Awakening escrita por Yen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Como vão vocês? (*w* ) Espero que bem, estou voltando ao máximo com a história, tentando melhorar a cada capítulo, espero que estejam gostando pois os faço com carinho, de fã para fã. Vejo vocês no próximo capítulo. (*v*)



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Estava ficando complicado de encontrar alguma estalagem com algum quarto vago naquela cidade. A maioria estava sendo ocupada por diversos outros estrangeiros que chegavam a cada hora, para explorar e visitar a cidade belíssima, sendo ela a mais evoluída tecnologicamente de toda Valoran. As ruas estavam lotadas, se movimentar estava ficando complicado. Garen e Xin entraram na primeira hospedaria que viram pela frente, depois de minutos procurando em cada canto. Estavam rezando para que tivesse algum quarto vago, depois de tanto tempo viajando e andando por aquela cidade no sol escaldante não estava sendo fácil.

Xin foi até o balcão, enquanto Garen escorou-se em uma pilastra logo atrás. Por sorte a estalagem não estava tão cheia. Apenas algumas pessoas e funcionários transitavam pelos corredores e o salão principal. O guerreiro suspirou, não estava se sentindo bem, ainda eram os efeitos colaterais daquela maldita pedra. Estava suando frio e com dores fortes na cabeça, mas não contara a Xin para não preocupa-lo, enquanto caminhavam para la e para cá. Os olhos castanhos de Garen focaram-se no balcão, onde Xin agora era atendido, pode ouvir ele pedir dois quartos, mas apenas um estava vago, falara o anfitrião. Por sorte, ao menos eles teriam aonde descansar aquela noite, sem ser a céu aberto. Xin aceitou o quarto, estava assinando uns papéis e pegando a chave logo em seguida, ao final ia na direção de Garen, enquanto balançava a chave do quarto entre os dedos.

— Só espero que você não ronque.

Dissera Xin, alegremente. Garen fechou a cara, suspirando.

— ... Não tem graça.

— Você realmente tem ficado tenso depois que visitamos Heimerdinger... Relaxe, logo estaremos de volta em Dem...

— Olá.

Dissera uma terceira voz que vinha do salão principal, interrompendo a conversa entre os dois amigos, fazendo Garen e Xin se virarem. Um homem elegante, moreno e com um belo sorriso estampado nos lábios andava na direção dos dois.

— Um homem de verdade precisa de bebidas. Não estou certo?

Continuava ele. Xin estreitou o olhar, de alguma forma aquele belo homem lhe parecia familiar. Mas não lembrava de onde exatamente.

— Espera, eu o reconheço. – Dizia Xin calmamente. – Você é Jayce, o famoso herói que a cidade clama.

Jayce abriu um largo sorriso em resposta por ser reconhecido. Estendeu a mão para ambos para cumprimenta-los.

— Exatamente. Posso lhes oferecer uma bebida? Ouvi dizer que vocês vieram a cidade para resolver o problema com a droga Zaunite, então é o mínimo que posso fazer.

Garen suspirou, pegando a chave das mãos de Xin e indo em direção ao seu quarto no segundo andar da estalagem.

— Infelizmente temos de recusar a oferta. – Começava Garen passando por ele. – A viagem foi exaustiva e...

Antes que pudesse continuar Jayce o interrompeu.

— Isso não vai demorar. – Garen parou, então Jayce prosseguiu. – E devo admitir que estou curioso para saber o que vocês encontraram nas montanhas.

Xin e Garen se entreolharam por um momento. Relembrar aquelas cenas não era nada bom, mas Jayce era um dos protetores daquela cidade, e aquela droga estava corrompendo seu povo, ele merecia saber. Tinha esse direito. Então os três se dirigiram até o terceiro andar do estabelecimento, onde se encontrava um refinado bar a moda antiga. Pegaram a mesa mais afastada para se sentar e ali, Garen e Xin contaram a Jayce tudo o que viram e tudo o que fizeram desde que saíram de Demacia até sua chegada em Piltover. Contaram sobre os rostos vazios dos trabalhadores da mina e aquele pergaminho autorizando tal delito. Contara como estava começando a ter aqueles efeitos colaterais, e como pegara a pedra zaunite. Jayce ouvira tudo atentamente.

