Awakening escrita por Yen


Capítulo 5
Capítulo 5




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Voltando as terras sombrias noxianas... No castelo do Alto Comando.

— O engodo foi realmente um sucesso como planejei... Isso vai impedir inquisições no progresso de Demacia. Nós vamos estar livres para começar a organizar a linha do sul. Perfeito...

Sibilava Swain, mais do que contente por seus planos estarem saindo como planejado. Ele nunca errava, seus cálculos eram frios e calculados minimamente. Não era a toa que conseguira atingir o poder tão depressa. Deixando a cidade toda a sua merce.

— Eu não entendo, alto comandante, por que nós temos que enfrentar esses fracos na Liga? Nós não temos tempo a perder com joguinhos idiotas e pontuações desnecessárias...

Vociferava Darius, demonstrando ira e desgosto naquelas palavras. Swain o observou pacientemente, seus olhos estavam mais enigmáticos do que o normal. Darius por sua vez encontrava-se ajoelhado perante seu mestre, o único a qual tinha honra de servir e respeitar.

— Eu concordo. Mas o tempo e a paciência são as únicas armas que nos restam agora, Darius.

Respondia o Alto Comandante, com firmeza e perspicaz. Enquanto isso, Katarina esperava do lado de fora, com os braços cruzados acima da cabeça, escorada na parede bocejando, esperando apenas aquela reunião entre eles terminar. Aquilo não lhe interessava muito, a briguinha sínica entre Demacia e Noxus, tinha uma época em que ela se importava, mas agora, estava simplesmente cansada de tudo. A porta estava aberta, o que significava que aquilo não era tão particular assim. Swain não era burro para deixar qualquer um escutar aquela conversa. Se realmente tivesse algo a mais nisso tudo.

— Eu sou grato por tudo o que você fez para mim até agora Darius. – Continuava Swain. – Mas esta paz fantasiosa não pode durar mais tempo... No final, apenas uma força vai subir...

Mesmo que aquela conversa não a interessava muito, ela permaneceu ouvindo, atenta. Entretanto não conseguiu ouvir o final da frase de Swain, pois sua atenção foi dirigida até a movimentação que se seguia adiante do corredor, ouvira passos brutos se aproximando.

Quando percebeu que o sujeito iria virar no corredor que se encontrava, ela apenas observou atenta, podendo enfim ver um homem com corpo esbelto, roupas um pouco chamativas, mas com cores neutras, possuía cabelos medianos espetados para cima, o olhar penetrante e cheio de orgulho, sem constar no bigode devidamente exagerado e em sua cicatriz dupla no olho direito.

O sorriso dele se estampou em seus lábios finos ao avistar a assassina. Ele carregava consigo dois grandes machados, e vez ou outra os girava no ar. Caminhou até ela com fluidez nos passos, fazendo questão de se escorar ao lado dela, que por sua vez, suspirou fechando os olhos e cruzando os braços, tentando fingir que ele não estava ali.

— Oi meu amor, vejo que esta curtindo a festinha deles. Mas que tal fazermos a nossa, hum?

Sussurrava ele em seu ouvido.

— Cai fora.

Retrucou Katarina, rispidamente fria. Mas não demorou muito para ela perceber uma mão surgindo no ombro direito de Draven e logo a face de Darius a encarando seriamente.

— Estamos indo, Draven...

Dissera ele, puxando seu irmão para longe da assassina, que apenas os observou partir.

— É melhor você ficar concentrado. Nós vamos ser chamados logo no campo de batalha.

Começava Darius, após descer alguns lances de escadas e virar dois extensos corredores.

— Hehe, é mesmo? Não acha que esta sendo controlado pelo velho de novo? Vamos la, ele esta apenas usando seu machado até que fique sem corte.

Darius suspirou, mantendo sua atenção no corredor adiante.

— Eu odeio isso, mas Swain esta certo. Tudo o que nós devemos fazer é manter a calma e esperar, e tentar evitar qualquer movimento estúpido.

— Que coisa chata...

— E mais uma coisa. – Continuava Darius, colocando seu enorme machado aos ombros para apoiá-lo. – Vê se mantem distância daquela prostituta... Ela não é feita do mesmo barro que nós.

