A Sombra da Lua escrita por Insanidade


Capítulo 20
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Aqui está mais um capitulo, espero que gostem! Por favor comentem!



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Sunagakure, quatorze dias após a guerra.

POV Shikamaru Nara.

Acordei sentindo o peso do meu corpo, tinha dormido demais provavelmente. Pela janela ainda estava escuro, e o relógio em cima do armário de madeira marcava 5:50 da manhã, cedo demais para qualquer coisa.

Rolei na cama de casal, eu não ia voltar a dormir, mas sinceramente não queria levantar.

Esfreguei meu rosto com as duas mãos e comecei a pensar sobre minha missão. Entregar o tratado de paz para o Kazekage, feito, esperar a resposta dele, ainda sendo feito, aproveitar para investigar a vila e tentar encontrar algo relacionado com os ninjas ocultos, não feito.

Sentei na cama e acabei estralando minhas costas, eu realmente precisava dormir, meu corpo estava sentindo falta disso, só que talvez eu tenha passado dos limites.

O que eu devo fazer agora? Provavelmente tomar um banho e ir comer alguma coisa, mas e depois? Eu ainda tinha que falar com a Temari, só que depois de ontem, da forma como ela agiu, estou com receio sobre isso, e ainda tem a Mei.

Suspirei, por que as coisas tem que ser tão problemáticas?

Me levantei e fui em direção ao banheiro. Escovei os dentes e tomei um banho demorado.

Eu iria comer em algum lugar que estivesse aberto agora, depois iria dar uma volta pela vila, ver se encontrava algo, depois poderia conversar com os membros da aliança shinobi e ai quem sabe depois do almoço falar com a Temari.

Sai do banheiro e vesti minha roupa. Antes de sair do quarto pensei em Mei, ela provavelmente estaria dormindo essa hora, eu deveria falar com ela também, mas não agora.

Tranquei a porta e antes de descer as escadas do hotel olhei para a porta fechada do quarto dela, esperando que ela se abrisse ou algo do tipo, nada aconteceu.

As ruas de Suna estavam até que movimentadas para essa hora da manhã, o sol já tinha nascido e várias pessoas que estavam trabalhando no festival montavam suas barracas.

Caminhei sem pressa pelas ruas da vila, por um momento senti saudades de Konoha e o clima agradável, aqui já estava calor demais para mim.

Logo na esquina eu vi um restaurante aberto com mesas do lado de fora, resolvi ir até lá tomar meu café da manhã.

O lugar é bem agradável, muito limpo e simples, com mesas redondas com apenas duas cadeiras em cada, um jarro com uma flor no centro das mesas e o cardápio.

Uma garçonete veio anotar o meu pedido, um café preto com torradas, assim que ela saiu eu vi Mei atravessando a rua.

O cabelo dela estava solto voando seguindo o ritmo do seu andar, ela não estava com o Kimono preto do dia anterior, e parecia estar procurando alguma coisa. Pensei em chamar ela, mas a pressa que ela atravessou a rua e virou a outra esquina afastou essa ideia.

—Hey Shikamaru! Que bom te ver!

—Kankuro! A quanto tempo, como vai?

Kankuro se sentou na cadeira extra da minha mesa a minha frente.

—Estou bem! Gaara me falou que você estava vindo para Suna, mas ele e a Tema estão tão atolados de trabalho que nem fiquei sabendo que você chegou, como vai as coisas?

—Tudo bem, pois é a aliança está trabalhando muito agora.

Kakuro sorriu, e a garçonete finalmente trouxe o meu pedido.

—Você aceita?

Perguntei.

—Não, obrigado, estou indo tomar café com a Mira.

—Sua noiva?

Perguntei tomando meu café bem amargo exatamente como eu gosto.

—Sim! Da para acreditar que daqui três semanas estarei casado?

—Meus parabéns, ela é daqui?

—Sim, nos conhecemos na academia quando crianças, mas ai acabamos nos afastando pelas coisas que aconteceram com o Gaara e a minha família, só que por benção do destino encontrei com ela a seis meses e começamos a namorar. Então a guerra veio e decidimos casar se saíssemos vivos dela, e agora eu estou escolhendo uma gravata, incrível né?

Incrível ter coragem de se casar depois de namorar apenas seis meses.

