Você e Eu, Eu e Você escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 69
Capítulo 69 - "Sinal vermelho"


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707854/chapter/69

Victória ficou possessa depois que a piranha de quinta destruiu seu jardim, deixou Heriberto ali jogado no chão como ele estava bêbado e cantando irritantemente. Entrou e subiu para o quarto e lá ficou trancada não saiu mais pra nada.

Heriberto depois de muito irritar e gritar por ela, ele entrou segurado em tudo chegou ao andar de cima e bateu na porta chamando por ela querendo entrar, mas ela não abriu. Virginia que chegava naquele momento levou o pai e tratou de ajudar ele a tomar banho e o fazer dormir.

Virginia depois de muito trabalho o deixou dormindo e foi atrás de sua mãe as duas conversaram por um bom tempo, Victoria já não aguentava mais aquela situação, mas não se queixou e nem disse o que queria de verdade pra não deixar a filha preocupada ou que sofresse com uma decisão precipitada.

DOIS DIAS DEPOIS...

Heriberto estava em casa andando de um lado para o outro do quarto quando pegou o telefone e ligou, estava tenso.

HERIBERTO – Victória? Esta na casa de modas? Onde você esta?

VICTORIA – Oi, Heriberto o que aconteceu? Por que essa voz?

HERIBERTO - Estou em casa, quero você, venha agora! – Estava ríspido.

VICTORIA – Não posso, estou a caminho de uma reunião!

HERIBERTO - Desmarque, Victória, você disse que estaria em casa hoje quando eu chegasse!

VICTORIA - E você disse que só chegaria a noite, Heriberto, eu não posso desmarcar! É importante de mais.

HERIBERTO - Mas já estou aqui!Não me faça ir ai, Victoria!

VICTORIA – É o meu trabalho entenda, por favor!

Heriberto desligou o celular e jogou longe, Vick olhou o celular e balançou a cabeça em negativo e foi para sua reunião interminável.

Heriberto ficou em casa nu, no quarto não havia ninguém em casa, ele bebia direto da garrafa no quarto. Victória passou duas horas em reunião e por fim pode ir para casa, pegou suas coisas e seguiu para casa.

Depois de uns trinta minutos, ela chegou e encontrou a casa silenciosa e subiu direto para o quarto, estava casada e sabia que tinha um ogro preso dentro do quarto, abriu a porta e arregalou os olhos ao ver o marido.

VICTORIA - O que é isso?

HERIBERTO – Victória! – falou sério olhando para ela. – Tire a roupa e venha beber com o seu marido!

VICTORIA – Está louco?

HERIBERTO – Anda logo, Victória!

VICTORIA – Eu não vou tirar nada! – Fechou a porta e colocou suas coisas na poltrona.

HERIBERTO – Você quer que eu tire? – Riu.

Victória se sentando tirando seus saltos, o encarou.

VICTORIA - Por que está assim?

HERIBERTO - Por que eu passo todo tempo da minha vida trabalhando como um louco, eu vejo gente morrer, gente viver, eu passo semanas em plantão. - Ela se encostou na poltrona o ouvindo. - E tenho uma rotina de trabalho desgastante.

Victória o analisava, o encarando com a mão no queixo.

HERIBERTO - E hoje quando eu sai de lá, eu pensei, quero beber com minha mulher! Ou beber na minha mulher.

Bebeu um gole da garrafa que estava no meio.

VICTORIA – Você sabe muito bem que eu não bebo, você deveria parar de beber assim!

HERIBERTO - Eu vou beber ai, Victória. – Apontou pra ela.

VICTORIA – Não vai tocar em mim assim, vai me machucar!

HERIBERTO - Vou beber no seu corpo, eu não vou te machucar, Victória, e vai ser a mesma coisa de sempre, eu te pego, você geme, eu meto em você e pronto gozamos. – Debochou. - A diferença é que quero beber meu trago em seu corpo...

VICTORIA – Ridículo, não sei o que está acontecendo com você mais assim. - Ela apontou para ele. – Não vai me tocar!

HERIBERTO – Você não pode me cumprir esse capricho, Victória?

VICTORIA – Não é capricho isso!

HERIBERTO - Assim como, Victória?

VICTORIA – Bêbado irracional, falando desse modo como um ogro, não te quero assim! Não me ascende, não me da vontade.

HERIBERTO - Tudo, bem, você não pode? É isso? Você não vai me ajudar com isso?

VICTORIA – O que você quer?

HERIBERTO - Já disse! Eu quero beber em você!

VICTORIA - Quer que eu vá ai, te chupe, abra minhas pernas e te deixe gozar? Ai você vira pro lado e dorme como um cachorro bêbado, é isso?

HERIBERTO – Não! Eu quero que deite aqui e me deixe beber minha bebida no seu corpo!

VICTORIA – Não vou deixar! Beba no copo, na garrafa, em mim, não. - Se levantou e foi em direção ao banheiro.

HERIBERTO – Não posso, não quero! - Ele falava sozinho. - Não posso, Heriberto, porque eu sou a rainha da moda! Cretina.

