Sacrifício escrita por Mrs Moon


Capítulo 20
Nunca seremos só amigos.


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é o maior capítulo da história até agora, pensei que não ia conseguir postar esse mês ainda. Acabei pegando covid e consegui um tempinho para terminar. Já estou praticamente recuperada.
No final deste capítulo tem uma cena 18+, nada muito forte mas só avisando.
Commander Center Gym: Ginásio do Centro de Comando



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Sentada no chão do quarto, Melissa conseguia ouvir as vozes no andar de baixo.

— Uma bolsa de mestrado em Londres. - Mary estava animada - Isso é incrível! 

— Consegue imaginar isso. Dois anos estudando em Cambridge. 

Joshua estava super entusiasmado, a esposa via seus olhos brilhando de alegria. Mas uma linha de preocupação apareceu em sua testa. 

— E Melissa? Ainda não a adotamos. - Preocupada ela perguntou: - Será que vão deixar ela ir conosco? 

Ele se sentou no sofá da sala e olhando a esposa com pena respondeu 

— Você acha mesmo que ela vai querer ir? 

— Claro! - Mary apertou as mãos um pouco aflita -  Não sei… Ela é nossa filha agora.

— Não se iluda querida, ela não nos vê como os pais dela. - ele disse. - Acho que só não pediu para voltar ao orfanato ainda porque adora a nossa biblioteca. 

— Não seja mau. - interveio Mary. - Ela é muito inteligente e nunca teve acesso a tantos livros. 

— Ela não fica perto de nós. - Ele completou. - Melissa nos tolera, mas prefere ficar sozinha 

— Joshua! 

— Eu também fui adotado e sei como é… - relembrando sua infância ele continuou. - A maioria das crianças se abre depois de uns quatro meses. Elas desafiam os pais adotivos, são agressivas ou carinhosas. Melissa é indiferente. 

— Com o tempo ela vai se ajustar. 

— Já vi crianças como ela.  Nunca são adotadas. Ela não consegue confiar em ninguém, muito menos se apegar. Ela  daria uma chance se fôssemos os pais biológicos dela.

— Não posso aceitar isso. Ela só precisa de tempo. 

— Mary, ela nunca vai ser a filha que você quer. Ela não vai te cobrir de beijos. - apertando os ombros da esposa ele continuou. - Somos só uma boa opção para Melissa, as decisões dela são racionais. Ela não é uma pessoa emocional. 

— E o que pretende? Devolver ela? Ela não é um cachorro?

— Não… - ele passou as mãos no cabelo. - Isso é frustrante. Parece que ela também não nos quer como pais. 

— Ela precisa de uma chance. Vamos ver se podemos levá-la e conversar com Jenny. 

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O shopping para Kimberly era o paraíso em sua infância e adolescência. Ia quase todos os dias com as amigas e tinha um guarda roupa gigantesco. Depois que foi para a Flórida, só conseguia ir nos finais de semana. Parou totalmente com os passeios quando descobriu a gravidez, era uma tortura não poder comprar o enxoval. Mesmo tantos anos depois, visitar um shopping e olhar as roupinhas e os brinquedos a deixavam depressiva. O resultado disso era seu closet vazio. 

Franziu a testa, enquanto olhava as prateleiras vazias. Pensou que conseguiria usar os uniformes como na Flórida, mas ao voltar para a Alameda dos Anjos se conectava cada dia mais a sua versão adolescente. Usar a mesma roupa todos os dias era difícil, principalmente com os olhos de Tommy seguindo-a o tempo todo. 

Nos dias que ele ia para o ginásio, ela não conseguia se conter e usava suas melhores roupas e acessórios com o uniforme. A verdade é que queria que ele a achasse bonita, quando ele a olhava e sorria sentia que o tempo tinha voltado e era novamente uma adolescente apaixonada. 

— A quem estou querendo enganar - falou em voz alta sozinha. - Eu continuo tão apaixonada por ele como no primeiro dia. Eu nunca deveria ter voltado. 

Ela sabia que devia colocar suas coisas na mala e voltar para a Flórida ou recomeçar em outro lugar. Mas estava tão cansada de ser forte e de desistir de tudo que amava. Tão cansada de ser responsável e de ficar sozinha. 

Enxugando as lágrimas, ela desistiu de ser responsável. Pegou o telefone e discou: 

— Alô! 

— Oie Trini, você pode ir ao shopping hoje?

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A pedido dos Stuarts, Jenny foi fazer uma visita ao casal de manhã, Mel já tinha ido para a escola e os dois estavam esperando-a. A assistente social chegou na casa apreensiva, toda vez que um dos pais adotivos de Melissa ligava ela ficava nervosa. Mary abriu a porta e elas se juntaram ao marido no escritório. 

