Deathmatch: Jogo da Sobrevivência escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 7
Ameaça




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Novamente, Vincent abria os olhos. Ele estava aos poucos se acostumando à acordar naquele quarto. No entanto, a primeira coisa que veio em sua cabeça naquele momento eram as palavras de Alma na noite anterior.

— É mesmo... A proposta... O que eu devo fazer?

Vincent se levantou e saiu de seu quarto.

O grupo todo já estava tomando café quando Vincent chegou até a mesa.

— Bom dia, Vincent! - Disse Zero.

— Bom dia, pessoal...

Vincent se sentou lentamente e pegou uma xícara.

— O que houve? - Perguntou Diana.

— Algum problema, Vincent? - Perguntou Joel.

Vincent não tinha certeza se devia contar o que aconteceu na noite anterior.

— Eu... Ontem à noite eu acordei e Alma estava no meu quarto.

Todos se espantaram.

— Alma?! - Gritou Valentina.

— O que ela queria? - Perguntou Sérgio.

Vincent baixou a cabeça.

— Eu vou contar porque confio em todos vocês, Ok?

Todos concordaram.

— Ela me fez uma proposta... Ela disse que o pessoal na internet está torcendo por mim nesse Reality.

Diana cruzou os braços.

— Hunf...

— E... Ela me deu uma recompensa. A partir de agora, se eu matar apenas um de vocês, eu posso ir embora com mais alguém que escolher.

Todos se espantaram no momento em que Vincent terminou sua frase.

— Epa, epa... Você não tá pensando em fazer isso, né? - Perguntou Joel.

— Claro que não! Eu tenho certeza que é só mais um plano dela para nos torturar psicológicamente! Eu acho que nem sequer podemos acreditar em tudo que ela diz!

No momento em que Vincent disse isso, os auto-falantes ecoaram.

— Ei, vocês não acreditam em mim...? Depois de tudo que eu fiz por vocês? Assim eu me sinto ofendida... Miau...

Diana se levantou.

— Você não se cansa de ficar ouvindo nossa conversa?!

— Ei, isso é um Reality! Eu tenho que ficar de olho pra ver se vocês estão jogando de forma limpa!

Todos se levantaram das cadeiras.

— Jogando de forma limpa?! Mas você quer que a gente cometa assassinatos! Qual seria a regra então? - Perguntou Joel.

— ...Eu não tinha pensado nisso.

Sérgio cruzou os braços.

— Enfim... Você nos chamou só pra isso?

— Não, não... Eu também vim parabenizá-los!

Todos se espantaram.

— Nos parabenizar pelo quê?! - Perguntou Vincent.

— Porque finalmente alguém resolveu tomar a iniciativa e começar a planejar um assassinato! Agora o Reality disparou em visualizações!

Todos ficaram em choque. Aquilo só podia significar uma coisa.

— Então... Alguém aqui já está planejando matar? - Perguntou Valentina.

Emily cobriu a boca com as mãos.

— Mas... Quem...? - Perguntou Vincent.

Naquele instante, foi possível ouvir um tipo de apito pelo auto-falante.

— Ah, meu lanche está pronto... Então, eu desejo à todos um bom dia... E uma boa sorte para quem for a vítima. Hahahahahaha!!

Silêncio total. Até que Diana resolveu falar.

— Então já tem um assassino entre nós?!

Sérgio colocou a mão na cabeça.

— É provável... Afinal já estamos aqui há dias.

— Mas... Mas quem...?! - Perguntou Joel.

Diana olhou para Vincent.

— O mais provável aqui é o Vincent.

Vincent levou um choque.

— E... Eu?! Mas por quê?!

— Porque você que recebeu uma proposta tentadora da Alma, lembra? - Disse Diana.

— Espera... Não podemos nos precipitar! - Disse Valentina.

— Mas ele é o mais suspeito por aqui! - Disse Diana.

Naquele instante, Emily entrou na frente de Vincent, para protegê-lo.

— Emily...? - Disse Zero.

Emily pegou seu bloco de notas e escreveu o mais rápido que pôde.