—Sim, claro.

—Assim que os convites estiverem prontos eu faço questão de que todos vocês de Konoha venham!

—Viremos, com certeza.

—Que bom, e você está namorando?

—Não, não estou.

Tomei outro gole do meu café, já estava acabando.

—Entendo, eu jurava que você e a Tema iam acabar juntos, mas ai ela começou a namorar o Hiro...

Encarei ele levantando uma sobrancelha.

—Temari está namorando?

Ele pareceu surpreso com a minha reação.

—Está... Já faz uma semana... Achei que você sabia...

Ele estava constrangido, e eu provavelmente estava parecendo um idiota. Por que isso me deixou surpreso? Eu não tenho nada com ela, claro que não achei que logo depois que ela me beijasse ia começar a namorar outra pessoa, mas eu não tenho nada a ver com isso. Só não podia negar que eu estava mais confuso agora.

—Entendo, não, tudo bem, fico feliz por ela.

—Enfim... Eu tenho que ir agora, Mira está me esperando, vejo você depois Shikamaru.

Ele se levantou da cadeira.

—Até depois.

Dei o ultimo gole no meu café, e já estava comendo as torradas quando vi Karui se aproximando.

—Olá Shikamaru como vai?

—Bem e você? É a representante de Kumogakure?

—Sim, algo que eu não esperava, mas estou gostando muito.

—Que bom.

Ela desviou os olhos de mim.

—Então, você é amigo do Chouji... certo?

Chouji não tinha me contado quem era a garota que ele estava trocando cartas e possivelmente apaixonado, porém agora ele não precisa mais me dizer.

—Sou sim, por que?

—É que... Eu e ele... Estamos trocando cartas a uns dias, e depois que o Kazekage responder o meu tratado de paz vou voltar para a minha vila e ai vou para Konoha levar o nosso tratado de paz para o Hokage, e já que eu vou ver ele... Pensei em levar um... Presente, só não sei o que...

Ela estava completamente vermelha, o que camuflava com o seu cabelo. Terminei de comer minhas torradas e respondi.

—Leve comida, cozinhe algo para ele e leve. Ele vai gostar.

Sorri para ela e ela retribuiu o sorriso, fiquei feliz pelo meu amigo.

—Obrigada Shikamaru, te vejo por ai!

Ela saiu e eu chamei a garçonete para pedir a conta, mas antes dela chegar a minha mesa, eu senti alguém se sentar na cadeira a minha frente. Me virei encontrando aquele olhos negros tão profundos capazes de me fazer perder completamente a razão.

—Pois não?

A garçonete perguntou chegando a mesa.

Mei desviou os olhos dos meus e olhou gentilmente para a moça.

—Traz um café com creme e açúcar extra, e um... O que você está tomando?

Ela olhou novamente para mim e para a xicara vazia a minha frente. Eu abri a boca para responder, mas não consegui, eu fiquei sem reação.

—Então...

Ela levantou uma sobrancelha e lançou um sorriso que me pareceu um pouco gentil, pela minha falta de resposta.

—Um café preto, provavelmente.

Ela disse para a garçonete que anotou tudo e saiu da mesa.

Ela olhou novamente pra mim, então eu percebi que ainda estava com a boca aberta. Ela riu.

—Você está bem?

Perguntou ainda rindo, sua risada era bem agradável e doce.

—Sim... Ham... O que faz aqui?

Antes dela responder a garçonete chegou com os nossos cafés. Então eu observei ela colocar a açúcar extra que vinha em um pacotinho dentro do seu café e mexer sem diluir totalmente o creme. Ela tinha uma expressão leve no rosto e um sorriso quase imperceptível nos lábios vermelhos.

—O mesmo que você, tomar café.

Ela segurou a xicara com as duas mãos e deu um gole no seu café.

—Isso ai não é café, é açúcar puro.

—Esperava que eu fosse amarga como você?

—Nunca me pareceu tão doce assim.

—Você só me viu duas vezes.

—Tem razão.

Demos um gole dos nossos cafés juntos, ainda olhando um para o outro.

—O café diz muito sobre a pessoa.

Ela disse desviando os olhos para a própria xicara.

—Por que está se expondo assim?

