Esse é o meu limite escrita por Subject 17


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

E ta ai o oneshot que prometi
Já queria deixar dois avisos aqui
1-Essa fic serve como prólogo de outra fic que estou fazendo, e contém spoilers da mesma. Ela se chama Eu acredito em você, vou deixar o link nas notas finais
2-Como já avisei me inspirei em uma comic pra escrever esse oneshot, o link também vai estar nas notas finais
Aproveitem a leitura
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Eu não estou bem

Eu estou cansado

Eu estou desesperado

Eu estou no meu limite

Não importa quantas vezes eu tente

Cedo ou tarde

Eu serei morto

 

Os gritos alegres e empolgados da criança podiam ser ouvidos como ecos pelo corredor devastado. Mais uma vez, aquele cenário era palco de uma batalha entre antigos amigos

HP 92/92

 

Mas você não se importa, não é?

Você não se importa com mais nada há muito tempo

Não tem como você sequer entender isso

Antigamente, você faria de tudo para nós tirar daqui, faria de tudo para poder nos ver feliz

Nós éramos família

 

O esqueleto se preparava para dar mais um ataque enquanto a criança esperava cautelosa. A cada batalha, ela era capaz de prever os movimentos do inimigo mais facilmente e aprendia com seus erros. Dezenas de osso estavam flutuando pelo alto do corredor, tendo o esqueleto com seu braço erguido para cima. O pequeno esqueleto logo estendeu seu braço em direção a criança, direcionado seus ossos ate a mesma

HP 85/92

 

Mas esses tempos acabaram

Você matou nossa família, várias e várias vezes

Por quê?

Eu me perguntei por muito tempo

Eu tentava encontrar uma resposta para isso

Talvez você não quisesse fazer isso, talvez alguém estivesse te obrigando a fazer isso

Mas isso era apenas uma mentira

Eu apenas não queria acreditar que você realmente estava destruindo a nossa família

Por que eu...

Eu não sei mais dizer o porquê eu acreditava nisso

Talvez fosse porque eu podia ver que você ter nos deu um final feliz

Talvez eu ainda te considerasse da família

 Talvez eu fosse egoísta demais para ver o que você estava se tornando

Mas você continuava

Era por que você estava entediada?

Era por que você estava curiosa?

Era por que você tinha sede por poder?

Talvez você quisesse enfrentar a mim ou a Undyne

Mas de qualquer forma

Eu desistir de tentar entender

Isso não importa mais agora

Eu me pergunto o que Gaster faria no meu lugar

 

A criança se jogava para o lado dando uma cambalhota no chão para escapar do restante dos ossos. Correu em direção a uma coluna procurando por proteção dos raios que saiam da boca de diversas caveiras flutuantes que surgiram ao redor de seu inimigo. Ela não conseguiu

HP 78/95

 

 

Isso é tudo sua culpa, não é?

Você é muito determinada, não é?

Você nunca desiste

Mesmo não tendo benefícios em persistir

A sua determinação permitia que você fizesse isso quantas vezes quisesse

Então você simplesmente continua porque você acha que você pode

E porque você pode...

Você deve

 

Um suspiro de cansaço era solto pelo esqueleto.  Aquela cena já havia se repetido mais vezes do que poda contar, e continuaria se repetindo por muitas outras vezes. Era exaustivo

 

A única coisa que importa, é em como te fazer parar

E eu tentei de tudo

Tentei falar com você, mostrar que o que você estava fazendo era errado... Mas você continuava

Tentei ir até as ruínas, te enfrentar antes que você pudesse matar a alguém... Mas você continuava

Tentei ganhar L.O.V.E., matando outros monstros, para poder te enfrentar...Mas você continuava

Eu me arrependo de matar eles, isso estava errado. Eu queria matar inocentes para enfrentar uma genocida, foram as palavras dele que me impediram de me tornar o que você é agora

 

A criança sentiu seu corpo ser jogada de parede a parede, sem ter controle de nada enquanto era levitada em direção a cacos de vidros espalhados pelo chão e paredes e colunas quebradas. Logo se levantou do chão com as pernas fraquejando, limpou o sangue que escorria de sua boca com as costas da mão sem tirar os olhos de seu inimigo. Aquela dor! Aquele desafio! Somente ele conseguia lhe proporcionar aquilo!

HP 67/92

 

Eu agradeço a ele por isso, se tem alguma coisa que ainda me da à vontade de viver, é ele

Ver ele todos os dias, esperançoso para capturar um humano, me enchia de determinação

Mas aquilo não era o suficiente

Matar a todos não era o suficiente para você

Ver que independente do que você fizesse, ele ainda via bondade em você

Isso te irritava!

E agora você tinha um novo objetivo em mente:

Como fazer ele não acreditar mais em você?

