Shikigami escrita por Mrs-Bunny


Capítulo 1
Primeira Noite - Selado


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Capítulo, aeaeae o
Espero que gostem



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Japão, Atualmente

 

“Preste atenção, Hinata.”

 

A garota levantou seu rosto deixando seus olhos perolados encararem seu superior, Deidara, que estava falando com ela.

 

“Sinto muito.” A garota se desculpou com uma voz monótona que fez seu superior suspirar.

 

“Escute, eu sei que não é a primeira vez que falamos sobre isso, mas vou dizer novamente. Faz três anos que você já chegou aqui, e você ainda nem sequer fez um simples exorcismo, não tem nem mesmo um Shikigami. Eu sei que você nunca quis ser uma exorcista, mas você tem que entender que se você não for útil para o Templo, um dia eu terei que te demitir.” Explicou o homem. “É urgente que você convoque um Shikigami para te atender, e começar a fazer pedidos de exorcismo.”

 

“Eu sei.” Veio a resposta de costume.

 

“Então, faça algo sobre isso. Isso é tudo por hoje. Pode sair.”

 

A garota concordou e saiu. Ela foi para o jardim enorme e lindo do Templo, o único lugar onde ela se sentia serena e traquila, e sentou-se na sombra de um pinheiro branco. Hinata vinha muitas vezes a esse lugar quando tinha tempo livre, pois era calmo e quieto, e permitia-lhe perder-se profundamente em seus pensamentos.

 

O Templo da Akatsuki. Um santuário e uma escola ao mesmo tempo, necessário devido ao número incontável de youkais que se mantinham ofensivos e atormentadores para a população. Haviam pedidos quase todos os dias, e os direitos dos exorcistas era destruir toda a fonte do mal, inquieto. Alunos superdotados vinham através dos mares para se tornarem exorcistas, e era um honra ser recebido no Templo e ter o ensino dos mestres mais famosos desta arte.

 

No entanto, Hinata nunca se sentiu assim. Ela nunca quis ser uma exorcista, mesmo que ela tivesse talento para isso. Por quê? Ela não queria pensar nisso. Mas, inconscientemente, as imagens mantinham-se piscando por sua cabeça.

 

Fogo e Fumaça.

 

Queimando as casas.

 

Cadáveres em evisceração.

 

Gritos e choros.

 

Risadas e gritos de youkais atacando a casa.

 

Hinata sacudiu a cabeça. Ela não queria lembrar, mas essas imagens foram esculpidas em sua mente, e até mesmo a visão do tranquilo jardim na frente dela não podia distraí-la.

 

Escapar pela floresta. Sozinha.

 

Sons de youkais perseguindo-a.

 

Correr, correr, correr. Para sobreviver.

 

Um aperto apertado sobre seus ombros.

 

Uma dor repentina em seus dois olhos.

 

Morte chegando perto.

 

Hinata fechou os olhos apertadamente. Não importava o que ela queria, não podia esquecer. Embora tivesse apenas nove anos na época, não era algo que alguém poderia esquecer. Ele tocou levemente os dedos na pele envolta de seu olho esquerdo, perguntando-se pela milésima vez como seus olhos ainda estavam intactos após o youkai ter cortado ele. E como seu braço ainda estava totalmente salvo, apenas com uma cicatriz, muito grande. Hinata odiava seus olhos e sua cicatriz, que a tornava tão diferente dos outros e era uma das razões pela quais ela sempre estava sozinha. Às vezes, ela desejava que o youkai tivesse matado ela. Por que ela ainda está viva?

 

Uma súbita luz atrás dela.

 

Encantamento. Um exorcista.

 

Correr. De novo.

 

Naquela época, a mente da menina de nove anos de idade, estava muito confusa e em estado de pânico para perceber o que estava acontecendo. Então, ela fugiu. Talvez o Exorcista, que tinha salvado sua vida tentou procurá-la, talvez não. Isso não importava agora. Após a destruição de seu clã, a menina ferida tinha vagado pela floresta até chegar em alguma cidade, exausta, à beira do lapso devido à grande perda de sangue. Ela tinha desmaiado. A próxima coisa que soube era que ela tinha acordado em casa, com suas feridas mais ou menos tratadas.

 

Hinata sorriu. Entre todas as suas memórias, essas eram as únicas que ela recordaria com prazer. Até que ela tinha doze anos, ela foi criada naquela casa, que era realmente um lugar para crianças abandonadas e órfãs. A mulher que tomava conta deles era a encarnação da bondade. Quando as pessoas geralmente a tratavam como um demônio por causa de seus olhos perolados, a mulher simplesmente dizia como eles eram bonitos. As crianças a chamavam de Shizune.

