então se mantinha escondida entre as grossas nuvens, brilhou majestosa no céu. A luz dela refletiu nos belos olhos de Marinette. Adrien adorava-os.

Era agora.

Aproximou-se dela, sua mão passeava pela bochecha esquerda, a outra a apertava gentilmente a cintura. Mas de tão hipnotizado — e abobado — com aquele olhar dela, acabou por demorar um pouco no seu plano inicial. Mari sabia o que ele queria, mas resolveu adiantar.

Empurrou-o até a parede e o beijou levemente. Suas mãos foram dos ombros dele, aos cabelos loiros e macios. Era um passatempo seu de poder afundar os seus dedos naqueles fios loiros e afaga-los, enquanto via o seu gatinho dormir enquanto ronrona deliciosamente.

Mas ali, seu primeiro beijo não poderia ter sido melhor. Nem mesmo em seus sonhos, quando se imaginava com um príncipe encantado, e ela a princesa. Mas em seus braços, não havia um príncipe, e sim um gatinho. Um lindo gatinho manhoso e carente, além de inocente e fofo.

— Era algo assim que gostaria de ter feito? — disse tímida.

— Sim.

— Que bom. — riu-se permitindo ter sua cintura apertada contra o corpo dele de novo. Sentia frio ainda, a chuva parecia ter diminuído de intensidade, mas com ele ali no calor daquele abraço, ela somente pôde sorrir.

— Agora vamos dormir. — disse ele sonolento.

.x.

Marinette havia o viciado em beijar.

Sempre que Adrien tinha a oportunidade de selar seus lábios nos dela, ele o fazia sem dizer nada e na frente de quem quisesse ver. Ela achava que era essa a maneira dele de poder mostrar a todos que eles estavam mesmo juntos. Mas não. Era porque simplesmente o gatinho adorava a cor rosada daqueles lábios macios e fofinhos, e tinha de deixar um beijo ali, como uma forma demarcar seu território. Ela já até perdera a conta de quantas vezes se assustou com o aparecimento dele do nada e acabar por pressionar seus lábios levemente.

Bridgette soltava alguns gritinhos pela casa, achava a cena de ambos tão fofos que de vez em quando tirava fotos e enviava secretamente para os seus pais. Até mesmo Félix estava contente por eles, já que de alguma forma contribuiu para acender a curiosidade do loiro sobre beijar.

— Então quer dizer que seu pai tinha dito que poderia morar conosco e continuar seu trabalho? — disse Bibi com as mãos na cintura — Só que acabou esquecendo? Esse tempo todo?

— Aiai, sim mulher. — resmungou enquanto tentava beber uma limonada — Pelo amor, não resolva dar chilique logo agora, antes que eu resolva voltar para lá.

Bridgette aproximou-se dele e sentou-se em seu colo, suas mãos bagunçando o cabelo bem penteado dele, nem ligaria para o possível discurso dele sobre aquilo depois.

— Eu não me importo que esteja morando aqui, só quero que cozinhes junto comigo e ajude na limpeza da casa. Nada de empregados, apenas tenha uma vida normal aqui, conosco. — apertou a ponta do nariz do modelo — Era isso que sempre quiseste, não?

Félix abraçou-a. Depois de tanto tempo arranjando coragem para perguntar ao pai se poderia morar fora de casa, ele conseguira. Gabriel amava seu filho, mas mesmo sendo rígido para com o seu trabalho ele queria vê-lo feliz, com a pessoa que amava e levando sua vida sem todos aqueles luxos que sempre fora rodeado. E como dizer não para o olhar de determinação de Félix Agreste? Seu pai sabia que gostaria de seguir sua vida ao lado de Bibi, e isso ele respeitava muito, mesmo que este quisesse ainda ser o modelo da empresa Agreste.

— Fiz uma torta de maçã, aquela que você gosta. — levantou-se — E os macarons estão prontos também.

Antes de sequer responder, eles ouviram um miado próximo da entrada da cozinha. Adrien ouvira macarons e já os estava procurando com o olhar, faminto. Passara o dia na estante lendo alguns livros novos. Também estava ansioso para por as patas no sorvete que Mari havia comprado mais cedo.

