Nova York- Instituto.

Perder o seu bebê de vista não era um bom sinal. Realmente, não era um bom sinal.

Magnus estava andando, apressadamente, pelos corredores do Instituto.

Desde que se tornará mortal muitas coisas havia mudado na vida de Magnus.

Primeiro, os seus rituais de beleza. Agora ele tinha uma estante de cremes e hidratante de dar inveja a qualquer mortal ou imortal. Afinal de contas, se era para envelhecer, ele tinha que envelhecer lindo.

Segundo, ele parou de trabalhar e se focou exclusivamente em sua vida, em seu namoro, na família que eles estavam formando, há quatro meses, eles encontraram um bebê feiticeiro, de oito meses de idade, que eles chamaram de Max, Maxwell Michael Lightwood-Bane, também conhecido como Blue, Bluebarry.

Max foi deixado na porta da academia dos caçadores de sombra, na época em que Magnus e Alec estavam dando palestras aos aspirantes. No começo Magnus pensou em procurar um lar para o pequeno feiticeiro, nunca que ele e Alec ficariam com ele, achava cedo, mas o seu namorado não pensava assim e mesmo contra todas as possibilidade, dentre elas a que Alec não quisesse um filho feiticeiro, eles começaram a sua família.

O casal pretendia aumenta-la, não agora, mas adorariam ter um filho caçador de sombras, dar a Max um irmão.

Terceiro, Alec continuava a trabalhar com os seres do submundo, ao lado de Lily e  atualmente Luke, que voltou a ser o alfa de Nova York.

Foi nesse momento que ele ouviu Max.

Magnus solta um suspiro aliviado e corre em direção ao filho e a cunhada.

Isabelle tinha se tornado uma solteirona, ela não pretendia casar, não pretendia namorar, voltou a ser aquela Izzy de antigamente, com casos puramente sexuais. Magnus duvidava que ela mudasse de estilo tão cedo... Talvez ela nunca encontrasse outro amor e se encontrar, talvez não seja tão forte quanto o quanto ela sentia por Simon.

Por exemplo, Magnus não se via sem Alexander.

—Como você conseguiu sumir com ele? –Pergunta confuso, pegando-o dos braços da cunhada.

—Eu queria um tempo com essa coisa fofa. –Afirma, beijando a bochecha de Max.

—Como se você não ficasse com ele. –Comenta revirando os olhos. –Agora... Jace já está pronto? –Pergunta, observando Alec sair do quarto.

—Está arrumando o cabelo pela milionésima vez. –Resmunga revirando os olhos. –Prometa que quando nós dois formos nos casar, você não vai se atrasar. –Implora suspirando.

Alec estava empenhado em mudar a lei, ele tinha uma meta e iria cumpri-la.

O feiticeiro ainda consegue ficar impressionado com o seu amado todos os dias, a memória do caçador voltou e não ouve sequelas da tortura psicológica, mas houve um tempo, que Alec sofreu com muitos pesadelos e logo em seguida insônia.

Os pesadelos não são mais frequentes e a insônia acabou do mesmo modo que chegou, de repente.

—Estou pronto. –Comenta Jace, saindo do quarto.

—Você parece à noiva. –Resmunga Alec, pegando Max dos braços de Magnus e entrelaçando os seus dedos aos do feiticeiro com a sua mão livre.

—Quero que todos babem por mim, hora essa. –Comenta despreocupado, seguindo na frente.

—Não deveria ir com ele? –Pergunta Magnus, beijando o ombro de Alec, que ri.

—Preciso de uns segundos sem Jace, Magnus. –Confessa rindo. –Ele está me enlouquecendo há dois meses. –Revela, dando de ombros.

—Não fale como se não fosse fazer isso. –Manda Isabelle, alisando os seus longos cabelos negros.

Magnus pode notar algo no pescoço de Isabelle, além do colar que outrora fora de Camille, havia uma corrente fina e Magnus poderia jurar que ali continha um par de alianças.

Quando foram retirar as coisas de Simon no dormitório da academia, descobriram uma caixinha preta com essas peças e foi então, que o segredo de Simon veio à tona.

Ele iria pedir Isabelle em casamento, deixando a morena ainda mais arrasada.

Magnus ri e Isabelle apressa o passo, quando observa Sarah no final do corredor, fazendo com que Magnus apertasse a mão de Alec, sentindo-o encara-lo.