— Fiquei um tanto apreensiva com a ligação de vocês. - disse sentando-se. - Algum problema com a Melissa?

— Não… - Mary respondeu rapidamente. - Ela está ótima. É outra coisa. 

Jenny ficou calada e encarou os professores:

— Eu consegui uma bolsa de estudos na Inglaterra - disse Joshua. - Vou ficar dois anos estudando lá. 

— Ah! - exclamou a assistente social, ela tinha feito uma lista de suposições durante o caminho, mas não esperava que o acaso iria atrapalhar a adoção da menina. 

— Nós vamos ter que nos mudar no começo do semestre. - disse Mary relutante. - Melissa está com a gente a pouco tempo… será que conseguimos levá-la. 

Vendo a expressão verdadeiramente sincera da moça, Jenny respirou um pouco aliviada. Eles não queriam simplesmente devolvê-la como um objeto velho. Empurrou as suas emoções para dentro e começou a falar profissionalmente.

— Vocês possuem apenas a guarda provisória da Melissa - olhando atentamente para os dois continuou: - Não tem a autorização de levá-la para fora do país. 

— Não te falei querida - completou Joshua que estava calado até então. 

— Mas não podemos devolvê-la assim para o orfanato! - exclamou Mary. 

Vendo a diferença da reação do casal, Jenny continuou: 

— Talvez conseguíssemos uma licença especial - olhando para o pai ela perguntou: - Ainda não fizemos a primeira avaliação semestral. Como está a adaptação de Melissa?

— Ela está ótima. Ganhou um pouco de peso e suas notas melhoraram ainda mais. - disse Mary orgulhosa. 

— E a relação com vocês? 

— Ela mal conversa conosco - admitiu Joshua. - Fica o tempo todo na biblioteca e no quarto. 

— Imagina, ela é só uma menina quieta. Ela não conversa muito - interviu Mary. 

—  Isso é verdade - comentou Jenny - Melissa não fala muito, mas é bastante entusiasmada quando se interessa por um assunto.

— Ela ficou muito animada quando fomos ao cinema. - completou Mary. 

— É verdade - disse Joshua sorrindo. - Ela ficou muito animada com a vida animal, até me pediu os livros dos insetos. Mas no geral, ela só conversa conosco no dia do jantar. 

— Ela precisa de mais tempo. - disse Mary. 

— Só que nós não temos muito tempo. - murmurou Joshua. 

— O senhor comentou que ganhou uma bolsa de estudos. - disse Jenny. - Como será a situação financeira de vocês na Inglaterra?

— Nós temos algumas economias. - ele respondeu. - Mesmo com o aluguel dessa casa as coisas vão ficar um pouco apertadas por um tempo. Não vamos ter uma casa desse tamanho, mas podemos sustentar a menina.

— Eu já estou procurando uma vaga nas escolas da área. - disse Mary.

— Então, a mudança já é certeza? Não há nenhuma chance de desistir da bolsa ou de adiar a viagem?

— Sim, nós iremos viajar - disse Joshua. - Não posso perder essa oportunidade.

 - Ok - murmurou Jenny, ergueu os olhos e falou com os dois. - Nesse caso, nós temos um problema jurídico aqui. Vou ter que conversar com a diretora da Casa Verde para ver o que podemos fazer. 

— Por favor, nós não queremos deixá-la - disse Mary sinceramente. 

— Vou fazer o possível - disse Jenny levantando-se.- Entrarei em contato com vocês e provavelmente teremos que conversar com Melissa também. Já contaram para ela?

— Ainda não. 

— Bom, conversem no jantar. - disse Jenny. - Se ficarem sozinhos com ela em outro continente, ela não terá mais ninguém com quem conversar. 

— Claro… - concordou Joshua relutante. 

No carro, Jenny entrou no carro e bateu a porta irritada. 

— Querem levá-la para fora do país e nem conseguem conversar com ela. Que piada! Se eles realmente quisessem adotá-la, nem teriam me chamado aqui. 

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O Commander Center Gym era  o maior sucesso que a Alameda dos Anjos já vira em anos . Os antigos moradores não acreditavam que a cidade comportava um ginásio tão grande, mas os saudosos de Ernie voltaram a frequentar seu bar e logo inscreveram seus filhos nas aulas. As aulas de natação, defesa pessoal e karatê eram as portas de entrada para os alunos. 

Enquanto, os antigos moradores eram cautelosos, os novos habitantes da Alameda chegaram ansiosos pela nova atração.  Inscrevendo-se e aproveitando a oportunidade de conviver em um local com a cara da nova e com os rostos da antiga Alameda. 

