Minha ruína escrita por Manu


Capítulo 1
A libertação da profecia.


Notas iniciais do capítulo

Esta fanfic é dedicada á minha melhor amiga, que ama a série OUAT (Elly Lamartine)



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 Havia sido indescritível. A sensação de ouvir os gritos da princesa sendo queimada pouco a pouco, naquela grande fogueira montada estrategicamente perto do túmulo de Daniel. Quando o show acabou, a rainha sentiu-se finalmente vingada, e feliz como não há muito tempo. Entretanto, lembrou-se de que Rumplestilstiskin descansava contra sua vontade numa caverna, preso, impedido de usar magia, graças à vadia da Branca de neve e seu "encantado" que agora jazia enforcado ao lado do cadáver da princesa. Claro, ela teve que vê-lo morrer antes, que tipo de vingança Regina teria se Branca também não visse o amor de sua vida ser morto? com total incapacidade de fazer algo a respeito... Regina assegurou-se disto. Aqueles olhinhos amaldiçoados vendo seu príncipe sufocar até morrer havia sido a coisa mais satisfatória de sua vida até então. Estava feito. E a rainha viu agora uma oportunidade para saber seu futuro.

—Sei que está aqui, majestade.

Ela se materializou do lado de fora da prisão, que desprovia de qualquer luz. No escuro, era ainda mais intimidadora. Fez emergir seu conhecido fogo, e o depositou em uma tocha próxima, agora, poderia ver seu professor.

—Então está feito, a mais bela de todas está morta.

—Muito pelo contrário, ela está bem aqui, na sua frente

A risada irritante de Rumple se fez ouvir.

—Sim. Ele admitiu. -Agora sim.

—O que importa agora é que preciso saber o que me aguarda,me revele o meu futuro.

—Todos querem saber o seu próprio futuro, até o momento em que eu revelo.

—Isto não foi um pedido.

Ele sorriu novamente

—Então que assim seja, minha rainha.

"O menino será sua ruína, em seus olhos se encontrará o segredo ainda enterrado. E a rainha... cairá"

Ela estremeceu. Os olhos brancos de Rumple brilhavam enquanto ele voltava a si, e Regina precisava de uma solução.

—Quando? -Foi o que ela conseguiu perguntar.

—As profecias tem seu tempo determinado, mas sua ruína...ah minha rainha, ela é certa.

—O nome dele..-disse, quase tremendo, em aparente fúria.-Diga-me o nome dele.

—Ah, minha querida, isto não será descoberto.

—Eu farei qualquer tipo de acordo ou joguinho sujo que você arquitetar.- Regina sabia que ambos eram um só.

—Mesmo que eu aceitasse, eu não poderia te dar o que você quer, não sei o nome dele.

A rainha gargalhou.

—Você? Então o grande Rumplestilstiskin não sabe um nome?

Rumple sorriu.

—Não, mas quem corre perigo por causa de uma criança não sou eu.

Regina quis enforcá-lo, ou pior.

—Então isso significa que você é inútil para mim. Ela acendeu uma bola de fogo novamente em sua mão, desta vez não com o propósito de iluminar o local.

Rumplestilstiskin levantou as nauseantes mãos, que tilintavam devido as algemas que o impediam de usar magia. -Muito pelo contrário, queridinha. Posso te fornecer o local onde ele está.

Os olhos da rainha brilharam.

—Onde ele está?

—Me liberte.

—Me toma por insana?

—Tomo-a por alguém que está sem tempo, e sem informações.

Ela olhou para as mãos algemadas.

—Que garantias tenho que você me será útil?

—Será um acordo.

E ele nunca quebrava um acordo.

As algemas caíram no chão.

—Há uma caverna, parecida com minha antiga casa, à oeste daqui,mas é aconselhável entrar quando o parto finalizar, querida, seria um ato de péssima educação.-Revelou então Rumplestilstiskin, andando em volta de Regina.

A rainha fez uma careta e desapareceu em uma nuvem de fumaça roxa

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Os gritos ecoavam por todo o lugar. E agora, um choro fraco, de alguém chegando ao mundo. A rainha entrou em seu esplendor, seus longos cabelos lhe desciam até a extensão de sua coluna, sua pele firme e a beleza inestimável que Rumplestilstiskin admitiu, e o olhar negro, dirigiu á mulher a sua frente.

A parteira caiu com seu pescoço torcido. A mãe estava deitada na maca improvisada. Os cabelos loiros, como fios de ouro, estavam bagunçados por seu rosto devido ao esforço, e o suor lhe descia pelo corpo. Olhou sua majestade com desespero.

—Por favor. Ela lhe suplicou, com os olhos verdes ansiando descanso, mas vencendo o cansaço, segurava o filho nos braços. A rainha girou lentamente a mão, e os olhos se fecharam, e o bebê ameaçou cair. A rainha o segurou com desprezo. Mas se manteve a olhar aqueles olhos intrigantes, eram azuis, assustadoramente transparentes, parecia mostrar-lhe seus pecados. E seu pequeno e frágil corpo estava embebido em sangue.

—É ele. Regina disse. -É preciso ser feito.

—Mas é um só bebê. Seu pai adentrou a caverna.-Filha, minha doce filha, deixe-me salvar sua alma.

— Como chegou aqui?

—Regina, é apenas um bebê. Não lhe fará mau algum. Por favor, me dê a criança.

Ela o apertou contra si

. -Bebês crescem, e profecias são cumpridas.

—Você não deixará isto acontecer.

—Não. A rainha ergueu o bebê e segurou seu pescoçinho. -De maneira alguma.

 -Regina! Disse seu pai aos berros. -Eu vi uma garota ser queimada viva, e não pude impedir. Mas não verei um bebê indefeso ser morto por minha filha.

Regina refletiu. Posso escondê-lo em algum lugar, ou manter ele perto de mim por precaução, posso até tirar seu coração quando crescer. Sim, pode ser beneficente. A rainha, mesmo em toda sua determinação para que a profecia não fosse cumprida, não gostaria de perder a única pessoa que lhe restava no que havia sobrado de seu coração.

Ela entregou a seu pai o recém-nascido que berrava descontroladamente, e ele, ao recebê-lo, suspirou aliviado. Saindo logo em direção ao castelo, com medo de que a filha mudasse de ideia. A rainha apagou a memória da moça que descansava num lençol banhado em sangue. Ao acordar, talvez ficasse louca, com uma mulher morta à sua frente e completamente coberta por sangue em sua região íntima.

A rainha saiu da caverna exibindo um sorriso triunfante.

Rumple sorriu em algum lugar da floresta, esquecido pelos outros moradores.

—Amor é fraqueza, querida. E o preço a ser pago... será maior do que você pode imaginar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo.



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