A Sombra da Lua escrita por Insanidade


Capítulo 24
Capitulo extra: Juntos


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capitulo extra, esse foi bem simples, mas vai ser muito importante para entenderem algumas coisas que vão acontecer mais para frente. Pelo amor de filhotinhos fofinhos, deixem seus comentários!



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Sunagakure, quatorze dias após a guerra.

POV Gaara.

Já estava anoitecendo e ainda tinha uma pilha de papeis sobre a minha mesa. Não que eu achasse ruim todo o trabalho de ser um Kage, mas as vezes é cansativo.

Dessa vez eu estava cuidando dos tratados de paz das vilas e respondendo cada um deles, era muito trabalho, mas eu estava tendo ajuda.

Temari estava cuidando das burocracias da guerra, que incluía mandar mantimentos para as famílias que perderam alguém e reconstruir alguma parte da vila que tenha sido afetada, entre outras coisas, com isso eu não precisa me preocupar.

E agora com os ataques dos ninjas ocultos e até mesmo por devida proteção, Kankuro se tornou o responsável sobre o exército de Suna e com os guardas do Kazekage, novamente com isso eu não precisava me preocupar.

No momento era só ler os tratados e responder eles, apesar de serem muitos.

—Kazekage sama, esse é o último tratado das vilas que fazem parte da aliança.

—Obrigado Sari, e eu já disse que pode me chamar de Gaara.

—Certo.

Sari sorriu. Ela meio que se tornou a minha assistente desde que a Temari foi cuidar de outros negócios, o que é muito bom, porque ela é muito prestativa e está sempre sorrindo. Quando as burocracias terminarem e Temari voltar ao seu posto, vou sentir falta da companhia de Sari.

—Terminei, esse é o de Kumo.

Sari pegou o pergaminho da minha mesa e leu ele rapidamente para conferir se estava tudo certo, então o enrolou e o selou, colocando ele junto de mais dois que eu tinha terminado antes.

—Está indo muito bem, três ninjas já vão poder voltar para casa.

O sorriso dela era doce e gentil, era até meio estranho para mim, ela parecia algo muito bonito em meio ao caos.

—Você pode ir para o festival se quiser Sari, deve ser horrível passar as noites conferindo pergaminhos.

Ela riu e o seu cabelo castanho acompanhou o movimento quando ela se virou para me olhar.

—Você passa as noites escrevendo pergaminhos, por que eu não posso conferir eles? Temari saiu com o Hiro, Kankuro está de folga para organizar o casamento e o Kimo é insuportável, pelo que eu sei sou a sua melhor opção, e acredite Gaara, eu prefiro estar aqui.

Não pude evitar de rir, ela estava certa, eu prefiro mesmo a companhia dela.

Sari pegou outro pergaminho na minha mesa, quebrou o selo e leu rapidamente.

—Esse é bom, é da Grama.

—O que eles estão pedindo?

Sari olhou para mim e seus olhos pareceram brilhar por um momento, o que me deu vontade de sorrir, mas segurei.

—Estão querendo que o líder deles participe das reuniões com os Kages e querem sediar provas de níveis ninjas, basicamente serem mais ativos como vila shinobi.

—Você conseguiu se tornar uma chuunin, certo?

—Sim, graças a você.

Sari sorriu gentilmente e colocou o pergaminho estendido na mesa a minha frente.

—Quando isso acabar vamos fazer outros exames para junnin, você vai tentar?

Sari desviou os olhos para o chão, seu cabelo caiu sobre seu rosto, e como um impulso eu estendi minha mão e coloquei seu cabelo para trás.

Ela me olhou de forma confusa, seus lábios se abriram um pouco, mas ela nada disse.

—Está tudo bem?

Perguntei.

—S-sim... é que eu não sei se consigo passar em um exame junnin...

—Eu acredito que você consegue.

Ela voltou a sorrir e seus olhos brilharam, ela é muito bonita realmente.

—Então Kazekage sama, enquanto você lê esse pergaminho vou buscar algo para você comer.

Sari se virou em direção a porta, e o seu perfume inundou o meu olfato quando um vento entrou pela janela fazendo seu cabelo castanho voar, ela então saiu da sala sem me ouvir reclamar por ser chamado de Kazekage.

Não que eu não gostasse de ser chamado pelo que eu era, o problema é que eu não gostava dela me chamando assim, parecia estranho, como se ela fosse mais uma que trabalhasse comigo, e eu não queria que fosse assim.

Quando a guerra acabou, Sari que cuidou dos meus ferimentos, além de ajudar várias outras pessoas, isso nos tornou mais próximos, e quando voltamos para a vila Sari se ofereceu para ajudar de todos os jeitos possíveis, informando as famílias das perdas, levando mantimentos, cuidando das pessoas nos hospitais e depois sendo minha assistente.

Desde que me tornei Kazekage meu objetivo era unir a vila, tornar as pessoas mais amigas, ajudar a todos e fazer de Suna um lugar receptivo e feliz. Sari fez isso em apenas alguns dias com alguns atos de boa vontade, e isso me fez admirar ela. Ela não fez por uma ordem, para chamar atenção ou para me agradar, ela fez porque quis fazer, e porque era o certo. Esse é o dever de um ninja.

Voltei meus olhos para o pergaminho na minha frente quando escutei uma explosão vindo de fora. Me levantei o mais rápido que pude e corri para a janela, uma fumaça se formava no extremo leste da vila.

—Ninjas ocultos.