Ela pareceu surpresa com a minha pergunta, provavelmente não esperava que eu fosse ser tão direto, mas não respondeu, voltou a tomar o resto do seu café.

—Você não fez isso na guerra por algum motivo que eu penso ser proteger seu clã. O seu clã que desapareceu por completo a anos e com várias razões para isso, razões essas que podem estar em jogo nesse exato momento, mas eu acredito que você sabe disso, então por que está fazendo isso? Colocando a sua vida e o seu clã em risco assim, logo aqui.

Sua expressão mudou e ela me olhou seria, rígida. Se levantou da cadeira sem pressa e eu acompanhei seu movimento, então percebi que ela tinha um corte na coxa que estava sangrando, estava prestes a perguntar sobre quando ela tirou um dinheiro de dentro da bolsa de kunais presa a coxa e colocou sobre a mesa.

—Achei que você fosse mais esperto Shikamaru Nara.

Ela se virou e saiu, eu fiz menção de ir atrás, mas por alguma razão eu não fui.

O olhar dela, as palavras, tinha algo ali que eu não consegui entender.

Eu deveria ter ido.

Paguei a garçonete com o meu dinheiro e guardei o dinheiro da Mei para poder devolver depois. Sai andando novamente sem um rumo especifico pelas ruas de Suna. Os meus pensamentos não estavam fazendo muito sentindo, iam do namoro repentino da Temari para o quanto a Mei estava se arriscando e parecia querer isso, novamente problemático demais.

Tinha ninjas de Suna espalhados por todos os lados, provavelmente a força especial que o Kazekage colocou para vigiar tudo. Tinha vários guardas dele também, em cada esquina.

O movimento já tinha aumentado pelas ruas e o calor também, o sol estava alto no céu quando eu virei uma esquina e me deparei com uma mulher e um homem conversando próximos a um beco.

A forma que eles conversavam baixo demais e olhando para todos os lados me deixou intrigado. O homem estava com o uniforme que os guardas do Kazekage usam, mas ele estava de costas para mim então não pude ver seu rosto. Já a mulher usava uma bandana de Suna, seus cabelos eram castanhos e caiam lisos nos ombros, ela parecia nervosa e com pressa.

Tentei me aproximar sem ser notado para poder escutar o que eles estavam falando porém...

—OLÁ SHIKAMARU-KUN! BOM DIA!

—Kimo, o que está fazendo aqui?

—Como eu te disse, estou sempre por perto!

—Certo.

Os dois já tinham sumido da rua, e nem vi para onde eles foram, droga.

—Posso te ajudar com alguma coisa?!

—Não Kimo, só estou dando uma volta.

—Se precisar de algo é só falar!

Ele se virou e saiu pela mesma esquina que eu vim. Bufei, estava perto de conseguir algo e a chance escapou pelos meus dedos.

Continuei andando até que me vi na frente do prédio do Kazekage, pensei em entrar para falar com Gaara e ver se ele tinha alguma informação.

Andei pelos corredores do prédio até avistar a porta da sala dele, estava quase batendo quando um dos guardas segurou a minha mão.

—O que está fazendo aqui?!

—Vim falar com a Kazekage.

—Não pode sem hora marcada.

—Eu sou um amigo dele, falei com ele ontem e ele disse que eu poderia vir aqui.

—Sem hora marcada, sem permissão.

Puxei a minha mão, e ele me soltou, encarei ele por um momento e algo em mim me disse que eu já tinha visto ele antes.

—Hiro, o que está acontecendo?

Temari estava vindo pelo corredor oposto ao que eu vim.

—Nada, esse cara quer ver o Kazekage, mas eu disse que ele não pode ver ele sem hora marcada, ainda mais agora que ele está ocupado.

Temari olhou de mim para ele e depois novamente para mim.

—Algum problema Shikamaru?

—Não.

Aquele era o namorado dela? Tcs, problemática.

—Vem comigo.

Ela se virou pelo corredor que veio e eu a segui em silencio até uma sala que eu supôs ser dela.

Tinha várias fotos dela com os irmãos por todos os lados da sala, e tinha uma foto dela ao lado daquele guarda, Hiro. Mas uma das fotos me chamou mais atenção, a moça que estava no beco estava nela, junto com a Temari e o Kankuro.

