— Essa noite tem que ser muito especial! – Ele olhava para Grabbe enquanto remexia no seu quarto.

— Ai Draco, eu não entendo você, mano! Como pode gostar dessa Sangue-Ruim!?! Ela é completamente metida a sabe-tudo que vivia te xingando!

— Não importa, eu gosto dela. Somos diferentes entende. Como se ela me completasse, sei lá.

Grabbe fez cara de nojo e saiu do quarto. Draco achou uma caixinha de veludo preta no meio das suas coisas. Era o que estava procurando.  Colocou no bolso da calça e deitou na cama. Começou a pensar no dia em que havia realmente conhecido Hermione.

Flashback on

Hermione estava sentada debaixo de uma árvore lendo um livro. Harry e Rony estavam no treino de Quadribol. Draco a estava observando desde de manhã, não sabia o que falar para ela, no dia seguinte iriam ter passeio a Hogsmeade, tinha de ter coragem de chamar ela para ir com ele.

O tempo passara, ela só mexera a mão para virar a página do livro. Era impressionante como ela conseguia ficar tanto tempo lendo um livro, sem nem desviar os olhos. Ele queria ir até lá, precisava de coragem, precisava chegar perto dela, sentir o calor de seu corpo.

— E aí Sangue-Ruim! O que está fazendo? – Ele sentou-se perto dela.

— O que você quer Malfoy? – Ela o olhou não dando a mínima atenção a ele.

— Você quer ir comigo à Hogsmeade amanhã? – Ele a olhou ansioso, suas mãos suavam frio, estava completamente nervoso.

— Você perdeu alguma aposta ou o quê? – Ela estava desconfiada, porém continuou com o olhar preso à página.

— Granger, Granger! Acha que perco alguma aposta? – Ele se virou totalmente para ela, fazendo-a encará-lo entediada.

— Cala a boca, Malfoy, me deixa ler em paz. – Ela virou a página e pareceu esquecer a presença dele ali.

— Vai comigo á Hogsmeade amanhã? – Ele a olhou que nem se mexeu, estava começando a se irritar. Puxou o livro que ela estava lendo e jogou delicadamente para o lado, impedindo que ela pegasse sem passar por ele. – Você me escutou, Granger?

— Eu.Quero.Ler.Idiota! Me devolva já! – Ela o fuzilou com o olhar.

— E eu quero uma resposta, Sangue-Ruim!

—Acha mesmo que eu sairia com você? Com o jeito que me trata? – Ela não se importava mais com as ofensas, mas estava cansada do jeito superior dele, de achar que sempre teria tudo que quisesse.

— Eu tô falando sério, Granger! – Ele a olhava cada vez mais irritado por ela não responder a sua pergunta.

— Tá bravo só por que não respondi sua pergunta, é? Acha que tudo é como você quer?

— Vai falar que você não quer? Vai falar que não é caidinha por mim? Estou te fazendo um favor ao te convidar. – Ele arqueou uma das sobrancelhas e a olhou encarando-a profundamente.

— Vou falar sim! Você é um arrogante, acha que tudo sempre vai ser do seu jeito, só que deixa eu te contar, não vai ser sempre tudo do seu jeito. E não, não sou caidinha por você. Por Merlin, que nojo! – Ela o olhou nos olhos visivelmente irritada com o jeito dele.

— Granger, você me olha o tempo todo, você sempre briga comigo, falta só babar!

— Cala a boca, Malfoy! Primeiro, eu não te olho, segundo, pra você falar isso quer dizer que está me observando e terceiro, eu brigo mesmo, você é uma anta!

— Eu olho mesmo! – Ela o olhou assustada, não esperava que ele admitisse algo assim tão facilmente. Ela estava em choque ainda e não percebeu que ele se aproximou. Foi tirada de seus devaneios quando percebeu que suas costas se choraram contra a grama e que duas mãos seguravam seus pulsos.

— Ai! Malfoy o que está fazendo? Tá louco? – Ela quase gritava com ele.

— To! To louco por você! – Ela se debatia debaixo dele, tentando se soltar, quanto mais tentava, mais ele apertava.

— Me solta! Agora! – Ele arqueou uma sobrancelha e se aproximou dela. Roçou os lábios no lóbulo da sua orelha e disse:

— Só quando admitir que é caidinha por mim, Granger. – Ela revirou os olhos.

— Não vou admitir algo que não é verdade. – Ela disse arqueando uma das sobrancelhas. – Mas pelo visto você tem algo a admitir, só falta babar enquanto me olha. – Ela deu uma gargalhada fazendo-o ficar vermelho.

— Não é não! Acha que vou babar por uma Sangue-Ruim?