Ele foi até a janela e ficou olhando a piscina com a garrafa na mão, Vick se despiu e tomou um banho rápido estava cansada a reunião tinha sido cansativa, saiu no seu roupão e um coque mal feito e foi ate o closet, escolheu uma camisola de tom rosado, colocou sua calcinha e voltou ao quarto.

Parou frente a penteadeira e soltou os cabelos, passou seu creme somente nos braços, Heriberto estava sentado nu, no sofá da sacada bebendo e olhando a piscina. Victória penteou os cabelos e foi ate ele.

VICTÓRIA – Por que não para de beber? - Ele a olhou. - Vamos deitar e descansar um pouco?

HERIBERTO – Não quero deitar!

VICTÓRIA – Então, por que não conta o que de verdade aconteceu? - Sentou no braço do sofá, conhecia bem o marido.

Os olhos dele ficaram tristes e ele se segurou para não chorar, abaixou a cabeça.

HERIBERTO – Victoria, ela só tinha doze anos... Estava lutando pela vida, nasceu doente e morreu hoje. – Bebeu. - Joyce, Victória, Joyce tinha doze anos e morreu hoje.

Ela se sentou mais junto dele e lhe tomou a garrafa colocando longe e o trouxe para seus braços.

HERIBERTO – E eu não pude fazer nada...

VICTÓRIA – Amor, beber não vai adiantar nada! – O abraçou.

Heriberto se aconchegou nela, estava destruído.

HERIBERTO - E os nossos filhos só sabem reclamar, nós só brigamos e tanta gente morrendo Victória, sem nem viver. Que pecados elas tinham?

VICTÓRIA – Elas estavam doentes, meu amor, você não teve culpa, foi uma fatalidade. - Tocou os cabelos dele o acariciando.

HERIBERTO – Eu não sirvo nem para curar meus pacientes, nem para cuidar dos meus filhos e nem para amar a minha mulher! - Abaixou a cabeça.

VICTÓRIA – Sem drama ,Bebezão!

HERIBERTO – Não é drama!

VICTÓRIA – Você só parece um ogro, mas tem um coração ainda!

HERIBERTO – Ai chego em casa e estou sozinho, eu ia ver o filme que tenho de você... - Parou de falar.

VICTÓRIA – Amor, eu adiantei minha reunião porque sabia que você ia estar em casa. – Parou de falar. - Filme? - Ela se afastou.

HERIBERTO – Esquece o filme, Victória, não é nada!

VICTÓRIA – Não minta!

Ele suspirou guardava segredo a tanto tempo, mas agora estava ferrado.

VICTÓRIA – Ande, fale? – Esperou ele falar.

HERIBERTO – Eu ia ver seu filme, Victória!

VICTÓRIA – Que filme meu, Heriberto? - Levantou encarando ele.

HERIBERTO – Quer mesmo saber, Vick?

VICTÓRIA – Óbvio...

Ele se levantou e pegou a garrafa entrando no quarto.

HERIBERTO – Sabe esse filme? - Foi até a gaveta dele e retirou um filme velho escrito Beethoven o grande cão. - Não é Beethoven.

VICTÓRIA – Meu deus você não... - Parou de falar incrédula pela cara do marido.

HERIBERTO – É você, fudendo comigo, Victória, eu gravei há uns anos e sempre que estou sozinho ou quero intimidade, eu assisto você!

VICTÓRIA – Sai daqui... - Ela diz assustada depois do que ouviu.

Ele ignorou, sabia que ela iria querer saber detalhes e ainda pediria para ver o maldito filme somente para deixá-lo louco.

VICTÓRIA – Que tipo de homem é você que grava a própria mulher sem consentimento.

HERIBERTO – O tipo de homem que passou quase um ano sem ter a mulher. - Falou com raiva. - Esse é o tipo de homem que eu sou!

VICTÓRIA – E por isso me grava? Nojento!

HERIBERTO – Eu não te gravo, eu te gravei apenas uma vez! Preferia que eu tivesse gravado outra mulher?

O rosto dele estava vermelho, sentia o corpo queimar, ela ficou possessa e ofegava de raiva.

VICTÓRIA – Outra mulher? - avançou nele e lhe deus uns tapa. - Isso não se faz calhorda.

Heriberto se deixou bater e depois a segurou pelos pulsos, olhando nos olhos dela.

VICTÓRIA – Idiota!

HERIBERTO – Victória...

VICTÓRIA – Me larga! Você não vai mais encostar em mim!

HERIBERTO – Eu sou um homem! Eu preciso de satisfação, quando você não me dá isso, eu encontro sozinho! Você esta chateada por que eu tenho você em um porno caseiro? Eu devo ser o único homem do planeta, Victória que assiste porno da esposa. - Gritou soltando ela.

VICTÓRIA – Quando eu não te dou idiota? Eu sempre te dou, sempre e você precisa me ver em um porno caseiro? Você é doente!

HERIBERTO – Olha para mim, Victória e seja sincera com você, não houve nenhum momento em nosso casamento que esse vídeo foi necessário? - Os olhos ficaram tristes. - Nunca houve um momento que você tenha se negado?

