Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 5
Os testes de goleiro para a Grifinória


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Oi, gente. Então. Eu não me seguro. Preciso postar quase todo dia. To ansiosa para postar quase que a história inteira. Tenham uma leitura mágica. Aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709527/chapter/5

— Bom-dia, Harry – disse Angelina ao alcançar o garoto no meio do caminho para o campo de Quadribol.

— Bom-dia – Harry respondeu.

— Enferrujado?

— Um pouco – ele tentou sorriu.

— Treinei as férias inteiras – disse ela animada. – Mesmo que sejamos um dos melhores da equipe, ainda assim, treinar também é importante, temos de praticar se quisermos continuar na equipe de Quadribol...

— Justo... – concordou. – Só espero que tenhamos tempo suficiente para fazer tudo...

Ao se aproximarem do campo de Quadribol, Harry olhou para sua direita, onde as árvores da Floresta Proibida balançavam sombriamente. O céu estava abarrotado de nuvens. Era um dia bonito, pode-se dizer. Nublado; o que é bom para que o Sol nãos os atrapalhasse. Sem vento; o que era melhor ainda, sem resquícios de tempestades.

Harry e Angelina apanharam bolas e foram trabalhar, Angelina guardando as três altas balizas, Harry ocupando a posição de artilheiro e tentando fazer a goles passar por Angelina. Depois de alguns gols marcados e outros defendidos, o resto da equipe começou a chegar.

— O.k., todos – disse Angelina saindo da sala do capitão, já de uniforme. – Vamos começar; Alícia e Fred, tragam o caixote de bolas. A Sonserina está lá fora de novo. Provavelmente vieram zombar da Rosalie.

— Quem? – Jorge quase gritou.

— Ah, é – Angelina claramente tinha se esquecido. – Essa é Rosalie Fleur Bryce – uma menina de cabelos loiro-escuros e olhos castanhos apareceu do lado de Angelina.

— Por que ela já está com o uniforme? – Alicia perguntou um tanto ofendida. – Ela tem que fazer o teste, como todos os outros. Além disso, esse nem é o uniforme da Grifinória.

— Calma – Angelina disse, impaciente e um tanto atordoada. – Ela veio do Castelobruxo, era goleira lá, muito boa, não é? – ela perguntou a menina.

— Espero que sim – ela respondeu nervosa. Harry viu as mãos impacientes dela, que ficavam estralando os dedos sem parar.

— De qualquer jeito, essa vai ser uma aula teste. – enquanto todos saíam, Angelina se dirigiu a Harry e sussurrou: – McGonagall e a diretora do Castelobruxo me pediram esse favor, não podia recusar. Só espero que o pessoal lá fora não nos distraia.

Quando saíram do vestiário para a claridade do campo, ouviram uma tempestade de vaias e assobios da equipe de Quadribol da Sonserina e de mais alguns, agrupados no meio das arquibancadas vazias; suas vozes ecoavam ruidosamente pelo estádio.

— Quem é garota nova? E por que deram uma vassoura para alguém que mal sabe montar nela? – berrou Malfoy para Rosalie, debochando com o seu jeito arrastado de falar. Crabbe, Goyle e Pansy davam escandalosas gargalhadas. Rosalie montou sua vassoura e deu impulso do chão, Harry a seguiu.

— Draco Malfoy, não? – Rosalie voou até Malfoy tão bem quanto Harry voaria em busca de um pomo-de-ouro.

— O próprio. – Draco disse avaliando a menina de cima a baixo.

— Me falaram sobre você. Só achei que era mais feio. 

— Posso levar isso como um elogio, mas não te perguntei – ele quase cuspiu.

— Não é pra perguntar, é pra você calar a boca quando eu estiver falando – ela deu um sorriso um tanto malvado. E sem esperar, Malfoy respondeu:

— Atrevida. Com certeza é uma sangue-ruim.

— Sou mestiça – ela respondeu de peito estufado.

— Só podia ser. Escreva o que eu disser: Vou fazer da sua vida um inferno nesse lugar. – os olhos de Malfoy estavam quase saltando de seu rosto pálido e ossudo.

— Vai fazer? Não tem como ficar pior, eu já estou do seu lado. – nessa hora, até mesmo Crabbe e Goyle deram pequenos risinhos da humilhação Draco.

— Vai pro inferno – Malfoy rosnou, Harry nunca vira o garoto tão bravo ou incomodado com uma discussão. O mais estranho era que ele parecia estar gostando de discutir com a garota.

— Nem morta que eu vou para a tua casa. 

