The Amazing Spiderbug escrita por ladyenoire


Capítulo 3
Cominação de Octopus


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários ♥ Irei respondê-los mais tarde, ok? :)
Boa Leitura!!!



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Ser heroína não é uma escolha fácil. Muitas vezes você precisa parar a sua vida e salvar as pessoas. E mesmo que você perca algumas coisas importantes, você sabe que tem que fazer o que é certo. Como dizia o meu pai "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades", então se você pode ajudar, deve ajudar.

O motivo da minha lamentação sobre perder coisas importantes? Duas palavras: Doutor Octopus.

Pra que ir pra aula se você pode lutar contra um cientista maluco que tem quatro braços robóticos presos nas costas? O pior de tudo é que tenho prova hoje, seria ótimo se eu chegasse mais cedo e conseguisse revisar o conteúdo. Mas graças ao grande polvo aqui, não vou conseguir realizar esse feito. Porque ele resolveu assaltar um banco tão cedo?

— Se você ficar parada, prometo que terá uma morte rápida.

— Sem chances. Sou jovem demais para morrer! - exclamei desviando dos seus ataques - Além do mais, não confio em ladrões de banco. E a propósito, sabia que roubo de banco é primeiro cr...

— Você não cala a boca nunca? - ele conseguiu me segurar com um dos seus braços robóticos esquisitos.

— Minha mãe diz que sempre fui uma pessoa comunicativa. - ele grunhiu de raiva e me atirou contra o chão.

— Prometi que você teria uma morte rápida, entretanto isso só valeria se ficasse parada. Então se prepare aracnídea.

— Na verdade, aranhas são.... Espera! Você foi o primeiro vilão que acertou. - ele me encarou confuso. - Ah esquece! - ficamos uns segundos em silêncio - Se está esperando um "Parabéns" é melhor sentar. Deixa que eu te ajudo. - lancei uma teia nos olhos dele, que cambaleou para trás, fazendo com que eu conseguisse me soltar. Novamente atirei teias nele e o puxei contra mim, acertando um chute que deixou Dr. Octopus no chão - Olha, eu acho você deveria mudar o horário de crimes, está muito cedo e eu... - o braço dele veio em minha direção e me prendeu contra a parede.

— Se você parasse de falar besteiras, até poderia ganhar de mim. - com o outro braço ele prendeu os meus pulsos, me impedindo de lançar teias.

— Ah que isso! Os vilões adoram o som da minha doce e melodiosa voz.

— Não só os vilões. - bati minha cabeça de leve na parede assim que escutei a voz dele.

— Quem é você? - Dr. Octopus encarou o ser vestido de vermelho e preto, com duas orelhas de gato presas a cabeleira loira.

— Sou Chatpool, e eu acho que não é assim que se trata uma dama. - o garoto-gato sacou suas katanas e partiu pra cima do homem-polvo. Consequentemente, o vilão me soltou bruscamente e eu caí de cara no chão.

— Ótimo, mais um idiota mascarado para atrapalhar os meus planos! - Chat riu dele e continuou atacando e desviando dos golpes. Pensei em ficar sentada observando a luta, já que eu tinha quase certeza que meu nariz começaria a sangrar. Mas isso não é o que as pessoas esperam da Espetacular Spiderbug.

Lancei minhas teias em dois postes de luz, um de cada lado da rua. Sei que provavelmente vou me arrepender disso, mas mesmo assim tomei a distância necessária e soltei as teias.

Estiligue Aranha!— voei por alguns metros e só parei quando meu corpo se chocou com as costas do Dr. Octopus. - Essa com certeza doeu. - Eu disse que ia me arrepender. Esfreguei a cabeça e saltei antes que ele conseguisse me agarrar com seu braço robótico.

— My lady, seu nariz está sangrando. - parece que acertei isso também. As vezes estar certa não é tão legal.

— Obrigada por avisar, Chat. - passei a mão pelo nariz, limpando o sangue e saltei mais uma vez desviando dos ataques. - Já estou ficando cansada dessa luta, vamos acabar logo com isso.

*****

— Descobri algo que é do seu interesse. - Alya me parou assim que tirei os livros do armário.

— Bom dia pra você também.

