Você e Eu, Eu e Você escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 61
Capítulo 61 - "Grutinha"




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707854/chapter/61

NO QUARTO DE BETH...

Vitória estava sentada na cama diante de Beth. Os olhos tristes da mãe de Heriberto era um de dar dó nela. Não gostava de ser desagradável com ela, mas as duas se excediam nos cuidados com seu marido impedindo até que ela fosse a esposa.

Mas no fundo sabia que era amor muito amor o que ela sentia e por isso não estava triste de se sentar ali para se desculpar. Beth estava de pé escorada na mesa, não falou não tinha nada que falar apenas a olhava.

VICTÓRIA – Beth, eu me desculpo pelo modo grosseiro como falei com você e vou me desculpar com mamãe. Eu sei que poderia ter sido de outras forma e seu que me excedi, mas eu quero que você também me entenda. Como se sentiria se eu e seu filho entrássemos num momento de amor seu e de Luciano? Me diga você! Eu sou a esposa de Heriberto e você é a mãe... a mãe... não é justo com ele quando brigamos porque fica sem saber como se portar... quem defender. Beth, você sempre foi uma mulher sensata, coloque-se no meu lugar.

BETH – Eu posso ser a cachaceira que for, tudo de ruim que vem mostrando a vocês no último ano, mas uma coisa eu nunca fiz com você, Victória. Eu nunca te tratei mal dentro da minha casa! Eu nunca excedi a voz pra, você nunca. Tudo bem, entendo teu lado entramos e estragamos seu momento de amor e por isso me desculpo. Por isso! E não se preocupe eu vou embora hoje mesmo!

VICTÓRIA – Não eu não quero que vá embora!  –se aproximando dela e olhando com carinho. – Quero fazer um jantar e quero todo mundo junto. Vamos aproveitar que você está aqui, minha mãe e podem comer com os meus filhos! Os meninos sentem falta de vocês e eu e Heriberto também. Então, eu quero que você me demonstre que aceitou minhas desculpas ficando conosco mais alguns dias! Passando uma noite agradável comigo e com meus filhos!Por favor ,Beth, não somos inimigas, queremos a mesma coisa... que Heriberto fique bem!

BETH – Luciano está aí é mais querido nessa casa que eu, não fará falta nenhuma!

O rosto de Vitória se acendeu de alegria.

BETH – Meus netos já desfrutaram da minha presença use a dele agora, Victória!

VICTÓRIA – Ele chegou? Meu sogro já está aí?– sorriu do ciúme da sogra. – Nada disso de mais querido ou menos querido, meus filhos amam vocês dois igual! – segurou a mão da sogra com carinho. – Vamos, vai ser divertido. Além do mais seu filho ainda precisa de você! – revirou os olhos sorrindo.– Foi você que deixou ele dengoso desse jeito. Agora tem que me ajudar com esse homem que só sabe reclamar que as costas estão doendo!

BETH – Você dá conta, Victória, muito, eu já tive provas disso nesses dias! – estava disposta a não aceitar a proposta, estava zangada e ainda tinha Luciano.

VICTÓRIA – Porque não me ajuda para surpresa que quero fazer para sua amiga? Eu não sabia que vocês todos estariam aqui hoje. Já tinha pedido meu sogro para vir e meu sogro queria comemorar o fato de ser inocente no processo. Aí eu pensei em convidar o Fernando que é o melhor amigo dele. Já que Luciano está aqui e você também, eu convido Fernando e mamãe também está aqui e podemos todos ser felizes no jantar!

Vitória estava morrendo de vontade de rir da pirraça da sogra, mas se conteve.

VICTÓRIA – O que me diz me ajudar a fazer essa surpresa para mamãe?

BETH – Tua mãe vai te matar, só isso que te digo!

VICTÓRIA – Você pode dizer que fui eu. Coloque a culpa em mim mas não aceito que eles fiquem nessa novela.

BETH – Sabe aquela surra que você na tomou de manhã? Você vai tomar agora a noite, mas eu vou dispensar esse jantar. Eu amo demais Luciano para estar no mesmo ambiente que ele assim. – falou verdadeira sem se importar com aquela declaração.