 

Mesmo agora, no Templo, muitos estudantes e Exorcistas não queriam se aproximar-se dela por causa de sua aparência, olhando para ela com cautela. Apenas alguns exorcistas não davam a mínima para os seus olhos perolados, ou para sua grande cicatriz, entre eles, havia dois que Hinata poderia realmente chamar de amigos. O primeiro era Shikamaru, embora normalmente com preguiça, defendia Hinata daqueles que a tratavam com diferença e ajuda ela com coisas difíceis no exorcismo, ele era como um irmão mais velho. A segunda, Tayuya, irmã de Sasori, que era um dos professores do Templo, como também um dos melhores exorcistas, ela era uma menina um tanto amável com Hinata, porém com outras pessoas era bastante selvagem. Mas desde que os dois eram frequentemente mandados em diversas missões, Hinata foi muitas vezes deixada de lado. Na verdade, ela não se importava em ficar sozinha, era melhor do que com várias pessoas ao seu redor evitando seus olhares.

 

Mais uma vez, Hinata deu uma risada. Era engraçado como o tempo podia mudar as pessoas. Quando ela estava na casa de Shizune, ela estava sempre rodeada por muitas outras crianças, e acima de tudo, odiava ficar sozinha. Todos eles viveram juntos, felizes. Como uma família.

 

Até aquele dia. Naquele dia, quando ela e seus amigos estavam brincando na rua, e alguém anunciou que um exorcista do Templo da Akatsuki estava vindo purificar a cidade. Hinata não prestou atenção, estava muito ocupada jogando, até que ela notou uma pessoa em pé ao lado dela, observando-a com interesse. Devido a sua roupa, não foi difícil para Hinata notar que a pessoa era um exorcista.

 

“Essa garota é talentosa.” A pessoa simplesmente disse. “Estou levando-a comigo.”

 

É claro que Hinata estava atordoada, é claro que ela segurou o vestido de Shizune, dizendo que não queria ir, é claro que o Exorcista insistiu, e para o desanimo de Hinata, Shizune aceitou.

 

“Você vai ver, você vai ter uma vida melhor do que aqui. Você não tem futuro aqui.” Ela disse, enquanto suavemente uma lágrima caía pelo canto de seu olho.

 

“Uma vida melhor, né?” Hinata falou pra si mesma. Ela estava agora com quinze anos, e para ela, nada disso poderia ser chamado de uma vida melhor. Ela perdeu os seus companheiros com quem costumava brincar, e também a Shizune, que era sempre tão gentil com ela. Mas ela sabia que nunca mais os veria novamente. Porque todos eles haviam sido mortos por youkais. Não havia nem um ano que tinha chegado ao Templo da Akatsuki, e já havia ouvido que um grupo de exorcistas haviam sido enviados para a cidade novamente, porém havia sido tarde demais, e a cidade já estava em ruínas e cadáveres.

 

Após isso, seu ódio por youkais cresceu mais e mais. Foi irônico como ela podia os youkais por destruir seu clã inteiro, mas não tinha nenhuma maneira dela perdoar eles pela morte de sua família pela segunda vez. E apesar de exorcismo ser uma forma de se livrar dos youkais, ela não queria ter nada ligado a coisas com youkais, então ela não gostava de exorcismos. No entanto, ela também sabia que seu medo era um tanto irracional, já que certos youkais não eram malignos. Muitos deles eram úteis para os seres humanos, os Shikigamis, como exemplo. Isso não a impedia de sentir-se ressentida contra todos os youkais que ela conheceu, e o simples pensamento de fazer um serviço com um deles, a fazia sentir quase... Nojo. Youkais foram a razão pela qual ela havia perdido a família duas vezes.

 

Uma brisa fresca soprou no rosto de Hinata, enquanto ela ainda estava sentada sob o pinheiro branco. As palavras de Deidara voltaram a sua mente. Ela tinha que encontrar um Shikigami e começar a praticar exorcismos, caso contrário, ela teria que sair, né? Partir não era uma má idéia, mas pra onde ela iria depois?

 

“Hinata!” Uma voz tirou-a de seus pensamentos.

 

A garota de cabelos azulados abriu seus olhos e um sorriso brotou em seus lábios.

 

“Shikamaru! Tayuya!” Ela respondeu enquanto se levantava para cumprimentar seus amigos.

