Sei que minhas palavras ficarão contidas aqui,

Ninguém irá lê-las além de mim,

Mas meus dedos clamam por escrever,

Minha alma chama-me para cá

E em minha cabeça mil ideias rodam.

Sou escritora anônima, estou em reabilitação.

Sou escritora anônima, para o mundo, uma aberração.

Não contenho-me, seja por amor, tédio ou tristeza,

Quando a vontade bate, eu preciso dessa janela aberta.

Quando a vontade bate,

Ver essas letras sendo expelidas pela pequena barrinha piscante acalma-me.

Nunca desejei ser uma J.K.Rowling da vida,

Nem um Riordan,

Quanto mais um Veríssimo ou Pessoa,

Mas desejava ter essa coragem inata que não tem um anônimo.

Palavras ajudam as pessoas,

Atingem-nas das mais diversas formas possíveis,

Algum dia farei com que as minhas façam o mesmo,

Neste dia, deixarei de ser anônima.

Neste dia, este texto sairá dessa página em branco.

Neste dia, a coragem inata virá a mim.

Mas por enquanto sou anônima.

Por enquanto, prefiro ser essa incógnita, esse ser anônimo.