Corri para a porta, mas antes que eu pudesse abri-la, Sari entrou.

—Gaara! Você está bem?

—Estou, e você?

Ela apenas confirmou com a cabeça, parecia assustada e cansada.

—O que foi isso Sari?

—Uma explosão, Kankuro já está a caminho de lá, Temari está vindo para cá junto com o Hiro, encontrei com eles perto do festival. O festival já acabou, então todos estão em casa, mandei os guardas pedirem para que todos continuem em casa até que descubram o que aconteceu.

—Obrigado Sari.

Fiquei aliviado por ela ter cuidado de tudo, e logo Temari e Hiro entraram na sala.

—Estão sabendo de alguma coisa?

Perguntei, e eles negaram.

—Eu vou até lá.

Fui em direção a porta mas Sari segurou o meu braço.

—Eu sei que é o seu trabalho cuidar e proteger o povo, só que no momento não sabemos do que se trata, então é melhor você esperar o Kankuro chegar, para que nada de errado aconteça.

Olhei para ela e ela tinha uma expressão firme no rosto, isso me fez pensar que ela não era uma garotinha ingênua, ela poderia ser gentil e doce, mas era muito forte.

—Sari está certa Gaara, e se for o que estamos pensando pode ser perigoso para você.

Concordei e assim que Sari soltou o meu braço escutamos outra explosão, dessa vez mais perto. Todos corremos para a janela e podemos ver uma das barracas da feira pegando fogo.

—O que está acontecendo?

Hiro perguntou.

—Isso parece uma distração, todos fiquem atentos.

Temari respondeu.

—KAZEKAGE SAMA! A VILA ESTÁ SENDO ATACADA!

Kimo entrou correndo pela sala.

—Já estamos sabendo Kimo, fique calmo, estamos esperando o Kankuro.

Kimo se agarrou a perna da mesa e começou a tremer de medo. Sari segurou o riso ao meu lado, e eu fiz o mesmo.

Então Kankuro entrou na sala.

—Gaara, temos um problema.

A forma como ele me olhou já deu para entender que era sigiloso.

—Todos saem, exceto a Temari.

Kimo me olhou em desespero, ele provavelmente tinha ido para lá porque pensou que se algo acontecesse eu iria protege-lo.

Hiro saiu após dar um beijo na bochecha de Temari, e Sari foi em direção ao Kimo e saiu arrastando ele para fora da sala e fechou a porta atrás de si.

—Então, o que está acontecendo Kankuro?

Perguntei.

—Guardas da sua guarda foram mortos, eu tinha dado folga para eles, e por alguma razão não tinha nenhum dos ninjas escalados para o monitoramento vigiando aquela área hoje.

—Como eles morreram?

Temari perguntou.

—Kunais com papel explosivo.

—Vocês acham que são os ninjas ocultos?

Perguntei.

—Difícil, mas é provável, a questão é saber por que eles atacariam guardas.

Temari respondeu.

—De toda a forma pedi para um grupo de ninjas e guardas se espalharem pela vila para ver se encontramos algo, e o resto chamei para o centro de treinamento, principalmente aqueles que deveriam estar monitorando o local.

Kankuro disse, então eu suspirei, e voltei a me sentar atrás da mesa cheia de pergaminhos.

—E sobre a barraca?

Perguntei.

—Não sabemos se foram eles, mas também usaram kunai com papel explosivo.

—Certo, Kankuro vai falar com os guardas e tentar descobrir mais alguma coisa e o porquê deles não estarem no seus postos.

—Sim Gaara.

Kankuro saiu da sala me deixando a sós com a Temari.

—Temari, você sabe onde está o Shikamaru?

Ela pareceu surpresa com a minha pergunta.

—Não, eu vi ele com a garota da lua no festival, mas foi bem rápido, logo eu e o Hiro fomos para o outro lado e eu não vi mais eles.

—Aquela garota não devia estar aqui, é perigoso, mas parece que o Shikamaru está cuidando dela, então não me preocupo tanto, porém temos que avisar ele sobre esse ataque.

Temari suspirou.

—Vá até o hotel onde eles estão hospedados, informe ao Shikamaru sobre a situação e peça para ele vir aqui.

Ela pareceu descontente com o meu pedido, tem algo errado acontecendo.

—Certo.

Ela saiu da sala batendo a porta atrás de si, típico.

Suspirei passando as mãos pelo meu cabelo vermelho. Estava cansado e com medo, medo do que esses ninjas planejam e como faram para conseguir, medo de ter que lutar contra irmãos e até mesmo ver outra guerra se formar.

Ouvi batidas leve na porta que me fizeram ignorar meus pensamentos.

—Entra.

Sari entrou silenciosa pela porta, seu rosto era uma clara expressão de preocupação. Ela puxou uma cadeira no canto da sala e se sentou do outro lado da mesa na minha frente. Então ela estendeu as mãos e sorriu para mim, eu segurei suas mãos e retribui o sorriso.

—Sei que é difícil, mas vai dar tudo certo Gaara, você é o melhor Kazekage que esse país já teve, eu confio em você, o povo confia em você. Eu não sei o que pode estar acontecendo, mas sei que você vai resolver, e sempre que precisar vou estar aqui para te ajudar, seja com pergaminhos ou lutando para isso.

Eu não sei exatamente o porquê, mas as palavras dela confortaram o meu coração. Vencemos uma vez juntos, e venceremos quantas vezes forem necessárias se estivermos juntos. Eu me senti realmente feliz por ter ela ali.

 


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