Você pensou por pouco tempo e já descobriu a resposta

Era eu

Você o fez acreditar que era uma boa pessoa quando o poupou em Snowdin

Apenas para me matar pouco tempo depois na frente dele

Você cuspiu em meu corpo enquanto ele lentamente se tornava pó

E debochou dele para provocá-lo mais ainda

A última coisa que vi, foi o olhar de tristeza, descrença e ódio dele

Você havia conseguido

Fez com que o melhor do subsolo perdesse a fé que tinha em você

 

A criança corria com a faca em mão em direção ao esqueleto pronta para atacá-lo, enquanto o mesmo esperava com as mãos no bolso. A criança o atacou com a faca, vinda de cima para baixo, sendo facilmente desviada pelo esqueleto. A criança repetiu diversos ataques, socos, chutes e facadas, mas tudo em vão. Nada acertava o comediante

O esqueleto apertou com força o pescoço da criança e a erguendo o mais alto que conseguirá. Ao ver que a criança se aproveitaria da proximidade dos dois para desferir outro golpe com a faca, o mesmo a arremessou com força em direção a parede, fazendo com que ele se rachasse com o impacto. A criança apenas se pós de pé novamente cambaleando um pouco

HP 54/92

 

Isso é difícil

Ver você arruinado a vida de todos aqui, sem nunca se cansar

Parecendo se divertir cada vez mais com isso

Tendo cada vez mais poeira em suas mãos e insanidade no olhar

Um olhar cada vez mais vazio

Ver você se tornar cada vez menos humana

Eu me perguntei por que eu continuava em tentar te impedir

Independente do que eu fizesse

O resultado era sempre o mesmo

Todos nós morreríamos e voltaríamos a esse seu circulo vicioso

 

Correndo eufórica em direção ao seu inimigo, a criança não deixava de gargalhar e sorrir com a vitória que chegaria cedo ou tarde. O esqueleto apenas arremessou mais ossos em direção a humana sem com que a mesma pudesse se aproximar.

De último instante, a criança pode desviar da maioria dos ossos, tendo apenas alguns ferimentos pequenos, porem profundos, em seu braço esquerdo

HP 41/92

 

Mas sempre que eu pensava desistir, eu podia ouvir a voz de todos eles

Ouvia a voz encorajadora de Asgore: Você é futuro dos monstros, Sans

Ouvia a glamorosa voz de Mettaton: Você consegue querido, acabe com esse humano e voltaremos à superfície

Ouvia os gritos animadores de Undyne: Essa humana não é de nada, Sans, mostre para ela do que os monstros são feitos!

Ouvia a voz tímida de Alphys: Vá em frente, Sans, nos logo... er... quebraremos a barreira

Ouvia a materna voz de Toriel: Apenas mais um pouco, e os monstros terão sua liberdade

Sentia o abraço reconfortante de Papyrus enquanto ele me dizia: Eu te amo, irmão. Sei que fará a coisa certa no final

Então, mesmo que todos aqueles que eu amo estejam mortos

Eu não posso desistir

 

O esqueleto comediante olhava para a inimiga a sua frente, mas ainda via a antiga amiga e membro da família em seu lugar. Apertou o cachecol vermelho em seu pescoço se recordando dos bons momentos que viveram juntos.

Mas aquilo duraria pouco, o cachecol que tinha como única lembrança de seu irmão logo voltaria a seu dono original, para pouco tempo depois, ficar sobre uma pilha de pó na neve

 

Você quer saber o que eu vejo?

Eu vejo a diferença em tudo

Eu vejo alguém que se considera acima das consequências

Que por causa de um reset, nunca terá que enfrentar verdadeiras dificuldades

Alguém que traiu a confiança de todos os que a amavam

Mas esse olhar em seu rosto

Eu ainda posso ver

Mesmo que você pareça gostar disso

Eu posso ver que você esta sofrendo

Tanto quanto eu ou Flowey sofremos

Mas nenhum de nós pode te ajudar agora

Nem eu, nem Flowey... E nem Papyrus

Foi-se o tempo onde você salvava a todos

 

A criança andava cambaleante em direção ao esqueleto, pressionando o ferimento no braço com a mão livre para evitar a perda de mais sangue. Aquilo não faria diferença, mesmo que perdesse a luta sangrando até a morte, ela voltaria de novo e de novo. O esqueleto a olhava com pesar enquanto ossos atravessavam os braços e pernas da criança

HP 23/92

 

Agora é sua vez de ser salva

Eu só espero que alguém consiga fazer isso por todos nós

Quem quer que seja

Talvez seja burrice acreditar em você depois de tudo o que você fez

Mas ele acreditou em você

E eu confio nele mais do que em qualquer um

Ele uma vez me disse:

Sans, eu estive pensando, se força não é a resposta

Talvez gentileza seja

Talvez ela só precise saber que não esta sozinha

E que qualquer um pode se tornar melhor

Se apenas tentar

 E quem melhor do que o Grande Papyrus para mostrar isso a ela?

