Sua Perdição... escrita por Hanakko


Capítulo 6
Um tal de Adão




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Isso só pode ser carma.

Não é possivel! Eu me afasto de seis pra depois pertencer a dez deles...

Oh, vida cruel! O que eu fiz para ti?!

A hora que eu mais temia chegar era o intervalo.

Eu iria morrer. Mas tudo bem, eu irei ficar em paz.

—Ake?.-A voz de Taylor me tirou dos meus devaneios.

—O que foi?

—Você esta parada ai já a um bom tempo e já é intervalo.

—Ah, claro. Obrigada por avisar.-Me levantei e alinhei o uniforme.

Sai andando vagamente pelo corredor lotado de pessoas.

Vi Kou cercado de garotas enquanto mantinha uma conversa animada com as mesmas.

Eu preciso de um tempo.

Subi as escadas até a cobertura da escola e me agarrei a grade observando com atenção a paisagem.

—Porque você foi com eles?.-Ouvi uma voz irritada atrás de mim e me virei assustada.

—Su-subaru-Kun?! Eu não tive escolha, eu estava...

—Pouco me importa! Você nos traiu.-Revirei os olhos.

—Eu não tr...

—Porque fez isso com você? Porque fez isso com a gente?... Porque fez isso comigo?.-Ele me prendeu contra a grade e mordeu o meu pescoço.

Fechei os olhos com força e segurei um grito por causa da brutalidade nunca usada por ele antes.

—Que cena mais bonita!.-Ouvi aplausos e abri os olhos.-Esta se divertindo tanto que nem notou minha presença não é, Subaru?!.-Kou provocou quando subaru me largou e o encarou desinteressado.

—Você não tem vergonha roubando o que é dos outros?.-subaru falou sem emoção.

—Ei, pera lá! Eu nã...-fui cortada

—Aproveite que ela esta bem do seu lado e beba o sangue dela, porque vocês jamais a terão de volta...-Kou cruzou as pernas com um sorriso de deboche.

—Que garantia você tem disso?

—Não seja bobo!.-ele tirou os olhos de Subaru e me encarou.-Akemí, minha belissima rosa, você ainda não percebeu que ele gosta de você?

—O que?.-Minha cara foi no chão.

—Pare de falar bobagens!.-subaru se irritou.

—Porque não admite logo pra si mesmo que está afim dela...?.-Kou alargou o seu sorriso e subaru desapareceu.

—Agora você é minha, gatinha masoquista.-Vi um brilho vermelho se dissipar em seu olho direito enquanto ele se aproximava.

Ele não disse mais nada, apenas ergueu meu queixo e mordeu meu pescoço.

Agarrei seus ombros e tentei o afastar (tentativa inútil).

—Estou satisfeito!.-ele me soltou com um sorriso e me deixou ali sozinha.

Me deixei deslizar até o chão e soltei um longo suspiro.

Passei os dedos em volta dos quatro furos que Subaru abriu e Kou se aproveitou.

Meus dedos estavam cobertos de sangue.

Me levantei cambaleante enquanto cobria o pescoço com a mão.

—Eu nunca vou te perdoar!.-Meu coração chegou na boca quando reconheci aquela voz infantil.

Agora ferrou!

—Você merece que eu chupe seu sangue até não sobrar mais nada! Teddy esta com ódio de você!

—Kanato!.-Fechei os olhos quando ele puxou minha cintura com brutalidade me encostando ao seu corpo.

Ele afundou os dentes em mim sem que eu estivesse pronta e eu não pude conter um grito.

—KANATO-KUN!.-Gritei tentando me afastar a todo o custo.

Ele aprofundou a mordida e eu senti seus dentes em algum músculo do pescoço.

—KANA...-eu ia gritar mais uma vez quando me arrancaram dos braços de Kanato fazendo minha pele (literalmente) rasgar e gritei.

—Não é assim que se deve tratar uma dama!.-Meu corpo estava na frente do corpo de ruki e ele estava com as duas mãos na minha cintura.

—Se afaste da nossa presa.-Kanato rangeu os dentes.

Escutei a risada de Ruki e senti sua risada no machucado do meu pescoço.

—Agora ela é nossa.-Ruki lambeu o machucado com cautela e delicadesa o que me fez tombar a cabeça para o lado oposto.

A sua lingua gelida em contato com meu sangue quente era tããão bom.

Eu estava tão entretida que nem dei importancia quando Kanato berrou e desapareceu junto com aquele urso idiota.

Ruki afastou o rosto do meu pescoço e me virou de frente pra ele.

—Obrigada.-eu disse quando ele tirou as mãos da minha cintura.

—Me agradeça de outro jeito.-Respirei fundo e me aproximei tirando o cabelo do caminho.

Ele sorriu e abaixou o rosto mordendo meu pescoço mas não como a os outros que são brutos e insensivéis.

