Riley beijava bem, isso eu não podia negar. Adorava a sensação dos lábios dele nos meus. Por um segundo, esqueci Edward e sua nova-melhor-amiga Tânia entrando juntos na boate.

— Larga ela! — escutei a voz de Edward atrás de Riley.

— Oi? — Riley virou encarando-o.

— Será que vocês poderiam acabar com essa pouca vergonha? — Edward disse irritado.

— Caso você não saiba, isso aqui é uma boate. — Riley explica. — Tem um milhão de casais aqui fazendo o mesmo!

— Acontece que nenhum desses casais é formado por Isabella com outra pessoa.

— E o que você tem a ver com isso? — perguntei.

— Você sabe que ainda tenho sentimentos por você. — ele respondeu, me acertando em cheio.

— Tem tantos sentimentos que está aqui com outra! — Riley argumento.

— Não se meta na conversa, ok?

— Edward, na boa cara, essa sua babaquice já passou da hora de terminar. — Riley o interrompe. — Não me venha com essa história de que está confuso porque pra mim é firula! Se você está confuso, vá resolver seus problemas longe da Bella. Caso não tenha percebido, você só tem a magoado e a afastado de você! Além do mais, você não tem o direito de chegar aqui e querer mandar na vida dela, ela não é sua propriedade. E tenho certeza que sua acompanhante também não está nem um pouco satisfeita com essa sua ceninha!

Riley disse tantas palavras em tão pouco tempo que pensei que Edward não tinha entendido uma palavra sequer quando ele resolveu dar as costas para nós e ir embora. Não havia percebido que algumas lágrimas tinham escorrido por meu rosto até que Riley as secara.

— Quer ir pra outro lugar? — ele perguntou carinhoso. Apenas assenti.

Encontramos o resto da turma e nos despedimos rapidamente. Rosalie viu Edward e Tânia do outro lado da boate e só permitiu que eu fosse embora assim que prometi contar a ela tudo o que havia acontecido.

Riley me levou até seu carro e dirigiu pelo o que pareceram horas para uma das várias montanhas de Los Angeles, do alto, era possível ver a placa de Hollywood.

— Eu nunca tinha vindo aqui. — contei.

— Mora há quatro anos na cidade dos anjos e não conhece o melhor lugar dela? Realmente, não existem garotas como você.

— É meu charme. — disse e ele riu.

— Agora, vamos falar sério? — ele perguntou e eu assenti. — Vou embora no final de semana.

— De volta pra Londres? — pergunto com uma pontada de tristeza.

— Sim... Mas queria saber como seria daqui pra frente.

— Como seria o que?

— Nós, Bella!

— O que quer dizer com “nós”? — a conversa não estava tomando o rumo que eu queria.

— Quero dizer que quero ter um compromisso com você.

— Oi?

— Você logo vai voltar pra Inglaterra, não é?

— Faltam dois meses.

— Nós poderíamos ficar juntos lá. Esquecer as loucuras que aconteceram aqui.

— Riley...

— Por favor, Bella. Poderíamos apenas tentar?

— Não sei se isso tem como dar certo.

— Vamos fazer o seguinte... — ele disse tirando o colar que usava, com uma pequena pedrinha azul brilhante. — Deixarei meu colar da sorte contigo. Como uma promessa de que nos veremos na Inglaterra novamente.

— Não posso prometer nada, Riley.

— Só prometa que irá me ver! O colar fica como uma garantia de que não desisti de você. Quando eu o fizer, venho atrás do colar.

— Você não vai desistir, não é? — perguntei já sabendo a resposta.

— Não.

— Então, tudo bem, mas com uma condição!

— Diga qual é.

— Esse colar significa que tenho que vê-lo assim que voltar, não que temos um compromisso sério. Esse colar vai significar que, apesar do que aconteça, ainda temos um ao outro.

— Tudo bem.

— E você tem que me prometer que não vai deixar de seguir em frente lá em Londres por minha causa. Viva sua vida.

— O que quer dizer com isso?

— Você é lindo, cuidadoso, carinhoso... As garotas devem cair em cima. Não quero que sinta culpado por isso.

— São apenas dois meses, Bella.

— Muita coisa pode acontecer em dois meses, querido.

— Você é maluca.

— Eu sei, é por isso mesmo que estou estabelecendo regras.

— Ok, então, grande ditadora. Posso beijá-la agora? — ele perguntou me puxando pra perto.

— Pensei que você não iria pedir! — digo beijando-o.

— Gosto de fazer suspense.

— Bobo.

— O que acha de dormirmos aqui?

— Aqui?

— Eu meio que trouxe uma barraca e alguns sacos de dormir, poderíamos acampar.

— Você já tinha pensado nisso tudo, não é?

— Sim. Rosalie me ajudou com uma cesta de donuts também.

— Ah. — revirei os olhos. — Agora entendi tudo.

— Rosalie só quer te ver feliz.

— Eu sei.

— E, sem querer exaltar minha humildade, mas... Eu tenho grandes chances de fazê-la feliz, senhorita, vou levá-la as estrelas.