Portas da Alma escrita por Cris Herondale Cipriano, Manuca Ximenes


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!



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Idris -  Casa do Inquisidor. 

— Jace! Pare, por favor! Alguém o tire de cima do meu pai! Ele vai mata-lo! - Gritava Isabelle. 

A garota estava horrorizada, Jace havia chagado na sala e dado um soco na cara de Robert que de tão surpreso não reagiu, o garoto estava fora de si, agora estava sentado em cima do corpo surrado de Robert e lhe distribuía socos um atrás do outro. 

— Desgraçado! Eu vou mata-lo! Você foi longe demais! - Gritava o loiro fora de si. 

— D-do que você e-está f--falando? - Perguntou Robert com a boca ensanguentada e os olhos quase fechando de tão machucados.

— Do que estou falando? Seu desgraçado, você mandou aqueles demônios até nós, agora Clary está machucada! - Gritou o menino dando mais um soco em Robert.

— Você está louco! Não tem como demônios entrarem em Idris! - Gritou Robert. 

— Maluco? O único maluco aqui é você que armou para seu próprio filho! - Gritou Jace ensandecido. 

Jace ia se preparando para dar mais um soco, porém foi parado por caçadores que chegaram até o escritório de Robert e o ajudaram. 

—Larguem-me, vou matar esse desgraçado! - Gritou Jace que estava sendo segurado por quatro caçadores.

— O que fazemos com ele Inquisidor? - Perguntou um dos caçadores. 

— Joguem-no na prisão, vamos ter que interroga-lo, ele atentou contra a vida do Inquisidor. - Disse Robert raivoso, enquanto era ajudado por um dos empregados, seu estado estava deplorável. 

— Papai! Não pode fazer isso! Ele é seu filho! - Disse Isabelle desesperada. 

— Ele deixou de ser quando me atacou, será julgado por traição contra a Clave. - Disse o homem irado. 

— Não! Por favor, Jace está fora de si, Clary foi ferida por demônios. 

— Não quero saber se ele está ou não fora de si, levem-no, joguem-no lá, depois chamaremos os irmãos do Silêncio para fuçar na mente dele e descobrir qual o jogo dele, além é claro de o interrogarmos com a Espada Mortal. Chamem a Consuela, ela precisa ser informada. - Disse Robert se retirando. 

Isabelle viu horrorizada os caçadores levarem Jace que ainda se debatia para o Gard.

                                                         * * * 

Nova York- Instituto.

Clary abriu os olhos e sentiu uma dor aguda no pescoço, soltou um gemido e tentou se lembrar do que havia acontecido, olhou ao redor e percebeu que estava num quarto desconhecido. Logo um par de olhos azuis apareceu em seu campo de visão, a garota reconheceu a pele azul e os cabelos brancos de Catarina. 

— O que houve? - Perguntou incerta. 

— Você não se lembra? Foi atacada enquanto abria um portal para Nova York. - Respondeu à feiticeira. 

Clary arregalou os olhos quando se lembrou. 

— Jace! Ele foi atacado! 

— Calma Clary, foi Jace quem lhe trouxe aqui. 

— E-ele está bem? 

— Não sei, ele tinha . . . assuntos para resolver. Porém antes pediu que um dos irmãos me chamassem para te ajudar e devo admitir, se eles ouvem demorado um pouco mais você não teria sobrevivido. 

— Mas onde ele está? E Isabelle? Eles realmente estão bem? 

Catarina ia responder, quando Isabelle entrou no quarto igual a um furacão.

— Pelo Anjo, você acordou! - Disse a menina com evidente alívio. 

— Izzy, cadêJace? Ele está bem? Onde ele está? 

— Ele está na prisão. - Respondeu Isabelle abatida.

— Por quê? O que ele fez? Izzy como você deixou que o levassem? - Gritou Clary preocupada.

— E-ele perdeu a razão quando te viu machucada, foi até o escritório do meu pai e o atacou, meu pai quase morreu, então o acusou de traição e o mandou para a cadeia de Alicante. - Respondeu a morena com os olhos marejados.

— Não acredito. - Disse Clary em choque. 

— Eu tentei vê-lo, mas as visitas estão proibidas e eu sei que ninguém ira fazer um iratze nele para curar seus ferimentos. - Disse Isabelle chorando. 

— Preciso vê-lo! Eu tenho que vê-lo. - Disse Clary se levantando, porém uma forte vertigem a fez cambalear. 

— Você precisa é de descanso, aquele demônio Hydra quase te matou! - Disse Catarina.

Clary, porém não deu ouvidos e foi logo para o Gard atrás de Jace. 

                                               * * * 

Phoenix- Aparamente de Alec.

Tudo estava muito confuso, Alec tinha visto um monstro, mas ele sabia que aquilo não era real, que não poderia ser real, porque se fosse...

Ele estaria ficando louco e isso o assustava mais do que ele gostaria de confessar.