Quando ele se afastou vi um filete de sangue escorrer pelo canto da sua boca.

—Eu não me sinto muito bem.-Suspirei.

—Você pode nos esperar no auditorio se quiser.

—Em troca de mais sangue?

—Não, eu estou vendo que você esta debilitada. Pode ir. Por hora é só!

Antes de ir ao auditorio passei no banheiro e me arrumei.

—O que está fazendo aqui, M neko-chan? O intervalo acabou a tempos.

—Eu sei!

—Então...?

—Estou descançando... Perdi muito sangue hoje.

—Percebi. Seu coração esta bombeando mais rapido.

—Hum, sabe, Kou... As vezes é dificil aceitar ser tratada como lixo...-resolvi me abrir com Kou.

—Porque diz isso?

—É que...-encarei meus pés enquanto os balançava.-Nesse meio tempo em que vivi com vampiros pude perceber que nem tudo nesse mundo é bondade e amor, por que desde que descobri que vampiros existem eu sou tratada como um zé ninguém. Eu não escolho o que faço, o que quero, onde estudo e nem o que como! Tudo na minha vida tem sido controlado nos minimos detalhes. Acreditar que o lugar onde eu creci me entregou para morte é dificil, sabe?!.-Sem perceber comecei a chorar.-Viver tem sido dificil e as vezes tudo que eu queria era morrer de uma vez. Eu posso parecer alegre, animada e, forte o tempo todo mas essa não é a realidade. Eu aprendi a esconder minhas emoções da pior maneira possivel. Sempre que eu tinha medo ou tristeza eles me assustavam me diziam que tudo seria pra sempre e me faziam sentir dor. Diziam que o pior ainda estava por vir. Vocês nunca vão saber como eu me sinto! Como é ser usado como lixo. Ser exposta e competida como um prêmio. Sentir você ser sugada pra fora do seu corpo todos os dias.

 

P.O.V Narradora...

 

Ele esticou seu braço e ergueu o rosto da garota em sua direção. Encarou aquelas grandes orbes, brilhando por causa das lágrimas, por um momento.

—Neko-chan...-ele enxugou seu rosto.-Não chore, você não tem ideia de como fica feia chorando.-Ele brincou arrancando um sorriso dela.-Bem melhor!

 

P.O.V Akemí...

 

Abracei Kou com todas minhas forças e ele retribui.

Acho que escultei uma costela quebrando.

—Obrigada por me ouvir.

—De nada! Essa é apenas uma advertência, da proxima vez que você chorar por motivos idiotas, eu juro que irei chupar o seu sangue até não poder mais.-soltei Kou na hora perplexa pelo que tinha acabado de ouvir, e não, ele não estava brincando. Ele estava mais sério que nunca.

—Agora venha aqui!.-Ele se aproximou do meu rosto e me deu um beijo antes de sair.

Esperei por quase uma eternidade até voltarmos pra casa.

E eu não disse uma palavra o caminho todo.

Tudo que eu queriaera a minha caminha.

Tomei um banho coloquei uma calcinha preta de bolinhas azuis e uma camisola amarela de babados.

Me olhei no espelho enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo alto com um elastico.

Encarei o machucado no meu pescoço e passei os dedos de leve.

Aquilo estava doendo pra caramba.

Pensei por um instante.

Se tem uma pessoa que esta sempre de ataduras é o azusa, então presumo que ele tenha.

Coloquei um sobretudo e sai procurando o quarto de Azusa.

Bati duas vezes na porta até Azusa abrir.

—Eva? O que quer?

—Eu... Queria perguntar se você tem algo pra eu passar nisso?

—Ah... Tenho, claro... Entra!.-Ele me deixou passar e eu entrei.-Espere um... Segundo... Eu já volto.-Ele entrou no banheiro do seu quarto.

—Pode se sentar... Ai...-ele apontou pra cama. 

Eu me sentei ele se sentou do meu lado com uma maleta nas mãos.

—Eu... Posso?.-Ele hesitou em tocar o meu pescoço.

—Pode claro.-Sorri virando a cabeça.

Ele aplicou uma pomada logo apos limpar a ferida com aguá oxigenada.

—Isso esta bem feio... De quem são... esses dentes?

—Kanato...

—Esta... Doendo?

—Um pouco.-Ele pos uma atadura em volta do meu pescoço.-Obrigada, Azusa.

—Lembre-se de trocar...

—Okay. Boa noite. Juro que amanha eu te deixo me morder!

—E porque não agora?

—Porque eu estou exausta.-ele se aproximou do meu rosto.

—Só um poquinho?.-Ele disse quando seu nariz encostou no meu.

—Po-porfavor não..-Ele se aproximou mais do meu rosto até nossos lábios se encostarem.