As aulas de Kimberly eram super concorridas, todas as ginastas do Estado se candidataram e ela acabou tendo que abrir uma turma além do esperado. As que não passaram no teste, acabaram se inscrevendo em outras aulas e aproveitando o clima hospitaleiro do local. As aulas de Tommy também eram muito procuradas, durante os seus anos de corrida ele conquistou uma gama grande de fãs que queriam ter seus filhos sob a sua tutela. Ele inclusive criou uma parceria com a pista de corrida do tio e oferecia desconto nas corridas de kart. 

Se as aulas de Kim e Tommy eram os maiores chamarizes para os novos clientes, a gentileza, carisma e profissionalismo de Trini, Jason e Ernie eram os alicerces que mantinham os alunos o dia todo no ginásio na. Trini conhecia cada aluno pelo nome e sempre tinha uma palavra afetuosa, a cantina era o ponto de encontro para todos.

Exatamente, por isso as festas do Commander Center Gym já eram as mais concorridas da cidade. Não só os alunos e suas famílias queriam participar, como os demais habitantes queriam ter uma chance de passar um tempinho no bar do Ernie e conhecer o ginásio. 

Tommy chegou cedo e ficou admirado ao ver toda a decoração pronta tão cedo. Lily, a filha de Ernie, programou um jantar seguido por um baile no fim de semana antes da Ação de Graças. No Halloween, ele não conseguiu tirar folga para a festa, mas agora, não perderia por nada no mundo. 

Seus olhos admiravam a cantina transformada em uma grande floresta, as mesas com flores do campo e as folhas do Outono em todos os lugares. O cheiro do peru assando e as travessas de pães e bolo sendo colocadas na na bancada. Vendo Ernie chegando da cozinha ele se aproximou: 

— Está tudo lindo Ernie! - sorriu sinceramente.

— Está mesmo né? - algumas rugas brotavam do canto dos olhos de Ernie e seus cabelos estavam começando a ficar grisalhos, porém os olhos e os sorrisos tinham a mesma animação de anos atrás. - As meninas são incríveis, arrumaram tudo cedinho e já foram para casa se arrumar.

— Nossa, eu me atrasei de novo? -  sua expressão ficou triste imediatamente.

— Não fique chateado Tommy - consolou Ernie. - Todos sabemos que você também precisa ir à faculdade. 

— Eu me sinto um pouco culpado - confessou. - Eles trabalham tão mais do que eu, parece que eu estou sempre perdendo tudo. 

— Suas aulas não acabam no próximo ano? - vendo Tommy concordar com a cabeça. - Então, você só tem que se esforçar mais um pouquinho e depois vai poder ficar aqui direto. Já estava quase me esquecendo, o Jason deixou uma lista de coisas para você fazer até ele voltar.

Tommy pegou a lista, coçou a cabeça e se levantou. Ele teria que fechar todas as salas sem alunos, verificar a arquibancada, fechar a piscina. Era bem mais fácil quando só participava das festas. 

Duas horas depois, ele voltou para a cantina e a encontrou cheia dos convidados. A primeira pessoa que avistou foi Kimberly usando um vestido branco  de seda que ia até os joelhos com cintos e acessórios em prata. Comportado e prático para trabalhar e ainda assim bastante atraente. Seus cabelos caiam soltos levemente ondulados nas costas, ele a adorava de rosa, mas nunca a vira tão linda.

— Cuidado, tem um pouquinho de baba escorrendo - brincou Jason. 

Tommy desviou o olhar e viu o amigo ao seu lado. 

— Ela está incrível! - murmurou Tommy com os olhos ainda fixos em Kimberly que conversava com Trini. - Parece que está cada dia mais linda.

— Não consegue controlar mais, né? - indagou Jason com um meio sorriso para o amigo. 

— Não - concordou Tommy em voz baixa, Kimberly olhou para ele e sorriu. - Parece que o tempo não passou e sou um adolescente de novo. Estou me apaixonando de novo, se é que algum dia eu deixei de amá-la.

— Mas você não é mais um adolescente para levar meses para marcar um encontro. - disse Jason, olhando o amigo sério. 

— Eu sei, mas eu prometi para ela que poderíamos voltar a ser só amigos.  Eu não queria forçar a barra. - concordou receoso. - Mas você está certo.  Eu já sou um homem e Kim não me olha como só um amigo.

— Hey! - protestou Jason rindo. - Não quero saber os detalhes, mas tome cuidado viu. Ela é como uma irmã para mim. Trate-a bem!