 

“Sempre no mesmo lugar, Hina? O que você estava pensando todo esse tempo?” Tayuya perguntou bagunçando levemente os cabelos da menina.

 

“Nada, realmente.”

 

“Nossa, Hina, você vai parar de apodrecer aqui e sair com a gente? Você sabe, é muito legal exorcizar espíritos e youkais!”

 

“Sim, quando o solicitante é um homem bonito...” Shikamaru acrescentou.

 

“Haha, sobre o que você está falando, Shikamaru?” Tayuya respondeu com o suor caindo pela sua testa. “De qualquer forma, quando você pretende convocar um Shikigami, Hina?”

 

Hinata suspirou. Seus amigos não sabiam sobre seu ódio por youkais já que ele nunca disse para eles antes.

 

“Eu não sei, mas em suficientemente em breve, eu suponho. Não tenho muita escolha de qualquer maneira.” Ela murmurou.

 

“Não liga, garota. Você vai ver, quando você tiver um, vai ser muito mais divertido!”

 

“Tayuya, exorcismo não é uma brincadeira...” Shikamaru cortou o entusiasmo da garota. “De qualquer forma, o mestre me disse que você deve se apressar e começar a fazer os pedidos, se você não quiser...”

 

“Vou ser obrigada a me retirar do Templo, eu sei.” Hinata terminou.

 

“Realmente?” Tayuya perguntou. “Porra, então você tem que seriamente começar a trabalhar. Quer que eu te acompanhe? Você pode ser capaz de encontrar um Shikigami decente na floresta.”

 

“Não, está tudo bem, Tayuya, eu vou sozinha.” Hinata respondeu.

 

“Você tem certeza? Eu posso te ajudar se você quiser.”

 

“Não, tudo bem.” A menina repetiu.

 

“Hm, certo então. Enfim, é hora do almoço. Você vem conosco?”

 

“Claro” Hinata respondeu.

 

Quando eles voltaram para dentro, eles cruzaram com várias pessoas que simplesmente se afastaram, ao verem Hinata, como de costume. Tayuya simplesmente “deu” a língua para eles.

 

“Idiotas.” Ela simplesmente disse.

 

“Está tudo bem, Tay.” Hinata disse, rindo. “Estou acostumada com isso.”

 

“Sim, mas eu não estou. Algum dia, eles terão que aprender a diferença entre uma humana e uma youkai. Exorcistas de merda.”

 

“Eu tentei falar com o mestre sobre isso, mas ele disse que realmente não pode fazer nada sobre isso. Pessoas acreditam no que querem acreditar.” Shikamaru sacudiu a cabeça, se desculpando.

 

“Não se preocupe com isso.” Hinata tranquilizou-o.

 

“De qualquer forma, para voltar ao tema, se você quiser ir para a floresta, é melhor ir à noite. Você terá mais chances de obter um Shikigami mais agradável.” Shikamaru aconselhou.

 

“Sim, eu sei. Acontece que eu aprendi as lições na escola, sabe?” Hinata respondeu, sorrindo.

 

“Haha, me desculpe, Hinata! Eu tendo a esquecer que você não é uma Tayuya!” Disse Shikamaru alegremente.

 

“Hey, hey... Eu não sou tão ruim assim...” Tayuya disse amuada.

 

Todos os três riram, e o coração de Hinata tornou-se mais aliviado.

 

---X---

 

A lua estava cheia e o céu claro, sem qualquer nuvem, naquela noite, uma noite perfeita para os espíritos aparecerem. Hinata suspirou profundamente. Bem, ela não ia reclamar de um tempo tão bom, mas realmente não se sentia motivada para procurar um Shikigami. Sem escolha, ela somente continuou a andar.

 

Ela saiu da escola, acenando para os guardas de entrada quando passou, e se dirigiu para a floresta, bem à frente. A floresta não era escura, por causa de muitos pequenos youkais inofensivos e brilhantes que voavam em torna dela, como vaga-lumes. Hinata seguiu o caminho principal, em intenção a ir a uma lagoa próxima, onde ela poderia convocar um Shikigami de água. Bem, ela nunca havia praticado antes, então o resultado poderia ser decepcionante, mas, pelo menos, Deidara pararia de incomodar. Nas árvores ao redor, podia-se ouvir os sons dos youkais da floresta, mas ela não se preocupou com eles, pois todos os youkai localizados no local eram pacíficos.

 

Após cerca de meia hora de caminhada, Hinata começou a ficar preocupada porque ela não via toda a lagoa, mas tinha certeza de que não estava perdida.