—Essa é a noiva dele, Mira.

Temari disse reparando meu interesse pela foto. Voltei a olhar para ela.

—Então, você está namorando?

Fui direto, e isso deixou ela vermelha, mas Temari nunca perdia a postura de orgulhosa imbatível.

—Sim, como soube?

—Encontrei com Kankuro mais cedo.

—Perguntou de mim pra ele?

—Não precisei, ele me disse.

Ela levantou uma sobrancelha como se dissesse “típico dele”. Ficamos em silencio por um tempo, ela abria e fechava a boca como se escolhesse as palavras certas, mas isso parecia que estava deixando ela irritada.

—Fala logo Temari.

—Eu não sei o que falar!

—Então eu falo, aquele beijo que você me deu não saiu da minha cabeça nenhum dia, eu fiquei confuso como nunca tinha ficado em toda a minha vida, pensei em vir falar com você, mas tive receios porque não fazia ideia do que te dizer. Eu não sei se sinto algo por você ou se só estou confuso demais. Eu sei que nós conversamos a respeito disso e era para ter se resolvido ali, mas não se resolveu pra mim. Eu entendo dentro de mim que o que eu sinto, se eu sinto algo mesmo, não é algo que eu planejei e que eu vejo como o ideal de amor, mas não posso ignorar simplesmente tudo. Só que hoje eu descobri sobre o seu namoro, fico feliz por você ter tudo resolvido e eu não vou insistir nessa conversa, só fiquei confuso.

Suspirei. Temari parecia assustada com as minhas palavras.

—Shikamaru eu... Sinto muito... Aquele beijo nunca deveria ter acontecido, não queria te deixar confuso, mas confesso que eu também fiquei por muito tempo. Quando voltei para casa fiz o máximo para me focar no trabalho e não pensar nisso, mas ai me vi entrando em desespero pensando que talvez eu nunca gostasse de alguém que pudesse dar certo. Dentro de mim eu estava complemente dividida em um sentimento confuso por você e o amor pela minha casa e a minha família, então o Hiro se declarou para mim. Eu conheço ele já tem um bom tempo, fizemos algumas missões juntos, e quando o povo se voltou contra o Gaara ele nos ajudou a proteger ele. É um homem bom, com um bom coração, e por isso eu decidi tentar. Tentar tirar essa dúvida de mim, esse medo de nunca ser feliz e essa confusão de sentimentos por você. Você é meu amigo e eu não quero que isso mude, só não podia continuar daquela forma, tão próxima a você, acho que foram os dias que trabalhamos juntos que me deixaram confusa, mas eu estou seguindo em frente, mesmo se eu quisesse transformar esses sentimentos confusos em algo concreto não poderia pela distância entre nós, assim é melhor.

Respirei fundo, tinha mil coisas passando pela minha cabeça naquele momento.

—Certo, você também é minha amiga Temari.

Ela sorriu, e eu me levantei fazendo menção de sair da sala.

—Shikamaru está tudo bem?

—Está sim, pelo menos agora acredito que está tudo resolvido.

—Certo, mas eu tenho outra pergunta para te fazer.

—O que?

—Por que ela está aqui?

Por isso Temari tinha olhado daquela forma para a Mei ontem, ela estava tentando encontrar respostas para essa pergunta como eu estou.

—Não faço ideia, mas parece que ela quer ser notada.

—Louca.

—Descobriram algo sobre a biblioteca?

—Não, seja quem foi que entrou nela tinha a chave e o código para liberar os selos de proteção.

—Entendi.

Ficamos em silêncios por alguns minutos e aquilo já estava ficando constrangedor então resolvi sair da sala dela.

—Te vejo depois.

—Ok, até depois.

Lidar com sentimentos não é algo fácil e simples para mim. Eu não sabia o que dizer ou o que fazer, eu só queria tirar tudo aquilo de mim, colocar tudo para fora e deixar as coisas se resolverem. Deve ser por isso que falei tudo aquilo para ela. Eu ainda não sabia definir o que sentia em relação a Temari e aquele beijo, não sei se estou sendo muito racional, mas não tem porque insistir em algo sem certeza. No fim ficar confuso é muito fácil, e meu pai tinha razão sobre as mulheres, agora eu entendia um pouco melhor.