—O quê? –Pergunta confuso.

—Nada. –Responde, beijando a mão do amado.

—Prometa que não vai deixar Lily dar doces a Max. –Implora olhando-o nos olhos.

—Não sei se vou conseguir prometer isso. –Confessa, encarando o pequeno. –Max adora Lily. –Comenta  despreocupado, fazendo-o rir.

                                        * * * 

Nova York - Apartamento de Luke e Jocelyn.

Jocelyn olhava sua filha andar de um lado para o outro nervosa, Clary estava simplesmente deslumbrante, o lindo vestido dourado com calda de sereia lhe moldava perfeitamente a silhueta, seu cabelo vermelho preso num coque frouxo com algumas mechas escapando combinava com o dourado e trazia um contraste incrível a seus belos olhos verdes, realmente a pequena ruiva estava magnífica e Jace Herondale era um cara de sorte. 

— Clary meu amor se acalme, vai dar tudo certo. - Disse Jocelyn se aproximando da filha.

— Acha que estou bem? Será que Jace irá gostar? Será que tudo vai ocorrer bem? Eu estou gorda? Não vou conseguir ficar com esses saltos eles vão me matar até o fim da cerimônia! E se Jace desistir? - Respondeu a mais nova num folego só.

— Clary se acalme, você está divina e Jace seria louco se não gostar do que vai ver e tudo vai dar certo, aposto que a essa hora ele já deve estar arrancando os cabelos querendo notícias de você. Afinal ele passou quase dois meses querendo te ver e nós não deixamos. E também não se esqueça que seu pai é o líder dos licantropos se ele desistir é um homem morto! 

Clary sorriu involuntariamente, Jocelyn, Luke, Isabelle e até mesmo Magnus e Alec haviam conspirado contra o jovem casal, desde que anunciaram o casamento todos eles fizeram questão de mante-los separados, Jace quase colocara o instituto abaixo querendo ver Clary, porém para a surpresa de todos quem o controlou e o fez se aquietar no quarto foi Maryse, que apesar de estar ocupada com o processo de adoção da pequena Sarah, tirara um tempinho para infernizar a vida do filho adotivo. 

A decisão de mante-los separados até o dia do casamento havia sido ideia de Isabelle, segundo ela Jace tinha que sofrer um pouquinho já que sempre infernizava a vida de todos e principalmente Alec e Magnus sofreram e ainda sofriam com os comentários maliciosos do rapaz. 

— Foi maldade o que vocês fizeram. - Disse a garota sorrindo. 

— Pode até ser mas foi divertido ver o desespero dele. 

Ambas viraram na direção da voz risonha e viram Maryse, que como sempre estava bem vestida, num lindo conjunto dourado, apesar da beleza física da mulher o que realmente chamava a tenção nela era o brilho em seus olhos, brilho que não existia ali desde que perdera seu filho caçula. a pequena Sarah havia trazido o conforto e a felicidade para aquela mulher tão sofrida e graças a isso Maryse havia mudado muito seu jeito rígido, até mesmo ria das palhaçadas de Magnus e havia concordado em ajudar a manter Jace longe de Clary até o casamento, realmente Sarah fizera um bem enorme para a família Lightwood, até mesmo Isabelle parecia mais composta após a morte de Simon. 

— Maryse! Como está tudo por lá? Clary já está praticamente pronta! - Disse Jocelyn se aproximando da morena. 

— Tudo tranquilo, só o Jace que para variar está deixando Alec com os cabelos brancos antes do tempo, já perdi a conta de quanto tempo ele gastou arrumando aquele cabelo. - Disse a mulher com um suspiro. 

— Jace que não se atreva a ficar mais bonito que eu! Afinal eu sou a noiva! - Disse Clary nervosa. 

— Clary querida, meu filho é lindo por natureza e infelizmente ele sabe disso, porém mesmo que ele se esforce ao máximo dificilmente ele ficaria mais lindo que você, está divina! - Elogiou Maryse, fazendo Clary corar. 

— Obrigada, acho que preciso de ar. 

Dizendo isso a garota deixou a mãe e a futura sogra no quarto conversando e foi até a sacada onde se escorou na mureta e deixou sua mente vagar, lembrou de quando era criança e sempre planejava seu casamento, o casamento dos sonhos, onde ela seria uma princesa. Todos estariam lá e ela se casaria com seu príncipe, como agora, seu casamento seria perfeito, mas apenas uma coisa não estava certa. 

