Sangue de Hades escrita por Julian Sevela


Capítulo 12
Nico


Notas iniciais do capítulo

Reúno minha família, e apresento meu namorado ao meu pai



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Ao entrar percebi a presença do Senhor D. arrumando as cartas e servindo bebidas para os convidados, Lady Afrodite ouvindo as explicações de seus filhos, Lorde Apolo estava tentando acalmar meu Pai, infelizmente não vi a Rainha Perséfone, deveria ter orado por ela. Fui aos pés do meu pai e ajoelhei com pouco de dor - ele me olhou e fez sinal para ficar em sua frente. Will saudou seu Pai Apolo e depois o meu, foi ficar ao meu lado.
Foi Hades que começou a falar
—Por que estou aqui esperando, Nico pegue suas coisa, você volta hoje, foi um erro deixa-lo aqui, sabia que se deixa-se você aqui ou iriam doutrina-lo contra mim ou mata-lo.
—Pai eu rogo a você, não seja precipitado eu... - e olhei para Will que me olhava.
—Não discuta, Nicholas Di Ângelo, faça o que eu estou mandando. -Ordenou Hades.
—Pergunte para a Rainha Perséfone o que ela acha...- estava desesperado teria que ir embora e as Fúrias iriam acabar com todos. Estava ao lado de Will de mãos dadas na frente de meu pai.
Meu Pai bufou!
—Tio, realmente você está indo longe demais, você iria separa-los. - Disse Apolo
Hades olhou mim e Will, olhou para nossas mãos e bufou mais
—Filho isso não vai dar certo. Eu amo você.... Porém não vou perder, um filho, de novo. Sei o que vocês sentem, e aceito, porém, não vou deixa-lo aqui, olha o que pode acontecer!
—Lorde Hades, então eu irei junto. Eu não quero perde-lo também. -Disse Will
—Você não pode, lá não tem sol, o ar é... , tudo pesado... você não poderia viver lá - falei olhando Will
—Eu não vou deixa-lo - Will disse segurando mais forte minha mão.
—Pai, Somente tire a Ordem das Fúrias, pois elas vão destruir a todos. - Clamei a Ele _Eu... eu obedeço, irei sem reclamar, farei tudo que o Senhor desejar, me torno exatamente o Comandante que sempre quis, vou sozinho para o Mundo Inferior - falei olhando Will.
Lady Afrodite tomou a Palavra olhando para Drew e para Lenon que estava vestido e com um tom vermelho na pele _Meus filhos, são culpados, culpados de quererem separar o que não pode ser separado.
Lenon abaixou a cabeça, porem Drew gritou _Isso é errado, é nojento, eles não podem...
Estava falando com nojo de mim e do Will. _É por isso, vocês simularam que Will tinha me traído, pra eu ficar com raiva dele, e nos separarmos, pra eu ficar com... você, por que... isso é preconceito, como você pode, sendo filha de Afrodite.
—Nico, está certo, vocês foram longe demais, meus filhos deveriam festejar o amor, repudiar o preconceito, não por convenção, e sim por enxergar que eles necessitam estar juntos, como parceiros, amigos, companheiros, amantes, se vocês não reconhecem todas as formas de amor, como são meus filhos? Lorde Hades, creio que está disciplina, não deva ser feita por Fúrias, porem pela Mãe e Deusa, peço desculpas, e que bom que você, Nico Di Ângelo, tem um amor que pode curar qualquer coisa - disse isso olhando para Will
—Certo, a ordem das Fúrias está retirada, e você Nico, meu filho pode ficar, porem quero estar ciente desta “Disciplina” e saibam que lembrarei deste dia, no julgamento de vocês - disse Bufando, olhando para os filhos de Afrodite
Afrodite desapareceu e levou Lenon e Drew juntos.
—Pai, por que as Fúrias estavam aqui, naquela hora, você prévio o que iria acontecer? - Perguntei
Não, elas vieram para buscar você. Não está ainda condições para viajar nas sombras, então ordenei que elas levassem você, até o local. Dai elas viram o ataque e agiram conforme o juramento. - Ele falou como se fosse a coisa mais normal.
—Que local, para que, tenho uma Missão, você precisa de algo? Questionei
—Bom, se estivéssemos na Grécia a data mais importante seria os 15, como estamos aqui, é os 16, vá lá para fora, ele está aguardando você. - Disse Hades com um sorriso
Saímos, eu e Will, com os dois Deuses logo atrás. Para minha surpresa tinha uma Maserati preta estacionada na porta do meu chalé.
—Eu gosto mais da cor vermelha, porem preto combina mais com ele. - Falou Apolo para meu Pai
—Você ainda precisa tirar carteira de motorista, Jules Albert poderá ajudá-lo com isso, e o carro pode mudar de forma, eu prefiro ele quando esta como carruagem - e ele apertou o botão do alarme e o carro virou um quadriga grega negra com quatro cavalos negros. E ele me entregou as chaves, e me abraçou e beijou
—Então, estou fazendo aniversário? Hoje? - Perguntei meio sem graça.
Hades somente sorriu.
Como carruagem era fantástica, feita de ossos negros, obstina e ouro porem não tinha cenas de morte dolorosas como a do meu pai e sim imagens do meu cão Cérbero, e de monstros que eu tinha matado e de batalhas minhas, os cavalos eram de sombras vivas modelados com escuridão me aproximei para senti-los, desejei ouro para alimentá-los e do solo brotaram pepitas que dei a eles, seus olhos vermelhos, lindos, olhei para meu Pai e agradeci _Também prefiro a carruagem. - Falei
—Mais eu me acostumo com o Carro. - Will falou rindo
Transformei a quadriga em carro, cobri ele com uma lona que Quiron me arrumou, ele ficou estacionado ao lado do meu chalé.
Me despedi do meu pai e Will do seu pai vimos eles partirem.
—O que irá acontecer com os dois. - Perguntei ao Will
—Não sei, eih agora temos um carro! - Sorriu Will
—Correção, Solzinho, temos uma carruagem, até eu aprender a dirigir. - Falei com meio sorriso


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Notas finais do capítulo

o mito da alma gêmea foi criado por Platão que em seu livro O Banquete tenta definir o que é o amor. E nessa busca, muitos convidados de uma festa, cada um por vez, faz um elogio ao deus Eros (deus do amor).

No entanto, um dos momentos mais fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes. Ele faz um discurso belo e que se imortalizou como a teoria da alma gêmea.

Aristófanes começa dizendo que no início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que observassem o poder de Zeus.

Dessa forma, os homens caíram na terra novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, os homens procuram sua outra metade, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de que algo nos falta, algo que era nosso antes. Por isso, os homens vivem em sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa, manter a sua sobrevivência.
Eu modifiquei um pouquinho colocando Lendas Celtas Nordigas.



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