Pacífico escrita por Artemys Jenkins


Capítulo 1
Não tão pacífico assim


Notas iniciais do capítulo

Fanfic crossover entre o universo das skins "colegial" e o universo das skins "guardiã estelar"; estrelando Ahri, Ekko, Vladimir e Darius colegial; e Lux, Jinx, Janna, Poppy e Lulu guardiã estelar; e Fiora diretora :)



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—- Parece que agora até delinquentes frequentam por aqui. Que decadência.

O dia era pacífico na pequena cidade de Valoran. O horário? Três da tarde, período em que as escolas normalmente liberam seus alunos do período de aulas. Centenas de crianças, pré e adolescentes davam seu primeiro suspiro de liberdade, rumo a suas casas -- ou o primeiro dos muitos suspiros de exaustão, caso estivessem em algum clube.

O que não era pacífico era o clima na praça que separava dois dos mais prestigiosos institutos da região.

Jinx Hellraiser, também conhecida como "o gatilho desenfreado" ainda não se sabe muito bem por quê, saía de seu colégio junto de suas amigas Lux(anna) Crownguard, Janna DeZaun, Lulu Bardleborn e Poppy Hammerguard. Tudo estaria bem se ela não tivesse se encontrado com a pessoa mais desprezível que jamais conhecera -- Ahri Kyuukitsune, presidente de qualquer-coisa-que-tivesse-para-presidir na escola de almofadinhas em frente à sua.

Acompanhada -- mais por coincidência que por vontade -- por seus colegas de classe, Ahri suspirou, não conseguindo segurar o comentário mordaz que seguiu a identificação do cheiro de sua arqui-rival. Jinx era, de maneira resumida, tudo o que Ahri desprezava em um ser senciente: rude, mal-agradecida, orgulhosa e encrenqueira. A sua simples presença ali, para a raposa de nove caudas, era a prova de que os institutos educacionais de Valoran não eram mais os mesmos e deixaram há muito de prezar pela qualidade de seu corpo discente.

(Não passava pela cabeça de Ahri que as pessoas simplesmente precisavam estudar.)

Jinx, obviamente, ouviu o comentário -- que, de maneira igualmente óbvia, fora feito em tom propositalmente audível --, sentindo uma veia em sua testa pulsar e a raiva, a crescer. O semblante, antes neutro, começou a tomar tons de rubro e a se enrugar; a cor de âmbar dos olhos cada vez mais profunda.

—- Quê? -- perguntou Jinx em um tom nada amigável.

—- Que este lugar está decadente. Além de delinquente é surda?

Aquela foi a fagulha que o paiol de Jinx precisava para se incendiar.

—- Eu vou estourar essa vadia.

O suspiro violento fora ouvido por Janna, que olhou, alarmada, para Lux. Lux, tentando com seu melhor sorriso conciliador fazer Jinx desistir da ideia de "estourar aquela vadia", pegou sua amiga no braço e disse:

—- Jinx, não vale a pena. Não vê que é isso que ela quer, que te expulsem?

Jinx não se importava -- estava sendo obrigada a enfrentar aquele purgatório afinal. Não que fosse motivo de orgulho (mentira, era sim), mas já havia sido expulsa de escolas o suficiente para não ter muitas escolhas além de escola ou reformatório.

Pelo menos na escola ela ainda poderia voltar pra casa.

Retomando, Jinx não se importava em ser expulsa. Não se pudesse quebrar os dentes e todas as nove caudas daquela patricinha que pensava ser superior a todas elas porque tinha dinheiro e, segundo ela própria, "classe". Sem filtrar o que falava ou ligar pra sororidade, Jinx continuou seu discurso passivo-agressivo:

—- Você acha que eu tô ligando de ser expulsa se eu puder quebrar os nove rabos dessa vagabunda?

—- Mas que tentativa de ofensa mais machista... Por Morgana, por que estamos nos prezando a essa baixaria?

A voz empertigada e impregnada de desprezo vinha de Conde Vladimir Lestat Armand Delveccio Nosferatu VI, um aristocrata de 16+7² anos conhecido publicamente somente como "Vlad". Vindo de uma família de "místicos" com hábitos alimentares duvidosos, Vlad simplesmente achava toda aquela situação não somente embaraçosa como, de maneira geral, tediosa e patética -- não necessariamente nessa ordem.