— Certo, bom dia amiga. Então, se prepara que aí vem bomba. - a encarei curiosa. Entretanto, poucas coisas têm me surpreendido ultimamente, visto que ser a Spiderbug me fez ter experiências inacreditáveis. - Adrien Agreste é oficialmente solteiro. - Ok, isso de fato me surpreendeu. O status de relacionamento do Adrien sempre foi desconhecido até por Nino. Algumas pessoas diziam que ele namorava uma universitária, outras chegaram até dizer que ele não curtia mulheres. No entanto, Nino apenas confirmou que ele curte sim, mas ele não sabia se o amigo namorava alguma garota ou não.

— Como descobriu isso?

— Digamos que sou uma ótima detetive. - se gabou e eu a encarei com descrença. Sei que Alya investiga melhor que a CIA quando quer, mas isso era um mistério que até seres místicos não sabiam a resposta. - Ele conversou com Nino e disse que tem vontade de ter um relacionamento legal tipo o meu e o dele. - Sim, Alya e Nino são namorados e eu sou a grande vela da história romântica deles.

— Mas isso não quer dizer que já não tenha um relacionamento. Ele falou que quer um relacionamento como o de vocês, talvez ele tenha um que não seja assim, ou algo do tipo. - desanimei. Embora eu tenha que cair na realidade quanto a isso, queria do fundo do coração que Alya estivesse certa.

— Acontece que o Nino perguntou porque ele não tem um relacionamento assim, aí ele riu e disse que só falta uma coisa.

— O quê? - perguntei depois da longa pausa misteriosa que ela fez.

— Uma namorada. - ela riu enquanto eu sentia meu coração bater mais rápido. Na minha mente imaginei várias situações do tipo: "Sim Adrien, posso ser sua namorada para termos um lindo relacionamento como o de Alya e Nino que você tanto queria". - Marinette! - voltei a realidade quando minha amiga bateu a porta do meu armário. - Sei que idealizou você mesma falando que o namoraria e tal, mas o sinal tocou e nós temos prova hoje.

— Ah é, a prova. - fechei os olhos com força - Acabei de lembrar que não revisei o conteúdo. Que ótimo!

******

— Mari, o que acha de ir a cafeteria com nós? - Alya me perguntou assim que o sinal tocou, indicando o final das aulas.

— E ficar de vela? Não, muito obrigada.

— O Adrien vai.

— Sabe que me pareceu uma boa ideia ir a cafeteria. - ela riu do meu desespero e logo eu saí ao lado dela.

— Vamos no carro do Nino, então você vai sentar ao lado do Agreste no banco de trás. Por favor não tenha um ataque cardíaco. - assenti mesmo com vontade de dizer que não prometia nada.

— Olá garotas. - Nino cumprimentou e Adrien apenas acenou.

— Olá. - Alya falou animadamente enquanto pegava minha mão e acenava por mim, já que eu estava meio que paralisada.

— Vamos então. - Adrien abriu a porta e fez sinal com a mão para eu ir primeiro. Não sei se vou conseguir normalizar minha respiração.

Assim que ele fechou a porta, pude sentir o cheiro do seu perfume me deixando extasiada. Se eu tivesse menos vergonha na cara, provavelmente agora estaria com o nariz afundado no pescoço dele até ele conseguir me soltar - o que eu acho que demoraria, já que eu posso, literalmente, ficar grudada nas coisas.

— Então Mari, você tirou fotos da Spiderbug e do Chatpool lutando contra o Dr. Octopus hoje? - Alya puxou assunto. No fundo eu sabia que era uma de suas tentativas de me fazer parecer interessante na frente de Adrien. E eu meio que a agradecia por isso.

— Tirei sim. Enviei ao J. J. Jameson antes de ir pra aula. - não sei como consegui falar igual a uma pessoa normal com Adrien Agreste ao meu lado.

— Sem ofensas Nino, mas o Chat é um gatinho. Literalmente. - Nino lançou um olhar atravessado para a namorada - Você sabe que só tenho olhos pra você. - ele murmurou um "Acho bom" e Alya revirou os olhos. - O que você acha dele, Mari?

