Desamarrar escrita por TheEpic


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi!

Eu estava me lembrando da injustiça acometida às mulheres do universo de Naruto, mais especificamente à Sakura e à Hinata, e pensei: elas merecem mais.

De início, o intuito era abordar apenas a amizade das duas, mas o meu coração não se aguentou. Eu adoro SakuHina, acho um amor, e decidi colocar romance na fanfic.

Boa leitura! ♥



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Cansadas. Sakura e Hinata estavam cansadas de tudo o que todos queriam que elas passassem. Era como se elas estivessem presas com amarras tão fortes que só se soltariam com um esforço e dor que jamais sentiram antes.

Logo após o fim da guerra, tanto Hinata quanto Sakura passaram a valorizar a vida e as oportunidades que ganhavam dela. De início, elas colocavam como prioridade suas vidas amorosas, mas o tempo as forçou amadurecerem e ambas notaram que o “felizes para sempre” não acontecia só pela vontade de uma pessoa.

Sakura se soltou de suas amarras antes. Se desprendendo tão rápido quanto se apegou àquele amor –podia soar ridículo, vergonhoso e absurdo, mas ela havia amado– sonhador de infância, abriu os olhos novamente para o mundo. Passou a valorizar mais os seus amigos, ficou mais tempo com sua shisou quase perdida, deu mais carinho aos pais e, acima de tudo, esperou pela volta de Sasuke para recebê-lo não como um príncipe encantado, mas como um amigo tão querido que havia se livrado de um coração cheio de ódio.

Hinata demorou mais. Ela amava pura e intensamente, mas passou a mudar após uma conversa com sua irmã mais nova. Hanabi a fez repensar sobre sua vida e objetivos e ver que ela estava tomando um caminho completamente errado. Se continuasse a andar pela mesma estrada e mesmo que conseguisse ganhar o coração de Naruto, ela não seria verdadeiramente feliz. O que ela teria conseguido para si mesma além de um homem? O que ela teria feito de bom para si e para as pessoas que amava? Ela poderia ser feliz sabendo que viveu a vida inteira apenas por outra pessoa e só lutou para ganhar atenção e afeto de alguém?

Lentamente a sua vida foi mudando, junto com a sua mentalidade antes tão fechada. Com a perda de uma ilusão amorosa, Hinata encontrou confiança em si mesma, esta antes tão bem escondida. Sua paixão platônica ainda não havia desaparecido, mas a herdeira Hyuuga descobriu que ela poderia viver uma vida e ser feliz sem Naruto, por mais que ela ainda sonhasse com ele todas as noites.

Esse sentimento tão antigo passou a desaparecer quando Hinata e Sakura se aproximaram. Começou com uma missão simples, onde ambas conversaram muito e viram que tinham muitas coisas em comum, como o gosto por livros de romance, aquela cantora que havia lançado uma ótima música recentemente, treinar durante a noite e o interesse por aprender coisas novas.

Com o passar dos meses, a amizade das duas kunoichis se fortaleceu. Sem perceber, Sakura se viu afeiçoada por sabores diversos de chá –como Hinata–, roupas de cores em tons pastel –como Hinata– e dança tradicional– como Hinata–.

Hinata riu sozinha quando reparou que estava ainda mais confiante na sua própria capacidade –como Sakura–, que passou a se interessar por karuta –como Sakura– e como rosa misteriosamente se tornou sua cor favorita. Não o rosa bebê e muito menos o rosa forte. Era o rosa específico dos cabelos de Sakura.

No entanto, a garota também estava confusa. Ela se via sonhando acordada com os momentos alegres com Sakura, sorria ao pensar na risada gostosa que ela tinha, ficava nervosa quando ela usava aqueles shorts curtos e apertados e o coração batia mais rápido a cada toque que recebia da amiga.

De um momento para outro, o nome do que Hinata sentia se tornou tão claro quanto a neve: Hinata estava apaixonada. Daquela vez, ela estava certa de que o sentimento havia se desenvolvido da forma certa. Ela havia se apaixonado por Sakura no meio da descoberta de que não precisava de um homem para ser feliz ou realizada; de que ela poderia ser satisfeita consigo mesma sem a necessidade de impressionar alguém e de que existem coisas mais importantes na vida do que viver em prol de alguém sem pensar antes em si mesma.

Além de tudo, ela havia se apaixonado por Sakura por quem ela era e não pelo que ela conseguia enxergar ou idealizar. Ela havia conhecido a iryou-nin por inteiro, visto seus defeitos e qualidades, encontrado os detalhes mais profundos da personalidade dela. Aquele sentimento havia se instalado dentro de si da forma mais discreta, simples e verdadeira possível.

Qual não foi a surpresa ao descobrir que Sakura sentia o mesmo?

Elas estavam em mais uma missão, a mais perigosa que tiveram juntas. Hinata havia se ferido gravemente após uma batalha e ouviu vagamente, antes de desmaiar enquanto Sakura a curava, uma declaração espontânea e desesperada vinda da amiga. Quando retornaram à Konoha no dia seguinte, conversaram sobre.

Ambas estavam nervosas, tensas e envergonhadas; porém as palavras passaram a vir da forma certa e logo os sentimentos ruins desapareceram. Com elas era sempre assim, afinal: simples, natural e fluído.

Descobriram então os prazeres de toques afetuosos, do contato carnal, de atos simples como um abraço carinhoso, beijinhos em diversos lugares, de conversarem durante a madrugada emaranhadas em lençóis e pernas entrelaçadas, da rotina que agora viviam juntas.

Desde o início, Sakura e Hinata se ajudavam a se soltarem das amarras que a vida colocara nelas. Elas descobriam sobre a vida juntas como colegas, amigas, amantes, família. Juntas, elas descobriram a melhor forma de amar: o amor que vem inesperadamente, que é tão verdadeiro que não intimida de forma alguma, o amor que não se resume somente ao sentimento de paixão. Elas se amavam de todas as formas possíveis.

Se desprendiam lentamente do passado e das coisas ruins que nele existia e se permitiam amar e avançar sem medo do futuro que vinha adiante.


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Notas finais do capítulo

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