VICTÓRIA – Claro, ele é necessário quando você dorme no outro quarto, quando não quer comer seu porno aqui de carne! Quando eu te neguei, me diz?

HERIBERTO – Esse é o assunto que você não fala... Há anos e não vou entrar nele hoje! Não hoje! - Ela foi para cima dele de novo.

VICTÓRIA – Idiota, você sempre quer entrar nesse assunto. - Ele se afastou dela e foi pegar um roupão... - Sem sentimentos, um bêbado desgraçado e tarado. - Começou a chorar.

Heriberto estava com muito ódio, mas quando ela chorava, ele não conseguia ser indiferente, suspirou, colocou o roupão e foi ate ela, abraçou a esposa de modo carinhoso.

HERIBERTO – Me desculpe!

VICTÓRIA – Sai daqui!

HERIBERTO – Eu não vou falar mais disso!

VICTÓRIA – Me solta! - Chorou sentindo.

Ele a segurou firme e a beijou nos cabelos, depois soltou.

VICTÓRIA – Você sempre faz isso, sempre. - Recriminou ele.

HERIBERTO – Melhor eu voltar para a clínica e dormir lá, assim você pode ficar do jeito que gosta. Sem mim! - Proferiu sem paciência.

VICTÓRIA – Vá, me deixa aqui, e agora que fez a merda que ir para aquele inferno. Por que me tirou da empresa se era para isso?

HERIBERTO – Eu queria você, Victória. - Ele gritou. - Era isso que eu queria! - A segurou pelos braços com forças, estava louco. - A MINHA MULHER.

VICTÓRIA – Você está me machucando! – Ele a soltou. - Me queria para saciar a sua frustração do trabalho, pois bem, aqui me tem. - Tirou as próprias roupas. – Ande, quer que eu deite também? O seu pedaço de carne ta aqui. Come! -Ele a olhou com raiva.

HERIBERTO – Cretina, até meu desejo por você está transformando em algo ruim.

Ele a olhou com raiva, com nojo, menos desejo, todo desejo tinha ido embora.

VICTÓRIA – Você faz isso com nós dois!

HERIBERTO – É sempre minha culpa, Victória, sempre! Não importa o que aconteça, você sempre vai me culpar. Como me culpa de tantas outras tragédias em nosso casamento.

Ela pegou a camisola e avistou a garrafa e pegou a tacando na parede espatifado

VICTÓRIA – Isso é que esta te estregando, o seu maldito vício, as vezes, sinto tanta pena de você.

Foi até o chão e pegou a roupa dela e jogou nela com força.

HERIBERTO – Volte para seu inferno! E esqueça que tem um marido, isso não é tão difícil assim para você. - Saiu com raiva em direção ao banheiro.

VICTÓRIA – Eu já esqueci a muito tempo quem foi o meu marido, agora eu tenho alguém a quem não reconheço, que quer só estar entre minhas pernas como algo mecânico onde só você tem prazer. - Foi cruel, tacou a camisola nele.

HERIBERTO – Só eu tenho prazer? - Ele estava furioso.

Avançou sobre ela e a empurrou na cama, prendeu ela bem firme para dizer, ofegante.

HERIBERTO – Saiba, não toco mais em você, Victória, nem se me implorar! - E sem dizer mais nada a soltou.

VICTÓRIA – Eu tenho prazer quando você não é esse ogro que me machuca, se for para me machucar assim como esta fazendo. - Olhou os braços vermelhos. - Não me toque, não chegue perto de mim, não fale comigo!

HERIBERTO – Não tocarei! – Gritou.

VICTÓRIA –Não fale comigo! Vai ser a melhor coisa que você vai fazer por nós dois! Grita mais idiota, grita.

Heriberto sentia o coração desesperado, entrou no banheiro e se apoiou na pia, ofegava. Ela foi até o closet e pegou uma roupa e colocou a primeira que viu, foi até o espelho e limpou a maquiagem borrada pelo choro, calçou qualquer sapato e pegou suas coisas, ela saiu do quarto estava em fúria.

Heriberto começou seu banho, a cabeça doía por muitos motivos, quando terminou o banho, não viu Victória, suspirou, estava cada vez pior, pegou o filme jogado no chão e puxou o rolo, seu passado com ela estava sendo destruído de modo simbólico, pegou a tesoura e cortou o filme.

Deixou o filme picotado no chão, queria que ela visse quando voltasse para casa ele pegou uma roupa, seu travesseiro e saiu do quarto em direção a casinha da piscina.

Vick saiu de casa cantando pneu queria chegar logo a casa de modas e se enfiar no trabalho quando furou um sinal vermelho...

Horas depois...

Heriberto estava deitado sem conseguir dormir no quarto da casa da piscina, quando a filha veio até ele.

VIVI –Paiiii. – Gritou.

HERIBERTO – Vivi? O que houve amor? – Levantou assustado.

VIVI –Pai, por que está aqui? Por que está em casa? Cadê seu telefone?

HERIBERTO – Deita aqui amor, com seu pai.