 

“Eu deveria voltar.” Murmurou para si mesma. Ela pediria a Shikamaru para ir com ela da próxima vez, para ter certeza, mas nesta noite, tudo já estava acabado. Quando ela estava prestes a voltar, uma estranha luz chamou sua atenção no meio das árvores. No começo, achou que fosse um simples youkai, mas a luz intrigou-a demais, então decidiu ir ver, por curiosidade.

 

Então, saiu da estrada principal e foi em direção a luz. Um galho de árvore arranhou seu rosto enquanto estava andando, mas simplesmente enxugou as gotas de sangue com a mão. O que viu deixou-a atônita. Ela sabia que não havia compensações por ali, mas por que? Ali bem na sua frente, havia uma? E no meio, estava um altar erguido, iluminado pelo luar. Isso era impossível! Só havia um altar no santuário do templo, não havia mais nenhum outro.

 

A pedra do altar refletia a luz da lua cheia, e pelos olhos de Hinata, parecia que era rodeada por brilhantes sombras de prata. Isso estava fascinado-a.

 

Hinata esfregou os olhos perguntando-se se aquilo era algum tipo de alucinação, em seguida, decidiu chegar mais perto do altar. Ele era muito pequeno, e enquanto se aproximava, Hinata notou que havia cerca de uma dúzia de selos sobre ele. Estava ficando cada vez mais estranho. Por que tudo aquilo estava ali junto no mesmo altar? O que havia sido selado?

 

Hinata se aproximou ainda mais para ler o que estava escrito sobre os selos. Inútil. As escritas estavam em um idioma desconhecido para ela. O que fazer agora? Sair dali? Talvez ela pudesse voltar ao templo e buscar Shikamaru e Tayuya, mas por algum motivo, ela se sentia que se saísse dali, não encontraria o altar novamente. Algo lhe dizia para ficar.

 

A garota de cabelos azulados tentou examinar o altar em si, mas não havia nada sobre ele que ajudaria ela a descobrir seu propósito. Um pensamento cruzou sua mente, ela poderia desfazer todos os selos? Mas como? Ela nunca havia praticado nada parecido, certamente não. E se ela não conseguir quebrá-los, e se por acaso sair algum tipo de espírito maligno? Não, isso era ridículo. Se um espírito maligno estivesse adormecido no local, os selos seriam suficientes para alguém do nível de Hinata não conseguir quebrar.

 

Novamente, a menina encontrou-se olhando para a pedra brilhante, hipnotizada pela luz pulsante. Até que uma brisa suave bateu em seu rosto e uma voz que parecia vir com a suave brisa revelou-se, como um murmúrio:

 

“Liberte-me.”

 

Hinata pulou para trás e então olhou ao redor. Ninguém estava lá, então de quem seria a voz? Ela balançou a cabeça. Estava imaginando coisas. Sua atenção voltou-se para o altar. Estava confusa, o que poderia fazer? Se ela saísse, correria o risco de não encontrar mais o altar depois, seria tratada como tola, e ela não precisava disso. Hinata suspirou e em seguida colocou sua mão sobre a pedra.

 

Imediatamente, uma luz roxa deslumbrou-a, forçando-a a fechar os olhos apertadamente quando ela recuou. Quando os abriu novamente, a luz já havia desaparecido, mas os selos estavam começando a desaparecer, um por um. Hinata estava ofegante. O que estava acontecendo? Ela deveria fugir? Mas suas pernas não se moviam, ou não eram capazes de se mover, ela não sabia. Hinata queria ir ver para saber, sentia-se irresistivelmente atraída pelo altar, embora não pudesse dizer porquê.

 

O último selo desapareceu, e a pedra começou a rachar. Uma nova luz saiu da pedra e se levantou no ar, lentamente, tomando uma forma humana. Hinata piscou várias vezes. Um sonho era a única explicação. Na frente dela, a luz se apagou, dando a Hinata uma visão completa do que estava a sua frente.

 

Um homem – não, um youkai – estava flutuando na frente dela, olhando para ela com seus olhos ônix. Nenhuma palavra podia sair da boca de Hinata. O homem – não, youkai!! – Era simplesmente lindo. A luz da lua caia sobre a figura negra, vestindo um kimono preto, como seus curtos cabelos que combinavam perfeitamente com sua feição.

