Você não me conhece escrita por Laila Carroll


Capítulo 1
Demoman


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da fanfic ♥



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— Eu sou Demoman!

— Sim, sim, nós entendemos! Você gosta de demolir as coisas! - Chat reclamou quando ele saltou para mais longe do Akuma. A boal de demolição caiu meras polegadas de onde Chat estava momentos antes e o tremor fez o voar. - Uau!

Ele caiu longe, pequenos pedaços de pedra voarem e caíram na cabeça do gato.

— Chat! Você está bem!? - ele ouviu o chamado de Ladybug enquanto ela se refugiou atrás de uma chaminé. A explosão deixou uma enorme buraco no telhado.

— Cesta - Chat respondeu enquanto se ajeitava, sorrindo para Ladybug.

— Sério ? Em um momento como este?

Ela acenou para ele com urgência e Chat rapidamente seguindo sua parceira, escondendo-se atrás de uma torre quando Demoman tentou mirar nele novamente. De repente, Ladybug perdeu de vista seu parceiro, o vilão rugiu de raiva, ecoando o trovão do céu nebuloso acima.

— Eu vou demolir você!

O Akuma que eles estavam lutando hoje foi provavelmente um dos mais difíceis, mais fisicamente desgastante, vilões que a dupla já teve de enfrentar. Claro, ele não tinha exatamente um raciocínio rápido, mas ele era incrivelmente agressivo e destrutivo, e ao invés lutar com a intenção de obter seus Miraculous, ele parecia mais interessado em causar danos, tanto quanto possível.

Quanto ao que levou este Akuma a aparecer, aparentemente, um trabalhador da construção havia demolido a estrutura errada por acidente em um lugar próximo. Seu chefe havia ridicularizado o trabalhador na frente de sua equipe e, em seguida, despediu ele, o que fez com que o homem perturbado se tornar-se o boneco perfeito para Hawk Moth. O trabalhador tornou-se um gigante, que usa um colete laranja e verde. Também veste um capacete de segurança roxo em sua cabeça. Seus ombros haviam crescido em tamanho, e seus braços se transformou em grandes cadeias com bolas de ferro penduradas.

"Eu sou Demoman!"

"NÓS ENTENDEMOS!" Ladybug e Chat gritaram em uníssono pela décima vez naquele dia. Logo depois Demomam lançou sua bola sobre a cabeça de Ladybug, que desviu.

Chat e Ladybug não sabiam o porque Demoman sentia a necessidade de gritar seu nome toda vez que ele estava prestes a atacar, mas ao mesmo tempo era util para os herois saberem quando desviar.

Eles também haviam á muito tempo deduzido que o Akuma estava em seu capacete de segurança, mas com Demoman, era quase impossível de se aproximar. Em um momento qualquer, eles o viram relativamente perto, ele iria girar em círculos, transformando-se em uma arma mortal e destruindo tudo em seu raio imediatamente.

Então, eles já tinham passado as últimas duas horas jogando um jogo mortal de gato e rato com uma máquina de demolição, Chat podia ver que Ladybug estava começando a ficar inquieta como um trovão ecoando no céu. Ele sabia bem por que.

Lutar na chuva foi provavelmente uma das coisas mais difíceis de fazer, e Chat sabia que era uma das coisas Ladybug especialmente odiava. Entre telhados escorregadios, um ioiô escorregadio e água nos olhos, tudo isso significou um desastre para Ladybug; ele poderia dizer que ela estava ansiosa para esta batalha antes de ver o céu.

De repente, Ladybug engasgou quando viu Demoman girar e virar uma bola de demolição em seu caminho. Ela pulou para fora da zona da explosão a tempo, parando do lado de Chat no telhado com seu ioiô, como a chaminé foi explodida em pedaços atrás dela. Demoman rugiu furiosamente, disparando suas bolas de demolição em todas as direções, na tentativa de destruir os heróis.

— Nós precisamos de distraí-lo o tempo suficiente para eu usar meu Lucky Charm. Se não pará-lo agora, metade de Paris vai se transformar em uma zona de guerra.

Ela estava certa. Como Demoman perseguiu-os através dos telhados, ele deixou um rastro de destruição, fogo, e detritos no caminho que ele passou. Ambulâncias soaram nas ruas, prontas para socorrer qualquer um que se machucasse. Nenhuma morte, graças a Deus, mas poderia dizer que havia um grande número de civis feridos, para não mencionar a quantidade insana de propriedade danificada.

— Certo! O gato vai trabalhar! - Chat disse com uma saudação de dois dedos, pegando seu bastão que estava em suas costas.