VIVI – Droga, pai, que merda! Deitar?

HERIBERTO – O que foi, minha filha?

VIVI – A minha mãe tá morrendo e você fica ai deitado. - Passou as mãos no cabelo, Heriberto congelou. - Fique ai deitado, eu vou sozinha.

Heriberto ficou de pé de modo imediato, virou saindo.

HERIBERTO – Minha filha, calma, o que houve com sua mãe?

VICTÓRIA – Que calma? – Gritou.

HERIBERTO – Por deus o que houve com Victória?

VIVI –Eu não sei, ela estava de carro e bateu ou bateram nela, o tio Afonso não explicou, o Rafa esta com ela! Me leva ou eu vou sozinha.

HERIBERTO – Eu vou com você amor, vamos.

Heriberto saiu correndo com a filha, trocou de roupa e saiu de carro com ela em desespero.

HERIBERTO – Afonso? Onde está Vick? Como ela esta? - Afonso fez cara de poucos amigos.

AFONSO – Está passando por uma intervenção. - Passou a mão pelos cabelos.

HERIBERTO – O que houve? Eu vou entrar, eu vou na cirurgia dela!

AFONSO – Furou um sinal vermelho em alta velocidade e um carro a acertou em cheio, não vai a lugar algum.

HERIBERTO – Afonso, eu preciso. - Tocou no peito dele o impedindo. - Entrar e ver a minha mulher.

AFONSO – Não precisa, você fica aqui!

HERIBERTO – Ela... Ela. – começou a chorar e suspirou em desespero total.

Afonso abraçou Vivi que estava em choque.

AFONSO – Ela vai ficar bem, meu amor!

VIVI – Tio Afonso, me diga a verdade da minha mãe. – Chorou.

Heriberto suspirou desesperado e andava de um lado a outro.

AFONSO – Calma, a cirurgia é pequena, meu amor, ela logo vai ser levada para o quarto.

Rafael observava tudo calado do canto, analisava o pai, principalmente ele, depois da última conversa que teve com ele nada surtia efeito, pelo contrario só piorava e Heriberto não percebia que estava destruindo a todos ao seu redor com seu maldito vício. Heriberto estava em choque.

AFONSO – Eu vou ver como ela está, Vivi e logo volto. - Beijou os cabelos negros dela e saiu.

Puxou a filha para um abraço, Rafael olhou os dois ali de braços cruzados estava de braços cruzados ficou, Heriberto sentou com a filha no sofá e olhou o filho.

HERIBERTO – Rafa, sente aqui, meu filho. - Rafa ouviu mais não se moveu, Vivi ele trazia agarrada a seu corpo. - Vem cá, Rafael? Senta aqui comigo e sua irmã.

RAFAEL – O que aconteceu pra ela sair andado pelas ruas assim? Ela não tinha ido pra casa? Porque saiu.

Falou frio sem olhar ele, mexendo as duas bolinhas que tinha na mão. Heriberto suspirou.

HERIBERTO – Sente-se aqui e eu falo o que houve!

RAFAEL – Não preciso sentar pra ouvir!

HERIBERTO – Meu filho, não dificulte as coisas. - Bufou sem paciência.

RAFAEL – Não dificulte você em me contar. - Olhou o pai. - Porque brigavam? Ou melhor, pelo que não estavam brigando!

HERIBERTO – Foi uma discussão idiota meu filho. - Ele baixou a cabeça. - Coisas minhas de sua mãe!

RAFAEL – Se fosse ela não teria saído de casa e vocês teriam resolvido na cama, como sempre fazem. – Pressionou.

VIVI – Rafa, não fala assim com meu pai! Ele ta nervoso, você também, poxa.

RAFAEL – Cale a boca Virginia. – Falou alterado.

HERIBERTO – Não grite com sua irmã, RAFAEL, o seu problema é comigo!

RAFAEL – E você não grite comigo to cansado disso vocês estão perdendo a droga do controle e se a minha mãe morrer a culpa é sua. - Apontou o dedo para o pai.

HERIBERTO – Abaixe esse dedo moleque, e fale comigo direito que sou seu pai. - A voz mudou na hora, os olhos firmes a expressão de gentileza dele acabou.

Rafael não sentiu medo só pensava na mãe.

VIVI – Deixa pai, o Rafa tá nervoso!

RAFAEL – E que vai me bater?

HERIBERTO – Estamos todos nervosos, eu alguma vez te bati, meu filho? Em?

RAFAEL – Pra tudo tem a primeira vez não? Olha onde minha mãe veio parar por estar nervosa com você. - Foi cruel acusando o pai.

HERIBERTO – O que você quer? Que eu vá embora? Que saia daqui e deixe você sozinho com sua irmã? EU ESTOU ARRASADO, MEU FILHO E NADA, NADA QUE VOCÊ ME DIGA, ME FARÁ TER MAIS MEDO DO QUE TENHO DE PERDER SUA MÃE, ACHA QUE EU QUERIA ISSO?

RAFAEL – Faça o que quiser esse hospital aqui é quase seu mesmo, não posso te mandar embora. - Estava frio e não se importou pelo pai e muito menos pelo que ele falava.