— [Não pode ser ele! Ele me prometeu que sairíamos todos vivos daqui!]

— Uma promessa não tem tanto valor numa situação dessas... - Disse Sérgio.

Emily baixou a cabeça.

— Esperem... A coisa mais sensata a se fazer é investigar, não é? - Perguntou Joel.

— Verdade... Se o Vincent é culpado, alguma coisa vai entregá-lo. - Disse Sérgio.

— Então, como faremos isso? - Perguntou Zero.

Vincent resolveu sugerir.

— Se acham que eu planejo alguma coisa, por que não vasculham meu quarto? Garanto que não vão encontrar nada por lá.

— Bem... Vale a pena tentar. - Disse Valentina.

— Nada disso! Ele não esconderia em um lugar tão óbvio. - Disse Diana.

— Pois eu desafio vocês a encontrarem alguma pista contra mim.

Vendo que não havia outra escolha, todo o grupo foi até o quarto de Vincent. Após quase 10 minutos procurando, ninguém foi capaz de encontrar sequer um objeto suspeito.

— Bem... Parece que ele está limpo. - Disse Sérgio.

— Eu disse... Jamais eu pensaria em matar alguém.

Zero cruzou os braços.

— Bem... Talvez isso te elimine como suspeito.

— Mas se o que a Alma disse é verdade... Alguém aqui está realmente escondendo algo, não? - Disse Valentina.

Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.

— Então vamos verificar quarto por quarto. - Sugeriu Diana.

— Boa ideia... Assim ficamos mais tranquilos. Ei, talvez aquela garota esteja mentindo afinal! - Disse Joel, rindo.

O grupo partiu para o próximo quarto, o de Emily. Era meio estranho procurar o quarto de uma garotinha por pistas de um possível assassinato, mas enfim...

— Está limpo! - Disse Joel.

— Desculpe por isso, Emily... Mas não podemos nos arriscar. - Disse Sérgio.

Emily acenou positivamente. O próximo quarto foi o de Zero.

— Podem procurar à vontade.

O grupo se separou e começou a procurar por qualquer coisa suspeita. De repente...

— O... O que é isso...?! - Perguntou Valentina.

Valentina olhava fixamente para dentro da gaveta do criado-mudo. O grupo todo se aproximou assustado.

— Eu... Eu não acredito... - Disse Vincent.

— Ei, do que estão falando? Eu não...

No momento em que Zero se aproximou, levou um grande susto. Dentro da gaveta estava...

— E... Ei... Essa é uma das armas que a Alma nos deu... Mas... O que faz aqui...? - Perguntou Zero assustado.

Dentro da gaveta estava claramente um dos revólveres que Alma havia dado ao grupo naquela caixa.

— Zero... Você pode explicar essa arma? - Perguntou Sérgio.

— Nã... Não, eu não sei o que...

Diana cruzou os braços.

— Você é um soldado... Entende de armas... E parece que faz questão de ter uma por perto, não?

Emily parecia estar prestes a chorar.

— Mas... Zero, por que você faria isso?! - Perguntou Vincent.

Zero olhou fixamente para Vincent.

— Vincent!! Essa arma não é minha!! Eu nem tinha arma nessa droga de gaveta!!

O clima estava ficando pesado.

 

 

Na sala de controle, Alma estava sentada em sua cadeira, com os pés em cima da mesa, comendo um sanduíche.

— Hum... Isso está delicioso. Eu devia ter começado a usar o microondas antes.

Após comer o último pedaço do lanche, Alma olhou com atenção para o monitor que mostrava o grupo reunido no quarto de Zero.

— Parece que acharam o culpado... Agora a coisa vai esquentar muito...

Novamente, seu celular tocou.

— De novo?! Esse cara é insistente demais.

Alma atendeu.

— Miau? O que você quer?

Um tempo de silêncio.

— Não... Eu já te disse que não vou cancelar esse jogo! Agora que está começando a esquentar, poxa?

Alma parou e pensou um pouco.

— Quer saber... Eu posso até libertá-los se você quiser... Mas com uma condição... Hehehe...


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