E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

ULTIMAMENTE EU ESTOU ACHANDO QUE ESTOU FICANDO MUITO CHATA PARA O MEU GOSTO, MAS NÃO SEI PQ TBM Ñ GOSTEI DESSE CAP, LEEM E DIZEM O Q ACHARAM
PS: ESPERAVA MAIS DO 15 REVIWS MAGOEI



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Assim que meus pais se distraíram o suficiente para esquecer minha presença, o que não demorou muito eu sai de fiminho pela porta da cozinha e peguei o carro do Michel. E cara eu tinha que confessar eu estava me sentindo a ultima lombriga da barriga dentro daquele carro. Serio mesmo. Rá. Eu estava podendo, por enquanto mais estava.

Eu pensei até passar na casa da Nice e dar um carona para ela até a escola, mas ai eu lembrei que a Nice era minha ex-melhor amiga, e não fazia sentindo aquilo, mais eu ainda podia ir até a casa dela e passar com o carro em cima dela, eu fiquei tentada em fazer isso. Só que eu tinha que buscar o Michel o que foi uma verdadeira sorte para a Nice.

Eu liguei o radio e abaixei o vidro do carro, só para me mostrar. A casa do Michel não era muito longe da escola, mas era bem distante de minha casa, o que me fez gastar mais tempo do que o necessário.

Estava apenas uma quadra da casa do Michel e tudo ia perfeitamente bem, até que uma musica horrorosa começou a tocar na radio, eu decidi passar para um cd então me abaixei para poder apertar melhor o botão quando eu senti um baque forte o som de metal sendo amassados, pneus de carro se arrastando e dor imensa na minha cabeça depois tudo ficou escuro...

Eu podia jurar que eu tinha desligado o meu despertador. Eu não queria acordar estava tão bom dormindo. Mas a musiquinha chata do meu celular não parava de tocar. Eu estranhei porque minha mãe ainda não havia aparecido na porta do meu quarto ao gritos dizendo que eu estava atrasada.

Assustada demais por não ouvir a voz angelical de minha mãe me chamando eu abri os olhos pesados de sono. O teto branco, paredes brancas, cama dura e um cheiro forte de desinfetante. Que merda de lugar era aquele? Eu me sentei na cama e levei alguns segundos para me dar conta de onde eu estava. Cara eu estava num hospital?

Ah meu Deus. Isso não estava acontecendo, não, não, não. Eu fechei rapidamente os meus olhos, esperando acordar daquele pesadelo, porque era obvio até para um canguru que aquilo era um pesadelo só podia ser.

—Esta sentindo alguma tontura?—Uma mulher loira completamente de branco perguntou aparecendo na porta. Eu esperava que ela não fosse à loira do banheiro da escola.

—Esta sentindo alguma coisa?—Ela perguntou novamente sem paciência.

Depende será que medo contava?

—Não. —Eu respondi sem acreditar.

—Lembra do que aconteceu? —Será que até em hospital a gente era obrigado a passar por interrogatório.

—Sim... Não. Sei lá. —Eu disse e ela marcou em uma folha.

—Sabe seu nome? Onde mora?—Ela estava me irritando com aquelas perguntas.

Será que ela estava me chamando de idiota?

—Claro.—Eu revirei meus olhos e minha cabeça doeu.

—Muito bem. —Ela continuava escrevendo sem olhar para mim. —Atenda seu celular e avise sua família. —Ela parecia um general ditando regras. —Eu vou avisar o doutor que você acordou.

Ah legal quer dizer que aquilo não era um pesadelo? Cara a macumba que jogaram em cima de mim era forte demais. Porque eu tinha certeza EU NÃO MERECIA AQUILO. Não mesmo.

Meu celular. Eu o arranquei do bolso, quem era o infeliz que não parava de me ligar nem no meio de um pesadelo? Michel... Ótimo.

Isso me lembrou outra coisa... O carro dele. A meu Deus. Eu não ia atender não, não, e não.

De repente ele parou de tocar, eu olhei no visor. Dezessete chamadas. Cara isso não ia acabar nunca.

De repente um homem todo de branco entrou no quarto.

Ele fez uma bateria de perguntas que eu achei que não ia acabar nunca. Falto me revirar dos avesso, pra dizer o que eu já sabia.

—Você parece perfeitamente bem. Só com um enorme hematoma na cabeça e algumas escoriações. —Isso explicava porque minha cabeça estava doendo. —Você vai ficar algumas horas em observações e assim que o seus pais chegarem eu quero conversar com ele.