VICTÓRIA – Minha sogra, mas é a noite perfeita para vocês ficarem juntos. Ele está tão feliz porque há um mês ele já foi inocentado e tudo que ele mais quer é comemorar. – olhou dentro dos olhos de Beth. – Quer comemorar com filho, comigo, com os netos e até com a minha mãe que ele adora! – apertou as mãos dela. – Mas o que ele quer mesmo é comemorar com você! Você sabia que meu sogro não sai com ninguém nem para jantar, nem para almoçar a uns cinco meses?

Beth gargalhou lembrando do que ele havia falado.

VICTÓRIA – O que foi? – perguntou sem entender.

BETH – Não sobe porque não consegue subir porque se conseguisse teria comido meio mundo!

VICTÓRIA – E por que não consegue subir, minha sogra? Por que?– falou sorrindo. – Porque ele quer  um certo alguém e você sabia que tem uma mulher perfeita que ama meu sogro e que saia um ano e bebe como louca é só para esquecer ele?– provocou, todos sabiam a verdade, só dois se amavam. Estava falando dela mesma.

BETH – Victória, não venha me bajular estou chateada e preciso de um tempo! – se soltou fazendo drama.

VICTÓRIA – Não estou bajulando. – riu. – Eu nem preciso! Se você for embora, Heriberto e meu sogro ficam só para mim... Os dois! – virou de costas como se fosse sair. – Vou ter atenção total! – jogou com o ciúme dela. Quando nenhuma coisa mais funcionava era só falar do filho ou do marido que ela mudava.

Beth a olhou de cima a baixo.

BETH – Isso é um desafio, Victória? – colocou as duas mãos na cintura.

Victória virou a cabeça para o lado e a olhou.

VICTÓRIA – É um desafio porque eu duvido que você consiga tirar a atenção do meu sogro de mim esta noite, Heriberto nem falo, mas você quer ir embora.

BETH – Pode apostar que sim, Victória querida, aqui você não é rainha!

VICTÓRIA – Agora eu vou descer e dá um beijo no meu sogro e você vai ficar trancada aqui? Ou vai descer comigo tomar um drinque? Porque mamãe com certeza já está alcoolizada.

Suspirou rindo da mãe.

BETH – Pode ir, Victória, eu estou bem aqui fazendo parte dos móveis.

VICTÓRIA – Então, está bom, você que sabe, se quiser descer será bem-vinda conosco! Agora eu vou lá apertar e abraçar aquele um homem maravilhoso que provavelmente deve estar andando pela casa sem camisa por sua causa! – piscou para sogra e saiu.

BETH – Você é um demônio, Sandoval!– gritou quando ela saiu.

Victória desceu as escadas e sorriu. Beth deitou na cama e ali ficou ainda tinha um pouco de dor de cabeça e estava um pouco enjoada das cachaça da noite.

VICTÓRIA – Papai... – abraçou Luciano que retribuiu a gentileza abraçando ela com força e saudando. Ficaram abraçados e depois ela se soltou e deu um selinho no marido. – Onde estão nossos filhos?

HERIBERTO – Victória onde está minha mãe você viu?

VICTÓRIA – Minha sogra está no quarto.

HERIBERTO – Nossos filhos estão na piscina com minha sogra!

HERIBERTO – Mamãe está bem, Vick?

VITÓRIA – Sua mãe está bem e Heriberto, já pedi desculpa e ela vai ficar para jantar. Eu pedi que fique mais uns dias.

O rosto de Luciano se acendeu na hora

LUCIANO – Rosinha não vai embora.

HERIBERTO – E ela aceitou assim sem drama?

VICTÓRIA – Não, fez um drama, umas coisas, aquelas coisas que sua mãe faz, mas eu conheço um coração dela e sei como resolver. Está resolvido sei que ela não vai embora.  – piscou para o marido e mais uma vez de um beijinho nele. – Vou ver nossos filhos!

HERIBERTO – Eu vou tomar os meus remédios e os chame para almoçar, Victória!