A movimentação dos policiais era intensa, Alec ouvira o depoimento de Magnus, agora ele sabia o que estava acontecendo, o que, realmente, tinha acontecido e isso de certa forma o deixava mais calmo, bem mais calmo.

Era somente uma mascara, uma mascara muito bem feita.

Feita para assustar, feita para aterrorizar qualquer pessoa.

Alec não acredita em anjos em demônios, na verdade, ele vinha de uma família que não tinha uma religião especifica, eles respeitavam todas, mas não seguiam nenhuma.

—Mais alguma coisa a acrescentar? –Pergunta o policial, encarando Alec.

—Ele usava uma mascara de demônio, ou algo do tipo. Era grotesco. –Responde, com uma careta no rosto.

—Ok, vamos começar as investigações. –Afirma o policial, levantando-se e seguindo para fora do apartamento de Alec.

Magnus alisa as costas de Alec, beijando o seu ombro e encostando o seu queixo logo em seguida no mesmo.

—Tudo bem? –Pergunta, preocupado.

—Eu só... Eu só estou preocupado com a Mary. –Responde, murmurando. –Ela amava o neto e era o único parente que vivia aqui. –Revela, olhando nos olhos de Magnus.

Não era mentira a preocupação do jovem, ele amava Mary, amava-a como se ela fosse parte de sua família e se preocupava com a senhora.

—Eu sei disso, mas a essas alturas a polícia já conversou com ela. –Revela, fazendo-o suspirar. –Vamos lá falar com ela. –Chama, levantando-se e esticando a sua mão em direção a Alec.

—Obrigado. –Agradece, suspirando, recebendo um sorriso amável de Magnus.

Alec aceita a mão de Magnus e os dois seguem em direção ao apartamento de Mary, encontrando-a com um porta retrato contra o seu peito e um olhar perdido. O casal se entreolha e solta um suspiro.

Magnus tinha um olhar cúmplice, como se ele entendesse o que se passava na cabeça de Alec e de um jeito, totalmente, louco, Alec sabia exatamente o que Magnus iria fazer.

—Eu faço o chá. –Garante, beijando a mão de Alec e seguindo em direção à cozinha.

Alec suspira, aproxima-se de Mary, sentando-se ao seu lado e a abraçando. Mary cai em prantos e o coração de Alec se aperta, era como se mais nada no mundo importasse, como se o fato dele estar enlouquecendo não fosse mais o centro de suas preocupações.

Estar com Mary, conforta-la era o seu dever.

Um sentimento invadiu Alec, ele se sente em divida com Mary, era como se ele pudesse ter feito alguma coisa, como se fosse a sua obrigação salvar Jordan.

Era mais que um dever... Algo que ele não conseguia explicar, já que a sua parte racional garantia que ele não poderia ter feito nada, a sua emocional gritava que ele poderia sim ter feito alguma diferença.

Mary explode em um choro compulsivo, deixando o coração de Alec cada vez mais apertado.

—Eu estou aqui. –Diz, sussurrando.

Foi à única coisa que ele conseguiu dizer, foi à única coisa que ele achou que seria aceitável falar. Afinal de contas, nenhuma palavra de consolo trás as pessoas que amamos de volta.

                                         * * * 

Idris - Gard.

—Deixem-me vê-lo! Eu preciso vê-lo! - Disse a garota irada para os caçadores que estavam de guarda. 

— Temos ordem específicas para não deixa-lo receber visitas, além disso, ele está sendo interrogado pela Consuela. 

— A-a Consuela? Ele está sobre o domínio da Espada Mortal? - Perguntou horrorizada.

— Não, a Consuela resolveu falar com ele antes do julgamento, tentar entender o que aconteceu, mas o Inquisidor quer que ele passe logo pelos irmãos do Silêncio e logo em seguida pela Espada Mortal. 

— Não pode ser! - Sussurrou a garota. 

Ela sabia que Jace era teimoso e muito fiel a Alec, ele jamais entregaria o parabatai e ela tinha certeza que era isso o que Robert Lightwood queria saber, o paradeiro de Alec. Ouviu uma movimentação dentro do longo corredor e viu que a Consuela Penhallow estava saindo. 

— Jia, digo, Consuela, por favor, deixe-me ver o Jace, eu imploro! - Suplicou a menina quando viu a figura esguia de Jia aparecer.

— Clarissa , devia imaginar que apareceria por aqui, como está? Soube que foi atacada. Jocelyn e Luke estão vinda para cá, ela está fora de si de preocupação. 

— Minha mãe é exagerada, eu estou bem. Por favor, Consuela eu te imploro se quiser me ajoelho, mas me deixe ver o Jace!

A Consuela suspirou, tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, o submundo estava inquieto, alguns ataques a mundanos estavam acontecendo, Robert havia feito uma queixa formal para que a Clave procurasse por Alec como desertor, Jocelyn estava vindo de sua casa de campo até o Gard e pelo tom que usara estava histérica, demônios atacando Idris e para completar Jace surtou e Robert o quer preso e julgado por traição. 