Uma hora se passou, desde que se sentaram naquela mesa do bar. Todos estavam em silêncio por um momento, alguns copos jaziam acima da mesa. Haviam bebido um tanto, mas não ao ponto de ficarem bêbados. Isso ajudou de alguma forma melhorar o estado de Garen, pelo menos não pensava tanto nas dores. Jayce estava com um copo em mãos, com o líquido pela metade. Suspirou antes de quebrar o silêncio.

— Então, este pó é um extrato de gemas puras? Esses Zaunitas... – Irritava-se, colocando o copo de volta a mesa com um estrondo, fazendo a mesa balançar por conta da violência, os demais copos tilintaram ao se tocar. – A ganância deles não tem limites.

Garen ergueu o olhar, se voltando para Jayce.

— Isso por acaso não teria alguma ligação com o cristal arcano que você havia encontrado?

Jayce o encarou.

— Hm... então você ouviu falar dele? O cristal que eu quebrei no laboratório de Viktor foi uma poderosa fonte de energia, mas considerando o que você me disse, eles certamente não tem os mesmos laços próprios... Heim certamente pedirá ajuda do Gem Knight para sua pesquisa...

Garen suspirou, se ajeitando melhor na cadeira.

— Por alguma razão, não consigo tirar o Instituto de Guerra da cabeça. É apenas... antinatural... eles estão permitindo a exploração de algo proibido.

Jayce franziu a testa, intervindo.

— Não tome isso errado, cara. A Liga está lutando contra esse tipo de imundície também. As gemas devem ter algumas capacidades mágicas... as os Zaunitas acabaram de encontrar outra maneira de torná-lo mais interessante. Eles nunca seguiram regras... desde que eles possam conduzir suas experiências extravagantes...

— Acho que você esta certo. – Disse Xin. – Os Summoners nunca tentariam algo para prejudicar o povo de Runeterra. Bem... – Continuava ele calmamente, Garen e Jayce o observando atentamente conforme se levantava da mesa. – Obrigado pela conversa.

— De nada. - Respondeu Jayce com um sorriso. – Também não hesite e me dê uma chamada se descobrir qualquer coisa. Eu mal posso esperar para empunhar meu martelo contra as forças do mal dos inimigos de Piltover novamente.

— Haha... vamos pensar sobre isso...

Respondia Xin. Garen logo levantava-se também, despediram-se de Jayce e desceram para seu respectivo e aguardado quarto.

— Ele é legal...

Começava Xin, quando os dois já estavam longe o bastante daquele bar, que agora ficava um pouco mais barulhento devido aos músicos que começaram a tocar.

— Mas pegajoso...

Respondia Garen após lembrar quantas vezes Jayce havia lhe tocado no ombro, que por sinal começara a ficar dolorido.

— Será que Caitlyn disse onde estávamos?

Continuava ele.

— E como ele nos encontrou de qualquer maneira?

— Não sei...

Pararam enfim a frente do quarto 21, onde estariam hospedados aquela noite. Ao abrir a porta e observa-lo, pode perceber que era vasto e grande, maior do que a maioria dos quartos da estalagem de Demacia. Era aconchegante e bem decorado. Um pouco extravagante em certos aspectos, mas lindo. A tecnologia realmente reinava por ali. Digna do nome. Mas ao menos haviam duas camas de solteiro. O que deixou ambos contentes. Xin já fora retirando a armadura leve e deitando-se em uma das camas, Garen fez o mesmo, mas não antes de tomar um banho breve e quente. Ah, como estava sentindo falta de uma boa água quente para relaxar os músculos. Voltou ao quarto e deitou-se na cama, Xin parecia bem confortável.