— Como uma princesa - murmurou Tommy. 

Trini e Kimberly chegaram perto deles, ambas sorrindo e animadas com a festa. Trini usava um vestido de renda amarela midi um pouco rodado para disfarçar a sua barriga. 

— A festa mal começou e já é um sucesso! - exclamou animada beijando o rosto do marido. 

— Vocês fizeram um trabalho incrível meninas! - disse Tommy com olhos fixos em Kimberly. 

— Imagina… - murmurou Kimberly sem jeito. - É uma pena que você tenha perdido o Halloween estava tudo mais bonito ainda. 

— Lily é a melhor organizadora de festas. - disse Trini olhando para a filha do Ernie. - Nós só precisamos ajudar em alguns detalhes, mas ela arruma toda a comida e a decoração. Só precisamos cuidar dos convidados.

— E da limpeza, claro! - completou Kimberly rindo. 

— Eu ajudo - apressou-se Tommy. - Eu não ajudei na última festa. 

Os amigos riram da animação de Tommy em se oferecer para a limpeza e Kim respondeu:

— Relaxa, Tommy. Nós sabemos que está ocupado com os estudos. 

— Isso mesmo, está tudo sob controle - afirmou Trini, pegando Jason pelo braço ela chamou. - Vamos lá receber seus alunos. 

O casal saiu para receber a fileira de crianças que estava entrando no salão, deixando Kimberly e Tommy sozinhos. O casal se olhou e Kimberly brincou:

— Não confie nessa carinha angelical, a limpeza hoje é por nossa conta mesmo. 

— Sério? - perguntou Tommy preocupado olhando para todas as pessoas entrando.

Kim riu e deu um tapinha nos ombros dele:

— Não, nós contratamos uma equipe para limpar tudo amanhã. Nós só temos que fechar o ginásio e abrir para eles amanhã cedo.

— Que alívio! - Tommy admitiu. - Esse lugar é gigante. 

— Venha! - riu Kimberly puxando-o pelo braço. - Deixa eu te mostrar a cozinha. 

Tommy sorriu e acompanhou a antiga namorada durante a festa, realmente parecia que havia voltado no tempo e estavam no colegial novamente. 

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A festa continuou por mais algumas horas, o jantar foi um sucesso e o baile seguiu animado. Kimberly estava absolutamente radiante, não se sentia tão contente assim em anos. Adorava o clima de Ação de Graças e a verdade é que a festa com Tommy era muito mais divertida. Eles dançaram e conversaram a noite toda. 

Pouco depois da 1 da manhã todos os convidados já tinham ido embora. Ernie e sua filha se despediram dos rangers e os quatro ficaram sozinhos para fechar o ginásio. 

— Pode ir Trini - assegurou Kimberly vendo a amiga obviamente cansada. - Nós cuidamos de tudo aqui.

— Imagina, podemos ajudar - insistiu Trini.

— De jeito nenhum - interveio Tommy colocando a mão na barriga da amiga. - O neném e a mamãe precisam descansar. 

Trini começou a abrir a boca para intervir, mas Jason a interrompeu:

— Isso mesmo querida! Você precisa descansar. 

—  Ok - cedeu Trini colocando as mãos na barriga. 

— Vai lá - disse Kimberly abraçando a amiga. 

Trini retribuiu o abraço e murmurou no ouvido da amiga:

— Juízo viu! 

Kim sorriu e balançou a cabeça afirmativamente. 

— A gente se vê amanhã - disse Jason colocando o casaco em volta da esposa e saindo.

Os dois saíram deixando os antigos rangers verde e rosa juntos. Era a primeira vez que ficavam sozinhos desde o casamento e Tommy se sentiu um pouco nervoso. Kimberly viu a expressão do ex-namorado e tomou a iniciativa e trancou a porta principal falando: 

— Agora, precisamos verificar todas as portas e luzes e depois estaremos livres. 

Ele a seguiu, enquanto ela passava pelos corredores até chegar à cantina, Kim parou um pouco ao lado na porta e comentou:

— Estava tudo tão lindo, não é?

— É - concordou parando atrás de Kimberly. A moça sentiu um arrepio e ele falou baixo próximo ao seu ouvido. - Parecia uma das festas do colégio, com todo mundo se divertindo. 

Kimberly sorriu baixinho e tentou controlar o tremor da voz  respondendo:

— Não… - ela se virou e olhou o ex-namorado nos olhos - Agora, as festas  estão ainda melhores. Mas o melhor é que estamos todos juntos de novo.