— Chat, espere! - Disse Ladybug, agarrando seu braço. Ele olhou para ela, e Chat foi temporariamente surpreendido pela sua expressão. Suas sobrancelhas estavam presentes em uma carranca e seu rosto estava corado em esforço, mas o que pegou foi a profunda preocupação inundando seus olhos. - Seja cuidadoso. Ele pode ser lento e mudo, mas se ele bate em você...

Chat sorriu.

Ladybug ficou com medo de Chat entender aquilo mal. Ao contrário dele, ela sempre tentou enterrar seus sentimentos em favor de pensar e de estratégia rápida. Desta vez, parecia que este Akuma tinha realmente a habilidade de deixar todos e tudo no chão.

Chat teria mentido se dissesse que não sabia o que aconteceria se o Akuma o atacasse diretamente. Seus trajes podiam resistir a um pouco da dor, mas isso não significava que eles eram livres de se sentir grandes quantidades de dor por baixo. A única razão pela qual eles nunca saíram com hematomas ou hemorragias internas foi por causa do poder de cura de Ladybug. Os trajes deu-lhes força sobre-humana e resistência, mas eles não são completamente resistentes.

— Eu sei, my lady... - disse ele, e então ele sorriu, - Eu não estou muito interessado em testar os limites dos nossos trajes ou então eu vou tentar não ser destruído.

Um suspiro profundo dela.

— Certo, certo... - Ladybug disse antes dela tirar o braço desajeitadamente. Ela então girou ioiô para cima, gritando para o céu. - LUCKY CHARM!

— EU SOU DEMOMAN!!!

— Cuidado! - Chat gritou quando ele empurrou Ladybug para fora do caminho e saltou para trás. Graças a Deus, nenhum dos dois foi ferido, mas uma torre foi destruída. Começou a "chover" gesso e tijolos em toda parte e cobrindo-os em uma nuvem espessa de sujeira.

Chat tossiu enquanto ele rolava pelo telhado e enfrentou Demoman novamente, seu bastão estendido e no ponto.

— Não se cansa!? - Chat assobiou para ele, exasperado, com a garganta ardendo por causa do pó. Ele olhou para trás para ver a heróina, ele viu um buraco escuro no local onde Ladybug e ele estavam de pé a apenas alguns segundos atrás.

Demoman sorriu, mas então seu sorriso se perdeu. Chat viu um brilho roxo em torno do rosto do Demoman. Ele girou, e atirou uma bola na direção de Chat com tal velocidade ofuscante que ele mal teve tempo de reagir. Chat pulou para longe novamente, errando o golpe e tossindo com uma outra nuvem de poeira ficou alojada em sua garganta, os olhos lacrimejando.

Ele ouviu Demoman rir, mas sua risada soou estranhamente distante. Chat esfregou os olhos e, em seguida, girou o bastão rapidamente para dispersar a nuvem suja. Quando a nuvrm se dissipou, ele descobriu que Demoman pulou de telhado em telhado e longe dele. Ele estava provocando-o em uma perseguição, causando estragos enquanto ele mais longe ficava.

— Ele está fugindo! Eu vou atrás dele! - Chat disse enquanto se preparava seu bastão para saltar longe para o próximo telhado, mas a falta de uma resposta o fez hesitar. - Ladybug? - Ele se virou. Ele não podia vê-la. Apenas fumaça e poeira encontrou seu olhar. - Ladybug?!

Ele apertou o nariz para evitar inalar mais sujeira, e correu de volta para a torre destruída, uma sensação desagradável rolando na boca do estômago. Certamente, ele empurrou a tempo de evitar o golpe, não tinha? - Ladybug! Onde está voce?!

Silêncio.

A poeira começou a baixar, e ele começou a sentir os primeiros pingos de chuva em seu cabelo, torcendo suas orelhas de gato em torno de qualquer som. Ele aproximou-se do enorme buraco onde a torre tinha sido, e onde a maioria do telhado havia cedido pelo impacto. Inclinando-se sobre a borda, de repente ele viu um brilho vermelho fraco na escuridão abaixo e engasgou.

Ele pulou para dentro do buraco sem hesitação, deslizando por uma viga de concreto quebrado para pousar suavemente no chão. Ele estava num lugar escuro, exceto pela luz fraca filtrada através das rachaduras nos escombros. Grato pela sua visão noturna, ele navegou através do buraco escuro, encolhendo-se quando ele percebeu a extensão do dano que a sua batalha havia feito sobre o lugar. O que parecia ter sido um pequeno complexo de apartamentos em completa ruína. Móveis despedaçados, muros derrubados em pilhas de rochas e escombros, vidros quebrados...

O som sinistro das vigas de apoio que permaneciam rangendo acima dele causou arrepios na espinha.