 

Uma lágrima escorria pelo rosto de comediante ao se recordar da antiga memória, uma única lágrima para demonstrar seu sofrimento se recordando da última coisa que seu irmão lhe disse antes de tentar apaziguar a humana

 

Eu sei que isso pode nunca acabar

Que você pode nunca vai se cansar de fazer isso

Mas a única coisa que eu posso fazer agora

É esperar que isso acabe...

E que você volta a fazer parte da família

 

A criança, com toda a sua determinação, corria em direção ao esqueleto, mesmo com todos os ferimentos, com gritos raivosos e um olhar destemido. O caminho trilhado por ela era marcado em sangue e pó

 

Eu não posso dizer que as coisas fazem muito sentido agora

Eu sei que tem muita coisa nessa história que você não me contou

Seja porque você apenas não quer ou porque você não confia em mim

Mas pra falar a verdade

Eu acho que prefiro não saber de tudo, pelo menos não por agora

Se agora as coisas forem desse jeito

Então não faria sentido se prender ao passado

Às vezes, a melhor coisa que você pode fazer é desistir

 

O esqueleto, porém não saiu de seu lugar. Apenas esperou pacientemente a humana que corria enfurecida  em sua direção

 

Eu sinto falta daquele tempo

O tempo em que nós éramos uma família

E eu espero que você também

Eu vou continuar esperando por você

 

O esqueleto apenas se moveu para o lado, revelando a caveira flutuante atrás de si. A criança a olhou surpresa sem ter tempo para qualquer reação antes que o disparo da caveira a jogasse para longe.

HP 14/92

 

Porque...

Apesar de tudo

Eu acredito em você

 

 A criança foi arremessada rapidamente pelo ar em direção a uma coluna, onde o grande impacto da colisão a fez cuspir sangue, caindo no chão sem forças logo em seguida

  HP 1/92

 

Mas...

 

A criança ainda caída no chão tentava inutilmente se levantar, mas a dor mal permetia que a mesma se movesse. Mesmo assim, a criança determinada se arrastava em direção ao oponente segurando sua faca entre os dentes. O esqueleto caminhou a passos lentos em direção a criança, e assim que havia chego até ela, o comediante cabisbaixo a fitou com o olhar vazio, sendo retribuído pelo olhar completamente insano e enfurecido da criança. A criança tinha sua cabeça erguida para poder olhar nos olhos do oponente e demonstrar seu ódio a ele. Diversas gigantes caveiras flutuantes a cercavam por todos os lados, abrindo suas bocas e se preparando para disparar

 

Saber que nossa família não existe mais

 

O pequeno esqueleto abaixou-se ao lado do corpo da criança jogada no chão. Ela estava com diversos ossos fraturados e sangramentos profundos, mas seu sorriso inocente e despreocupado a fazia aparentar estar apenas em um belo sono profundo.

Como suas últimas palavras antes que tudo se apagasse e recomeçasse novamente, a criança reuniu o pouco que havia sobrado de suas forças e disse fracamente ao esqueleto:

 

Me desculpe Sans, eu sou uma grande idiota não sou?...

Obrigada... Por me parar

 

O comediante segurou carinhosamente a mão fraca e fria de uma antiga amiga enquanto sua visão se distorcia como em um delírio encanecido, alterando entre a imagem da antiga princesa falecida do subsolo e com aquela que uma vez foi da família

Diversas lágrimas escorriam sem controle por seu rosto. Mas aquilo não faria diferença

Não havia ninguém ali que pudesse ver sua tristeza,e  muito menos afastá-la

 

Se nós realmente somos amigos...

Você não vai voltar

 

Faz com que te matar seja mais

 

A criança deu o primeiro passo no corredor vendo o inimigo ao longe, com três grandes caveiras flutuando ao seu redor a encarando com olhos famintos. A risada forçada de seu inimigo era ouvida como um eco no corredor

Pronta?- Perguntou ele, fechando os olhos e levantando um dos braços pronto para atacar. Seu falso sorriso não saia nenhum por um momento de seu rosto

A criança apenas o encarou sorridente com os olhos marejados, sem dizer nada

Não havia nada que ela pudesse dizer

Ela apenas se divertiria por muito tempo. O esqueleto abriu seus olhos, mostrando um grande orbe azul em chamas no esquerdo, enquanto direcionou o braço com a mão aberta para a criança

 

*Fácil

*Difícil 


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Notas finais do capítulo

Link da fic-https://spiritfanfics.com/historia/eu-acredito-em-voce-6401140
Link da comic - http://ashiael.tumblr.com/post/134470899107/why-do-people-keep-drawing-sans-as-some-crybaby
Espero que tenham gostado e tenham entendido um pouco mais sobre o passado da história
Eu realmente não tenho o que escrever aqui agora, então espero nos ver em outra história
Até :)