Deathmatch: Jogo da Sobrevivência escrita por ShadowAlexandre
Novamente, Vincent abria os olhos. Ele estava aos poucos se acostumando à acordar naquele quarto. No entanto, a primeira coisa que veio em sua cabeça naquele momento eram as palavras de Alma na noite anterior.
— É mesmo... A proposta... O que eu devo fazer?
Vincent se levantou e saiu de seu quarto.
O grupo todo já estava tomando café quando Vincent chegou até a mesa.
— Bom dia, Vincent! - Disse Zero.
— Bom dia, pessoal...
Vincent se sentou lentamente e pegou uma xícara.
— O que houve? - Perguntou Diana.
— Algum problema, Vincent? - Perguntou Joel.
Vincent não tinha certeza se devia contar o que aconteceu na noite anterior.
— Eu... Ontem à noite eu acordei e Alma estava no meu quarto.
Todos se espantaram.
— Alma?! - Gritou Valentina.
— O que ela queria? - Perguntou Sérgio.
Vincent baixou a cabeça.
— Eu vou contar porque confio em todos vocês, Ok?
Todos concordaram.
— Ela me fez uma proposta... Ela disse que o pessoal na internet está torcendo por mim nesse Reality.
Diana cruzou os braços.
— Hunf...
— E... Ela me deu uma recompensa. A partir de agora, se eu matar apenas um de vocês, eu posso ir embora com mais alguém que escolher.
Todos se espantaram no momento em que Vincent terminou sua frase.
— Epa, epa... Você não tá pensando em fazer isso, né? - Perguntou Joel.
— Claro que não! Eu tenho certeza que é só mais um plano dela para nos torturar psicológicamente! Eu acho que nem sequer podemos acreditar em tudo que ela diz!
No momento em que Vincent disse isso, os auto-falantes ecoaram.
— Ei, vocês não acreditam em mim...? Depois de tudo que eu fiz por vocês? Assim eu me sinto ofendida... Miau...
Diana se levantou.
— Você não se cansa de ficar ouvindo nossa conversa?!
— Ei, isso é um Reality! Eu tenho que ficar de olho pra ver se vocês estão jogando de forma limpa!
Todos se levantaram das cadeiras.
— Jogando de forma limpa?! Mas você quer que a gente cometa assassinatos! Qual seria a regra então? - Perguntou Joel.
— ...Eu não tinha pensado nisso.
Sérgio cruzou os braços.
— Enfim... Você nos chamou só pra isso?
— Não, não... Eu também vim parabenizá-los!
Todos se espantaram.
— Nos parabenizar pelo quê?! - Perguntou Vincent.
— Porque finalmente alguém resolveu tomar a iniciativa e começar a planejar um assassinato! Agora o Reality disparou em visualizações!
Todos ficaram em choque. Aquilo só podia significar uma coisa.
— Então... Alguém aqui já está planejando matar? - Perguntou Valentina.
Emily cobriu a boca com as mãos.
— Mas... Quem...? - Perguntou Vincent.
Naquele instante, foi possível ouvir um tipo de apito pelo auto-falante.
— Ah, meu lanche está pronto... Então, eu desejo à todos um bom dia... E uma boa sorte para quem for a vítima. Hahahahahaha!!
Silêncio total. Até que Diana resolveu falar.
— Então já tem um assassino entre nós?!
Sérgio colocou a mão na cabeça.
— É provável... Afinal já estamos aqui há dias.
— Mas... Mas quem...?! - Perguntou Joel.
Diana olhou para Vincent.
— O mais provável aqui é o Vincent.
Vincent levou um choque.
— E... Eu?! Mas por quê?!
— Porque você que recebeu uma proposta tentadora da Alma, lembra? - Disse Diana.
— Espera... Não podemos nos precipitar! - Disse Valentina.
— Mas ele é o mais suspeito por aqui! - Disse Diana.
Naquele instante, Emily entrou na frente de Vincent, para protegê-lo.
— Emily...? - Disse Zero.
Emily pegou seu bloco de notas e escreveu o mais rápido que pôde.