HERIBERTO – ACHA QUE EU FARIA ALGO PARA MACHUCÁ-LA? ELA É MINHA ESPOSA, RAFAEL, SUA MÃE VEM ANTES DE TUDO PRA MIM!

RAFAEL – Com licença, Heriberto eu não quero mais falar com você, eu só preciso saber da minha mãe! Nada do que você disser aqui é relevante, suas desculpas como sempre são pra ela, não pra mim!

Heriberto olhava o filho de modo consternado.

HERIBERTO – Não estou te pedindo que acredite em mim, não me casei com você, me casei com ela! Você sempre será meu filho, isso não muda e chega disso! O que importa é ver sua mãe bem!

O assunto foi encerrado, Rafael saiu de perto deles e não voltou, estava furioso e só queria saber da mãe, Heriberto ficou junto a Vivi que não desgrudou dele em momento algum, ele estava em nervos pela falta de noticias dela.

HORAS DEPOIS...

Quando Victória foi para o quarto, Afonso avisou e conduziu a todos para o quarto, mas Heriberto não quis entrar, ficou na sala de espera e deixou que os filhos entrassem primeiro. Vick foi levada para o quarto e ainda estava sob efeito de anestesia.

Afonso os levou e voltou a falar com ele, Heriberto estava sentando em silêncio, olhando para o nada. Afonso parou e cruzou os braços o olhando, sabia como eles eram, mas não sabia a que extremos chegariam.

AFONSO – O que aconteceu? Você pode me dizer?

HERIBERTO – Foi uma tolice, meu amigo. - Olhava paro o chão. - Mais uma tola briga com ela.

AFONSO – Não foi tola para ela pegar o carro e quase se matar!

HERIBERTO – Acho que talvez seja melhor nos separarmos, quando ela ficar bem! Vou deixar que ela siga sem mim. - Suspirou tristes.

AFONSO – Olha se eu pudesse te levantava agora e te dava pelo menos dois murros na cara. – Heriberto riu.

HERIBERTO – Estou tão feio assim? Que você quer até me bater?

AFONSO – Não, está estúpido e cheirando a álcool.

HERIBERTO – Eu bebi demais! E... - ficou em silêncio. – Fiz tudo errado com ela.

AFONSO – Ta explicado. - Lhe deu um tapa na cabeça. – Idiota.

Afonso ele e Otávio sempre foram melhores amigos e sempre tinham a confiança de irmãos e quando isso acontecia, Afonso sempre era o mais brigão que colocava Heriberto no chinelo.

AFONSO – Vocês querem se matar? É isso?

HERIBERTO – Não, claro que não!

AFONSO – Porra, Heriberto quando você saiu daqui, você disse que ia descansar! O dia aqui nesse hospital foi difícil e você chega na sua casa, bebe, briga com sua mulher e ela quase morre.

HERIBERTO – Afonso, eu e Vick sempre brigamos! Eu queria ir para casa e só fazer amor com ela, só isso.

AFONSO – E sempre acabam na cama, não num hospital!

HERIBERTO – Mas ela não pode ir, como sempre a minha esposa estava ocupada demais pra ser esposa!

AFONSO - E você enche a cara e fala merda que eu sei! Heriberto o que você quer de verdade? Com Vick?

HERIBERTO – Eu apenas pedi uma coisa idiota, mas isso não vem ao caso!

AFONSO – São quase vinte e cinco anos de casamento e a anos vocês não estão bem, você não é o mesmo desde que o filho de vocês morreram.

HERIBERTO – Nem ela, Afonso, nem ela é a mesma. - Abaixou a cabeça e apoiou nas mãos. - Eu quero que ela seja feliz. - Olhou o amigo. –Se ela não é mais feliz comigo, eu a amo demais, mas vou deixá-la seguir a vida dela.

AFONSO – Ela é numero treze e você diz que não são felizes? Vamos lá fora para eu te dar uma surra, por favor!

HERIBERTO – Ela me disse hoje, Afonso que não a faço feliz! Que sou um ogro, que só penso em mim.

AFONSO – Aposto que você fez merda! – Ele ficou em silêncio. - Seu silêncio diz tudo! Entre por aquela porta e vá ver sua mulher! Ela não acordou mais logo vai!

HERIBERTO – Você quer saber, Afonso?

AFONSO - Não, Heriberto, não quero!

HERIBERTO – Só entro lá depois que ela acorda, se ela quiser me ver, se não, vou ficar aqui!

AFONSO – Vick teve umas escoriações pelo braço onde o vidro estourou. O pulso tivemos que colocar no lugar por isso a cirurgia, ela teve muita sorte! Esta com colar cervical. - Ele o olhou.

HERIBERTO – Ela precisa de quanto repouso?

AFONSO – Creio que com as dores no corpo uns quantos dias!

HERIBERTO – Graças a deus! - Suspirou aliviado.

AFONSO – Ela tem alguns roxos nos braços, Mas o pulso dela abriu e ela precisa de fisioterapia durante uns três meses se ela ajudar.