— Boa noite. – Dissera Xin ao apagar as luzes.

— Boa noite.

Garen lhe respondeu, mas podia sentir que algo ali não estava certo. Precentia o pior, e não sabia o que esperar daquele dia em diante. Apenas esperava poder descansar bem e ter uma boa noite de sono.

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Em algum lugar distante...

Mate... cantarolou uma voz distante na mente da assassina, como a voz de um amante. Saboreie. O homem estava soluçando no chão encharcado de sangue, o medo e a dor em seus olhos eram bem visíveis aquela altura. Katarina continuou a se aproximar, inalando aquele cheiro como se fosse ópio. Delicioso.

Suas adagas já sacadas em suas mãos, estavam recobertas de sangue, assim como sua roupa e pele. Os olhos verdes simplesmente estavam vazios, sua face sem emoções. O sangue escorria das lâminas, empoçando ainda mais o chão a seus pés.

— Pare com isso! Katarina...

Começava o homem, buscando coragem suficiente para proferir tais palavras. O que havia pressenciado anteriormente fez seu estômago embrulhar, vomitando tudo o que havia comido. Pessoas haviam morrido ali... várias pessoas. Katarina as matara sem dó e nem piedade. E agora estava atrás dele... o último vivo dentro daquela sala. E pelo modo que ela o olhava, não era nada bom... sua morte seria lenta e dolorida. Já estava ferido na lateral do corpo, escorrou-se na parede afastando-se dos cadáveres, ela havia o seguido pelo rastro. Sem sobriviventes então... Ergueu o olhar para ela, quando a mesma chegou a sua frente.

— Eu te chamei no passado... eu te conheço há anos... – Falava ele com certa dificuldade. – Por favor... eu imploro...

Katarina o encarou, sibilando.

— Você... implora-me? – Supirou. – Acho que meu pai não teve essa chance...

O homem inspirou fundo, implorando a ela com o olhar.

— Por favor... venha, me ajude e vamos esquecer isso. Você e eu não somos monstros... Nós não o machucamos... eu prometo. Mas era a única maneira de resolver essa situação...

— ‘’ Resolver? ‘’ – Katarina praticamente cuspiu aquela palavra, com ódio.

— Ouça... – Continuava ele. – Você esta bem ciente do que Noxus teria feito se eles tivessem essa informação em Void convocando... – Enraiveceu por um momento, se esquecendo de quem estava na sua frente, se esquecendo de que estava ferido. E as palavras simplesmente saíam de seus lábios. – Você é tão teimosa quanto seu pai! Você não vê que foi por causa da paz de Valoran!?

Katarina trincou os dentes. Levantando uma de suas adagas. Mechas vermelhas de seu cabelo caíam pela metade de seu rosto. Seus dedos seguravam a lâmina com firmeza. Os olhos agora brilhando com aquela chama antiga. Mate. Gritava sua mente.

— ... Você não deveria ter... quaisquer que fossem suas razões... não ele.

— NÃO, ESPERE! – Implorava novamente ele, desesperado, seus olhos lacrimejando. – Eles teriam usado para arruinar a reputação da Liga...

Katarina abaixou a adaga, ela pode sentir ele suspirar de alívio. Suas palavras foram frias e vazias ao dizer.

— Você esta ciente do caos que está prestes a desencadear? Não só vai machuca-lo, mas muitos outros também... é tarde demais agora.

O homem não teve tempo de gritar quando Katarina enterrou seu pé fundo na garganta dele, o asfixiando. Em seguida lhe cortou a cabeça, observando ela rolar pelo meio de cadáveres da sala. Katarina virou-se novamente para aquele mar de cadáveres, seu rosto ainda neutro, mas aquele odor... 

— Muito, muito tarde...

Sussurrava ela ao vento.


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