— Em todos meus casamentos você estava lá, do meu lado me apoiando e fazia um positivo quando Luke entregava minha mão ao meu futuro marido. Você me faz falta meu amigo. - Sussurrou a garota passando a mão levemente na estrela de Davi que passou a trazer no pescoço em homenagem a Simon. 

Com os olhos marejados a garota passou a observar a rua abaixo de si e logo percebeu um carrinho de flores, uma florista tentava vender algumas rosas vermelhas para um casal e a ruiva sorriu ao lembrar-se de seu pedido de casamento. 

Clary estava ansiosa para ver Jace, haviam se passado alguns dias desde a guerra e o loiro finalmente havia ganhado permissão para sair do instituto, Alec e Magnus já estavam em seu loft e Jace dissera que estava entediado já que só sobrara Isabelle e tudo o que a morena fazia era ficar brincando de boneca com a pequena Sarah, Jace havia se apaixonado pela pequena, alias era muito difícil aparecer uma criança da qual Jace não gostasse, mas embora a amasse ele queria conversar com gente de sua idade e o principal sair para caçar. 

A ruiva desceu as escadas ansiosa para ir ao instituto e deu de cara com sua mãe, a mais velha tinha um sorriso no rosto e uma rosa vermelha com um bilhete preso ao caule, sorrindo mais ainda a mulher entregou a rosa a Clary e saiu da sala deixando a ruiva mais nova completamente confusa. 

Clary olhou encantada para a bela rosa e leu o bilhete logo reconhecendo a caligrafia perfeita de seu namorado, seus olhos marejaram no momento em que leu a mensagem, porém a garota ainda ficou confusa sobre o que aquilo queria dizer. 

Antes de você me conhecer eu estava bem, mas 

a coisa ficou pesada, você me trouxe a vida

Agora todo fevereiro você sempre será minha namorada. 

                                                  Eu realmente achava que estava bem, achava que vivia um vida maravilhosa, até o dia em que meu olhos encararam o verde mais puro e lindo já existente no mundo. Você ainda se lembra onde me viu pela primeira vez?    Ass: JH.

Ainda confusa mas também emocionada a garota resolveu ir até a Pandemônio, foi lá que ela o viu pela primeira vez e isso ela nunca esqueceria. Quando chegou lá a boate já estava a todo vapor apesar de ser apenas começo de noite, entrando na boate a menina começou a procurar pelo loiro mas nem sinal, logo  teve a ideia de ir onde ele literalmente se viram pela primeira vez, andou até a porta com a placa de Não Entre que foi onde o viu pela primeira vez, um figura sorridente a esperava por lá, mas não era seu loiro e sim Isabelle, a morena se aproximou de Clary entregou outra rosa com um bilhetinho e deu um leve piscada saindo logo em seguida e deixando uma Clary ainda mais confusa.

Tentei carregar o peso do mundo

mas só tenho duas mãos.

Todo esse tempo eu estava procurando por mim mesmo

e não sabia que eu estava perdido.

                                           Isso realmente é verdade, foi aqui que nos vimos pela primeira vez, aqui onde realmente tudo começou, eu me achava dono do mundo e nem sabia que estava na verdade perdido, mas você apareceu e podia me ver, você parecia realmente me ver, ver o quanto eu era perdido, o quanto eu estava no caminho errado. Aquilo era só o começo na nossa historia juntos, da historia de como uma ruiva baixinha ajudou um garoto com um falcão morto a se juntar novamente, se é que eu realmente algum dia fora inteiro. Você se lembra onde nos vimos depois disso? 

Cada vez mais confusa e também curiosa sobre onde isso iria dar, Clary seguiu rumo ao Java Jones, pois fora lá que reencontrara Jace após o desastroso primeiro encontro. Olhou pelas mesas mas nem sinal de Jace, logo a figura de Eric aparece, fazia tempo que a ruiva não o via e ficou surpresa por encontra-lo ali. 

— Eric! Quanto tempo! Você ainda se apresenta aqui? - Perguntou o abraçando. 

— Não minha carreira na poesia acabou faz tempo. - Respondeu rindo. - Só vim aqui porque um loiro gigante me pediu para te receber aqui e te entregar isso. 

O rapaz tirou uma rosa vermelha de dentro da jaqueta e a entregou a Clary saindo logo em seguida. A ruiva olhou para a rosa e se perguntou o que diabos Jace estaria fazendo. 