HERIBERTO – Sim, Vick não faz repouso, Afonso! Minha casa será a casa de modas por um mês. - Ele sorriu. - Só de pensar nas modelos, em Pepino, Antonieta, todos circulando em casa!

AFONSO – Vai provar os modelos e usar batom de cereja, meu caro. – Gargalhou.

HERIBERTO – Obrigada, meu amigo, por cuidar da minha esposa! - Estava agradecido.

AFONSO - Eu tenho que ir tenho outros pacientes que precisam do doutor gato!

Heriberto esperou mais algum tempo até que os filhos saíram do quarto e a filha veio em sua direção.

VIVI – Pai, a mamãe só acordou um pouquinho! Ta cheia de dor e machucado, mas está viva, pai. - Sorriu e abraçou ele.

HERIBERTO – Sim, minha filha, Afonso me disse.

VIVI – Sim, graças a deus a mamãe tá bem só não falou muito pelas dores, Rafa quase não largou dela.

O telefone de Rafael tocou e ele olhou a irmã e disse.

RAFAEL – Te espero lá fora pra te levar pra casa!

HERIBERTO –Ela vai comigo, ou você quer ir com seu irmão?

RAFAEL – Sandoval quer falar com você, ela vai comigo! - Foi seco e atendeu o telefone saindo.

VIVI – Eu vou com ele, depois eu volto tá. - Falou triste.

HERIBERTO – Ta bem, minha princesa!

VIVI – Pai, não fica assim tá tudo bem, depois você e ele conversam! - Beijou o pai com amor.

HERIBERTO – Tá bem, amor, vai com deus! Cuidado sim? O seu pai ta velho e não aguenta mais emoções como essa.

VIVI – Hurum... - Sorriu e saiu porta a fora.

Heriberto caminhou silencioso até o quarto, abriu a porta, entrou em silêncio e voltou a encostá-la. Vick tinha os olhos fechados estava sonolenta, ele aproximou-se da cama e suspirou, olhou cada machucado dela atentamente como médico, examinou a mão, o rosto.

Tinha hematoma até no lábio, ergueu um pouco a camisola e viu as pernas, não tinha sinal de trauma, mas havia marcas roxas e por fim quando olhou de novo no rosto ela estava de olhos abertos. Vick se moveu reclamando, ela o olhava quase sem piscar.

HERIBERTO – Calma, tente não se mover. - Ele falou tocando o ombro dela com carinho, ela encolheu os ombros ao toque dele. - Dói aqui?

Ela só assentiu, era difícil falar com aquele colar no pescoço ele retirou a mão e olhou a mão dela.

HERIBERTO – Meu amor, eu sinto muito. - Beijou o cabelo dela com carinho. Ela o analisou. - Mas sei que essa não é a hora.

VICTÓRIA – Eu não vi o sinal! - Falou baixo.

HERIBERTO – Vamos conversar depois quando você puder falar, meu deus, você podia ter morrido. - Baixou a cabeça.

VICTÓRIA – Mais não morri. - Tentou se mover mais uma vez e sentiu como se o corpo fosse se quebrar.

HERIBERTO – Não morreu. – Ele riu.

VICTÓRIA – Meus filhos. – Fez cara de dor.

HERIBERTO – Fique parada, eles já foram! Estiveram aqui e vão voltar.

VICTÓRIA – Eu os quero aqui, não tem nada para dor?

HERIBERTO – Pedirei para aumentar a dosagem, eles vão voltar.

VICTÓRIA – Eu quase não consigo respirar... - Ele apertou o botão ao lado da cama.

A enfermeira veio e aumentou a dosagem e se foi, Vick ficou olhando ele sem falar nada, ele a olhou de volta, logo que a enfermeira saiu. Vick o olhou até seus olhos cansarem e ela dormiu, ele a cobriu e a deixou dormir.

DOIS DIAS...

Victoria estava de alta, os filhos tinham passado ali e também Heriberto, ele a conduziu até o carro em silêncio, Vick tinha falado pouco naqueles dias. Entrou no carro com a ajuda de Rafa, não queria ser tocada por ele.

Seguiram para casa, uma linda ornamentação tinha sido feita de boas vindas, Mas não havia ninguém na casa de diferente, por isso Vick foi conduzida ao quarto, ele a deitou e ali se acomodou com um braço só. Ela já estava melhor, mas ainda sentia algumas dores, sua cama era o local ideal para ela.

Heriberto saiu do quarto e voltou com a bolsa dela, colocando no sofá em frente a cama, os filhos em volta a espera de que Victória conversasse com eles, mas ela não queria, estava olhando para Heriberto. Era o momento deles dois, de acertarem as coisas sozinhos.

Heriberto ficou ajeitando as coisas no quarto esperando que ela conversasse com os filhos, mas Victória pediu que eles saíssem, os filhos saíram e Vick ainda olhava ele. Ele a olhou.

HERIBERTO – Está com dor, Victória?

VICTÓRIA – Não! - Se arrumou mais na cama.

HERIBERTO – Quer alguma coisa? Está com fome?