Tommy aspirou o perfume de Kimberly, ergueu as mãos e ajeitou uma mecha de cabelo dela colocando-o atrás da orelha. Vendo que ela não se mexia e continuava  o olhando, ele venceu a distância entre eles e se abaixando uniu seus lábios aos dela. 

Kim sentiu todo o corpo derretendo com a sensação dos lábios de Tommy nos seus, pela primeira vez em anos, se sentia viva novamente. Ignorou seus instintos de fuga e aprofundou o beijo abraçando o ex-namorado. Afundou as mãos em seus cabelos e abriu a boca permitindo que as línguas se encontrassem. Ele a abraçou mais forte, o fogo conhecido voltando a aquecer seu corpo. 

Alguns minutos depois, eles se separam para recuperar o ar. Ficaram abraçados com as cabeças unidas como dois antigos amantes que eram.

— Estava doido para fazer isso? - perguntou Kim  lembrando-se do primeiro beijo. 

— Sempre - ele murmurou roubando mais um beijo. 

Kimberly sorriu no próximo beijo e afastando-se disse:

— Vamos, ainda temos muito trabalho para fazer. 

Confuso Tommy a seguiu, enquanto ela ia fechando as portas e apagando a luz. Quando chegaram aos fundos do ginásio, ela se voltou e perguntou:

— Apagou as luzes da piscina?

— Luzes da piscina? - ele perguntou confuso.

Kim mordeu os lábios vendo a expressão confusa de Tommy e caminhou em direção a luz. Ele a seguiu confuso e ambos chegaram perto da grande piscina. O interior da piscina era iluminado com raios de luz brancos e rosa dando um charme extra à decoração. Kim sorriu vendo a expressão surpresa de Tommy. 

— Eu não sabia que ligava… - Ele murmurou admirado e ergueu os olhos procurando a moça.

Kimberly andava até o outro lado da piscina, aproximando-se da escada.  Ele a olhou fascinado vendo que ela tirando os sapatos e o cinto deixando-os na borda da piscina. Em frente a escada, Kim o olhou e falou: 

— Foi uma extravagância que Trini e eu fizemos sem vocês soubessem - ela abaixou o zíper do vestido. - Estava louca para experimentar. 

Kimberly deixou o vestido cair e entrou na piscina em suas roupas íntimas, com Tommy olhando-a boquiaberto, ela nadou até a borda e o olhou sorrindo. Sem pensar em nada, ele tirou as roupas e pulou atrás dela esparramando água. Kimberly riu e ele se aproximou:

— Não temos aulas à noite. - ele comentou colocando as mãos em sua cintura. Ela sorriu e passou os braços em volta dos seus ombros, acariciando seu rosto e descansando as mãos em seus cabelos. 

— Nós não precisamos de aulas… - murmurou beijando-o. 

Tommy correspondeu ao beijo, sentindo o sangue ferver a cada carícia das mãos de Kimberly em seu rosto e cabelos. Recobrando o fôlego, ele beijou delicadamente seu rosto, queixo e chegou até seu pescoço. Beijando-a lentamente ali, sentindo a maciez da sua pele sobre seus lábios. 

Kimberly apertou seu corpo ao do rapaz e sem fôlego murmurou:

— Tommy… - ele sorriu ouvindo seu nome nos lábios da ex-namorada e sorriu vendo a expressão de prazer em seu rosto.

— Nada de só amigos? 

Kimberly abriu os olhos e murmurou:

— Nunca fomos só amigos - confessou, acariciando o seu cabelo. Vendo o sorriso feliz estampado no rosto dele ela murmurou: - Eu te amo. 

Tommy sorriu e beijou-a novamente, a sua intenção era que fosse um beijo rápido. Mas Kimberly pressionou seu corpo sobre ele, que tremeu de desejo perto dela. Recuperando o fôlego ele continuou: 

— Também te amo, beautiful! - dando mais um beijo demorado na moça ele continuou - Minha?

— Sua - ela concordou beijando-o. 

Os beijos e carícias se intensificaram, ambos ávidos de desejo um pelo outro, tocando e beijando todas as partes que conseguiam encontrar. Depois de tantos anos separados, a reunião das duas almas gêmeas era inevitável. Em seu êxtase Kimberly conseguiu ouvir o silvo do pterodáctilo e do falcão. Juntos novamente.


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Notas finais do capítulo

Essa não é a primeira cena de sexo que eu escrevo, mas com certeza é a maior. Fiquei relutante se conseguiria realmente fazer, mas acho que ficou legal e nada exagerada. Espero que tenham gostado.
É Tommy e Kimberly juntos novamente, Melissa com mais problemas na Flórida. A história está começando a esquentar. Os comentários são sempre bem vindos e até o próximo capítulo.



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