Enlever le Masque escrita por Kperecin


Capítulo 3
Capítulo 3 - Sentiments?


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoinhas do meu coração!
Sei que faz um tempinho que não atualizo a história, mas estou com alguns probleminhas pessoais que me impediram de postar anteriormente, mas, aqui estou!
Enfim, segue o capítulo 3, e nos vemos nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708967/chapter/3

“- Eu passaria o resto de minha vida com você, Princesa, e mesmo que assim desejasse, eu jamais a esqueceria... os dois acabaram adormecendo e, quando acordaram, o dia já começava a nascer. O gato preto beijou a testa de sua joaninha, destrancou a porta do quarto e fugiu pela janela.” 

Apenas alguns minutos após ele sair, um dos médicos entrou no quarto para ver o estado da paciente, surpreendendo-se ao encontrá-la acordada, pois era verdade que todos já haviam perdido as esperanças de vê-la recuperada novamente. 

—--- # ----

Assim que entrou em seu quarto, Chat Noir ouviu alguém bater à porta. 

— Adrien? era Nathalie, provavelmente queria passar a lista de tarefas do dia. 

— Só um minuto! — Respondeu enquanto deixava de ser o herói da cidade para se tornar novamente o modelo teen de agenda lotada. Enfim autorizou que a secretária entrasse no quarto: Entre! 

— Bom dia, Adrien! Vejo que acordou bem disposto hoje. Ligaram do hospital e parece que sua amiga já saiu do coma, e eu consegui convencer o senhor Agreste a ceder uma autorização para você ir vê-la. 

Os olhos do garoto brilharam, ele não imaginava que a secretária de seu pai se importasse tanto com ele, nem mesmo que conseguiria uma autorização para visitar a amiga internada em pleno sábado, pois este geralmente era o dia em que sua agenda estava mais lotada. Limitou-se a sorrir em agradecimento. Antes que a mulher saísse de seu quarto ainda perguntou: 

— Podemos ir agora? Gostaria de pegar o primeiro horário para visita, imagino que toda a cidade vá querer falar com ela, agora que acordou. Se formos agora, evitamos todo esse tumulto...  

— Claro. Estaremos lhe esperando à mesa do café. Não demore! – ela respondeu com a mesma voz monótona de sempre. 

Assim que ela deixou o dormitório, Plagg o olhou curioso, perguntando em seguida: 

— Ei, Romeu! Você não acabou de chegar de lá? O que vai fazer no hospital de novo? 

— Só nós dois sabemos que passei essa noite com ela, Plagg! Nem a Nathalie, nem a Mari sabem disso, além de que, ela irá receber alta agora pela manhã, e eu posso leva-la pra casa se estivermos lá, você me entende? – O kwami lhe lançou um olhar malicioso, mas nada disse apenas se escondeu no casaco de Adrian e ficou em silêncio. 

O garoto aproveitou-se do fato de sempre fazer as refeições sozinho e escondeu um queijo inteiro para seu kwami, pois não pretendia voltar tão cedo pra casa. Tudo bem, ele iria reclamar que não era Camembert, mas ainda assim era queijo. Levou cerca de 5 minutos para terminar seu café da manhã e logo já estava do lado de fora com a secretária, entrando no carro.  

Nathalie... começou Adrien com certo receio poderia aguardar alguns minutos, por favor? Acho que ela vai pegar alta hoje, e se ela já for sair, gostaria de leva-la para casa... 

A secretária deu um suspiro de insatisfação e concordou com um aceno de cabeça, trazendo um sorriso de satisfação ao rosto do jovem que entrou apressado no hospital. Os médicos e enfermeiros que já estavam acostumados com sua presença ali, o cumprimentaram com sorrisos dando-lhe passagem. Ao chegar à porta do quarto onde Marinette estava internada, ele hesitou por alguns segundos, pensando em como ela o receberia, batendo na porta logo em seguida. Demorou apenas alguns segundos para que a mãe da azulada abrisse a porta com um sorriso e um abraço: 

— Olá Adrien, como você está? 

— Bem! Obrigado, Senhora Cheng, e a senhora, como vai? – enquanto ele respondia, a mulher fez um sinal para que o esposo saísse logo do quarto para deixá-los a sós. 