Enquanto os dois trocavam desaforos, um grupo de alunos da Sonserina e Grifinória formou um roda em volta dos dois, e quando Rosalie chamou a casa de Malfoy de inferno, a maioria deu risadas.

— Eu nem sonharia em te convidar...

— E eu muito menos em aceitar – Malfoy quase riu consigo mesmo. Rosalie deu meia-volta com a vassoura e foi até o meio do campo.

— Gente, vamos nos concentrar no jogo – gritou Angelina, voando em torno deles com a goles embaixo do braço, e desacelerando para planar diante de toda a equipe já no ar. – O.k., todos, vamos começar com alguns passes só para esquentar, o time todo, por favor... Então se espalhem e vamos ver o que conseguimos fazer.

Harry deu meia-volta e se afastou dos outros em direção à extremidade do campo. Rosalie recuou para o gol oposto. Angelina ergueu a goles com uma das mãos e atirou-a com força, Fred a pegou, que a passou a Jorge, que a passou a Harry, que a passou a Rose, que se desequilibrou da vassoura, mas conseguiu se recompor.

Os garotos da Sonserina urraram de tanto rir. Harry viu Fred e Jorge se entreolharem, mas, o que não era normal, nenhum dos dois disse nada, pelo que ele se sentiu grato.

— Desculpe! – gemeu Rosalie.

— Tudo bem – gritou Angelina. – Fred e Jorge, vão buscar seus bastões e um balaço. Rose vá para as balizas. Harry, solte o pomo quando eu mandar. Vamos visar o gol da Rose.

Eles voltaram ao ar. Quando Angelina apitou, Harry soltou o pomo, e Fred e Jorge deixaram o balaço voar. Daquele momento em diante, Harry parou de perceber o que os outros estavam fazendo. Sua tarefa era recapturar a minúscula bola dourada de asas que valia cento e cinquenta pontos para o time do apanhador, e realizar isso exigia enorme velocidade e destreza. Ele acelerou, descrevendo círculos, indo ao encontro dos artilheiros e se desviando deles, o ar cálido do outono fustigando seu rosto, os gritos distantes da turma da Sonserina vaiando a Grifinória.

Harry sobrevoou o perímetro do campo procurando o pomo. Repetidamente, no extremo oposto do campo, Rosalie defendia com visível facilidade.

Ao longo do jogo, Rosalie ficava cada vez melhor na defesa do gol. Tiveram inúmeras bolas de Angelina que ela conseguiu defender, e a Sonserina não parecia achar mais motivos para vaiar a novata. Até que Angelina apitou e todos pararam de jogar, a menina gritou com a voz um pouco fraca:

— Agora, para a última parte do teste da Rosalie, cada um vai tentar fazer um gol.

Todos os jogadores da Grifinória foram para as extremidades do campo; Fred seria o primeiro a tentar marcar o gol. O gêmeo tomou distancia, acelerou, ergueu o braço, lançou a bola. 

— Isso, Rosalie! – elogiou Angelina. – Próximo.

Rosalie conseguiu pegar a goles de Alicia, Jorge, Harry e Katie. A vez de Angelina chegou. Como um borrão, ela foi em disparada até Rosalie, que se concentrou na goles que voava em sua direção. Rose tocou os dedos indicador e do meio na bola, mas esta passou pela sua mão e entrou pela baliza.

— Ha – gritou Malfoy da arquibancada. – Senhora e Senhores, a nova goleira da Grifinória.

Rose girou os olhos enquanto ria. Parou do ar e então disse:

— Vem fazer um gol se é tão bom.

Malfoy não disse nada. Crabbe jogou sua Nimbus 2001 e o garoto saiu voando pelo campo até a baliza.

— Vai embora, Malfoy – Angelina se pôs a frente dele. – Esse campo está reservado para os jogadores da Grifinória. Ent...

— Tudo bem, Angelina – Rose gritou, já tinha chegado na baliza mais alta. – Vamos ver o que a doninha sabe fazer.

— Como ela sabe da doninha? – a voz de Malfoy ficou repentinamente aguda e falha.

— Como eu não saberia da Doninha? – a loira respondeu. 

Malfoy tinha um olhar preenchido de raiva, ou talvez fosse a inquietação e estranha sensação de, pela primeira vez, estar sendo desafiado por alguém que não fosse Harry Potter. O garoto segurou firmemente o cabo de sua vassoura; segurou-a como se nunca mais fosse soltar. Voou para longe das três balizas. Ficou parado por quase um minuto. De repente, a uma velocidade tão rápida que talvez fosse mais veloz que o pomo, Malfoy ergueu os braços e, com toda a sua força, lançou a goles na baliza mais alta, a do centro.