Eu sei que você acha que está ficando louca

Só quando parece que tudo vai funcionar

por isso mesmo, eles te guiam para atras

para baixo.

           Era exatamente assim que você se sentia naquele dia, louca, por somente você me ver e eu me sentia louco por não te tirar da cabeça, por parecer um maníaco te seguindo pelos cantos. Acho que o próximo passo você já sabe qual é. 

Clary seguiu apressada para o beco onde ela e Jace discutiram pela primeira vez, a menina realmente estava intrigada, por que raios Jace a estava fazendo refazer seus passos de quando eles se conheceram?  Chegando no beco deu de cara com quem menos esperava, Malcoln estava ali e parecia estar nervoso. 

— Finalmente! Aquele loiro troglodita me ameaçou! Disse que eu tinha que te esperar aqui e lhe entregar isso! 

Clary segurou o riso ao ver Malcoln marchar para fora do beco, Jace realmente sabia ser sem modos quando queria, pegou a rosa e leu o próximo bilhete.

Quando você estiver numa encruzilhada 

e não souber qual caminho escolher.

Deixe-me ir junto,

porque mesmo se você estiver errada,

eu estarei do seu lado.

      Naquele dia você me pareceu tão frágil e vulnerável, sua preocupação com sua mãe era louvável, mas mesmo através do medo e preocupação, eu pude ver a coragem nos olhos da mulher por quem me apaixonei. 

Clary nem precisou pensar qual era o próximo passo e logo marchou para onde era sua antiga casa e não se decepcionou quando viu Luke em frente a ela segurando um rosa vermelha, correu até o pai adotivo e recebeu um abraço, logo Luke lhe entregou a rosa e saiu a deixando sozinha com seu bilhete. 

Por todas as vezes que você me apoiou

por todas as verdades que me fez enxergar

por toda a felicidade que você trouxe a minha vida

por todos os erros que você fez tornarem-se certos 

por todo os sonhos que você fez virar realidade

por todo o amor que achei em você

eu vou ser sempre grato, baby

você é aquela que me ajudou alevantar

nunca me deixou cair

você foi a única que me viu através de tudo isso.

Clary sentiu seus olhos se enxerem de lagrimas, nunca pode imaginar que Jace podia fazer algo desse tipo, o loiro sempre tentava provar a ela o quanto a amava, mas ela admitia que dessa vez ele estava se superando. Decidida marchou rumo ao instituto iria atras de Jace e quando chegou a entrada do instituto viu Maryse a esperando, lhe entregou uma rosa e saiu rumo a seu escritório. 

Você era a minha força quando eu estava fraco

era a minha voz quando eu não conseguia falar

você era meus olhos quando não conseguia ver.

Você viu o melhor que havia em mim

me levantou quando não podia levantar

você me deu fé, porque você acreditou.

Eu sou tudo o que sou

porque você me amou.

A essa altura Clary já chorava abertamente, seja lá o que Jace estivesse tramando ele havia se superado.

Clary foi rumo a enfermaria já que este fora o próximo passo de sua jornada e encontrou a pequena Sarah sorridente a esperando com uma rosa, a menina a entregou e depois saiu sorridente.

Você me deu asas e me fez voar

você tocou minha mão, eu podia tocar o céu

eu perdi minha fé, você me deu de volta.

Você me disse que nenhuma estrela estava fora de alcance

você ficou ao meu lado e eu suportei,

eu tinha seu amor, eu tinha tudo.

Sou grato por cada dia que você me deu 

talvez eu não saiba tanto assim,

mas eu sei que isso é verdade.

Eu era abençoado porque eu era amado por ti.

Fungando Clary seguiu rumo à biblioteca, lá encontrou Magnus sorrindo e chacoalhando uma rosa, a entregou e saiu sorridente com uma piscadela. 

Você sempre esteve aqui por mim

o vento gentil que me carregava.

Uma luz no escuro brilhante, seu amor em minha vida

você tem sido minha inspiração.

Através das mentiras você foi minha verdade.

Meu mundo é um lugar melhor por causa de você.

Clary enxugou seu rosto e seguiu rumo a estufa, conhecia Jace o suficiente para saber que ele estaria lá. 

Quando chegou a porta deu de cara com Alec sorrindo e a olhando intrigado.

— A não me diga que mais bilhetes! - Disse cansada e viu o moreno rir.

