Deathmatch: Jogo da Sobrevivência escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 4
A Promessa




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Algumas horas depois, Vincent estava deitado em sua cama olhando para o teto. Sua cabeça era tomada por várias perguntas, cujas respostas ele não sabia. Alguém bateu na porta.

— Se quiser conversar comigo, entre... Se for me matar, volte mais tarde.

Emily entrou. Vincent se sentou na cama.

— Ah, é você, Emily... Sente-se.

Emily se sentou ao lado de Vincent. Ela parecia triste.

— O que houve? Você está triste...?

Emily escreveu em seu bloco de notas e mostrou para Vincent.

— [Eu estou com medo.]

— Eu imagino... Essa situação está deixando todos apreensivos, e isso não é bom... Mas vamos tentar manter a calma, Ok?

Emily escreveu em seu bloco de notas novamente.

— [Eu confio em você, Vincent!]

Vincent sorriu.

— Obrigado Emily...

Vincent pensou.

— Emily... Você sempre teve esse... Bem, você sempre teve que se comunicar assim?

Emily escreveu no bloco.

— [Não.]

— Não...? Então você conseguia falar antes? Mas o que aconteceu? Se você quiser me contar...

Emily baixou a cabeça. Em seguida voltou a escrever. Dessa vez, foi um texto bem mais longo do que o normal.

— [Quando eu tinha 9 anos, meus pais e eu sofremos um grave acidente de carro. Eu fiquei em coma durante uma semana. Os médicos disseram que sofro de um trauma, mas eu não entendo o que é isso... Parece que algo me impede de usar minha voz como antes. Algo que eles chamam de psicológico.]

— Eu... Eu não fazia ideia.

Emily escreveu novamente.

— [É difícil pra mim usar a minha voz. Alguma coisa me bloqueia. Meus pais dizem que eu vou voltar a falar normalmente, mas ainda não sei quando. Por enquanto eu me sinto melhor assim...]

Vincent baixou a cabeça.

— Emily, eu... Desculpe se eu te fiz lembrar de alguma coisa...

Vincent se aproximou de Emily e a tocou em seu ombro.

— Emily, eu vou te fazer uma promessa: Todos nós vamos sair vivos desse jogo! Eu não vou deixar que ninguém se machuque! Mas eu peço que você mantenha a calma e confie em mim, certo?

Emily olhou para Vincent e sorriu.

— Ninguém vai morrer! Eu farei tudo que for possível para que todos nós possamos sair desse laboratório!

Emily baixou a cabeça.

— O... Obri... gada...

Vincent se espantou. Pela primeira vez ele ouviu a voz de Emily. Uma voz doce que fez seu coração acelerar.

Naquele instante ele tinha certeza de uma coisa: Ele teria que dar tudo de si para proteger os participantes daquele jogo. Ele não ia deixar que ninguém morresse, seja pelas mãos de Alma ou por algum outro membro do próprio grupo.

 

Em uma sala escura, haviam vários televisores ligados. Alma estava sentada em uma cadeira tomando um copo de refrigerante, com as pernas cruzadas. Sua cauda balançava enquanto ela assistia uma das TVs que mostrava a sala de estar do laboratório, onde o grupo decidia o que fazer com as armas.

— Hehehe... Vamos logo... Eu estou começando a ficar entediada aqui...

De repente, um celular começou a tocar. Alma colocou o copo em cima da mesa onde estavam os televisores, e retirou o celular do bolso de seu vestido.

— Eu sabia... Tava demorando...

Alma atendeu.

— Miau? Ah, olá... Eu estava esperando a sua ligação... O que posso fazer por você?

A outra pessoa no telefone falava com Alma.

— Você quer que eu os liberte...? Que patético... Você mais do que ninguém devia saber que é o culpado pelo que está acontecendo com eles, não é?

A pessoa continuava falando.

— Hehehe... Está querendo bancar o herói agora? Desculpe, mas eu não posso parar esse jogo... Além do mais, eu acredito que no fundo você deve estar gostando disso... Afinal você apoia a morte, não é verdade?

A conversa continuava.

— Lamento, mas não tenho mais tempo à perder com você... Eu tenho um Reality Show para comandar, sabia? Cara... O público é exigente... E eu não posso desapontá-los... Adeus!

Alma desligou o celular. Em seguida voltou a olhar para os televisores com um assustador sorriso.

— Vamos, participantes... Ou eu vou ter que tomar atitudes mais drásticas...

Alma continuou observando o grupo... Enquanto pensava se não estava na hora de fazer mais alguma coisa.


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