A Carta escrita por Luna Tolking


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Feito de fã para fã.



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O envelope estava lisinho, bem arrumado e pomposo, mas não deixava de se notar que fora escrito por uma criança. As letras um pouco maiores, outras menores, com tanto esforço para ficarem redondas, praticamente gritava que o dono da cartinha era apenas uma criança de sete anos.

Atrás do envelope estava escrito em lápis de cera azul:

De: Teddy Remus Lupin
Para: Papai Noel

A carta havia chegado a pouco tempo por uma corujinha agitada e malandra, que se chamava Pichitinho. Essa, ficou feliz com sua entrega, mas o homem a quem recebeu se sentiu confuso, afinal, ele não era o Papai Noel. Duvidava que tal personagem trouxa existia. Aquilo era com certeza algum tipo de brincadeira.

Tomado pela curiosidade, ele se sentou e abriu com cuidado a cartinha. Retirou o pergaminho, que pareceu ter sido dobrado com esmero e capricho. Estava escrito de lápis de cera como toda a carta. Antes de começar a leitura, o homem notou que havia um desenho.

Essa é a minha família. Eu que desenhei.

Ele teve vontade de rir. Ali estava um bando de pessoas com cabelos vermelhos, um se destacava com os cabelos negros e um raio exageradamente grande na testa, havia uma mulher de cabelos cacheados e negros também. No meio deles, um bonequinho sorridente e de cabelo azul. Certo, ele descobrira como o dono da carta era. Ainda havia, em cima de uma nuvem, um grupo peculiar, que o fez sorrir nostalgico. Remus, Tonks, Sirius, Ted... eles olhavam para ele como se dissesem que estava tudo bem. 

E então veio a parte escrita. O homem se ajeitou na poltrona, bebeu um pouco de seu wisky de fogo e tratou de ler o que o tal Teddy tinha a pedir ao Papai Noel.

Querido Papai Noel,

Meu nome é Teddy Lupin, tenho sete anos. Eu estou escrevendo para o senhor porque meu padrinho disse que você existe, ele falou que era para eu deixar a carta dentro de uma meia, mas o tio Jorge é que deu a ideia de mandar a carta na coruja e eu achei melhor né? Como o senhor ia receber a carta dentro de uma meia?

Eu sei que o senhor recebe muitas cartas de muitas crianças pedindo presentes, por isso eu quis fazer uma coisa diferente. As crianças só ficam pedindo coisas e nenhuma agradece, por isso eu vim pedir obrigado.

Um dia a vovó disse que meus pais e meu avô estão no céu. Ela falou que lá é muito bom e que eles estão felizes da mesma forma que estariam se tivessem comigo. Então, obrigado por isso. Eu sei que são os anjinhos que levam as pessoas, mas ter meus pais felizes é um tipo de presente, então isso é com o senhor também.

Obrigado por ter me dado uma família super legal. O meu padrinho vem todo dia me visitar; Vovó sempre faz biscoitos deliciosos; Victorie é uma amiga muito legal; Tia Mione sempre lê para mim; a Tia Gina me ensinou a voar de vassoura; Tio Ron sempre me deixa comer doces antes do jantar; Tio Jorge vive me dando presentes da loja dele; Vovó Molly sempre me deixa dormir mais tarde quando eu estou n'A Toca; Tia Fleur diz que eu sou a coisinha mais linda que ela já viu e Tio Gui discorda, mas sei que ele gosta de mim.

Então, eu agradeço. E sei que prometi não pedi nada, mas... eu queria muito um bichinho de pelúcia. É um lobo cinza que vende na lojinha do Beco Diagonal. Se não der para comprar, eu vou entender.

Tchau e espero que seu Natal seja feliz Papai Noel.
Teddy Lupin.
Ps: Se quiser aparecer para a ceia de Natal n'A Toca, será bem vindo.

Ele acabou de ler e riu. É, Teddy Lupin era um menino de mente e coração puro. Ele olhou a hora, eram quase sete da noite da véspera de Natal. O Beco fechava às oito. 

Se levantou em um pulo e pegou seu casaco, guardando em um bolso qualquer a cartinha. Correu para sua lareira e pronunciou "Beco Diagonal", disposto a dar um presente ao pequeno menino.

N'A Toca, as coisas estavam agitadas. A mesa da ceia estava farta. Teddy estava sentado na janela, olhando ansioso para algo.

– O que foi Teddy? – Harry Potter perguntou se sentando ao lado do afilhado. O menino o olhou com pesar.

– Estou esperando o Papai Noel. Eu convidei ele para a ceia de Natal. – ele disse e Harry riu. A inocência de Teddy era algo bonito de se ver. 

– Bom, se você convidou, ele pode querer aparecer. Mas ele é bem ocupado. – falou o moreno e Teddy assentiu.

– Eu sei. – respondeu meio cabisbaixo.

Mas antes que Harry continuasse, um barulho de aparatação foi ouvido. A risada de Victorie foi escutada. Teddy sentiu seus olhinhos brilharem. Lá estava ele. O Papai Noel, segurando um lobo de pelúcia cinza. Sua roupa era vermelha e ele usava um cinto grande de couro. 

– Quem foi que me mandou essa carta aqui? – perguntou estendendo o pergaminho. Teddy deu um pulo, estendendo a mão.

– Fui eu! Fui eu! – ele disse e o Papai Noel estendeu o lobo de pelúcia para ele. – Obrigado Papai Noel!

– Eu que agradeço por melhorar meu Natal, pequenino. – disse ele e logo o menino de cabelos azuis berrantes o abraçou em forma de agradecimento. Os Weasley e Potter viam a cena com um tom de riso.

Assim que Teddy saiu da sala, e fez o Papai Noel prometer que ficaria para a ceia, foi que os adultos se sentiram disposto a rirem.

– Aberforth, você se superou. – falou Hermione entre risadas. Aberforth Dumbledore rolou os olhos e logo encarou Jorge, que se acabava de rir.

– Tem seu dedo nisso, Weasley. – falou o Dumbledore desconfiado. Jorge limpou uma lágrima e fez um rosto inocente.

– Eu? Porque eu? – falou e logo desviou de uma azaração lançada pelo velho.

Por muitos anos, Aberforth Dumbledore fez o papel de Papai Noel para as crianças que nasciam naquela família. Todo ano recebia uma carta diferente, e ele acabava por aparecer na ceia n'A Toca e abrir presentes com as futuras gerações dos cabelos de fogo e do Menino-Que-Sobreviveu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que deixem suas opiniões. Um grande beijo e até uma próxima fic. ♥
Beijos!