Como deixar de odiar meu inimigo escrita por Beca


Capítulo 9
Bem-vinda Paya


Notas iniciais do capítulo

Hey Turmicha! Um cap gigantesco para você para compensar o atraso ! boa leitura! s2
XOXO Beca



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POV April Willian

Já era segunda, e eu estava de bom humor, do tipo, quero pegar os boys, mas não parecer puta. Usei meu cropped da adidas e um shorts jeans e um tênis all-star,graças ao destino me apaixonei por eles, prendi meu cabelo e fiz uma maquiagem suave. Peguei minha mochila, e desci as escadas ignorando algo que Jehnnifer me disse e fui a cozinha onde Jay e Thomas tomavam um farto café da manha. Ambos me olharam quando fiz companhia junto a eles na mesa, mas somente Thomas manteve seu olhar e o encarrei com um sorriso orgulhoso, ele revirou os olhos.

—Posso saber se esse esforço todo para ficar bonita é para alguém em especial?- meu irmão perguntou segurando o riso, como se já soubesse a resposta.

—Não preciso de alguém para querer ficar bonita, algo que já sou- ele ergueu as mãos em rendição e Thomas bufou. Terminei de comer minhas panquecas e estava indo em direção ao carro, quando jay me parou.

—Pode ir com Thomas a escola hoje?-ri com escarnio- É serio Ay! Hoje eu vou buscar a Clark para ir a escola, por favor- odiava quando ele me chamava de Ay, por que ele sabia que eu amava aquele nosso apelido e ele usava isso contra mim.

—Tá bom, mas se eu bater em seu amigo não será minha culpa!

—É, seria uma justa causa.

—Ei!- Thomas protestou enquanto me entregava o capacete e subia na sua moto- Não seria uma justa causa- revirei os olhos e subi na moto ansiosa para ter aquela sensação de adrenalina novamente. Quando subi e segurei a cintura de Thomas, pude ouvir ele dar uma risadinha.

—O que tem de tão engraçado?

—Isso- e ele acelerou me fazendo o abraçar por trás com impulso, Otário, pensei, e pude ver minha casa de longe e Jay dando partida no carro pelo retrovisor.

Quando chegamos nos portões da escola recebi olhares invejosos, hostis e até curiosos das garotas que Thomas saia mais nem foram tão devastadores quanto o de Paya quando desci da moto de Thomas.

—O que essa garota está fazendo com você?- sua voz nojenta e seu perfume barato e forte me deu ânsia.

—Olá Paya- eu disse da mesma maneira.

—Thomas meu lindo por que você não me atendeu quando te liguei?

—É Thomas por que você não atendeu ela quando ela te ligou?- falei imitando a garota e encarrando descaradamente Thomas com um sorriso malicioso nos lábios, que retribuiu.

—Estava ocupado, resolvendo assuntos pendentes- ele respondia Paya mas olhava para mim.

—O que.... mas que assuntos!?

—Que saber casalzinho to dando o fora- disse saindo indo aos corredores, só lembrando novamente de devolver o capacete com caveiras mexicanas lindas de Thomas quando o sinal bateu. Ele estava em seu armário praticamente socando seu livros lá. Me aproximei dele e lhe entreguei o capacete, que simplesmente recusou.

—Jay falou que você vai embora comigo até seu aniversario- Meu aniversario é só daqui uma semana e Jay fazia mistério sobre o presente- Então fique de uma vez com o capacete.

—Mas se é só por uma semana por quer me da-lo?-ele riu baixo.

—Você só vai entender mais tarde... Ah, e isso vale como seu presente de aniversario.

—O que mas.... como assim?

Ele estava prestes a responder quando a vadia (le-se Paya) o puxa por trás dando- lhe um beijo intenso e sem pudor algum. Olhei com raiva para Paya, quando ela abriu os olhos me olhou com desprezo. Revirei os olhos.  então uma ideia surgiu em minha cabeça e sorri como puta. 

Andei em direção ao time de futebol que estavam encostados nos armários, todos me olharam,alguns com malicia outros com surpresa, me aproximei de Adam Jaspier, ele era um dos caras mais legais da escola e eu soube que Paya levou um fora dele. Doce divina vingança Paya.

