The Roxas Love escrita por Thata-chan


Capítulo 19
Capítulo 17-Sentimentos.




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 Bom, longas horas de piadas, charadas, para uma praia da qual chamo de ‘ilha’. Não me perguntem como todos nós coubemos no carro...nem eu sei.

 O que importa era que tínhamos chegado na praia.

 Tinha coqueiros lindos, seguidos de um oceano brilhante, e cercado por uma floresta clara com uma cachoeira linda. A mais linda que já vi em vida. E o melhor. Não tinha ninguém. Como eu disse, esse lugar, só nossa família sabia onde ficava. Aquilo era o paraíso.

Partimos de casa de madrugada e chegamos de manhã bem cedo. Nós tinhamos uma casa que ficava no meio da praia e da floresta. É claro que a floresta começava a uns poucos metros, se não a casa seria infestada. O mesmo digo da areia. Tinhamos um portão,  que separava nossa casa, da praia.

 Não era uma casa muito bonita, mas era grande. Não tinha dois andares, elevador, e essas coisas, mas era melhor do que muita casa por aí. Eu gosto dela.

  -Meninos! Me ajudem a carregar as malas! –Dizia minha mãe.

   -Me desculpe Senhora Hashigawa! –Dizia Axel preocupado com minha mãe.

-Tudo bem! Carreguem estas aqui.-Ela apontava pras malas no porta-malas do carro, enquanto caminhava em direção à sala para despejar as malas.

-Roxas.. pega este aqui. –Ele apontava para umas mals também.

-Tá.

Nós estavamos caminhando para a sala também, enquanto os outros estavam pegando outras malas no carro.

Quando nos deparamos com 8 malas.

-Nossa! –Dissemos juntos.

-Quantas malas! –Sora atrás de mim, disse quando chegou espantado.

Então nossa mãe entrou também.

-Bom, somos em oito... e tem dezesete malas.

-OQUÊ? –Dissera eu, Axel, Sora, e as meninas que tinham chegado na sala na hora que ela disse.

-Eu trouxe uma mala.- Dissera eu me livrando da culpa.

-Acho que você foi o único Roxas... Todos nós trouxemos duas. –Axel rebateu.

-Pois é.... –Na verdade, não me importo com vaidade. Higiene sim, vaidade não.

 Levamos todas as malas para a sala, e todos pegaram as suas, e levaram para os seus quartos. Tinham quatro quartos. O primeiro seria pra minha mãe, Kisume e Kairi, o segundo seria para Sora e Riku, e o terceiro para mim, Axel e Ventus. O quarto nós deixaríamos as cadeiras de praia, os guardas-sóis, as malas vazias...

 -Vamos comer pessoal? –Minha mãe disse com um tom de ‘monitora’. Eu consegui rir disso.

 -Claro!! –Dissera Ventus animado.

Depois de alguns minutos preparando o café...-Eu, minha mãe, Kisume e Ventus, enquanto os outros desfaziam as malas- ele ficou pronto. Parecia estar delicioso. Panquecas, suco, leite, omelete, e coisas assim.

-Desculpe senhora Hashigawa, mas... –Axel interveio.-Como teremos comida suficiente para duas semanas?

-Não se preocupe Axel, eu trouxe comida o suficiente para dois meses. –Dissera em tom de brincadeira.

-Ah, sim...que bom! –Axel continuou a comer.

Minha mãe, o quão desligada fosse, era uma pessoa que planejava muito.

Depois do café da manhã, arrumamos nossas malas nos quartos, (armários) e fomos até a praia.

 Era simples. As meninas sentadas debaixo do guarda-sol, nos olhando surfar e cochichando.

 Nós, os meninos, apenas no mar, surfando. Era bom, era tranquilizante, era libertador.

 Tinhamos uma cabana de madeira, que guardavam as pranchas de surf que meu pai fez.

Riku, Sora, Ventus, Axel e eu. Surfando. Enquanto minha mãe fazia o almoço, e ligava para sua amiga –Akemi-  para se certificar de que ela viria amanhã. Eu gosto dessa Akemi. Desde que meu pai viajou, ela nunca ficou tão feliz. Tinha voltado aos tempos de escola. Ela tinha uma amiga.

Estou feliz pela minha mãe.