A Consuela tinha um grande apresso por aquele menino, ele que tão jovem já havia passado por tanta coisa e salvado o mundo das garras de Jonathan Morgenstenr, porém o garoto estava intratável, não abria a boca para dizer o motivo de tanta ira e ódio contra seu pai adotivo. 

— Tudo bem, veja se consegue por um pouco de juízo na cabeça daquele menino. Deixem-na entrar, você tem meia hora é tudo o que posso conceder. 

— Obrigada. - Disse Clary com lagrimas escorrendo pelo rosto. 

Os guardas abriram a porta e  a levaram até a cela de Jace, a abriram e permitiram que a garota entrasse. 

— Você ouviu, tem meia hora, voltaremos logo. 

— Tudo bem. - Respondeu a garota, porém não olhava para o guarda, seus olhos não saiam da figura encolhida na minúscula cama. 

— Jace? Você está bem? 

O loiro levantou a cabeça rapidamente e a olhou como se não acreditasse que ela estivesse ali. 

— Clary. - Sussurrou, indo com dificuldade até a garota e lhe roubando um beijo desesperado. - Achei que houvesse te perdido. 

— Eu estou bem Jace, Catarina me ajudou, mas olhe só pra você, está péssimo. - Disse a garota olhando para o namorado que estava em um estado deplorável. - O que houve? 

— Isso? - Perguntou apontando para os ferimentos. - Foi só Robert se vingando da surra que lhe dei, ele não pode comigo sozinho, mas como eu estava amarrado . . . - O garoto deu de ombros enquanto Clary arregalava os olhos.

— Ele bateu em você?! Não acredito que ele chegou a isso! - Disse indignada enquanto tirava sua estela e fazia algumas iratzes em Jace.

— Clary, você não devia estar aqui, vá para casa Clary, volte para lá e leve Izzy com você, aqui não é mais seguro. 

— Jace o que lhe deu na cabeça para atacar o Inquisidor?! 

— Quando te vi ali, machucada, perdi a razão, tudo o que eu pensava era que aquele desgraçado já havia me tirado Alec, não podia deixa-lo me tirar você também. - Disse o garoto num sussurro. 

— Temos que tira-lo daqui. 

— Eles só me deixaram sair impune se eu dizer onde Alec está, Robert me disse isso, que só retiraria a queixa se eu dissesse onde Alec se encontra e entenda Clary, eu te amo, mas não vou trair meu parabatai, não vou entregar Alec para a morte certa. - Disse decidido. 

Clary sentiu seu sangue gelar, Jace estava disposto a se sacrificar por Alec, não podia deixar isso acontecer, não podia deixar Jace ser julgado e considerado culpado por traição, a pena seria severa demais, a Clave não tinha compaixão com traidores. 

Vendo a expressão da ruiva, Jace soube exatamente o que se passava naquela cabeça vermelha que tanto amava.

— Clary, você me prometeu, me deu sua palavra de que não entregaria Alec.

— M-mas isso é diferente Jace! Você vai ser acusado de traição! 

— Não me importo, tudo que me importo é com você, por favor,Clary, por mim, por nosso amor, volte para Nova York, lá estará mais segura. - Implorou o loiro. 

Clary sentiu seus olhos marejados e selou seus lábios nos do garoto, o beijo foi voraz e cheio de medo pelo futuro que lhes aguardava. 

— Seu tempo acabou. 

A voz irritante do guarda lhes trouxeram de volta a realidade, Clary deu um ultimo beijo em Jace e se retirou. 

— Vou te tirar daí, juro. - Disse com as lagrimas escorrendo. 

Quando a ruiva saiu pela porta da frente do Gard ouviu uma movimentação na próxima a porta lateral, tentou se aproximar, mas foi impedida pelo guarda. 

— Não tem permissão para ir até lá. 

— O que está acontecendo ali? 

O guarda pareceu hesitar por um momento. 

— O Inquisidor quer que o julgamento de Jace Herondale seja adiantado, foi marcado para daqui a dois dias. 

Clary sentiu seu chão sumir, como acharia um jeito de salvar Jace com tão pouco tempo? Tinha que fazer Alec compreender que se não voltasse Jace é quem pagaria. 

— Você precisa se retirar agora, não tem mais nada para fazer aqui. - Disse o guarda. 

— Diga-me, qual o seu nome? - Perguntou a ruiva sem expressão alguma. 

— Ashdown, Mathias Ashdown. Por quê? - Perguntou o garoto confuso.

— Porque quero me lembrar bem de seu rosto e nome quando essa historia acabar e meu namorado se ver livre dessas acusações, ele vai querer saber quem me tratou tão mal e não me deixou vê-lo. - Respondeu Clary com desdém e viu o garoto engolir em seco.

Porém não deu mais atenção alguma, foi direto para o lago Lyn e tirando sua estela começou a abrir um portal, precisava ver Magnus e Alec com urgência, Jace não tinha tempo. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
Bjss até o próximo!!!!



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