—Oi Linda- ele falou com uma falsa voz sedutora.

—Oi- dei sorrisinho de vadia.

—Então tá afim de sair qualquer dia desses?

—Que tal pularmos essa burocracia toda e ficarmos de uma vez?

Ele sorriu, se aproximou com um beijo intenso. E posso dizer que ele beijava bem. Pude sentir o olhar de um certo moreno sobre nos. Quando nos faltou ar, eu simplesmente me virei e pude ver Thomas com os olhos cheios de raiva. Lhe dei um sorrisinho e ele revirou os olhos e saiu.

Adam bagunçou os cabelos loiros.

—Até mais Linda.

—Até.

Ele se virou e se direcionou a sua sala enquanto fui para minha.

O resto do dia foi preenchido por "disputas" minhas e de Thomas e usávamos Paya e Adam como forma de provocar um ao outro. Eu odiava Thomas e provoca-lo era muito bom. Só não percebemos que usávamos o ciumes como provocação. Clark passou o dia todo com Jay e Rose com Matt. Isso era um saco.  Perder as amigas para um garoto.

O sinal bateu, e me lembrei que Jay mandou eu pegar uma carona com aquele otário do Thomas e de novo ele me estendeu aquele capacete cheio de caveiras mexicanas.

— Vamos Loira- sua voz estava com raiva e algo mais.

—Vamos trouxa.

Ele revirou os olhos e subiu em sua moto, e quando me sentei atras dele senti a enorme necessidade irracional de abraça-lo.

Ele deu partida saindo pelas ruas de New York. Eu sentia seu perfume, por baixa da sua tipica jaqueta de couro. Suspirei, o que estava acontecendo comigo? Desde quando eu ficava com algum qualquer para fazer Thomas sentir ciumes de mim? Desde quando Thomas sentia ciumes de mim?

Senti a moto parar. Mas eu ainda não queria solta-lo. Não, eu April Willians queria ficar abraçada a Thomas Jackson.

Relutante desci da moto, mas então percebi que não era minha casa.

—Onde estamos?- olhei em volta. Era num parque onde algumas crianças brincavam, idosos sentavam-se nos bancos e conversavam e casais apaixonados se declaravam. Havia um lago cheio de patos onde uma garotinha os alimentava.

—Quero te mostrar uma coisa- ele andou até uma extremidade oposta onde pude perceber que lá era um cemitério com algumas lápides de mármore branco.

Ele parou na frente de uma das lápides brancas. E li o nome que lá estava escrito. Andy Jackson. 

—Quem é ela?- ele olhava para lápide cabisbaixo.

—Minha irmã.

—Mas não era a Amanda?

—Amanda Vive em Londres com minha mãe. Andy morreu antes de completar 19 anos- ele olhava para o tumulo nostálgico, como se a própria lápide lhe desse lembranças de sua irmã e sua voz estava carregada.

—Vocês são tão parecidas. Você não imagina quanto- ele fez uma breve pausa como se ele sentisse dor ao lembrar dela- Ela morreu por um acidente de carro e.....e o problema é que eu estava naquele carro..... tinha apenas 15 anos e estava bêbado, minha irmã saiu para me procurar e...- Thomas não conseguiu terminar a frase e ajoelhou na frente do tumulo da irmã. Eu me senti mal por ele. Sei como é perder alguém que amamos.

Colhi uma flor de um dos canteiros que havia ali perto e entreguei a Thomas que colocou sobre a lapide da irma. Ele se levantou e me abraçou. Agora quem precisava de um abraço era ele. Ficamos assim por alguns minutos.

—Não foi sua culpa Thomas.

—È minha sim, se eu não estivesse saído aquela noite ela ainda poderia estar viva....

—Thomas as vezes as coisas acontecem por que elas tem que acontecer, sua irmã sabia disso, e não vou deixa-lo se culpar por isso.

— Mas April...

—Thomas- separei nosso abraço e olhei em seus olhos- Sua irmã te amava, não se culpe por algo que você não fez. Quem estava dirigindo o carro?

—Adam...Adam Jaspier- meu sangue gelou, era por isso que ele havia me levado ali. Agora quem estava culpada era eu.