VICTÓRIA – Eu quero conversar! - Foi direta, tocou o lábio que incomodava pelo machucadinho

HERIBERTO – Sim. - Ele se aproximou da cama e se sentou longe, naqueles dias de recuperação dela ele ficara bem silencioso. - Podemos conversar. - Os olhos dele presos nos dela.

VICTÓRIA – Nos não podemos mais ser assim, Heriberto! – Disse com os olhos sentidos.

HERIBERTO – Eu concordo com você, Victória, eu preciso me desculpar por ter te aborrecido a ponto de você sair e quase se matar no trânsito.

VICTÓRIA – Você me ofendeu! - Os olhos dele estavam tristes. - Você disse coisas horríveis. – Encheu os olhos de lagrimas.

HERIBERTO – Sim, eu te ofendi!

VICTÓRIA – Eu não mereço ser trata assim! Eu faço tudo por você, porque você é o meu amor!

HERIBERTO – Eu fui um grosseiro, eu disse coisas horríveis, eu sei que está magoada e quero que me diga o que devo fazer para que me perdoe.

VICTÓRIA – Ser o meu marido, o meu amor, eu não te reconheço mais, Heriberto!

HERIBERTO – Victória. – Suspirou. - Eu acho que chegou ao fim, e quero que me diga... As coisas que nos dissemos são horríveis e não quero que você fique comigo desta forma. Talvez seja melhor terminar esse casamento enquanto ainda somos amigos.

Assim que terminou de falar, ele já estava arrependido, não podia se imaginar longe dela, sem ela. Vick arregalou os olhos e pulou da cama ficando de pé sentindo todo o corpo de uma vez só.

VICTÓRIA – O que? Você quer me deixar, é isso?

HERIBERTO – Victória, por Deus. - Ele foi até ela e a conduziu de novo a cama. - Não pode se levantar assim... - Ajeitou o corpo dela com carinho e quando foi ajeitar o travesseiro nas costas os olhos se cruzaram.

VICTÓRIA – Você não pode me fazer isso! - Segurou ele pela camisa.

HERIBERTO – Meu amor, eu não quero te machucar, nem te magoar mais, você disse que estou tratando você como um pedaço de carne, Victória! Que marido que ama sua esposa quer ouvir uma coisa assim? Eu amo você mais que tudo.

VICTÓRIA – Mais você me tratou assim! - Mantinha ele seguro com a única mão que podia.

HERIBERTO – E eu não quero mais fazer isso. - Ele se sentou ali perto dela a tocou no rosto com carinho. - Mas se não conseguimos mais acertar as coisas, talvez seja melhor, terminamos isso de uma vez! Antes que alguma coisa ruim aconteça e a gente não consiga voltar atrás... - Abaixou os olhos. - Preciso que me perdoe por tudo que eu disse e pela forma como te tratei.

Ela soltou a mão dele.

VICTÓRIA – É isso que você sempre quis, não é? - Chorou e se afastou dele.

HERIBERTO – Meu amor, eu não quero, essa é a última coisa que quero, mas também não quero te machucar.

VICTÓRIA – Mente! Você quer me deixar, quer jogar anos fora! – Chorou de soluçar.

HERIBERTO – Victória, eu nunca imaginei dizer isso a você, são anos de amor, você me deu filhos! - Tocou o rosto dela com amor. - Por favor, não chora assim!

VICTÓRIA – Como não? Você quer acabar com tudo!

HERIBERTO – Então, você não quer se separar de mim, Victória? - Ele a olhava com atenção, estava com o coração partido.

VICTÓRIA – Eu não posso te deixar! – Suspirou. Nos podemos resolver, a gente sempre resolve.

HERIBERTO – Meu amor... - Ele chegou bem perto dela e a tocou com cuidado, tocou a ferida nos lábios dela. – Você é meu amor, Victoria, eu não vivo sem você.

Ela tocou o rosto dele o olhando nos olhos.

VICTÓRIA – Eu não sei viver sem você.

Ele a beijou no ombro, depois a beijou na mãos e por fim a beijou na testa.

HERIBERTO – Você precisa descansar e fazer repouso!

VICTÓRIA – Você vai ficar aqui? - Estava assustada em pensar que ele poderia ir embora.

HERIBERTO – Vou trazer uns papeis do escritório lá de baixo para cá, assim fico aqui com você. Tudo bem?

Ela confirmou com a cabeça, mas o trouxe pra perto e juntou seus lábios, só queria sentir ele, não era um beijo, era só o calor dos lábios um no outro. Heriberto a olhou.

HERIBERTO – O que foi?

Ela estava com medo e não o respondeu só o abraçou, ele a abraçou, estava distante porque tinha medo de machucá-la, a desejava tanto, a amava tanto. Ela o soltou não querendo e se arrumou na cama, deitando seu corpo em meio a seus travesseiros.

HERIBERTO – Eu já volto sim... - Ela o analisou e assentiu.