Esqueça essa frase Pior que tá não dá pra ficar. Porque pode crer. Fica cada vez pior mesmo. Meu celular começou a tocar novamente, eu atendi automaticamente.

—Alô?

—Fugiu com o meu carro?— Michel disse brincando.

Ugh eu congelei.

—Iza, você esta me ouvindo? —To. —Porque eu não fiquei dormindo pra sempre, tudo ia ser bem mais fácil.

—Aonde você esta?

—É melhor você não saber. —Eu disse fechando meus olhos minha face estava pegando fogo. Que merda eu faria agora.

—Como assim? Não estou te entendendo. —Eu definitivamente queria morrer. —O que aconteceu?—O Michel perguntou quando eu não disse nada.

—Não hospital.—Eu falei de uma vez.

—O QUÊ?—O Michel gritou do outro lado da linha. Porque os ET não me abduziam. Eu precisava tanto de um Etezinho naquele momento.

—O Que aconteceu Iza? Por Deus. Você esta bem?—O Michel falava igual um desesperado do outro lado da linha. Eu não tinha coragem de responder absolutamente nada. Nada mesmo, então eu apertei o botazinho vermelhinho do meu celular até ele desliga. Então deitei na cama e envie o travesseiro na cara.

Eu gastei um bom tempo pensando em como falar para os meus pais sem que eles viessem aqui e me matasse de verdade. Claro que eu podia dizer que só tinha mais algumas horas de vida, mas se depois de algum tempo ele ia descobrir. E eu estaria ferrada de verdade. Merda.

—Você esta bem?— Eu quase grudei no teto quando ouvi aquela voz do meu lado. Eu abri meus olhos lentamente para me deparar com um Michel completamente apavorado. —Por Deus me diz que você esta bem?

—Não eu quero morrer. —Eu confesse ainda sem olhar para ele.

—Não fala isso nem de brincadeira. —Ele me repreendeu seriamente.

—Eu não estou brincando. — Eu disse me virando para ele. —Desculpa, eu detonei com o seu carro.

—Eu quero que se dane o carro Iza. —Ele disse pegando minha mão. —Contando que você esteja bem.

—Não você só esta dizendo isso porque ainda não viu seu carro.—Eu queria poder me esconder debaixo da cama.

— Para com isso Iza. — Ele disse irritado. —Você não tem noção como eu me senti quando você disse que estava no hospital.

Ele parecia realmente apavorado, eu não consegui de deixar de sorrir com aquela possibilidade.

—Eu juro que se te acontecesse alguma coisa mais grave eu nunca me perdoaria, nunca mesmo... —Ele passou a mão na cabeça. — Eu nem consigo imaginar...

—A culpa não é sua se eu sou um desastre ambulante... —Eu tentei sorrir mais algo em mim doeu.

—Droga Iza, isso é tudo minha culpa.

—Você esta me fazendo sentir pior. —Eu o alertei.

—Ok. —Ele disse tentando se acalmar. —O que os médicos disse? —Que eu vou ter que ficar aqui por algumas horas, em observação.

—Seus pais? -Ele quis saber.

—Eu ainda não os avisei.  Na verdade eu nem sei como falar isso pra eles. Ah meu Deus.

—Tudo bem. —ele disse passando a mão na minha cabeça. —Eu vou dar um  jeito nisso.

Eu tinha medo de perguntar como, mas meu corpo estava tão dolorido que eu me recusava a pensar.

—A Nice e o Max já sabem? —Ele disse casualmente.

—Como?— Droga, como isso foi acontecer.

—Quando você disse que estava no hospital, eu fiquei tão desesperado que acabei ligando para os dois para saber se eles tinham noticia.

Isso era maravilho, eu só não praguejei porque eu mesmo tinha feito a burrada. Ficamos um longo tempo assim. Nosso rosto bem próximo suas mãos deslizando suavemente por meu rosto. Eu fechei meus olhos, pelo menos tinha um lado bom naquilo tudo o Michel estava perto de mim novamente.

—Me promete uma coisa? —Ele perguntou de repente.

—Promessa de leito de morte. —Eu tentei brincar.

—Não diga isso, que você acaba comigo. —Ele disse serio.

—Tudo bem. —Eu sabia que aquilo não era momento para brincadeira.

—Nunca mais me faça sentir isso de novo?

—Eu vou tentar. —Eu disse ainda sem saber do que ele estava se referindo.

—Promete?

—Ta prometo.

—Você não precisa mais ficar babando em cima da minha namorada? —Eu não precisava nem me virar para saber que era o Max. O Michel se afastou no mesmo instante sem dizer nada.