Draven ficou alguns segundos em silêncio apreensivo.

— Hmmm... Eu não dou a mínima...

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— Volte mais tarde, Katarina. Não tenho trabalho para lhe dar...

Dizia Swain um tanto desinteressado, permanecendo dentro de sua sala. Ele sabia que Katarina estivera ali fora o tempo todo durante sua conversa com Darius.

— Eu vim desarmada apenas para ouvir a campanha que você leva em torno de Noxus.

Respondia em seguida, sempre com sua língua afiada, tanto quanto suas próprias lâminas.

— Por que soa culposo em seus lábios? – Ele deu uma pequena pausa momentânea, mas era o suficiente para deixar um clima tenso entre eles. - Não importa... Se há algo que você precise saber sobre, Darius irá informá-la.

— Darius? Ah sim, seu novo animalzinho de estimação.

— Eu tenho um profundo respeito por sua família senhorita Du Couteau, mas eu juro que vou cortar a sua língua se continuar com essa linguagem vulgar para um Grã general de alto escalão.

Katarina ficou calada, Swain avistara sua querida ave adentrando voando pela janela de seu cômodo, e pelo visto trazia novas notícias. O corvo negro de três olhos pousou em seu ombro, Swain pegou o pedaço de pergaminho que ele trazia em sua pata, não antes de dar pequenas carícias em sua cabeça como agradecimento. Após isso desdobrou o papel e leu. Sua face ficara rígida, Katarina ainda permanecia do lado de fora, parecia entediada. 

— Hmmm... Más notícias... – Dissera ele. – Talvez eu vou ter que manter um olho sobre essas tropas demacianas rondando as nossas fronteiras... Eu sei que você ainda esta duvidando de mim... mas eu demorei para conseguir um lugar em Noxus. Talvez você devesse fazer o mesmo, e se esforçar um pouco mais. Por ora... o seu papel é irrelevante.

Tais palavras deixaram a ruiva totalmente abalada, mesmo não demonstrando isso por fora. Sentiu seu coração doer, ‘’ o seu papel é irrelevante.’’ Essas palavras ficaram ecoando pela sua mente. Katarina não havia treinado por anos para ser inútil. Isso simplesmente abalou com a sua moral, que já se encontrava baixa. Fora tudo o que tinha de ouvir, saiu dali, suas botas ecoando pelo corredor vazio, nem sequer olhou para trás. Quando chegou ao lado de fora, percebera a lua brilhando no céu acima, com milhares de estrelas iluminando a cidade pútrida. E seu rosto, repleto de lágrimas.

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A noite estava tranquila na cidade noxiana, as ruas estavam limpas mas os bares, lotados. Talon perambulava pelos telhados das casas, a paz reinava, mas nunca se sabia quando seria necessário entrar em ação. Suas lâminas estavam prontas pro que der e vier. Não tinha visto Katarina desdo café da manhã e não sabia ao certo onde ela estava, mas ele tinha uma pista, e não demorou para segui-la. Queria estar errado, mas, parou enfrente ao bar que ela costumava frequentar. E quando entrou, acabou concluindo a sua questão... ele estava certo, a viu jogada no balcão, segurando um pequeno copo de uísque, sem falar nos vários que havia ao seu redor. Caminhou até ela com passos suaves.

— Senhorita Katarina. – Começava ele, sendo mais respeitoso com ela. Sabia que ela estava passando por uma situação complicada e queria ajudar.  Ao chegar perto dela, sua mão desceu até seu ombro esquerdo. – Não deveria se colocar para baixo desta forma...

— Você não é o tipo de guerreiro que precisa de aprovação de um homem velho?...

Rosnou ela, estava mais furiosa do que nunca. E aquela conversa com Swain não havia melhorado em nada seu humor, apenas piorado. Jamais havia se sentido desta forma, como se fosse um lixo qualquer. Seu papel é irrelevante... irrelevante... essas palavras não saiam de sua mente. Levantou-se furiosa, derrubando um dos copos ao chão. O bar que antes estava barulhento, silenciou-se por um momento.

