Minha ruína escrita por Manu


Capítulo 11
Sangue e vidro.


Notas iniciais do capítulo

Recomendo que vejam este vídeo, será ótimo para entenderem o processo que Regina passou:
https://youtu.be/5tIYBdK1uA8/



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Uma pessoa com muitos inimigos provavelmente fez coisas realmente ruins. Mas quando essa pessoa é a mulher que você ama, o que fazer?

Rumple estava determinado, vagueou pelo resto da noite ao léu, sua mente estava firme no que faria desde o momento em que viu aquela cena tão miserável. Se ela não tomou consciência de seus atos até aquele momento, a partir dali seria tarde demais. Mas o que ele sentia por ela ia além de uma raiva motivada por ciúmes. Aproximava-se muito do que havia sentido por sua querida Belle, tão obstinada em seus preceitos... Talvez tivesse ele sido alguém muito diferente caso ela não o houvesse desprezado, e jogado-se da sua torre. Mas histórias antigas permaneceriam imutáveis diante dos acontecimentos. Ele daria uma chance a Regina, a última que ela teria. Usou da magia de teletransporte e bateu na porta do quarto de Regina. Ouvi-se a porta destrancar do lado de dentro. Ela abriu com magia. Estava sentada na cama, penteando os cabelos, e com roupas novas. Um vestido vermelho, diferentes dos pretos usuais. Ele adentrou o quanto.

—Noite agitada?-O ácido da raiva estava presente em meio as palavras. Regina parou de deslizar a escova de ouro entre seus fios, e levantou-se.

—Não entendo como isso pode vir a ser problema seu.

Ele sabia... Regina agora tinha certeza. Os cabelos de Rumple molduravam seu rosto, castanho-claros e finos, iam até seu pescoço. Ele os moveu para trás num gesto rápido, e jogou Regina contra o espelho. Ao cair por cima dele, o vidro despedaçou e vários cacos caíram no chão. Quando se apoiou para levantar, acabou colocando um caco pequeno em sua mão. Ela gemeu de dor, e jogou o caco longe.

—Está louca? Como consegue a proeza de foder com seu inimigo?-Ele gritou para ela. Ao tocar sua cabeça e ver que estava sangrando, ela levantou de uma vez e com sua magia jogou Rumple em frente à muitos potes con poções.

—Ele não é meu inimigo! É o objeto de louca profecia, revelada por um neurótico, para me impedir de viver em paz.-Aquilo surpreendeu ela mesma.

—Não acredito que está tão cega, Regina. Você não é nem mais a sombra do que já foi. -Ele disse, se levantando.

—Então por que está aqui?

—Para te impedir de se matar! Se não sabe lidar com uma profecia, lido eu. -Ele sairia do quarto, se Regina não tivesse se posto a sua frente.

—Onde pensa que está indo?

—Lidar com seu problema.

—Você não vai a lugar algum! Cuide de sua vida. E não apareça no meu castelo.

Ele sorriu melancolicamente.

—Você fez sua escolha.-Ao dizer isto, Rumple desapareceu em uma nuvem de fumaça vermelha diante de seus olhos. Regina caminhou pelo quarto sem saber o que fazer. Olhou para os cacos de vidro em lugares aleatórios, para o sangramento em suas mãos e cabeça, e para si mesma. Não conseguiu fazer nada, antes de vários guardas entrarem no quarto, devido ao barulho anterior.

—Meu Deus!...-Foi ouvido de um guarda.

—Está tudo bem, podem ir embora.-Ela disse.

—Mas minha rainha...-Outro continuaria a falar.

—Eu estou bem! Podem sair.

Eles olharam entre si. Era melhor sair dali,realmente.

—Sim,agora a pouco.

—O quarto estava uma bagunça, sangue e vidro por todo canto.

—O que foi? -Henry perguntou aos guardas que conversavam.

—A rainha foi atacada ao que parece. A expressão de terror na face de Henry o tirou dali. Subiu as escadarias correndo e bateu desesperadamente na porta. Regina abriu ela mesma. Estava se curando de seus ferimentos, mas o quarto continuava uma bagunça.

—Majestade.-Ele foi cordial e fez a reverência mais breve possível-Ouvi sobre o que aconteceu. Minha rainha foi atacada?

"Sim. Por sua causa"-Pensou.

—Ah. Isto? Não é nada relevante. Mas obrigada pela sua... preocupação. Ambos evitavam lembrar do que tinha acontecido. Não tocariam no assunto, não tocariam...

—Devo mandar servos para limpar isto?

—Apontou ele para o chão.

—Não. "Acho que estou incomodando..."-Ele pensou.

—Entendido. Ele virou-se e caminhou para longe dela.

—Henry.-A rainha o chamou.-Entre aqui. Ele a obedeceu imediatamente e viu que o quarto estava pior do que descreveram.

—Se me permite perguntar, quem fez isto? -Esqueça isto, não tem importância. Ele olhou seus ferimentos. Gostaria muito de saber quem havia feito aquilo, principalmente.

—Não vejo como. Você foi atacada. Se ela era teimosa ele seria ainda mais. Imediatamente lhe veio em pensamento todas as pessoas que odiavam Regina, não faltavam nomes. Era bem capaz de ser isto obra de algum deles. "Uma pessoa com muitos inimigos provavelmente fez coisas realmente ruins." -Imaginou.-Mas quando essa pessoa é a mulher que você ama, o que fazer?

—Henry, o que você acha que sente por mim?-Ela perguntou. Aquilo o jogou contra uma parede.

—Eu...

Ela esperou.

—...

—Nada?

—Não é isso, minha rainha, eu apenas não esperava que me perguntasse isto.

—Entendo. Ela sentou na cama e Henry ficou em pé a sua frente.

—Seja lá o que pense que é, eu não o aconselharia a continuar.

—Por que eu faria tal coisa?

—Você não sabe quem eu sou, Henry. Não sabe o que eu já fiz. Ele sabia de algumas coisas. Mas as piores lhe haviam sido poupadas de chegar a seu conhecimento.

—Você não é mais aquela pessoa.

—Como pode saber disto? -Ela o puxou pelo colarinho da camisa, levantando da cama. Não era seu turno, não havia necessidade de armadura, mesmo sendo uma camisa de treino, lhe caia perfeitamente.

—Eu sei. Uma moça loira lhe veio a mente.

—Não. Você não sabe.-O arrependimento lhe veio, lhe veio queimando internamente.

—Eu sei que você nem sempre foi assim. Já foi feliz uma vez, e pode ser novamente. Não importa tudo que já fez.

Ela pensou na garota que não queria ter se tornado rainha.

—Aquela garota perdeu muitas coisas. E ela se foi, não há por que falar nela.

—Então que falemos desta.-Ele disse antes de beijá-la. Rumple andava entre vilarejo e vilarejo. Na parte mais pobre da cidade, pessoas insignificantes viviam suas vidas miseráveis. Chegou em uma determinada casa, era pequena, muito modesta. Ele arrancou a porta e entrou de uma vez.

—Bom dia.-Ele disse com o sorriso marcado em sua boca.-Achei você.

 

 


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