— Não, estou aqui porque Jace me pediu para te informar que tudo o que está escrito aí é verdade, que ele te ama acima de tudo e que você é a vida dele. - Disse Alec entregando outra rosa vermelha e acrescentando logo em seguida. - Antes de tudo ele está ali dentro e sei que vai te dizer que fez tudo isso sozinho, mas quero que saiba que Simon o ajudou, ele escolheu as musicas eles tinham tudo planejado a meses. 

Clary o olhou surpresa, Alec a encarou e piscou indicando a estufa, meio hesitante Clary entrou no local e se deparou com a cena que ficaria gravada para sempre em sua memória, um piano branco estava colocado estrategicamente no meio da estufa entre as flores, várias rosas vermelhar estavam espalhadas por todos os lugares e Jace trajado num terno negro começou a tocar a musica que viera a se tornar a preferia dela, ele não precisou cantar Clary reconhecia aquela musica, sabia a letra de cor, Thank You For Loved Me, essa musica era perfeita para eles, tanto pra ela, quanto pra ele, já que ambos realmente estavam agradecendo por terem encontrado um amor tão forte assim, quando as ultimas notas do piano, quando a musica terminou Jace a encarou e se levantou do piano, se aproximou de Clary sem quebrar o contato visual, quando chegou próximo a ruiva, ele se ajoelhou e abriu uma pequena caixinha com o lindo anel Herondale brilhando. Clary o olhou com os olhos marejados não acreditando no que estava vendo. 

— Acho que tudo já foi dito e tudo o que disse é verdade, você é meu tudo Clary, minha luz, minha alegria, minha vida, tudo! E aqui onde nós trocamos nosso primeiro beijo com as flores como testemunhas eu Jonathan Christopher Herondale estou aqui para pedir que você divida o resto sua vida comigo, pois eu não sei existir sem você e eu sei que tudo o que eu quero é dividir a minha vida com você, nessa e em todas as outras vidas que vierem, eu quero te encontra e estar com você. Então Clarissa Adele Fairchild Morgenstern, você me daria a honra de ser minha esposa? 

Clary chorava descontroladamente e tudo o que conseguiu dizer foi um pequeno sussurro. 

— Sim! 

Jace sentiu seus olhos marejarem e levantou-se colocando o anel no dedo de Clary para logo em seguida a tomar nos braços num beijo apaixonado, um beijo que encerrava aquela parte da vida deles e escrevia uma nova etapa. Quando o ar se fez presente ambos se separaram e ouviram uma salva de palmas, olharam assustados e viram todos ali, Maryse, Jocelyn, Luke, até mesmo Robert, Izzy com Sarah no colo, Alec e Magnus abraçados, todos sorridentes. 

— Espera ela aceitou? Eu não ouvi, ainda da tempo de fugir! - Disse Isabelle rindo. 

— Sim Isabelle, eu disse SIM!!! - Gritou Clary sorrindo enquanto voltava a beijar Jace.

Clary foi tirada de suas lembranças por sua mãe, juntaram-se a Luke e foram par ao instituto onde seria o casamento. A cerimônia fora belíssima, Clary quase teve um infarto ao ver o quanto Jace estava belo, o loiro não estava diferente, ele chegou a tropeçar ao olhar para Clary, fato que gerou muitas risadas e zuações de Alec. O loiro no entanto não se importou ele só tinha olhos para Clary que estava sendo escoltada por Luke. 

Após a cerimônia o casal conseguiu fugir para seu lugar favorito, a estufa, Jace estava abraçando Clary pelas costas enquanto ambos olhavam a flores que se abriam lentamente, Clary se virou nos braços do agora marido e o beijou. 

— Eu te amo Jace Herondale e você também é meu tudo!! 

Jace sorriu e tornou a beija-la, ficaram um bom tempo trocando caricias até que Clary se afastou. 

— Acho que devemos ir, eles devem estar sentindo a nossa falta. 

— Dane-se eles, por mim a gente pulava logo pra lua de mel! - Disse Jace rindo e levando um leve tapa da esposa. 

Logo todos olharam desconfiados para os noivos que chegaram para a festa com ambas as roupas amarrotadas, Clary se sentiu corar e Jace apenas sorriu e guiou Clary para a pista de dança. Realmente a vida dá voltas e a felicidade pode estar onde menos se espera, pensou o loiro feliz enquanto dançava com a esposa.