— Se não vai, o que está fazendo em cima de mim e me olhando desse jeito? – Disse ela se debatendo com mais força fazendo-o cair ao seu lado. Ela rapidamente se levantou e pegou o livro esquecido ali perto. Estava se encaminhando para o castelo quando sentiu que a puxavam. O puxão foi tão forte que ela foi arremessada de encontro ao corpo que à puxava.

Ela sentiu suas mãos no tórax do loiro e olhou para cima, encontrando a íris cinza observando-a atentamente.

— Acha que vou desistir assim, morena? – A voz dele estava rouca e baixa, de uma forma sedutora que fez a espinha dela se arrepiar.

— O que você quer?

— Eu quero você. – E a beijou. Ela fechou os olhos automaticamente assim que seus lábios se tocaram. Ele pediu passagem com a língua que ela rapidamente permitiu; colocou suas mãos na nuca do sonserino que apertou mais sua cintura de encontro a si.

— M-Malfoy, o que foi isso? – Ela piscava repetidamente encarando-o, tentando entender o que acabara de acontecer.

— Isso, foi o primeiro de muitos beijos que vou te dar. – Ele sorriu de canto e deu um selinho nela. – Então eu te pego amanhã as 13h na frente do seu Salão Comunal.

Flashback off

Draco já estava pronto. Seu terno estava passado, preto e clássico, com uma gravata verde para não perder o costume. Ele já estava com as flores na mão e aparentemente nervoso pelo que faria mais tarde.

Foi até o Saguão de Entrada onde esperaria por Hermione. Não demorou muito para ela descer. Ela estava linda, com um vestido amarelo magnífico, seus cabelos soltos e mais compridos com cachos comportados e bem arrumados, e uma maquiagem leve que dava destaque a seus olhos. Ela sorriu tímida e caminhou até ele. Muitos casais esperavam para entrar no Salão Principal, e quando ela apareceu na ponta da escada todos a olharam.

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— Oi.

— Você está maravilhosa. – Ele disse com um sorriso.

— Tinha que estar à sua altura né, você está mais que maravilhoso. – Ele sorriu e entregou um buque de rosas para ela. Ela agradeceu e então eles foram para a fila onde os formandos iriam entrar.

A cerimônia foi rápida e garantiu a todos um diploma, além de uma menção honrosa à Hermione pela dedicação que ela tivera durante todos os anos.

O Salão estava repleto de pessoas, pais, amigos, familiares, e ao terminar a formatura o espaço foi levemente modificado permitindo um maior espaço para dançar e o som d’As Esquisitonas começou a tocar.

Todos estavam se divertindo demais. Todos os casais estavam dançando juntos. As famílias estavam reunidas em volta de um pequeno palco pulando e cantando, a alegria inundava o ambiente. Foi então que Malfoy falou que precisava ir ao banheiro, deixando Hermione sozinha.

Ela ficou absorta em seus pensamentos, apoiada em um canto no Salão e foi retirada de seus devaneios quando escutou a voz tão bem conhecida.

— Boa noite a todos! Eu queria falar uma coisa. Meu anjo, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. – Draco estava no meio do salão, falando com Hermione. Sua voz, devido ao feitiço Sonorus, estava 10 vezes mais alta. – Somos diferentes, eu sei. Mas você me fez acreditar que as coisas podem mudar. Que por mais que tudo na vida fale ao contrário temos que acreditar em nós mesmos. Sou a pessoa mais feliz do mundo por ter você ao meu lado. – Ele estava andando para frente, estava a dez metros de Hermione. – Granger, você sempre vai ser a minha morena, a minha chata, besta, irritante, a minha grifinória, a minha eterna sabe-tudo, o meu anjo, a minha luz, o meu amor.  Eu quero que saiba é a pessoa mais especial no mundo para mim! Eu te amo muito! Eu não sei mais viver sem a tua companhia, sem você brigar quando faço algo errado, ou me zoar. Você me cativou e conquistou e eu quero que saiba que não importa o que aconteça, sempre pode contar comigo. – Ele estava a um metro dela agora. Olhava aqueles olhos âmbar sem nem lembrar dos outros. – Hoje nós nos formamos. Mas aqui ou em qualquer lugar, saiba que vou te seguir. Hermione Jean Granger, você aceita se casar comigo? – Ele estava a poucos centímetros dela, e agora já tinha tirado o feitiço da voz, porém o Salão estava completamente silencioso.

Hermione chorava de emoção, ela nunca pensara que isso iria acontecer. Ele então tirou a aliança do bolso e entregou a caixinha para ela. Ao abrir um anel maravilhoso estava dentro esperando ser usado. Dentro do anel estava gravado “Hermione – minha eterna sabe-tudo”.

— Sim, é claro que eu quero. Eu te amo, loiro. – Ele colocou no dedo anelar dela e a beijou. Envolta todos aplaudiam, choravam, gritavam felicidades. O beijo se estendeu até perderem o fôlego e olharem nos olhos um do outro.

— Eu te amo, Sra. Malfoy.