Tédio escrita por tsumikiah, kyri


Capítulo 1
Let's give it everything we've got!


Notas iniciais do capítulo

Eu não sabia que gênero botar, então só coloquei angst.


!!!!Tomara que a Junko não tenha ficado OOC!!!!



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“I got bored of getting bored... Jeez...even when I'm dead I still get bored... This sucks...”

 

Tédio.

Era isso que Junko Enoshima sentia. Tudo que ela sentia. Tédio.

Tudo era entediante.

Não ajudava que Junko já sabia tudo que iria acontecer. Isso a levava ao tédio.

O mundo a entediava.

A harmonia, a esperança trazia muitas das coisas que ela odiava: sorrisos falsos, piadas repetitivas, assuntos velhos, clichês... Pessoas vivendo vidas entediantes, preexistentes, repetindo um padrão de todos os seus precedentes.

Humanos se conformando com uma vida chata. Entediante. Aceitando terem seus sonhos destruídos, aceitando existir como os outros, aceitando normalidade.

Junko desprezava, detestava, odiava a normalidade.

Normalidade. Neutralidade. Esperança. Para Junko, essas palavras eram sinônimas. Qualquer coisa que ela pudesse prever era entediante.

E Junko odiava estar entediada.

Mas claro, Junko sempre estava com tédio.

E então, Junko se entregou ao desespero.

Ela não podia prever o desespero. Ele, ao contrário de tudo no mundo, não era previsível.

O desespero era a única coisa diferente.

Junko amava tudo do desespero. A sua incredibilidade, o seu poder inigualável, sua capacidade de desencadear eventos inimagináveis... ele engolia o amor, o ódio, e ultrapassava qualquer outra coisa. O desespero era bagunçado e confuso, e Junko adorava isso.

A imprevisibilidade do desespero era a única coisa que podia salvar Junko de um futuro entediante.

Junko amava os sentimentos que ela ganhava do desespero. Seu coração batia mais forte, ela suava, sentia adrenalina correndo por suas veias...

O prazer que ela sentia vindo desespero era mais do que ela podia pedir.

Ver todos os seus planos sucederem foi, no final, muito entediante.

Claro, considerando os níveis que ela foi para garantir que eles não falhassem, qualquer outro resultado seria muito improvável (e definitivamente muito desesperador!).

A Academia do Topo da Esperança queria omitir todos os eventos que passaram dentro da escola. Logo, Junko teve praticamente um passe livre para suas “atividades extracurriculares”. Sakakura era um homem muito orgulhoso, e ela tinha certeza que ele não iria admitir seus sentimentos por Munakata.
Mesmo se, por acaso, ele admitisse, Junko tinha um plano para contornar Munakata.

E, claro, daria certo.

Sakakura só foi uma pequena inconveniência.

E então, sua primeira execução! Junko salvaria aquela memória no seu coração para sempre.

A representante de classe corria para a sua vida, acreditando ainda ter uma chance. Obviamente ela não tinha uma chance. Era uma execução.
Ela saboreou o desespero de Chiaki Nanami, em seus últimos momentos com Izuru Kamakura. Junko se sentiu realizada vendo suas lágrimas, vendo ela implorar por uma última chance com seus colegas de classe.

Falando dos colegas de classe, Junko sentiu que ia ter um derrame de tão rápido que seu coração batia. O excitamento de ver tantas figuras cheias e esperança caindo ao desespero...

Não era nem um pouco entediante.

E então, o segundo jogo de matança mutual. Mas dessa vez, com seus colegas de classe. Colegas esses que Junko amava.

Colegas esses, que incluíam Makoto Naegi.

Junko era intrigada por ele. Ela se irritava com sua incapacidade de ter um corte de cabelo decente, mas principalmente com sua sorte.

Ela não conseguia prever seu padrão.

Por um momento, o assistindo no segundo caso, ela acreditou que primeiro ele passava por uma situação de má sorte.

Ter que expectar Kiyotaka e Mondo na sauna.

Seguido por uma sorte boa, resultado da má sorte.

Por saber que Mondo foi de roupa na sauna, e assim com seu E-Handbook, Makoto foi capaz de provar que ele sabia como quebra-los.

Junko não teve tempo, ou curiosidade o suficiente para provar sua teoria.

Junko amava Makoto taaaaaaaanto que ela até se enojava.

E então, seus momentos finais.

Após passar por todas as execuções que seus amigos receberam, sofrer a dor que eles sofreram, sentir o desespero que eles sentiam, Junko começou a ponderar.

Antes da guilhotina descer, Junko pensou se ela realmente tinha feito a coisa certa. O desespero, por mais delicioso e prazeroso que seja, foi derrotado no final.

Junko pensou se ela devia ter ficado na escola, sem matar ninguém.

Junko pensou se ela devia ter desistido, e ter ficado na escola junto com os outros 6 sobreviventes.

Junko pensou que ela podia ter feito as escolhas certas.

Junko pensou que, talvez, a esperança podia ser tão imprevisível quanto o desespero.


“Ah, but I guess...I no longer...I no longer have to hope for despair...

Mas, ao perceber que a guilhotina demorou um pouco mais do que esperado, em seus momentos finais, Junko sentiu, novamente, apenas uma emoção.

"Que tédio"

"That...is...just...so...hope...l...e...s...s..."


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Notas finais do capítulo

EU AMO JUNKO ENOSHIMA E EU TIVE ESSA IDEIA 3 HORAS DA MANHA E EU FUI DORMIR PENSANDO NISSO ENTÃO É MELHOR ESTAR BOM

AMÉM JUNKO ENOSHIMA AAAAAAA



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