—- Vai falar que não curte um barraco?

Brotado do além, Ekko Timetraveler surgiu entre Vlad e a cena que estava se formando (com Ahri enrolando seu cabelo enquanto Lux começava a não conseguir mais segurar Jinx e pedir ajuda para Janna), pensando se valeria ou não montar um banco de apostas desta vez. Observava, empolgado, Janna e Lux segurarem -- de maneira bem precária, é verdade -- Jinx e pedirem, em vão, para que Poppy as ajudasse a impedirem sua amiga de tentar desfigurar (e falhar, já que a estrutura ósseo-muscular de Jinx não desfigurava nem uma barata morta) uma aluna de outro instituto.

—- Vou fazer o banco de apostas. -- disse Ekko para outro colega, o atleta Darius (ninguém sabe o seu sobrenome, reza a lenda que não tem). Darius, que estava sentado com sua sempre presente cara de mau, olhou-o de soslaio e tentou resmungar, sendo interrompido -- Será que vale a pena?

—- Faça o que quiser.

Esse foi o tempo que demorou para que Jinx se livrasse de Lux e Janna e mirasse no pescoço de Ahri para, por fim, acertar sua cintura devido à óbvia diferença de altura entre as duas. O tackle derrubou a raposa que, enfurecida, não poupou esforços para devolver a agressão.

O circo estava formado. Com alunos de ambos os institutos agitando a luta, Lux e Janna um tanto desesperadas; Vlad se sentindo ultrajado por se ver obrigado a assistir aquilo; Darius e Poppy simplesmente não se importando; Ekko recolhendo trocados de discentes pipoquistas; e Lulu perguntando coisas aleatórias como "vocês viram os Narguilês?" para pessoas que ela claramente não conhecia, Jinx e Ahri trocavam farpas, chutes, mordidas, puxões de cabelo e tudo o que se pode trocar durante uma briga de escola.

De repente, o barulho ensurdecedor de torcida de MMA se silenciou e a roda de pessoas formada em volta da briga simplesmente se abriu. Mais desesperadas que anteriormente -- e, sim, era possível -- Janna e Lux tentavam obviamente em vão separar as duas adolescentes que, apesar de bastante feridas, se engalfinhavam no chão numa briga que daria inveja a Kira Gracie.

—- O que significá isso aqui?

A voz fez com que ambas suassem frio. Olhando para cima, ainda agarradas uma na outra, tudo o que viram foram um par de pernas (que parecia eterno) vestido em meias fumê e uma saia lápis se formarem em seu campo de visão. A régua de 1 metro foi pousada, de maneira graciosa, no chão.

Separando-se imediatamente, as duas garotas tentaram se aprumar o máximo possível, e não era muito.

—- Dirretorriá. Agorrá. Vous deux. -- Fiora, a Diretora da escola de Ahri, sentenciou, apontando sua régua para Ahri e, surpreendentemente, para Jinx. Uma voz, dentre os muitos adolescentes silenciosos com medo de serem pegos em guarda baixa, gritou:

—- Ela nem estuda aqui!

—- Mas tem sentimentôs aflorradôs que devem ser disciplinados.

Cabisbaixas, raposa e delinquente trocavam insultos e se juravam de morte.

—---

Como resultado dessa não-tão-inusitada (a briga já era aguardada por muitos do bairro, alguns trabalhadores da região inclusos) disputa, Ahri ficou em detenção já que tinha "compromissos presidenciais" e Jinx -- após uma discussão interminável de Fiora com o diretor do outro colégio -- fora suspensa por uma semana por "uma série de fatores que não convém ser numerados", o que, cá entre nós, é de uma arbitrariedade sem comentários.

Lulu não encontrou os Narguilês, infelizmente; Ekko teve de devolver todo o dinheiro das apostas; Vlad ainda está insultado pela falta de respeito que os plebeus se dignam a dar à sua presença; Poppy e Darius continuam 100% nem aí; e Lux e Janna levaram a bronca de suas vidas por não conseguirem segurar Jinx -- o que, veja bem, é uma injustiça.

O dia era pacífico na pequena cidade de Valoran. Ou seria.

Até Jinx e Ahri se enfrentarem de novo e o ciclo voltar ao seu ponto de partida.


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Notas finais do capítulo

EU TO NO HYPE ALGUÉM ME AJUDA SOCORRO.



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