—Eu só quero tirar esse peso de cima de você...-eu fechei os olhos e me deixei ser beijada por ele.

Sua lingua pediu passagem e eu consedi de bom grado e afundei meus dedos em seu cabelo.

Ele colocou as mãos na minha cintura.

Ele afastou o boca da minha e beijou a pondado meu nariz.

Eu ri e o soltei.

—Obrigada.-eu disse e ele soltou minha cintura.

—Sempre que quiser.-Ele disse e eu ri.

—Eu tenho que ir, esta tarde...-eu me levantei e caminhei até a porta.

—Boa noite!

—Pra você tambem!.-Sorri saindo do quarto.

Voltei pro meu quarto e apaguei a luz me deitei e me cobrir.

Ainda era estranho Ayato não estar no meu quarto... Ou na minha cama!

Isso pode soar pervertido mas na verdade não é.

—Ayato...-Só em pensar que ele esta com raiva de mim me dava raiva de mim mesma.

Suspirei e me deitei de bruçus, afundei a cara no travesseiro e imaginei coisas que nunca vão acontecer até dormir.

—Ei, vadia?.-Escutei alguem no meu ouvido. Mas eu nem quero saber, estou morta de sono. Afundei minha cara no travesseiro.

—Porca maldita! Levante!.-Fui balançada freneticamente.

—Me deixe... Dormir.-Bati na cara dele e me virei.

Escultei passos se distanciando e suspirei aliviada.

Quando eu estava caindo na inconsciencia, me levantei desesperada.

—Seu...-encarei meu proprio corpo e a minha cama antes de gritar e pular em cima da Yuma o derrubando no chão.-FILHO DA MÃE!.-Tentei estapear sua cara mas ele segurou meus braços.

—EI, EI! PARE COM ISSO, IDIOTA!.-Ele gritou quando eu soltei meus braços e voltei a bater nele.-NÃO ME OBRIGUE A USAR A FORÇA!

—VÁ EM FRENTE SEU ESTÚPIDO!.-ele sorriu e agarrou meus pulsos com uma das mãos e com a outra segurou a minha cintura me empurrando pela ate eu sair de cima dele.

Ele se levantou ainda me segurando e me empurrou até me deitar na minha cama que estava completamente molhada.

Ele soltou a minha cintura e separou os meus braços.

—Porque me acordou? E o que esta fazendo em cima de mim? Você é pesado sabia?

—Porque eu estou com sede e você não queria acordar. E sim eu sei que sou pesado por isso estou em cima de você.

Bufei e balancei os braços tentando me soltar.

—Você é muito cruel sabia?

—Sim, eu sei!.-Ele sorriu e lambeu meu ombro esquerdo antes de morde-lo.

—Yuma, seu filho de uma égua, me solte!.-Eu me debatia constantemente em baixo dele.

—Se não ficar quieta vai doer mais.-Ele tinha toda razão, só o que me restava era ficar parada.

Respirei fundo quando ele me soltou.

—Olha só, você molhou tudo por aqui...

—Mas foi você que...ah... Esquece! Sai do meu quarto!.-Apontei pra saida irritada.

—Esteja na sala de jantar em vinte minutos.-ele saiu do quarto tomei um banho e me troquei em exatos vinte minutos e me dirigi a sala de jantar antes de entrar senti cheiro de café e me derreti. Mas também ouvi as vozes dos garotos.

—Algum sinal do despertar?.-ruki perguntou.

—Não.-responderam todos.

—Isso esta demorando de mais pro meu gosto...-Kou disse

—Talvez nenhum de nós se transforme em adão...-Ruki lamentou

—Porque não?.-Yuma perguntou

—Porque não temos nenhum sinal e a proxima lua se aproxima. Talvez seja porque nós não somos sangue puro...

—Mas isso é possivel?.-kou parecia preucupado.

—Totalmente possivel!

—E se decepicionarmos...Karlheiz?.-Azusa perguntou. Perai, esse não é o nome do pai dos garotos? O que ele tem haver com isso.

—Daremos um geito! Mas por enquanto bebam o sangue dela maximo que puderem!

—Mas... E se ela...morrer?

—Ele tem razão, se continuar nesse ritmo M neko-chan não vai aguentar muito tempo.

—Se um de nós formos transformado em adão antes não teremos problema.

—O que esta fazendo aqui?.-A voz de azusa atrás de mim quase me fez ter um treco.

—E-eu vim tomar o café-da-manhã.- Tentei disfarçar.-Você não estava lá dentro agora mesmo?

—Sim, mas senti...o cheiro do seu... sangue. Então... O que você... Ouviu?

—E-eu só ouvi v-vocês fa-falando de um tal de Adão.

—Vou... Fingir que... Acredito!

Entrei na sala com Azusa e sentamos pra comer.

Não demorou muito pra Yuma e Kou começarem a brigar de novo.

 

 


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