—Eu... me desculpe... eu não sabia...eu- ele simplesmente me abraçou, mas não tinha rivalidade, ou até amor no abraço, mas sim amizade. Eu e Thomas estávamos nos tornando amigos eu querendo ou não. Uma leve chuva se formou, e Thomas deu a mão para mim, dando aquela especie de choque, e andamos juntos até a moto.

O caminho para casa foi calmo, e eu via as arvores e os prédios passarem como borrões por mim.

Desci da moto e me virei para Thomas que ainda estava sentado na mesma. Tirei seu capacete, e ele não olhava nos meus olhos. A visita ao tumulo de sua irmã não fez bem a ele. Beijei sua bochecha e senti meus lábios formigarem. Ele me olhou. 

— Desculpe por Adam, Thomas- devolvi seu capacete e me virei para ir embora, quando as mãos frias de Thomas segurou nas minhas dando aquela descarga elétrica.

—Obrigada Loira, Andy teria gostado de você- ele da um sorriso triste e coloca seu capacete, saindo com sua moto em alta velocidade, me deixando confusa.

Entrei em casa me deparando com Clark e Jay aos amassos no sofá. Ri alto.

—Meu deus! Acho que errei a casa e vim parar num puteiro! 

—HaHaHa- Clark se separou de seu beijo com Jay e me mostrou o dedo do meio,.

—Bem a questão é por onde a senhorita foi com Thomas?- o olhar de Jay era malicioso.

—Não te interessa.

—Nossa desculpa aí- Jay disse enquanto íamos a cozinha. Clark sentou-se no balcão.

—Sabe por que ela não quer falar Jay? Por ela é que foi ao puteiro!- os dois deram gargalhadas.

—Não idiota- disse pegando qualquer coisa que estivesse no armário para comer.

A tarde inteira conversamos e rimos, até Jay receber uma ligação e sair para atender, deixando Clark e eu sozinhas na sala de TV.

— Então, pode contar!

—Contar o que?-perguntei confusa.

—O que você e o Sr. Jackson faziam?-revirei os olhos.

—Thomas e eu não fizemos nada e só que...

—Que...?

—Que nossa relação está estranha sabe? Antes eu repulsava a ideia dele ser gentil ou legal, ou de nos beijarmos e tentar fazer ciumes um no outro, isso... isso não devia acontecer.

—É amiga... esse é mais um caso de inimigos se apaixonarem.

—O que!? -a olhei indignada- Não eu ainda o ódeio mesmo ele sendo aquele babaca lindo, um trouxa que beija bem pra caralho, com olhos azuis hipnotizantes e.....-ela tinha um sorriso e suas sobrancelhas estavam arqueadas-.... e eu não estou apaixonada por ele!

—Não está?

—Sim, quero dizer não, talvez, é...- me enrolei com as palavras- eu não sei tá!?- ela riu.

—Aí April o que eu digo a você? Vocês dois são orgulhosos demais até para ficarem!- respirei fundo. 

Quando eu ia responde-la Jay entra na sala com um sorriso satisfeito no rosto.

—Meninas, nos vamos sair se arrumem que nos vamos numa festa!

—Que tipo de festa?- Clark perguntou.

—Na pista de skate, a escola inteira vai ta lá.

A pista de skate era abandonada perto de um galpão onde os adolescentes  da nossa escola faziam festas ilegais e competições de skate. O local era afastado da cidade. Era muito legal.

— Okay então! Vamos nos arrumar Clark?

—Vamos!

 

  Tomei um banho gelado e vesti uma calça jeans justa com saltos e uma blusa curta. Fiz uma maquiagem e fui ao hall esperar Jay e Clark e Thomas estava lá, e parecia bem melhor do que mais cedo. Ele estava extremamente bonito. Ele era bonito. Seus olhos azuis me enlouqueciam.E ficava ainda mais lindo quando se apoiava em seu skate.

—Oi Loira- ele me avaliou (le-se observou meu corpo) e deu um sorriso malicioso. Revirei os olhos. Já estava farta daquele apelido.

—Preciso arrumar um apelido pra você...- ele me olhou curioso, quando sorri sacana.

