J-rock, ódio, Amor e Férias escrita por Ale-ann


Capítulo 2
Um sorvete e um susto


Notas iniciais do capítulo

Nossa!
Me perdoem pelo cap pequeno e pela demora!
Prometo tentar colocar mais fogo nas coisas da p´roxima vez!



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Enfim, por causa da minha grande educação, minha busca insaciável por provas e claro, minha tara sem limites por sorvete, eu fui à sorveteria com a J-Aberração. Olhava arrogante para atravessar a rua, sim, até para atravessar a rua! Incrível como mesmo num lugar que quase ninguém o conhece ele inventa de agir como pop-star, e eu, claro, não conseguia fazer nada a não ser olhá-lo com um olhar de ninguém-merece e ter vontade de colocar um saco na minha cabeça:

-Tudo bem? - perguntou a ver o meu olhar que, admito, não estava tão discreto

-Sim...- falei calmamente sem sorrir, na verdade fiz uma cara de quem não estava nem aí

Ele riu. A peste começou a rir de leve depois de ter olhado para a minha cara! São nessas horas que me pergunto o que tem de tão engraçado, e são nessas horas também que eu me pergunto POR QUE DIABOS NÃO ATENDI O CELULAR???? Se eu pudesse pegava um pote de sorvete de abacaxi, sim, acabaxi porque eu detesto esse sabor, seria disperdício jogar qualquer outro sabor naquela cara mal-encarada do Heichi, enfim , encher de sorvete e tacar na cara dele além de enfiar o pote de plástico pela goela:

-Pode pegar... - ele disse

Eu deveria estar tão concentrada no meu plano alternativo ao de defenestrá-lo que nem notei que havia chegado ao céu, digo, sorveteria. Claro, eu peguei o maior pote e coloquei tudo que tinha direito, incluindo não sei quanto de confete:

-Não vai pegar? - perguntei educada ao vê-lo parado apenas me olhando assaltar a sorveteria

-Não gosto de doces...

Então por que me chamou aqui seu infeliz, imprestável, tarado e maluco? Agora que tá aqui vai comer o pote de sorvete de abacaxi inteiro!

-Ah, tudo bem... - falei sem dar bola

Tudo bem jossa nenhuma!! Que você quer com isso?

-Ah!

Sim, eu dei um berro, quase derrubei meu pote de sorvete, e sim, todos do local me olharam. Por quê? Tudo porque o celular vibrou...Ele vibrou! Tô salva!!

-Oi mãe... - atendi - Tá! Claro! Voltar pra casa é a coisa que eu mais amo fazer... - apesar de todos me olharem estranho por causa dessa frase, claro que ele não entendeu

Sendo assim, procurei por dinheiro no meu bolso o mais rápido que pude, claro, derrubando moedas. Mas enfim, achei:

-Eu pago... - ele disse pegando a carteirinha bonitinha que deveria ter custado mais que a minha casa

-Não tem problema...

É claro que tem. Meu maior desejo, é claro, é fazer fazê-lo pagar. É chato, se acha, é frio, mal-educado, ao menos poderia servir para pagar meu nada modesto sorvete, afinal, para qume fica desfilando com carrinho importado pelo Japão, se acha com o cabelinho tingido e a roupas caras, não deve se importar em pagar um sorvete:

-Não, eu pago!

Mas claro, minha mania de parecer educada foi mais forte e não deixei aquele traste pagar. Deus amado, são nessas horas que eu me odeio! Entreguei o dinnheiro para a moça do caixa com a máxima velocidade que pude, enquanto a aberração da natureza me olhava atento a todos os detalhes. Sim, aquilo já estava me irritando!!!

-Tchau! - disse rápido dando as costas

Afinal, que diabos de pessoa ele pensa que é?

-Espera... - ele segurou o meu braço

Minha vontade era de virar e dar um tapa, como ele pode segurar o braço de uma dama? Tá, tudo bem que eu não sou exatamente como uma deveria ser, mas mesmo assim...

-Que foi?

-Pode me passar o número do seu celular? - perguntou pela primeira vez dando um sorriso

Não dava nem para acreditar! Sim, aquela coisa sabia sorrir! Só faltava nevar para completar a cena impossível! Af, me pergunto porque cargas d´água ele quer o número do meu celular! Será que não se toca que EU, Bruna, a maior fã da música dele mas também sua maior hater, quer distância de você! Bem, não adianta! Tem gente que é lerda por natureza! Ou então cega, sim, o imbecil deve ser cego a ponto de achar que não há nenhuma garota que não se derreta por ele. É...Só pode:

-Por quê?

Não resisti, eu tinha que perguntar! Deve ter sido a única vez em que falei algo com sinceridade para o traste.

Mas enfim, ele apenas riu. Meu Deus aquela coisa sabia rir! Chegava até a me perguntar se era mesmo ele, afinal, sempre era sério, frio, arrogante com cara de bunda!Algo estava errado, bem, algo CERTAMENTE estava errado! Esperei pela resposta irônica que não veio:

-Tudo bem... - continuava a rir abafadamente

Dava vontade de bater! Pegar aquela colher que serve para pegar bolas de sorvete e dar na cabeça da desgraça. Era tão engraçado assim? Tá, TALVEZ eu estivesse com aquela cara brava que todos acho fofa e engraçada, mas isso era motivo?

-Tchau! - disse me virando para a porta da sorveteria pela segunda vez

Mas claro, segundas vezes estão na moda! E novamente a praga me segurou pelo braço, mas dessa vez foi de leve, embora claro, eu tenha detestado do mesmo jeito, e detestado mais ainda pois, me puxou apenas para me dar um beijo na bochecha! Desejei agir como criança e pegar e limpar com o braço o tanto de saliva que ficou! Pô! A J-desgraça já tem mais de 30 anos e nem beijar sabe direito? Desgraçado! Aliás, desde quando ele sabe cumprimentar as pessoas como se cumprimentam aqui? Se pudesse havia dado um tapa nele! Sim havia mesmo!

-Tudo bem? - ele perguntou enquanto voltava a rir um pouco

-Ah! Sim! - respondi sem emoção

Que papel de idiota. Só depois de alguns segundos que me toquei que havia ficado parada que nem um poste. Bem, a culpa não é minha, ninguém mandou ele beijar as pessoas tão de repente, aliás, quem não leva um susto com uma coisa dessas? Especialmente de um louco, tarado, imbecil que se acha o rei da cocada preta:

-Tchau! - falei pela terceira vez, é incrível como as coisas andam em círculos

Mas dessa vez as coisas deram um belo salto e fui consegui chegar até a porta. Sim, deu para ouvir o coro de aleluia no fundo! Finalmente estaria me livrando daquela coisa para nunca mais vê-lo.

Apertei o passo a máximo que pude e por sorte ele não veio atrás! Nem quis ter o trabalho de virar meu pescoço para ver o que se passava com ele, ir embora era meu objetivo, ir embora para nunca mais vê-lo, ao menos eu esparava que fosse assim...


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro me avisem que eu corrijo!



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