XadreZ escrita por Mia Grayson


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

E aí?



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Partimos depois do café em direção a estação de metrô. É um tipo de transporte bastante interessante. Cada vagão é particular, você ou o grupo em que você está aluga um e digital o local de destino em um painel e o computador navegar mostrando quanto tempo falta para chegar, a velocidade média e até a temperatura e o clima na outra cidade. O engraçado é que esses vagões só podem ir até os distritos em volta da cidade daquela região. Para ir para outros distritos ligados a outras cidades é preciso trocar de trem na cidade sol, no caso, para seguir viagem, então se você digitar um destino a que o vagão não pode seguir uma voz robótica lhe diz em um tom irritado que você digite novamente um destino possível. Hoje em dia, pessoas como Erick, que não tem expressão, se parecem mais com robôs do que os próprios. Pensei comigo mesmo e tive que segurar para não rir estando sentada a sua frente.
Paramos no centro. Pedi ao computador para nos deixar algumas quadras da academia para lhes mostrar a cidade, um lugar que nunca viram. E fomos caminhando por entre as pessoas com eles maravilhados atrás de mim. Terra já teve vida, menos do que aqui claro mas tinha suas festas e uma praça cheia de gente e crianças que saiam das escolas mas faz tanto tempo, o que não é incomum que estranhem, parece algo novo realmente.
– Vamos parar aqui. - aponto para uma pizzaria em uma das movimentadas esquinas. - São velhos conhecidos. Entramos na rústica estrutura de madeira com portas de vidro. O ambiente era um pouco escuro mesmo na luz do dia e a noite totalmente iluminado por velas. Era muito aconchegante e...romântico. Quem sabe trouxesse Ian em um jantar a sós antes de ir embora. A disputa seria em uma cidade próxima mas nossas coisas ficariam aqui na academia então teríamos que voltar mesmo.
– Olá Pierre. - o homem baixinho de cabelos grisalhos se vira para nós.
– Hora mas vejam só, minha pequena Ragazza voltou. - ele me abraça. - E quem são esses?
– Minha outra família. - ele cumprimenta a todos e sussurra para mim.
– É algum deles? - aponto discretamente para Ian que olhava o ambiente a nossa volta.
– Nós casamos. - ele fica deslumbrado e se lembra de arrumar as mesas depressa.
– Venham, vou arrumar uma mesa a vocês e fiquem a vontade. - eles arrumam uma mesa ao lado de uma grande janela de vidro que dava para a rua calma ali do lado. Nós sentamos, Ian ao meu lado e Pierre vem trazendo os cardápios e sussurra algo no ouvido de Ian que não posso ouvir mas rio da cara de espanto que ele, a meu lado, faz ao ouvir.
– Então, o que vai ser?
– Alice, você escolhe. - Erick fecha o cardápio e fala em um tom de desafio. Os outros fecham o cardápio em concordância e dou de ombros.
– Pode trazer a de sempre e capriche. Sei que vão gostar. - ele faz um meneio de cabeça e assim que se retira outro garçom vem trazendo as bebidas.
– Era aqui que eu vinha quando voltava muito tarde para a academia depois de procurar mais pistas sobre minha mãe. São muito acolhedores, ja chegaram a ligar o forno só para mim. Se tornaram outra família aqui e prometi que os visitaria se voltasse a cidade. Além do que duvido que já tenham comido pizza melhor que daqui.
– Isso é o que veremos.
– Engraçadinho. - me viro para Ian. - Está gostando? Você nunca saiu do distrito não é?
– É muito diferente do que pensei que seria. A sensação de ser apenas mais um entre muitos ainda é nova mas eu gosto dessa atmosfera de alegria, me lembra bons tempos.
– É. - os outros concordam.
– Sim.
A comida chega, uma pizza média caseira de marguerita. Foi assim que aprendi a gostar de tomates. Fiquei observando enquanto Ian comia. Suas expressões eram muito verdadeiras e espontâneas. Ele, como os outros, pareciam crianças descobrindo o mundo pela primeira vez.
– O que achou Chefe?
– É realmente muito boa. Mas já comi uma boa assim também.
– É? Onde? - ele apontou Ian a sua diagonal.
– Ele foi o chefe.
– O que?!
– Não achei que estava tão boa quanto essa.
– Eu gostei.
– Você cozinha?
– É um hobbie e alguém precisava preparar as coisas naquela casa. - ele diz meio sem jeito.
– É, Ian é nosso chefe particular. - Thomas completa.
– Ótimo, então a comida vai ficar sempre por sua conta. - e todos riem.

Agradeci a Pierre pela hospitalidade e pela comida antes de partimos para a academia onde o treino de fato começaria, junto com os problemas.


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Notas finais do capítulo

^^



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