Heriberto se levantou e começou a caminhar para a porta, mas seu coração estava tão estranho que ele parou na porta, olhou de novo para ela e sem mais retornou a cama. Ela ainda o olhava, com loucura segurou Victoria em seus braços e quase podendo machucá-la ele a beijou, com sofreguidão e loucura.

Queria que ela o sentisse, que soubesse que a amava, que não tivesse medo, ela se deixou beijar e chorou, era muito amor que chegava a doer. Ele a amarou em seus braços a olhou nos olhos quando o beijo acabou, ela apertou em seu corpo mesmo sentindo dor.

VICTÓRIA – Eu te amo!

HERIBERTO – Eu também, Sandoval. - Deu-lhe alguns selinhos e a ajeitou na cama.

Ela se acomodou não conseguia desprender seu olhar dele.

HERIBERTO – Eu vou lá, fique quietinha e não saia da cama.

VICTÓRIA – Não vou. – Sorriu fraco, ele sorriu também.

Foi no escritório pegou os papeis e quando sai deu de cara com o filho.

HERIBERTO – Meu filho, eu quero falar com você. - Rafa o olhou.

RAFAEL – Pode dizer!

HERIBERTO – Você acha que não amo sua mãe? - Falou baixo, não queria brigar.

RAFAEL – Eu que deveria perguntar, você ama a minha mãe?

HERIBERTO – Mais que tudo meu filho! Como amo a você e sua irmã mais que tudo. - Rafa recuou. - Eu não machuco sua mãe porque quero e nem ela me machuca porque quer, não somos assim... Mas o que nem ela nem eu podemos administrar é ter você ou sua irmã entre nós. Você é um homem, meu filho, você não tem que escolher entre sua mãe e eu. Você pode nos amar sem fazer essa escolha! Nada vai mudar o fato de que você é meu filho.

Rafael o ouvia de braços cruzados.

HERIBERTO – E quando você me odeia, sei que está fazendo o que te ensinei, esta amando e protegendo sua mãe, como o homem honrado que você é, meu filho! - Foi ate o filho e tocou o ombro dele. – Você é um homem e me orgulho disso.

RAFAEL - Por ser tão homem é que quero que mude ou eu mesmo vou levar a minha mãe dessa casa você querendo ou não, não vou deixar que minha mãe sofra ou chore, não mais estou cansado de vocês assim! Mude que ela vai mudar também.

HERIBERTO – Sua mãe não precisa que você decida por ela, acredite, Rafael, a anos eu tento fazer isso, sua mãe é dona de si mesma, ela ira onde quiser e quando quiser, eu sei que não estamos bem e queremos resolver isso, mas eu e ela, vamos resolver... Já passamos por coisas piores.

RAFAEL – Mamãe pode ser considerada incapaz de seus atos, eu sou advogado e sei disso! Como filho e homem estou te dizendo não gosto do que vejo. Vivi é dependente de você, e coloca num pedestal e isso não é certo diz que ama os filhos igual demonstre!

HERIBERTO – Considere sua mãe incapaz, Rafael e se prepare para o inferno na terra. - Ele riu do filho e sua ira. – Você não se sente amado? - Rafa cruzou os braços. - Você acha que prefiro sua irmã? Por deus é sua irmã assim com Victoria e você comigo.

RAFAEL – Sempre preferiu!

HERIBERTO – O que nós fizemos? Meu filho... Eu não tenho preferência de nada, amo os dois, mas vocês são diferentes! Sua irmã quer estar comigo e você, cada vez que tento me aproximar... Olha isso, olha agora, estou aqui porque queria conversar com meu filho e com quem estou falando? Com o advogado Sandoval Rios Bernal.

RAFAEL – Não deboche!

HERIBERTO – Não estou debochando. Vou ficar com sua mãe, quando meu filho voltar do espaço onde se escondeu eu volto a conversar. - Heriberto se preparou para sair.

Rafael suspirou sua raiva era maior e ele falou.

RAFAEL – O filho volta qual o pai, o homem que eu tenho aqui nas minhas memórias também volta, antes disso não! Sabe aquele orgulho de você ter seus pais juntos e poder exibir pras pessoas que sim depois de vinte e cinco anos eles ainda conseguem ser feliz? – Heriberto o olhou. – Eu não tenho mais, não defendo ela porque ela esta te aceitando assim, mas tudo tem um limite e o meu já deu.

Heriberto suspirou eram verdades duras de mais pra ele ouvir, Rafa suspirou cansado e saiu da visão do pai ele não iria entender mesmo que ficasse ali gritando por horas, Heriberto só ouvia o que queria nos últimos tempos.

Heriberto caminhou para o quarto e entrou em silencio, ela dormia, mas não tinha o sono tranquilo seu rosto demonstrava isso. Heriberto leu seus papeis por algum tempo, mas percebia que Vick estava inquieta, deixou os papeis no sofá e foi ate a cama e deitou-se com ela.

Quem é casado sente falta do outro na cama, um hábito de anos, lentamente ele se fez perceber ali com ela e ela automaticamente abraçou o corpo dele repousando o braço com tala em cima dele e suspirou. Ele adormeceu não iria a lugar algum sem ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e Eu, Eu e Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.