Watashi Wa Yakusoku escrita por G E W


Capítulo 7
6.


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus ...
Que demora!
Autor com bloqueio é o 'ó' !!

Mas, como comecei a ler um BELÍSSIMO livro (Calafrio, recomendo a 'Cullenistas' de plantão) ... Consegui tirar algo da cabeça ♥


Eu só revisei uma vez ele inteirinho, então deve estar uma merda '-'
Mesmo assim, fã le qualquer coisa mesmo (como se eu tivesse muitos) ...



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——

 

O sol aparecia no horizonte; os passarinhos piavam. Foi nessa hora que Roku acordou.

Simplesmente abriu os olhos, desperto. Sem bocejar e sem espreguiçar. Já foi se levantando. Sentado na cama, procurou pelo despertador. Faltava uma hora e meia para ele tocar. Perguntou-se se era um sonho, mas não. Ele estava muito disposto para sonhar. Havia acordado mesmo.

Conformou-se e iniciou sua manhã como todas as outras. Desceu para tomar um rápido desjejum e voltou para o quarto, vestindo o uniforme. Esperando dar seu horário normal de saída viu que ainda faltavam cinquenta minutos. Tentou enrolar mais um pouco, mas não aguentou. Passou pelo hall, calçando seus tênis, e se encaminhou para a escola.

Mesmo andando com calma, chegou cedo. Poucas pessoas passavam pelos corredores, a maioria funcionários. Foi até o último deles, o de sempre, que, desta vez, não estava totalmente vazio. Enquanto mexia em seu armário, pegando os livros que usaria nas aulas, o neko não notou que alguém se aproximou dele.

Aproveitando dessa falta de atenção, Ichida socou o armário ao lado, fazendo Roku se assustar com o estrondo e derrubar todas as suas coisas.

— Bom-dia, Bichano.

— Q-que... Que merda é essa?!

— Vim fazer uma visita!

Dado o soco, Ichida continuou com o braço estendido, bloqueando a passagem de Roku. Este, surpreso em ver o outro, encheu sua cabeça de perguntas.

— O mesmo armário, desde o primeiro ano. Que deprimente! Chega a ser nostálgico – Fujiwara tinha o sarcástico sorriso nos lábios, comum quando se dirigia a Roku.

— O que veio fazer aqui? Que eu saiba, sua classe é do outro lado do quarteirão – o neko tentou se impor, apesar de seu tamanho diminuto.

— Com orelhas desse tamanho é estranho que você tenha problemas de audição – Desdenhoso, ele as fitou por um breve momento, lembrando-se do quanto já as havia puxado – Na realidade, eu quis te dar os parabéns pessoalmente pela vitória de ontem. Espero que o gostinho dela perdure por muito tempo em você, porque ela foi a última sobre mim.

— Ah! Desistiu de jogar tênis afinal?

— Veremos. E... Só para não perder a viagem... Quem é aquele serzinho desprezível que te acompanhava ontem? Não tive a oportunidade de conhecê-lo muito bem.

Roku estacou. Seus olhos fulminaram. Seus dentes se encontraram. Seu punho apertou. Suas orelhas arquearam para frente. E sua cauda eriçou. Serzinho desprezível? Com a voz contida pelos dentes cerrados, disse, subindo na ponta dos pés:

— Se você pensa que vai azucrinar a vida de Yuki como você fez com a minha está muito enganado! Já não basta os amigos que você me tirou, não será este que você vai relar um dedo! Estou avisando para que fique longe. Sua vida já está bastante resolvida para se importar comigo! – Seu cenho se fechou à medida que se impunha contra o outro.

Com o indicador em riste, Fujiwara revidou:

— O seu nariz empinado também não te dá o direito de falar da minha vida. Dela cuido eu, e farei o que bem entendo! Ah!, mas fique esperto, projeto de gato. Você, uma mutação que deu errado não merece ter o que tem! Muito menos um amiguinho para chorar do seu lado! Saiba que nunca te darei sossego enquanto seu espectro estiver poluindo o mundo – Sua vida era para ser minha, seu desgraçado!

Talvez Roku tenha falado demais. Incitar a raiva de Ichida não foi uma das melhores atitudes dele. O garoto maior descarregou novamente no armário ao lado, amassando a porta. Fuzilou o neko uma última vez e saiu, mirando para frente, ignorando quem estivesse em seu caminho.

— Chegue perto dele para ver o que faço com sua cabeça! – Explodindo, ele gritou, em plenos pulmões, sem conseguir arrancar um passo em falso de Fujiwara. Filhinho de papai! Conseguiu me tirar do sério! Miserável!