Victória caminhou em direção à piscina depois de responder positivamente ao marido.

O almoço tinha de tudo. Heriberto reclamando de dor todo tempo, os filhos alegres falando mais do que nunca, Teresa já alta da bebida, Luciano sem camisa e de bermuda sempre sorrindo para Beth e ela fazendo charme e sendo gentil quando queria.

Por mais que tivesse sido tumultuado, Victória ficou feliz de ter a família reunida ali. Era complicado juntar todos, mas naquele dia foi muito bom.

VICTÓRIA – Mamãe, quando alguma coisa não vi você comer nada!

Teresa olhou para Luciano sorrindo.

TEREZA – Veja bem, Luciano, agora pensa que manda em mim.– olhou para Beth e viu que não estava falando nada. –  Você está malhando, Luciano?

Beth levantou a sobrancelha e parou de comer no mesmo momento. Olhou os dois e pegou o suco para tomar.

LUCIANO – Estou eu precisei de exercício extra!– sorriu era sempre muito gentil.

VICTÓRIA – Você está muito bem, meu sogro!

VIVI – Tá mesmo vovô tá lindão

RAFAEL – Vovô tá catando novinha!

VIVI – Meu vô é é gato!– mandou beijo para ele sorrindo.

LUCIANO – Meu filho, seu avô não tá catando nada não! – falou de modo educado.

Beth revirou os olhos era uma provocação sem limites.

TEREZA – Duvido, Luciano, que você não esteja pegando alguém por aí! –  Tereza falou provocando de novo.

BETH – A pipa do vovô não sobe mais.  –  Beth cantarolou.

VICTÓRIA – Tenho certeza que sobe não é, meu sogro. Um homem bonito, educado,  perfumado quem não quer? Só não é mais bonito que o meu. –  beijou Heriberto na boca.

Beth olhou Victória e sorriu.

BETH – Meu amor é tudo a mesma fábrica!

VICTÓRIA – Sim, mas esse tem um pedaço teu, né Beth! Por isso que, ele, Heriberto ficou mais bonito! Tem você nele também, né, amor?

HERIBERTO – Eu sou todo mamãe porque papai é feio, não sei o que vocês viram nele.– abraçou e beijou a mãe que estava ao seu lado.

TEREZA – Linda é você minha filha que eu fiz sorrindo... – falou Tereza fazendo os netos gargalharem.

VICTÓRIA – Mamãe, por favor. – Victória ficou vermelha.

RAFAEL – Vovó esse suco é de vodka?– Rafael implicou com Tereza.

TEREZA – É, meu amor, de vodka com tequila!– levantou o copo e falou alto. – Um brinde aos homens musculosos e cheirosos e gostosos que há nesse mundo!

BETH – Tereza sabe quem vem para o jantar hoje que você vai amar saber? – se era para implicar ela também iria pegar no pé dela.

TEREZA  – Quem, Beth? Não cabe mais ninguém aqui!

BETH – Não é Afonso ou Otávio?

TEREZA – Que pena que não é Afonso!

BETH – Mais é Fernando minha amiga! – esperou a reação dela.

Teresa olhou para Vitória na mesma hora para o rosto pegando fogo.

TEREZA – O que aquele imbecil vem fazer aqui? Vem jantar, Victória? Você vai me afrontar com aquele homem aqui?

BETH – Tetê, olha os modos!– Beth riu.

Tereza se levantou da mesa e bateu o copo quase quebrando e falou séria.

TEREZA – Se aquele safado entrar por aquela porta eu saio pela outra!  Que não sou arroz de segunda para ficar esperando por ele! – estava fora de si.

Beth levantou e a olhou.

BETH – Tetê, senta e se controla. –

TEREZA – Desgraçado, salafrário!

Todos olharam as duas.

TEREZA – Pau mole!– parou de falar e suspirou nervosa.

BETH – Tereza Sandoval, você não estava aqui me atormentando o juízo e é só falar do teu boy, que pira, minha amiga vamos tomar seu remedinho!

Tereza se sentou novamente.