— [Não pode ser ele! Ele me prometeu que sairíamos todos vivos daqui!]
— Uma promessa não tem tanto valor numa situação dessas... - Disse Sérgio.
Emily baixou a cabeça.
— Esperem... A coisa mais sensata a se fazer é investigar, não é? - Perguntou Joel.
— Verdade... Se o Vincent é culpado, alguma coisa vai entregá-lo. - Disse Sérgio.
— Então, como faremos isso? - Perguntou Zero.
Vincent resolveu sugerir.
— Se acham que eu planejo alguma coisa, por que não vasculham meu quarto? Garanto que não vão encontrar nada por lá.
— Bem... Vale a pena tentar. - Disse Valentina.
— Nada disso! Ele não esconderia em um lugar tão óbvio. - Disse Diana.
— Pois eu desafio vocês a encontrarem alguma pista contra mim.
Vendo que não havia outra escolha, todo o grupo foi até o quarto de Vincent. Após quase 10 minutos procurando, ninguém foi capaz de encontrar sequer um objeto suspeito.
— Bem... Parece que ele está limpo. - Disse Sérgio.
— Eu disse... Jamais eu pensaria em matar alguém.
Zero cruzou os braços.
— Bem... Talvez isso te elimine como suspeito.
— Mas se o que a Alma disse é verdade... Alguém aqui está realmente escondendo algo, não? - Disse Valentina.
Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
— Então vamos verificar quarto por quarto. - Sugeriu Diana.
— Boa ideia... Assim ficamos mais tranquilos. Ei, talvez aquela garota esteja mentindo afinal! - Disse Joel, rindo.
O grupo partiu para o próximo quarto, o de Emily. Era meio estranho procurar o quarto de uma garotinha por pistas de um possível assassinato, mas enfim...
— Está limpo! - Disse Joel.
— Desculpe por isso, Emily... Mas não podemos nos arriscar. - Disse Sérgio.
Emily acenou positivamente. O próximo quarto foi o de Zero.
— Podem procurar à vontade.
O grupo se separou e começou a procurar por qualquer coisa suspeita. De repente...
— O... O que é isso...?! - Perguntou Valentina.
Valentina olhava fixamente para dentro da gaveta do criado-mudo. O grupo todo se aproximou assustado.
— Eu... Eu não acredito... - Disse Vincent.
— Ei, do que estão falando? Eu não...
No momento em que Zero se aproximou, levou um grande susto. Dentro da gaveta estava...
— E... Ei... Essa é uma das armas que a Alma nos deu... Mas... O que faz aqui...? - Perguntou Zero assustado.
Dentro da gaveta estava claramente um dos revólveres que Alma havia dado ao grupo naquela caixa.
— Zero... Você pode explicar essa arma? - Perguntou Sérgio.
— Nã... Não, eu não sei o que...
Diana cruzou os braços.
— Você é um soldado... Entende de armas... E parece que faz questão de ter uma por perto, não?
Emily parecia estar prestes a chorar.
— Mas... Zero, por que você faria isso?! - Perguntou Vincent.
Zero olhou fixamente para Vincent.
— Vincent!! Essa arma não é minha!! Eu nem tinha arma nessa droga de gaveta!!
O clima estava ficando pesado.
Na sala de controle, Alma estava sentada em sua cadeira, com os pés em cima da mesa, comendo um sanduíche.
— Hum... Isso está delicioso. Eu devia ter começado a usar o microondas antes.
Após comer o último pedaço do lanche, Alma olhou com atenção para o monitor que mostrava o grupo reunido no quarto de Zero.
— Parece que acharam o culpado... Agora a coisa vai esquentar muito...
Novamente, seu celular tocou.
— De novo?! Esse cara é insistente demais.
Alma atendeu.
— Miau? O que você quer?
Um tempo de silêncio.
— Não... Eu já te disse que não vou cancelar esse jogo! Agora que está começando a esquentar, poxa?
Alma parou e pensou um pouco.
— Quer saber... Eu posso até libertá-los se você quiser... Mas com uma condição... Hehehe...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!