 

Hinata estava simplesmente olhando, sem saber mais o que fazer. Ela nem sequer deu um passo para trás quando o homem – youkai!! Pelo amor de Deus! – Pousou com seu pé direito bem na frente de Hinata, com um olhar frio sobre a garota. Para Hinata, era impossível que a criatura fosse um youkai, porque era muito bonito... Para ser um youkai, no entanto nenhum ser humano podia aparecer a partir de um altar. Depois do que parecia uma eternidade para ela, o youkai finalmente falou:

 

“Você não vai me levar para seu serviço?” Perguntou ele friamente.

 

Hinata voltou à realidade.

 

“O-o que você está falando?” Ela perguntou muito espantada. A pergunta pareceu incomodar o outro.

 

“Você me libertou. Agora você vai me dar de volta meu poder e você terá um laço comigo, ou me selará de novo.”

 

“Eu... Te libertei? Espere, o que quer dizer, eu não fiz nada! E eu não sei como selar você!”

 

“Tsc... Seu sangue me libertou. E se você não pode me selar, me dê de volta o meu poder.” O youkai exigiu.

 

“Meu... Sangue?” Hinata estava ficando cada vez mais confusa. Então, ela olhou para a mão com que havia tocado a pedra. Foi a mão que ela havia usado para limpar o sangue de seu rosto, e não havia vestígios de liquido carmesim. Ela se levantou e olhou o youkai.

 

“Quem é você?” Ela perguntou.

 

“Eu sou Sasuke.” O youkai respondeu.

 

“Então... Como faço para lhe dar de volta o seu poder?” O que ela estava dizendo? Ela queria dar poderes a um youkai? Para uma criatura que ela supostamente odiava? Mas... Havia algo que emanava daquele que simplesmente fascinava Hinata.

 

“Faça-me o seu Shikigami. É o único caminho.” Sasuke respondeu secamente.

 

“Meu shikigami...” Hinata murmurou. Ela não esperava isso depois de tudo, mas afinal, por que não? Ou era algum tipo de armadilha? A menina olhou para Sasuke, este último não estava visivelmente feliz em se tornar seu Shikigami, talvez por isso fosse verdade, talvez a única maneira de ele recuperar seus poderes seria se ligar a Hinata.

 

Não. Havia algo de errado. Shikigamis não deveriam ser obtidos assim.

 

Mas eu quero um.

 

Não. Certamente não. Hinata desprezava youkais, e mesmo se os Shikigamis serviam aos seres humanos, eles ainda eram youkais.

 

Ele é lindo.

 

Na verdade, ele era. Hinata já havia visto muitos Shikigamis de Exorcistas e só de um ou dois ela poderia dizer isso... Impressionante. Mas Hinata tinha sido ensinada que youkais muitas vezes enganavam humanos.

 

Não há nada a perder.

 

Se Sasuke tivesse lhe dito a verdade, Hinata teria um Shikigami e Deidara ficaria satisfeito.

 

A menina não pensou mais. Com uma mão traçou um selo no ar e gritou. Quando ela fez isso, ela sentiu a ligação invisível entre ela e o desenho do youkai e a sensação não era totalmente desagradável, ao contrário do que ela pensava. Havia algo mais, uma enorme quantidade de energia do nada estava fluindo no corpo de Sasuke, que simplesmente estava chocando Hinata. Ela não tinha idéia do quão poderoso era o youkai. A menina de repente entrou em pânico. Não havia nenhuma maneira de controlar uma quantidade tão grande de energia espiritual! Ela teve de parar antes que fosse tarde demais. Ela olhou para Sasuke que recebeu os poderes com uma satisfação evidente, e novamente, a visão pura simplesmente impediu Hinata de pará-lo. Percebendo sua obsessão crescente, a garota mentalmente se chutou, e prometeu não deixar que o youkai tivesse poder sobre ela. Ela usaria Sasuke para fazer pedidos, e ele ajudaria, isso seria tudo. Nenhum contato. Nenhum laço amigável como Shikamaru e Tayuya tinha com seus Shikigamis. Nada.

 

Ela terminou o cântico. Sasuke era agora seu Shikigami. Hinata quase se sentiu oprimida pela aura poderosa vinda dele, a diferença entre suas energias espirituais era simplesmente demasiado grande. Sasuke simplesmente olhou para Hinata por um momento antes de falar:

 

“Eu não posso acreditar que sou Shikigami dessa Exorcista fraca.” Disse com desprezo.

 

Hinata arregalou os olhos. Em que diabos ela tinha se metido?


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Notas finais do capítulo

Primeiro Capítulo, é
Outra SasuHina dessa girl q
Só tenho uma One na verdade o.ó q
Mas então...
Me digam se gostaram, aceito sugestões, comentário, críticas, tudinho
E ae, como tá? =D q



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