Quando voltei para as ruas de Suna percebi que já era hora do almoço e o movimento já estava bem grande nas barracas do festival, então eu avistei Karui em uma das barracas e fui almoçar com ela.

Não conversamos muito, falamos basicamente sobre o Chouji e ela me disse que foi uma surpresa receber a carta dele e que corresponder a ele tem sido a melhor coisa que fez. Isso me deixou mais feliz ainda por ele.

Com a morte dos nossos pais é bom ver Ino e Chouji seguindo suas vidas em busca das suas felicidades e alegrias, mesmo que isso seja difícil de manter no mundo em que vivemos.

Voltei para o hotel depois do almoço e quando cheguei no corredor do meu quarto notei que a porta do quarto da Mei estava entreaberta. A primeira coisa que passou pela minha mente foi que alguém tinha invadido, então fui o mais cauteloso possível ao me aproximar da porta.

O quarto parecia vazio, abri a porta um pouco mais com cuidado e sem fazer nenhum barulho para poder olhar melhor lá dentro.

Foi então que eu vi Mei deitada na cama, dormindo.

Suspirei aliviado. Ela estava de roupa intima o que me deixou constrangido, tinha um curativo na sua coxa onde mais cedo estava sangrando e a sua respiração era tranquila e calma.

Antes de sair do quarto coloquei o dinheiro dela sobre o armário de madeira e então sai fechando com cuidado a porta atrás de mim e logo entrei no meu quarto. A forma como eu andava preocupado com a Mei, e o que ela está fazendo aqui me deixava irritado também.

Só essa parte do dia já tinha sido cansativo o suficiente.

Peguei um pergaminho dentro das minhas coisas e comecei a escrever para o Kakashi. Relatei sobre a presença da Mei em Suna e sobre o comportamento dela, também falei sobre a noiva do Kankuro que vi conversando de forma suspeita com um membro da guarda do Kazekage e depois conclui dizendo que não consegui falar pessoalmente com o Kazekage desde que cheguei.

Coloquei os selos que apenas o Hokage poderia abrir, e guardei para enviar mais no final do dia.

Tomei um banho e voltei para a cama, nem percebi que tinha dormido, quando levantei já estava escuro e a música que vinha lá de fora me avisava que o festival tinha oficialmente começado.

O meu estomago reclamou de fome, troquei de roupa e sai do quarto. Quando estava no corredor reparei que a luz do quarto da Mei estava acessa.

Eu deveria chamar ela para ir comer algo comigo e talvez tentar entender melhor o motivo da sua exposição repentina.

Bati na porta três vezes e nada, estava quase desistindo quando a porta se abriu, revelando Mei enrolada numa toalha branca e com os cabelos ondulados bagunçados caindo sobre seu ombro direito.

—O que foi?

Fiquei constrangido, novamente, com a sua imagem só de toalha.

—Ham... E-eu estou indo comer alguma coisa, você quer ir?

Ela notou a minha voz falhando e segurou o riso.

—Claro, um minuto.

A porta se fechou novamente e eu esperei. Não demorou muito e logo ela estava de volta. Seu cabelo branco estava preso num coque bagunçado. Ela estava com uma saia curta preta aberta na lateral mostrando o short também preto, as ataduras nas coxas e bandana de Getsugakure, uma blusa curta preta que, novamente, não escondia a barriga, e com aquele decote o busto também não, além das sandálias shinobis de cano alto.

Mas o que chamou mais a minha atenção foi o kimono branco que ela estava usando, tinha o símbolo de Getsugakure, a lua crescente, e os símbolos que escreviam “Hokaku” atrás, porém diferente do kimono preto do outro dia, esse era maior, ia até o chão e parecia um pouco grande nela já que mangas cobriam as suas mãos, e o mais intrigante era que abaixo dos símbolos que formavam Hokaku em vertical tinha a palavra “Líder” em horizontal.

Seria Mei a líder do clã Hokaku? E por que ela não estava com esse kimono antes? Por que usar ele agora?

Decidi guardar minhas perguntas para depois, precisava que ela confiasse em mim antes de encher ela de perguntas que eu sabia que ela não iria responder.

Seguimos pelas escadas do hotel em silencio até chegarmos as ruas lotadas de Suna.  


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