— Ele até que é bonitinho, mas fica perseguindo a Spiderbug e isso deve ser um pouco irritante. - na verdade é muito irritante, porque eu vivo isso. Porém é claro que eu não poderia dizer, se não estragaria minha identidade secreta.

— Mas você acha que ele é um herói, não é? - arregalei os olhos assim que ouvi a voz do loiro dos meus sonhos.

— C-Claro. - disse apenas um palavra para não me perder no meio da frase, mas mesmo assim gaguejei. Respirei fundo e mentalizei que preciso ao menos tentar não parecer uma completa idiota. - Quero dizer, ele é um herói mas as vezes é meio irresponsável.

— Até que enfim uma garota que não idolatra ele. - Nino comentou e estendeu a mão para trás, então fizemos um breve toque.

— Como se você não fosse o maior fã da Spiderbug. - Alya falou para o namorado.

— Não tanto quanto o Adrien. - Como assim? Adrien é meu fã? Ou melhor, fã da Spiderbug?

— Uh, isso é verdade? - Alya se ajeitou no banco para encarar o loiro. Pode ser impressão minha, mas ele parecia corado.

— Sim, eu a admiro bastante. - ele riu um pouco nervoso enquanto eu tinha um ataque cardíaco. Sinto muito Alya, não consegui atender ao seu pedido.

— Olha só, chegamos. - minha amiga comentou assim que Nino estacionou. Desci do carro andando um pouco atrás deles. Ainda não me recuperei da informação que Adrien admira a Spiderbug, que no caso sou eu.

— Ouvi dizer que esse lugar tem um cappuccino em homenagem a Spiderbug. - levei um susto a princípio, mas me recompus ao ver que era apenas Adrien ao meu lado. Ou melhor, não era "apenas" Adrien. Era o garoto dos meus sonhos falando comigo.

— S-Sério? Nunca ouvi falar. D-Deve ser ótimo.

— Sim. É lançamento, eu acho. - entramos na cafeteria e escolhemos uma mesa mais no fundo, bem ao lado de uma das janelas.

— O que vão querer? Eu vou ali buscar que é mais rápido. - Nino falou enquanto eu sentava ao lado de Alya e em frente a Adrien.

— Eu e Marinette vamos querer o Spiderbug que vem com croissants de chocolate. - o loiro falou e eu o encarei quase com a boca aberta - Ah, foi mal. Você vai querer outra coisa?

— N-Não, tudo bem. - sorri, ou tentei sorrir.

— Também vou querer isso. - Alya disse.

— Ok, já volto então. - eu mal acreditava que passaria ao menos um tempinho perto de Adrien. Tudo bem que Alya e Nino estavam ali também, mas isso já é um começo.

Ouvimos uma explosão e quando olhei pela janela, vi que era a porta de uma loja que havia sido arrebentada. E na frente do estabelecimento, um cara que parecia ter seu corpo feito de eletricidade, estava parado enquanto as pessoas gritavam.

Alternei meu olhar entre o cara e o Adrien. É, tava bom demais para ser verdade.

— Preciso tirar fotos para o jornal. - cometei um pouco triste.

— Só toma cuidado. - estava pronta para agradecer Alya, quando vi que que na verdade tinha sido Adrien que tinha falado.

— V-Vou tomar. - corri para fora da cafeteria e me enfiei no beco que tinha ao lado. Joguei minha mochila na parede e prendi com a teia. Fiz a mesma coisa com minhas roupas depois de tirá-las e escalei a parede já trajada até chegar no topo. Prendi a câmera em um lugar que pudesse fotografar a possível luta. Saltei na rua e parei na frente do homem.

— Saia daqui Spiderbug, eu não quero machucar ninguém.

— Se não quer machucar, porque arrebentou a porta dessa loja?

— Porque o dono me irritou. Todo mundo me irrita. Eu odeio as pessoas! - definitivamente esse cara é doido. Notei que quanto mais irritado ele fica, mais a eletricidade nele parecia ficar instável.

— Calma aí pisca-pisca, se não quer machucar ninguém, tente controlar sua raiva. - ele riu.

— E quem é você para me dar ordens? - ele estendeu a mão e jogou seu poder na minha direção. É, parece que ele não conseguiu controlar sua raiva.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que acharam!
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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