Enquanto o Max se aproximava de mim e beijava minha testa, evidentemente preocupado. Eu não vi quando o Michel deixou o quarto.

—Tudo bem com você?—O Max perguntou preocupado.

—Eu vou sobreviver. —Eu disse sorrindo.

Se mais alguém entrasse naquele quarto fazendo um drama daquele eu ia começar a achar que eu estava desenganada. Juro de verdade. Pra que tudo aquilo.

Minutos depois o Michel entrou dentro do quarto acompanhado com a enfermeira.  O Max lançou um olhar mortal para ele porem não disse nada devido a presença da Loira do banheiro.

—Bom mocinha acho que você pode ir para casa? —Ela disse me dando algumas orientação e algumas receitas.

Eu senti um tremendo alivio não ter minha mãe por perto me tirava um peso da consciência, era como se de repente o mundo estivesse mais colorido. Ainda bem que o pesadelo estava acabando.

—Agora você esta preocupado?—O Max despejou quando a enfermeira saiu do quarto.— Depois de agir como um irresponsável que e?

—Eu sei que fui culpado?—O Michel disse concordando.

—Culpado?—O Max repetiu indignado. —Ela podia ter morrido, simplesmente porque você não suporta a idéia dela não gostar de você.

—Você não sabe o que diz. —O Michel disse perdendo a paciência.

—Não sei. —O Max disse em tom deboche. — Você quer todas as garotas correndo atrás de você...

—Para com isso Max. — Eu pedi já ponto de enlouquecer. —A gente esta num hospital.

— Tudo bem. —O Max disse passando o braço em volta da minha cintura enquanto caminhávamos para fora do quarto.

Quando chegamos à sala de espera a Nice e o Jerry estavam lá. Eu prendi a respiração quando os dois traidores se aproximarem.

—Você esta bem Iza?—A Nice perguntou preocupada.

—Não foi dessa vez que você se livrou de mim. —Eu respondi de mau humor, mas feliz por saber que os dois se preocupavam comigo, mas é claro que eles não iam saber disso.

— Ela esta bem. —O Jerry disse ao perceber o meu deboche.

—Eu quero ir pra casa. —Eu disse antes que mais alguma coisa acontecesse, e cara como eu estava certo de querer me esconder debaixo da minha cama.

Nesse momento a loira anoréxica entra dentro da sala de espera acompanhada por um espantalho de grife. Eu fique imaginado quantas pessoas já sabiam do meu acidente, só faltava à televisão local, ai sim eu estava f...

—O que esse projeto de gente estava fazendo com o seu carro?—Ela perguntou furiosamente olhando para mim e o Michel.

—Thifany aqui não é o lugar. —O Michel disse severamente.

—Não é o lugar? —Ela disse gesticulando exageradamente. —Como se pra isso tivesse lugar certo? Eu quero saber por que ela estava dirigindo o seu carro?

Ok. Eu tenho que admitir que senti um pouco de pena da Thifany, acho que ninguém ia gostar saber que o seu namorado tinha emprestado o carro para outra garota.

—Vocês passaram a noite junto é isso? —Esquece que eu disse sobre sentir pena da Thifany, eu ia arrependa a cara dela ali mesmo.

—Você esta pirando Thifany. —O Michel disse severamente.

—Fala Michel, vocês passaram a noite juntos? —Ela repetiu de propósito, só podia ser, o Max ficou tenso ao meu lado o meu rosto estava vermelho de raiva e vergonha ao mesmo tempo, o Jerry sufocava um risinho.

—Não.—O Michel disse desviando o olhar de mim. —A Iza e eu não temos nada.

—Mas porque ela estava com o seu carro? Por quê?

—Amor para com isso. —O Michel disse calmamente. —Eu estou com você.—Então como se ele quisesse provar algo para alguém, ele se aproximou da Thifany e agarrou tanto um longo beijo.

Eu senti vontade de vomitar. Enquanto um praticamente engolia o outro.

—Vamos embora?—Eu sussurrei para o Max não querendo mais ver aquilo. Na verdade eu nem tinha porque ver aquilo.

—Vamos?—O Max concordou parecendo bastante satisfeito.


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Notas finais do capítulo

O que dizer? ah prox cap só sai quando tiver muito reviews.
hehehehehe fazer o que né?

Eu abri a porta para dar de cara com o Michel do outro lado.
— Fica comigo Iza? - Ele sussurrou com a voz rouca seus olhos procurando o meu. Qual era a possibilidade daquilo tudo não passar de uma invenção da minha cabeça?

Essa é a parte que eu mais gosto do prox cap. deixei um pendacinho só pra vcs ficarem morrendo de curiosidade.