Bom, voltando, após horas de surf, nós almoçamos e voltamos  à praia. É claro que não entraríamos na águua por um bom tempo

 Ficamos em roda, conversando e parecia que todos em geral, bolavam algum “plano”.

 -Axel-kun... –Começou Kairi.- Sabia que Roxas-kun gosta de ruivos?

O sorvete na minha boca pulou para fora junto com meu ataque de tosse.

 -HAHAHAHAHA! –Axel mergulhou na risada, como nunca antes.

 -Mas é verdade, Axel. Os personagens de video-game preferidos dele são sempre ruivos. –Sora continuou após muita risada.

 E eu ainda tossindo. Parece que não ligavam pra mim. Eu estava morrendo, e ninguém oferecia ajuda.-Risos-.

 -Sabe, Axel... –Fora Riku agora. –Não tenham medo de ser quem vocês realmente são. Nós apoiamos vocês.

Foi quando notei, que todos alí presentes, me olhavam simpaticamente com um sorriso no rosto.

  -Obrigado, Riku, Sora, Kairi, Ventus, Kisume. Obrigado mesmo. –Axel abaixou a cabeça.

  -Ah, mas nós queremos ver mais! –Disse Kairi animada.

  -Hm? –Eu disse confuso. O que ela queria?

  -Ah, Kairi-chan... –Kisume ficara vermelha.

 Logo, todos os meninos riam da situação.

  -Roxas-kun, um selinho vai!

  -KAIRI! –O tom vermelho contaminou o meu corpo até os meus fios de cabelo. –Sem chance!

  -Ah, Roxas-kun! Só um!

  -Não..está louca?

Logo Sora e Riku interveiam:

  -Nós não nos importamos. –Disseram sem nenhuma expressão.

 Eu fitava um por um, tentando ler suas expressões em total silêncio. Logo, percebi os orbes verdes de Axel me encarando. Algo como: “Qual é o problema?”

 Nós nos aproximamos, e eu logo pude sentir seu calor emanando de seu corpo. E enfim, não era apenas um selo, mas sim lábios que tocaram os meus felizes, e satisfeitos. O mundo estava girando, frequentemente, e eu não podia me atrasar. Os meus amigos também giravam, pelo canto do olho que percebi. Mas ainda me mantinha nos lábios do Ruivo.

 De qualquer maneira, ouvi as meninas felizes, algo como: “Que fofo” ou coisa assim. Segundos depois, me soltei de seus lábios, felizes claro, mas tentei não mostrar nenhuma expressão.

Os meninos não demonstravam nada. Era previsto isso. Mas as meninas deliravam, a Kisu, que antes era contra isso, estava muito animada.

Acho que meu rosto ficara vermelho por umas longas horas.

  Acho que agora, todos entendem o que se passa, e parece que estão felizes por nós.

Depois daquelas duas horas incessantes, entramos na água novamente. Nossos cabelos, mais encharcados do que nunca, estavam tão diferentes! É claro que Sora e seu cabelo cabelo de Sora e seu cabelo cheio de cola não mudaram nada.

 Após alguns minutos, Axel me deu um toque para saírmos da água. Ele disse que queria conhecer a cachoeira. E assim fiz.

  Saímos do mar, da areia, e agora estavámos na grama da floresta. Axel parecia encantado com o bosque.

 Por ironia do destino, tropecei numa pedra, rodopiei por instinto, e caí de bariga pra cima. E logo, quase ao mesmo tempo, não teria como evitar, Axel caiu também,  mas por cima de mim e de barriga pra baixo.

Seus olhos verdes me fitavam paralisado. Apesar de Axel ter caído em cima de mim, eu não sentia dor nenhuma. Era uma coisa diferente, da qual não conseguia explicar.

E finalmente, ele se apoiou no chão com as mãos, tirando seu peso de mim, mais ainda sim... ele não saiu do lugar. Logo seus lábios tocavam os meus fervorosamente, diria até sedentos.

 Nunca senti algo tão....diferente. Sei lá, vindo de Axel...

E o beijei de volta, do mesmo jeito, afagando seu rosto, como se não tivesse o amanhã.

 

 Finalmente chegamos à cachoeira. Ela era linda, e tinha uma “poça” onde a cachoeira terminava, que tinha 2 metros de largura. A água era brilhante.

 Entramos na poça devagar, nos certificando de que a água estaria numa temperatura boa.

Após alguns minutos, já estavámos nos acostumando com aquela poça.