— Ele ama doce. — disse Mari ao se aproximar da irmã e pega-lo no colo — Às vezes acho que estou namorando uma formiguinha. — apertou-o contra seu rosto, o felino ronronou feliz.

— E eu ainda acho algo bem bizarro a Mari namorando um cara que pode virar um gato. — disse Félix jogado pela mesa.

— Verdade, mas admita, eles são fofos juntos, não?

— É…

Bridgette inclinou-se para ele, apertando-lhe as bochechas antes de beija-lo. Mari sorriu e resolveu deixa-los a sós, dirigindo-se para a sala. Ela o deixou em pé no tapete, e em questão de segundos, Adrien estava a sua frente; lindo naquela camisa de mangas compridas em um tom claro de verde, a calça preta era justa e contornava perfeitamente aquelas belas pernas.

Nossa Marinette, que pensamentos maliciosos!

— Bom, amanhã e sábado… — disse sentando-se ao seu lado já jogando metade de seu corpo no colo da garota, bem folgado mesmo — e eu estava pensando, se poderíamos sair. — as orelhas abaixaram assim que as mãos macias dela começaram um gostoso carinho, arrancando-lhe um ronronar baixo.

— Claro gatinho. Tem algo em mente para amanhã, não?

— Sim. — pretendia comprar um presente para ela.

— Então está marcado. — beijou a ponta do nariz dele.

— O que eu aprendi não era assim. — fez um bico dengoso — Era assim.

O loiro derrubou Mari no sofá, sem que esta pudesse ter chance de se defender; suas pernas a prendiam pela cintura, ela não tinha escapatória.

Como se ela quisesse fugir dali.

Sem dizer mais nada, Marinette o puxou pela gola da camisa assim que este a beijou. Adrien era espalhafatoso, deixava as almofadas caírem, sem se importar até mesmo se estavam lhe observando — Bridgette e Félix.

Assim que se afastaram um pouco, ela deixou seu queixo descansar no ombro do garoto, um enorme sorriso nos lábios agora bem mais vermelhos. Suas mãos ainda acarinhando aqueles fios loiros, sentia o cheiro de seu shampoo — Adrien gostava de usar os mesmos produtos dela sim.

— Marinette… — ele disse, Mari deixou seus dedos deslizarem dos cabelos até as bochechas coradas dele, olhava-o atentamente esperando que prosseguisse — Eu não sei como te agradecer por ter me tirado da escuridão naquela noite. Tu fizeste tudo por mim, algo que várias pessoas que me viram lá, nunca nem pensariam em fazer. Tiveste a coragem de por um estranho na tua casa, mesmo sabendo de meu passado, mesmo sabendo que eu odiava mais do que tudo as minhas orelhas e o meu rabo. Mas tu me amaste, mesmo com estes defeitos, que agora eu chamo de qualidades, tu me amas não só esta casca, mas também minha essência. Ensinaste-me como viver sem dar bola para os preconceitos que tive de engolir desde que me vejo como gente, ou como o monstro que eu me via. — sentia um aperto na garganta, estava emocionado — Ensinaste-me a te amar, a amar a minha própria vida, a amar a mim mesmo, a apreciar as pessoas e o que de melhor elas tem para oferecer. — sentindo que iria começar a chorar, ele terminou por ali e a abraçou fortemente.

— Não sei nem o que dizer. — ela sorria, seus olhos lagrimavam; ela estava feliz — Só sei que… esta tua dívida para comigo está sendo paga com o teu amor.

Adrien não ligava se Bridgette e Félix estavam conversando na cozinha, não ligava para os segundos que passavam. Só queria se perder mais e mais naqueles lábios que tanto viciara.

Félix tinha total razão ao dizer que beijar se tornaria um vício para ele.

— Agradeço-te por tu seres o meu gatinho.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada mesmo a todos que leram com muito carinho esta fanfic :D daria um caramelo a cada um de vocês ♥
E como eu disse nos capítulos anteriores, eu não vou deixar a categoria. Logo, logo eu volto com duas — ou mais — oneshots, e quem sabe uma longfic 8D.
Era só, beijos e até a próxima, nos vemos na categoria outro dia.