— QUEM VOCÊ QUER CONVENCER? EU ME ENOJO! TUDO O QUE EU TENTO FAZER SE TORNA UM COMPLETO FRACASSO.

Desabafava ela, seus olhos verdes enfurecidos encarando os castanhos dele. Talon não disse nada quando Katarina passou por ele em direção a saída, estendendo o braço em sinal de que era para deixa-la em paz. 

— Deixe-me sozinha Talon... Eu não quero que você fique em cima de mim.

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Seu estômago estava embrulhado, seus pés caminham desajeitadamente pelas ruas escuras de um beco. A lua iluminando mais acima. Katarina olhou para trás, por cima do ombro.

— Ótimo... ele não me seguiu....

Sussurrava ela para si mesma, enquanto seguia em frente. Mas um barulho estranho fez ela parar e pegar suas adagas rapidamente, pronta para atacar. Quando virou-se e observou os arredores, ela percebeu que estava completamente sozinha. Estava começando a ouvir coisas? Era bem provável pela quantidade que havia bebido.

— Nada?....

Suspirou guardando suas lâminas novamente. Mas ela não estava sozinha, algo saiu das sombras e a atacou em questão de segundos.

— Você... é minha!

Sussurrou uma voz familiar, ao pé de seu ouvido, mas já era tarde demais para reagir. Seus dentes afiados já estavam cravados na carne do pescoço da assassina. Os olhos verdes de Katarina se arregalaram, não podia ser verdade. Não estava acontecendo.... não poderia estar. Seu coração disparou. Pela dor que sentia e pelo formigamento da ferida, ela sabia que estava sendo injetado veneno em suas veias, e isso não era nada bom, ia parar diretamente em sua corrente sanguínea. Sentiu o ar da noite bater contra o ferimento, Cassiopeia havia a mordido, sua própria irmã e suas presas foram cravadas sem dó e nem piedade. Sangue começava a escorrer, sujando a sua jaqueta preta. Já deveria esperar por isso, Cassie estava furiosa, não podia a culpar. Deveria tê-la ajudado, e não explodido daquela forma, fraquejou por um momento.

Deixando uma lágrima começar a cair diante de sua face, escorrendo silenciosamente como uma gota solitária em uma folha verde, na floresta mais solitária. Seu corpo doía, aquelas garras em sua pele doíam. Mas talvez ela merece-se isso... certo? Não tinha agido de forma correta, havia a tratado tão mal e além disso era descartável certo? Seus olhos se suavizaram, seu corpo adormeceu, antes de cair completamente inconsciente no chão.

‘’ Hmmm... Nunca pensei que seria tão fácil... Ela desmaiou...’’ - Pensava Cassiopeia consigo mesma.

— Odeio fazer isso, mas meu veneno pode lhe ensinar algum respeito... Não leve para o lado pessoal Kat...

Sussurrava Cassiopeia para o corpo adormecido da irmã ao chão. Sua boca estava manchada com o sangue da assassina, não queria ter feito isso, mas ela estava frustrada, não queria que Katarina agisse daquela forma desnorteada. Amava a sua irmã de alguma forma, mas... queria se vingar por tê-la tratado daquele jeito na mansão. Passos pesados foram ouvidos no começo do beco, Cassiopeia se virou a tempo de ver Darius parado mais a frente, iluminado pela luz do poste adiante.

— D-Darius?

‘’ Perfeito, isso esta virando uma bagunça... é melhor eu sair daqui. ‘’

Darius não conseguiu dizer nada e nem ver claramente quem estaria ali. Cassiopeia era rápida e sumiu completamente nas entranhas das sombras do beco. Ele arqueou a sobrancelha, caminhando em direção aquela confusão que parecia ter terminado, quando chegou perto o suficiente, percebeu um corpo jogado ao chão. Suspirou ao reconhecer Katarina, levando os dedos as têmporas. E pelo formato da sombra que havia visto no beco, era certamente de Cassiopeia, confirmou ao ver as marcas de mordida no ombro da assassina. 

— Que diabos?... Essas garotas só dão dor de cabeça... Tenho que limpar isso.


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