—Ah, agora você vai fazer da minha vida um inferno! Então qual é o apelido zuado que você arrumou para mim?

—Tive ideias e conclui que Skatista Safadinho era a mais engraçada!- e comecei a rir alto.

—Serio? Skaitista Bonitão até ia, só que Skaitista Safadinho é muito ruim!-ele falava irritado mas dava pra ver que ele segurava para não rir. Jay e Clark chegaram e olharam para cena confusos.

—O que tem de tão engraçado?

—Sua irmã é uma Louca é isso!

—Ah, cale a boca Skaitista Safadinho!

Jay e Clark riram e Thomas revirou os olhos.

—Vamos antes que isso fique mais estranho do que ta- disse Clark ainda rindo nos guiando até o carro.

—Acho que chegamos- murmurou Thomas quando nos aproximamos de um local com grande movimentação e musica alta, afastado da cidade.

— nos sabemos Skaitista Safadinho!- Jay disse fazendo todos no carro rirem.

Desci do carro e senti o forte cheiro de bebidas alcoílicas e drogas no ar. Sorri. Andamos até a pista lotada de Skaitistas, no caminho a festa ao ar livre era possível ver casais se pegando, pessoas pichando suas inciais e coisas maliciosas e sem contexto nas paredes, drogados fumando maconha e garotas correndo completamente bêbadas, e a festa mal havia começado.

Eu e Clark pegamos bebidas e fomos até a pista de Skate ver os garotos e Rose andarem. Eu sabia andar de skate mas não gostava de andar em publico as pessoas me atrapalhavam. Rose era muito boa, melhor até que Matt. Mas Thomas dava uma lavada em todos aqueles inciantes ali. E não é por que eu tinha uma queda por ele, desde dos 12 anos eu lembro dele e meu irmão andarem de Skate na rua de casa.

A festa rolava e pessoas chegavam cada vez mais. O céu estava limpo e iluminava aqueles adolescentes loucos fazendo loucuras. Já estou na minha 3º dose de bebida quando começo a discutir com Thomas, estou tão zonza que nem sei o motivo da discussão.

— Aí eu te odeio Jackson!- gritei ao garoto a minha frente.

—Sorte que eu não te odeio.

—Por que?- perguntei com desprezo.

—Por que senão não poderia fazer isso- ele se aproximou rápido e me envolveu em um beijo com tudo menos pudor, correspondi na mesma intensidade e ouve gritos dos meus amigos como "Eu Shippo", "Eu sabia desdo começo"

Eu não queria soltar ele de jeito nenhum, mas até que aquela piranha chamada Paya apareceu. Puxando Thomas para si.

—O que foi isso Thomas?- ela fala com expressão raivosa

—Foi um beijo! Agora dá licença que eu estava terminando um assunto pendente. Escuta Paya ACABOU.- ele começou uma discussão com Paya, que estava enfurecida.

—  EU NÃO ME IMPORTO. EU SEI QUE VOCÊ ME AMA.- disso daí até eu duvidava. 

Eu sai do local, eu não aguento ver aquela piranha em cima do menino que eu estava afim, eu ia acabar entrando na briga dos dois. E não queria que as pessoas pensassem que eu era do tipo que ficava com os namorados dos outros. As pessoas não veem eu sair mas Thomas sim e atropela a todos e sai atrás de mim. Vou para trás do galpão onde estava vazio, um local mais afastado onde era possível ver o céu claro cheio de estrelas. Me sentei na grama e Thomas me acompanhou.

— April o que foi?

— Eu sinto muito se estraguei seu relacionamento com Paya- Eu não sentia.

— Não estragou. Me livrou de uma garota como ela- ele sorriu de lado- além disso estou afim de outra garota. 

— Sério? Quem seria ela?- perguntei com falsa curiosidade e um sorriso brincalhão nos lábios.

—Você.

 E ele acabou com o espaço entre nos com um beijo ainda mais intenso que o anterior, e correspondi com a mesma intensidade. Sorri. É Thomas Jackson você conseguiu me fazer apaixonar por você.

 


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Notas finais do capítulo

Turmicha linda então ai está o cap, comentem e deem sujestões sobre a Fic! s2
XOXO Beca!



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