— Estamos muito melhor agora que nossa bonequinha acordou! — respondeu o marido com um enorme sorriso, apertando a mão do rapaz – Fique à vontade, garoto. — quando terminou frase, já estava do lado de fora do quarto e fechando a porta. 

Adrien olhou para Marinette com um sorriso terno, ela já havia tirado o roupão do hospital e agora usava um vestido lavanda e naquele momento ela tentava se sentar. Correu até ela, amparando—a e ajudando a levantar o tronco. Se perdendo brevemente na imensidão azul do olhar da garota, ele sorria timidamente, com um rubor visível em suas bochechas, até que ela chamou sua atenção:  

O-oi Adrien! Posso te ajudar em alguma coisa? 

— Ah! Hãn, e-eu vim te visitar, e tam—tambem oferecer uma carona, j-já que está de alta... – respondeu tão nervoso que acabou gaguejando um pouco  

Ah! Bem, tudo bem... eu acho...— ela respondeu, parecendo um pouco confusa, mas já não trazia mais toda a timidez que sempre demonstrou ao se aproximar do rapaz. 

— Você já está pronta? Podemos ir, se quiser... ao —la se virar para sair do leito, ofereceu-se – venha, deixe eu te ajudar! 

Os dois saíram do quarto abraçados, ele a segurava pela cintura, enquanto ela passava o braço sobre seus ombros, ganhando apoio, para desta forma não se esforçar tanto. Ainda assim, vez ou outra dava um leve gemido de dor. 

Marinette manteve silêncio durante todo o percurso enquanto seus pais conversavam animadamente com o garoto. Ao chegarem à padaria, Adrien ajudou a garota a descer do carro e dispensou o motorista e a secretária, já que fora convidado pela mãe de Mari a entrar e almoçar com a família, garantindo aos dois que ligaria quando fosse preciso buscá-lo. 

— Com licença. – pediu entrando na sala da casa, os mais velhos responderam com um sorriso, enquanto a garota ainda o observava, desconfiada e cabisbaixa, até que por fim desabafou: 

— O que você quer comigo, Adrien? Por que está aqui? 

Os pais da garota os haviam deixado sozinhos, após notarem os olhares da filha, ele a encarou, confuso. 

— O que você quer de mim? – ela insistia – estive quase o ano todo caidinha por você, e nunca recebi nenhum sinal de que fosse correspondida! Então, de repente tudo muda, e você passa a se preocupar comigo? É isso mesmo? 

E-eu se-sempre me preocupei co-com você Mari... 

— Sério? Porque não parecia... eu sempre gostei de você, Adrien, sempre torci pra que você me notasse, mas isso nunca aconteceu! Então, do nada, você começa a se aproximar de mim?!... sério, há alguns meses atrás, eu seria a garota mais feliz do mundo, mas eu desisti de você, Adrien, desisti de te esperar! Cansei de ser tratada como alguém invisível, cansei de ter a Chloé no meu pé, me humilhando e fazendo de tudo que pudesse pra pisar em mim... e eu jamais poderia deixar de pensar que você só está se aproximando de mim, por que agora sabe que eu sou a Ladybug... as palavras da garota eram duras, ao acabar o desabafo, ela tinha o rosto banhado em lágrimas de tristeza e decepção. 

Mari...— Adrien tentou aproximar-se para consola-la, mas antes que tocasse seu rosto, foi impedido por suas mãos delicadas. 

— Por favor, me deixe sozinha... – antes que ele tivesse chances de se defender, ela ordenou – vai embora! Não quero mais falar com você... pelo menos não agora...  

Ao olhar em seus olhos, o garoto pode ver os olhos cinzentos da moça à sua frente e algo lhe pareceu fora de lugar, mas não podia dizer exatamente o que era, limitando-se a responder: 

Entendo...— aproximou-se da garota e beijou sua testa, tal qual Chat Noir sempre fizera ao se despedir em suas visitas, deixando uma lágrima rolar e saindo da casa. 

Adrien estava chocado com a reação da garota, ela não era assim... um calafrio percorreu sua espinha ao se lembrar do olhar frio e sem sentimentos que ela lhe lançou. Sem muitas escolhas, ligou para casa e pediu que lhe buscassem. Ele já tinha um plano em mente. 