Harry mal pôde ver a goles ou Rose. Só pôde enxergar um borrão vermelho indo direto para o chão e caindo de uma altura consideravelmente dolorosa. A equipe inteira da Grifinória voou até Rosalie, que estava, aparentemente, desmaiada. Quando Draco também chegou até o gramado, ele não parecia muito orgulhoso do que tinha feito, pelo contrário, pela primeira vez, parecia quase estar sentindo-se culpado.

— Garota? – ele disse de um jeito nada educado.

— Malfoy. – uma goles surgiu de baixo de Rose e acertou bem o centro da barriga de Draco, quase em seguida, a garota levantou-se e disse em um tom sarcástico e risonho: – Rosalie Fleur Bryce. Nova goleira da Grifinória. A mesma que acabou de pegar a goles que você considerou suficientemente forte para fazer um gol. O prazer é todo meu.

Com uma arrumada de cabelos, Rose saiu vitoriosa e Draco ainda estava com cara de quem fora humilhado na frente de Hogwarts inteira.

— Anda gente, o treino acabou, vamos trocar de roupa. 

Harry deu graças, estava exausto e nem um pouco disposto a jogar por mais alguns minutos, fazia realmente muito tempo que ele não jogava para valer. A turma da Sonserina continuou a cantilena enquanto eles se dirigiam ao vestiário.

— Como foi o treino? – perguntou Hermione, com indiferença, meia hora mais tarde quando Harry e Rony passaram pelo buraco do retrato e entraram na sala comunal da Grifinória.

— Foi... – começou Harry.

— O começo foi... – Rony murmurou enquanto se sentava. – Mas da metade do treino até o final... Aquela Rosalie até que se saiu bem. O melhor foi a humilhação do Draco.

— Sim... – concordou Harry.

Os três continuaram a estudar enquanto o céu lá fora se tornava gradualmente mais escuro. Aos poucos, o número de colegas na sala comunal recomeçou a diminuir. Às onze e meia, Hermione se aproximou deles, bocejando.

— Harry, posso falar com você? 

Os dois olharam preguiçosos para a amiga, e quando esta deu um olhar torto para Harry, ele entendeu que ela se referia a falar só com ele. Rony girou os olhos para Harry, como se quisesse uma explicação. Harry levantou-se num pulo e foi até Hermione.

— Que foi?

— Já planejei tudo. Sobre o bicho-papão do Draco. 

A pouca animação de algo mais emocionante que tarefas que surgia na barriga de Harry sumiu.

— O que nós vamos ganhar com assustando um pouco o Draco, Hermione? – Harry sussurrou no final da frase ao ver um garoto mirando ele e Hermione com pejorativa incredulidade.

— Depois eu vou te falar, Harry – Hermione gemeu preguiçosa. – Mas consegui arrumar um armário com um bicho-papão. 

— Aonde?

— Isso não importa – ela tirou de sua mochila um pedaço de pergaminho e uma mini-pena. – Esteja no pátio central nesse dia, à essa hora. – então entregou o papel para Harry.

— No seu aniversário? – murmurou admirado ao ler a data.

— Cala a boca – ela bateu com um jornal que também tinha tirado de sua mochila. O grito de Hermione foi um pouco alto, e Harry pôde perceber Rony olhar os dois, com olhos faiscantes. – Nos encontramos lá. – ela virou-se para Harry e foi até Rony, que ainda estava jogado no chão.

Contudo, o ruivo ainda estava escrevendo na mesma linha de quando Harry e Hermione saíram de perto, Rony deve ter tentado escutar.

— Quase no fim? – ela tentou ignorar o fato de que tinha excluído Rony de um assunto sério.

— Não – disse Rony secamente.

— É para fazermos até a página duzentos e nove, não duzentos e dezenove – disse ela, apontando para uma linha no trabalho de Astronomia de Rony, por cima do seu ombro.

— Obrigado por avisar antes – agradeceu ele asperamente, guardando o material, com raiva na bolsa.

— Desculpe, eu só...

— Eu sei, ótimo, não perca seu tempo me explicando.

— Rony...

— Não tenho tempo para ouvir sermão, tá, Hermione. Estou até o pescoço...

— Não, Rony. – ele se calou. – Estou pedindo desculpas, é que eu só queria ajudar.

Rony pareceu se acalmar, Hermione murmurou um “boa-noite” e quase correu até seu quarto. Depois de finalizarem as lições, Harry e Rony também foram dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso gente. Espero que estejam gostandooo. Não deixem de comentar, imploro. Estou pensando em postar de domingo, terça, quinta e talvez em algumas sextas (sempre às 15h20) O que acham? Comentem o que estao achando da fanfic, beijos...
Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.