— Ladybug? - A fonte do brilho vermelho estava, agora, á apenas alguns pés dele e ele correu em direção a ela. - Ladybug? - Ele tentou de novo, sua voz ecoava na sala enquanto ele olhava ao redor. De repente, uma idéia veio á cabeça dele. Ele tirou o bastão de suas costas e tentou ligar para sua parceira.

Ele esperou alguns segundos com a respiração suspensa. Em seguida, ele ouviu, ecoando no escuro. O som estava vindo de alguns pés mais à frente do que parecia um monte de pedras e vigas de madeira estilhaçadas.

Ele correu para o local, saltando sobre vidros quebrados e móveis, quase tropeçando quando viu: um borrão de vermelho e preto entre os destroços.

— Ladybug!

Quando ele se aproximou, ele a viu. O corpo dela estava deitado no chão, enterrado da cintura para baixo em alvenaria e madeira, pedaços de vigas de ferro e entulho imobilizando-a parte superior do corpo e da cabeça para o chão. Uma poça de um líquido escuro escorria debaixo dela; ele tentou ignorá-lo enquanto corria em direção a ela. - Ladybug?! - Ela não respondeu. Seu corpo permaneceu imóvel sob os escombros, e seu rosto estava escurecido por sua franja.

Ele se ajoelhou ao lado dela, tentando desesperadamente mudar as rochas que esmagam os ombros dela com seu bastão como alavanca. Ele conseguiu libertar seus braços e cabeça, com o rosto manchado de sangue ela apareceu, os olhos fechados. Chat em seguida olhou para o líquido escuro revestindo as luvas: o sangue dela. Seus olhos pousaram sobre ele, uma vez que escorria por entre os dedos para baixo para se juntar ao crescente grupo de vermelho em torno dela.

Seu próprio sangue gelou.

— Não... - Ele engasgou - Não, não, não, não!

Ele empurrou o resto dos detritos prendendo seu corpo com um grunhido e desesperadamente tentou puxá-la para fora do monte de pedras por seus braços, sem sucesso. Suas pernas estavam completamente presas entre alguns grandes pedaços de cimento. Ele gritou de frustração, seus olhos jorrando lágrimas com a humildade. Ele tentou mudar as rochas maiores de lugar, o tempo todo chamando seu nome em uma tentativa de despertá-la. Não importa o que ele tentou, a força superior do traje não foi suficiente para libertá-la. - CATACLISM!

Seu punho explodiu em chamas pretas e ele tocou não escombros que cobriam ela. A onda negra de seu poder destrutivo e com um barulho alto, os destroços em cima dela se dissolveram em pó.

Ele agarrou-a pelos braços novamente e puxou, quase perdendo o equilíbrio enquanto ela agora deslizou para fora facilmente do cascalho. Ele colocou o corpo dela em seus braços. Ela estava manchada de sangue e sujeira.

— My Lady? - Chat disse, com a voz embargada. Sangue deslizou para o lado do rosto de um corte profundo na cabeça. Parecia que ela estava dormindo, mas sua pele era pálida e por um momento, Chat temia o pior. Observando sua respiração, ele colocou uma mão em seu estômago, com um suspiro aliviado quando ele sentiu ele lentamente subir e descer. Ela ainda estava respirando. - My lady, você pode me ouvir?

Sua única resposta foi um sinal sonoro suave vindo de seus brincos. Duas manchas permaneceram em seu brinco. Dois minutos. Ele engoliu em seco, e sacudiu a heroína delicadamente. - Por favor, acorde!

Nenhuma resposta.

Bip.

— L-Ladybug...

Bip, bip, bip!

Antes que ele tivesse a chance de ver, um flash vermelho e branco brilhou ao redor dela enquanto seu disfarce se desintegrou, cegando-o temporariamente.

Ele esperou. Depois o brilho desaparecera, respirando pesadamente. Ele manteve os olhos fechados, querendo respeitar seus desejos: ter suas identidades em segredo. Mas depois de alguns minutos, o silêncio tornou-se angustiante. Ele podia sentir seu desvanecimento.

— Me desculpe Ladybug.

Chat abriu os olhos, a respiração imediatamente presa na garganta. Ele arregalou os olhos e, por um momento, ele se esqueceu de como respirar.

Se você tivesse perguntado a ele, neste momento, o que ele pensava, ele seria muito honesto. Ele admite ter muitas vezes se perdido em devaneios quando via sua amada Lady debaixo da máscara. Ele olhou e viu uma garota com cabelos azulados e olhos azuis como o céu. Ele sempre pensou que seria sua amada. Mas só havia uma pessoa com aquelas exatas características. Marinette Dupain-Cheng estava inconsciente em seus braços enquanto ela sangrava até a morte.


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Notas finais do capítulo

:3 comentem



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