Respirando fundo, ele se agachou para recolher os livros. Antes de terminar, cerrou seus olhos, naquela posição mesmo. Engolindo o resto de rancor que tentava escapulir por seus sentimentos, levantou-se bruscamente, soltando o ar numa lufada. Tentava esquecer o assunto. Rapidamente o fez: Yuki virava a esquina do corredor, abraçado à sua mochila.

— Y-Yuki!

— Yo, Roku – Passando por ele, o pequeno aproveitou para observá-lo – T-tudo bem?

— S-sim!

— Você... P-parece estar tenso. Aconteceu a-... Ah! O-o q-q-que isso?!

— O quê?!

— A porta do meu armário! A-al-alguém tentou a-arrombá-lo?!

Roku olhou. Havia uma concavidade na chapa de metal. Yuki o abriu e mexeu em suas coisas, verificando se estava faltando alguma coisa. Enquanto isso, o mais velho apertou o amassado pelo lado contrário, voltando-o à posição original, sem muitas marcas.

— Q-quem poderia t-ter amassado meu armário? E para quê? Não mexeram em na-nada.

— Talvez... Alguém quisesse só descontar a raiva, aproveitando que este corredor é o mais vazio.

O menor concordou, mas não falou mais nada. Estava assustado com o acontecido. Eu não esperava que isso se repetisse aqui. Pensei que esta escola fosse livre de arruaceiros. Pensei que aqui seria diferente! N-nya!

Terminados os preparativos, os dois seguiram para a sala. As primeiras aulas passaram normalmente. Foram almoçar juntos e conversaram banalidades, principalmente sobre tênis. Voltaram para a classe antes que o primeiro sinal tocasse. Quando a professora, de inglês, entrou, mal saudou os alunos e já escreveu no quadro negro numa caligrafia deplorável: PROVA DE INGLÊS – próxima segunda.

— É isso aí, turma. Comecei este ano e não sei como vocês estão indo com a matéria. Nada melhor do que marcar um teste! Aconselho estudarem.

Yuki se encolheu perceptivelmente na cadeira. Inglês era sua pior matéria. Seu professor antigo costumava dormir em sua mesa, babando em cima das lições de casa, que tentava corrigir na aula. A professora deste ano na escola de Namaeda havia substituído a anterior. Muito nova, ela não tinha experiência alguma em lecionar, causando um verdadeiro desfalque no ensino.

— Yuki... Tudo bem? – Perguntou Roku, sussurrante.

— H-ha-hai! Só-só escorreguei...!

Tentando disfarçar, ele sentou-se ereto novamente, mas seu olhar o denunciava veementemente. Suas mãos até tremulavam.

— Yuki, você está tremendo! Tem certeza de que você está bem?

— T-tenho. Tenho sim – Eles não puderam mais conversar e, depois que as aulas terminaram, já haviam esquecido o assunto.

Roku se despediu e correu. Ia para a casa do menor depois de passar na sua. Ao entrar pela porta se acalmou. Viu sua mãe, Tomoe, sentada na ponta da mesa da sala de jantar com alguns papéis. Continuou e seguiu para o quarto, onde trocou sua roupa de escola por uma calça jeans escura e uma camiseta estampada. Desceu para a cozinha e beliscou algo da geladeira, tomando um grande copo de suco de morango que tinha na porta.

Quando se dirigiu para a saída, viu sua mãe novamente. Esta estava de pé, mexendo em um porta retrato. Ele parou discretamente para vê-la retirar a foto dali de dentro e jogar em cima dos papéis. O objeto vazio ela devolveu à estante, sentando-se de novo e pegando a foto. Olhou-a brevemente, sem mudar de expressão, colocando-a entre outro monte de papéis.

Roku sentiu algo profundo bater em seu peito. Depois, uma pontada. Aquela foto era antiga, mas estavam ele, sua mãe e sua irmã. Um triste sorriso surgiu quando ele lembrou da ocasião da foto. Logo depois dela, a mãe tirara uma outra, apenas dele e da garota, meio que abraçados. Mas esta ele guardava consigo, no quarto. Retomando o foco, calçou os tênis, pegou seu casaco e saiu, batendo a porta.

Tomoe levantou levemente os olhos do papel, olhando para onde minutos antes estava o neko. Remexeu na pilha onde estava a fotografia e a retirou dali, observando-a mais um tempo. Seus olhos marejaram.

 


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Notas finais do capítulo

Ia fazer um capítulo só...
Mas ficaria muito grande...


Vou tentar trazer mais rapidamente o próximo, já que estou inspiradíssimo para escrevê-lo de novo



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