Ao chegar à mansão, dirigiu-se ao seu quarto, informando que não desejava ser incomodado até a manhã do dia seguinte. Chamou por Plagg e se transformou, saindo pela janela em seguida. 

O caminho até a casa de sua Princesa nunca fora tão longo, em sua opinião. Durante o percurso recriminou—se mentalmente por jamais ter notado o amor da garota por si, na verdade estivera tão obcecado em conquistar o amor de sua Lady, que se fechou para qualquer sinal de que ela estivesse a sua volta, ou aos sinais de quaisquer sentimentos que alguém pudesse demonstrar por si. Neste exato momento, ele se culpava por isso. Culpava-se por tê-la feito sofrer daquela forma, afinal, Chat Noir acompanhara toda a sua decadência em seus sentimentos por sua outra face, sem nem mesmo ter visto os sinais que a garota lhe entregava, mesmo sem saber.  

Talvez estivesse tão preocupado com os próprios sentimentos não correspondidos que em seu egoísmo, não aceitou as pistas, não aceitou as peças do quebra cabeças que ela lhe lançava, em seu pedido desesperado por ajuda e, apenas naquele momento, ele conseguirá juntar as peças... mas agora era tarde demais... ela já o odiava. 

Na verdade, todos já haviam notado os sentimentos da azulada por ele, e até mesmo a Chloé o havia confrontado após o “acidente”. 

FLASHBACK ON 

— Você sabe que é culpa sua não sabe, Adrien? – a loira havia se aproximando com uma pose autoritária, e, ousaria dizer, assustadora até ele, trazia no rosto um olhar carregado de irá, com uma expressão vazia na face. Ele jamais a havia visto daquela forma. Vendo a expressão confusa do garoto, ela continuou – ela te amava. Sempre te amou, desde o primeiro dia... por isso me obrigou a trocar de lugar com elas. E mesmo que eu sempre implicasse com ela, eu a adorava! Principalmente quando ela era a Ladybug... é obvio que eu jamais a deixaria saber que a admirava mesmo sem o traje, mas poxa! Ela sempre foi tão corajosa, tão justa e adorada que eu morria de inveja! – uma lágrima rolou pelo canto de seus olhos e, notando o olhar de todos os alunos sobre si, a garota sentou-se em seu lugar costumeiro e tentou prestar atenção às aulas, porém, eram mais difícil do que ela poderia imaginar.  

Ao soar o sinal para o intervalo, a loira se aproxima da mesa do modelo com o olhar baixo e postura insegura: 

— Precisamos conversar... – sentou-se no lugar que Marinette costumava utilizar para as aulas e aguardaram até a sala estar totalmente vazia, exceto pelos dois – Sabe Adrien, eu nunca na minha vida eu pensei que confessaria a alguém o quanto eu a admiro... sinto a falta dela. Às vezes fico pensando... talvez se você a tivesse notado, ela não tivesse sentido tanta necessidade de se tornar a melhor heroína, talvez ela se contentasse em ser apenas uma garota normal, com sonhos normais, se eu não tivesse sido tão imbecil com ela, se eu não a tivesse tratado mal todos estes anos, talvez... e apenas talvez, ela ainda estivesse aqui... –enfatizou a palavra talvez, passou alguns segundos em silencio, provavelmente aguardando uma reação, como não obteve nenhuma resposta, deixou a sala em um silêncio absoluto. 

Antes que ela saísse da sala, pode notas as lagrimas a marejarem os lindos olhos verdes do amigo de infância, percebendo em seguida, as próprias lágrimas que banhavam seu rosto por completo. Mal sabia a loira, o quanto aquelas palavras feriram o loiro, o quanto se cravaram em seu peito, mais precisas que adagas nas mãos de um hábil assassino, afinal, ele jamais esperara ouvir essas palavras de Chloe... talvez de Sabrina, mas nunca de Chloe. 

FLASHBACK OFF 

Quando deu por si, já estava em frente à janela que lhe era tão conhecida e tanta paz lhe trouxera em sua busca... como estava aberta, ele simplesmente entrou, encontrando a garota deitada em sua cama com os olhos fechados. Sorriu com a visão, ela era encantadora e estava linda, parecia pronta para ir dormir, pois vestia apenas uma camisola preta com alças de renda, os cabelos estavam soltos, cobrindo parte do rosto.  