 -Então, Axel... –Puxei assunto.

 -Então... –Dizia com uma expressão tranquila, mas feliz.

O dia tinha passado rápido, já estava no crepúsculo. Ficamos conversando todos os minutos que estavamos lá, era aconchegante.

 -Axel....  precisamos ir. Já está ficando tarde, e não temos nada com que nos secar. –Eu disse saindo da poça.

 -Roxas... –Ele segurou minha mão. –Calma, sua mãe acredita que você sabe se cuidar.

 -Mas eu estou com frio!

Então ele puxou minha mão, fazendo o subir também, e agarrou meu  lábios novamente. Mais brutais do que antes.

 Naqueles minutos dedicados aos seus lábios, eu recuava instintamente, mas ainda não conseguia me soltar dele, quando que percebi, tinha recostado numa árvore....

-Roxas.. –E continuava –Roxas...

-Axel? –Eu perguntava com um olhar assustado.

-Roxas, eu amo muito você...

Meu olhar ainda continuava assustado, mas ainda estava sob seus lábios. Ele me beijava em fúria, como se estivesse lutando contra algo em mim.

-Axel?

Ele não me escutou. Apoiou suas mãos no tronco da árvore, e parou. Soltou se dos meus lábios, e começou a me fitar.

-O que foi? –Perguntei novamente.

Ele não me respondeu. Apenas me fitava, foi quando entendi.

 Dei uma risada de lado, e então Axel entendeu.

Recostou seus lábios no meu novamente, pousou suas mãos no meu cabelo, e eu fiz o mesmo. Seus sentimentos estavam confusos, alvoroçados, mas ainda sim, estavam felizes. Acho que era o momento perfeito para demostrar o que ele realmente sente.

 Não sei quantos minutos se passaram, e não queria saber. Se eu morrese depois daquilo, iria morrer feliz.

Tudo o que eu queria, era ficar alí. Axel não me parecia com pressa também. Afinal, ele sofreu tanto, através de farsas e mentiras, tudo que ele queria era paz. A paz que não se permitia aparecer para as pessoas, mas que com um esforço, qualquer um consegue. Qualquer um. E acho que a paz naquele momento deu uma força para me reconciliar com Kisume, e empurrar meus problemas para longe.

 Empurrar não, jogá-los fora. Kisume tinha entendido que eu amava Axel, e que Axel sentia o mesmo. Afinal, ela ainda pode amar outro alguém.

 Senti o calor subindo pelas minhas veias, e pousei minha mão sobre seu pescoço. O suor passava sobre sua pele, apesar de sairmos da água. Se pudesse ler seus pensamentos, diria que ele esperava por esse momento.

 Suas mãos, que antes estavam no meu cabelo molhado, estavam afagando meu rosto. Seus lábios molhados cercavam os meus, como ninguém mais faria. O dia contribuíra também. Tudo parecia perfeito.

-Axel... não quero te deixar.. –Disse com uma pausa, mas com lágrimas nos olhos.

-Não deixe antão. –Disse com um sorriso novamente.

E então pousou seus lábios novamente, eternalmente, realmente, e que não precisasse ser mais artificial.

Eu queria sussurrar algo, mas deixei de lado, e continuei do mesmo modo.

 

Era bom.

 

(“Quando estiver triste, não hesite em procurar...)

Irei procurar sempre, não importa o que aconteça.

 

(Em qualquer canto,seu amigo deve estar.)

 Concerteza, ao meu lado não sairá.

 

(Quando não há luz, não procure escuridão)

Nunca.

 

 

(Pois sempre a resposta, estará no coração.)

É o que sempre procuro fazer.

 

(Se a saudade lhe bater, não fique triste não)

Precisarei ficar triste, mas vou poder superar.

 

 

(Pois eu sempre estarei, aí no coração”)

Para sempre.

 

 Nunca me senti tão feliz. Desde a corrida até a praia com meus amigos.

Tudo girava, e girava, e nunca me deixava pra trás. Ah, eu não sei mais o que pensar. Axel é meu amigo, Axel está sempre comigo, é Axel.

 


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Notas finais do capítulo

Eu gostei muito desse capítulo, e espero que tenham gostado também. Eu coloquei uma bela travinha na minha imaginação as vezes maliciosa para poupá-los. xD
zuera, mas espero que gostem, e que dêem reviews



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