— Não conseguiu me esperar, não é Princesa... – Chat Noir sussurrou, depositando um beijo na testa da jovem adormecida logo em seguida – vou cuidar de você enquanto dorme, mas não posso demorar muito — dizendo isso, sentou-se no chão ao lado da cama e começou a acariciar a face da amada. 

A garota se remexeu e abriu os olhos. Chat sentiu um calafrio percorrer a espinha ao ver os olhos da garota, no momento eles possuíam uma coloração cinzenta como a chuva, era ausente de sentimentos. Mas em fração de segundos, voltaram ao tom de azul profundo que tanto o encantava, por isso acreditou ser, provavelmente um resquício de sono, ou talvez o reflexo da noite lá fora. 

— Boa noite, Princesa! 

C-Chat? O que faz aqui? 

— Vim saber como você estava... soube que se desentendeu com um amigo, então decidi ver se precisava de um ombro amigo.— sorriu galanteador  

— Estou bem. Na verdade, estou ótima! E não foi um desentendimento, foi mais um desabafo... mas, e você, como está, Chat Noir? Decepcionado com sua Lady?— apontou para si mesma. 

— Por que eu estaria? Não existe alguém melhor que você para ser My Lady — lhe ofereceu um enorme sorriso, voltando a ficar sério logo em seguida Você está chateada por causada briga, não é?  

— Não é a briga que me chateia, mas o motivo dela ter acontecido... 

— Quer conversar? 

E-eu... eu estou confusa... Todas essas pessoas se aproximando de mim depois que fui descoberta, pessoas que nunca sequer olharam pra mim, e de repente querem estar do meu lado, dizendo que me amam? Isso não existe Chat Noir! Isso não é amor... é apenas ilusão. Eu estou cansada de tantas mentiras... 

O gato a observava atentamente, e notou exatamente o momento em que os olhos dela ganharam o tom cinzento como um dia chuvoso, assustou-se mais ainda, quando ela levantou a voz, soando rouca com o ódio represado. 

— Você acha que isso me agrada? Acha que me sinto bem com as ilusões direcionadas a mim? suspirou profundamente e o encarou com os olhos marejados — Além de tudo, ainda tem os malditos pesadelos, porque aquele desgraçado não me dá paz nem ao menos para dormir! 

O garoto se aproximou lentamente, tocando seu rosto com toda a delicadeza. Não suportando mais o peso das lágrimas, ela desabou, chorando descontroladamente em seus braços, enquanto ele apenas afagava seus cabelos sussurrando uma melodia suave para acalmá-la. Quando ela enfim se controlou, ele olhou em seus olhos, perguntando em seguida: 

— Quem não a deixa em paz Mari?  

— Howk Moth 

Ao ouvir tais palavras, o garoto sentiu-se gelar. 

— Howk Moth? Ele fala com você? 

— Eu não devia ter dito isso... quero ficar sozinha, Chat Noir! – Marinette praticamente ordenou, e Chat pode sentir a frieza das palavras dela em sua alma. 

— Como assim?! Você me joga uma bomba destas e simplesmente me manda embora? Mari, olha pra mim! O que está acontecendo?— levantou-se num impulso encarando a garota a sua frente. Ela simplesmente levantou a cabeça com um olhar sério e semblante sombrio: 

— Vá embora Chat! Você não deveria estar aqui... Acha mesmo que continuar com estas visitas idiotas fara eu mudar meus sentimentos por você?  

O jovem herói, magoado pela segunda vez no mesmo dia, pela mesma garota, deixou uma lágrima rolar, virou as costas e saiu pela janela, ganhando os telhados na escuridão. Entrou em seu quarto, desfazendo a transformação em seguida. Várias lágrimas já banhavam seu rosto e, sem dizer qualquer palavra, entrou no banheiro e trancou a porta. Sentiu-se sujo e precisava de um banho. Encheu a banheira e mergulhou na água morna, sentido a cabeça girar e o estômago dando um nó. Tinha vontade de gritar, mas sabia que não tinha liberdade para tal. Como ela podia ser tão fria, tão cruel? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem... Já tenho mais dois capítulos prontos, preciso apenas revisar a ortografia, por isso acredito que no máximo sexta feira, postarei a continuação.

Des câlins et au revoir, mes amours!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enlever le Masque" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.