LUCIANO – Você quer mais um drinque, Teresa? – Luciano perguntou depois daquele show.

TEREZA – Quero sim, Luciano porque eu vou beber até amanhã!

BETH – Ela não vai tomar mais gran... Luciano, só no jantar agora! – Beth entrou no meio ia cuidar da amiga sem deixar de zombar.

LUCIANO – E você, Rosinha quer?

BETH – Elizabeth para você! – Odiava o nome todo, mas disse naquela hora.

LUCIANO – Tudo bem, Dona Elisabete Rios, porque Bernal você não é mais! – falou calmo.

RAFA – Vocês parecem meus pais, se catam e depois brigam, meu Deus, eu não aguento mais.v Rafa zombou.

VIVI – Se não é amor é droga, Rafa! Não esquece a nossa frase.

RAFAEL –  Vivi que tal dar suco pra todo mundo hoje?

VIVI – Podemos dar suco para todo mundo!

Victória e se lembrando do episódio do suco foi logo dizendo...

VICTÓRIA – Nem penso em chegar perto da cozinha, Virgínia e a senhorita vai ficar longe também! Não quero ninguém envenenado nem com a minha péssima comida, nem com seus sucos malucos!

Rafa sorriu em cumplicidade para a irmã tramando para mais tarde.

RAFAEL – A senhora vai cozinhar, mãe?– Rafa falou espantado.

VICTÓRIA – Não, meu filho, eu contratei um Chefe de cozinha!

RAFAEL – Graças a Deus!

VICTÓRIA – Não quero saber de matar ninguém! Uma vez até a sua papinha eu queimei, meu filho.

Todos a mesa gargalharam.

HERIBERTO – Isso porque já vinha pronto!– Heriberto completou olhando ela.

VICTÓRIA – Só fui esquentar, meu filho e queimei. –  deu a mão a Heriberto.– Melhor ser um Chefe de cozinha no meu lugar!

HERIBERTO – Meu amor, mais você sabe fazer o básico, eu lembro quando cozinhou uma vez para mim e disse que sua mãe tinha lhe ensinado. – sorriu para Tereza.

VITÓRIA  – Sim, meu amor, faço algumas coisas ainda, mas depois de tanto tempo! Minha mãe cozinha como ninguém, não é, amor?

Teresa se abriu como um pavão.

TEREZA – Eu ensinei mas vi que nunca levou jeito para cozinha!

BETH – Graças a ela não morri de fome esse um ano .– Beth completou.– Do fogão a cama eu prefiro cama! – olhou Luciano provocando.

LUCIANO – Eu prefiro fogão! Sempre gostei de cozinhar. E meu filho também se arriscava, mas depois parou agora só sabe fazer churrasco. Mas eu adoro uma cozinha! – falava de modo sensual olhando para ela lembrando das vezes em que tinham se amado na cozinha da casa. Ele amava fazer sexo com comida passando pelo corpo.Então, era disso que falava não de propriamente a comida.Beth se arrepiou o olhando.

RAFAEL – Eu já vi que o papo ficou sinistro e eu vou sair. Vamos Vivi, temos assuntos a tratar. –falou Rafael levantando e beijando a mãe. –  Te amo, mãe.

TEREZA – Não vão, meus netos fiquem!– Tereza falou já bem bêbada. Fiquem aqui, por favor!

Rafael passou por Heriberto e só tocou em seu ombro.

RAFAEL – Beijo, vó, até de noite!

TEREZA – Até meu, filho, vovó te ama!

Eles saíram deixando os cinco a mesa.

BETH – Vamos, Tetê, para você descansar eu te ajudo!– Beth levantou e beijou o filho.

TEREZA – Vão acabar comigo trazendo esse homem! – se levantou com amiga.– Vem para o meu quarto comigo para eu conversar.

Beth a pegou pelo braço e foram caminhando.

BETH – Ele tem mesmo pau mole?– zombou dela quando já subiam as escadas rindo alto.

TEREZA – Tem!– respondeu sofrida.

BETH – Tereza o que se fez com esse homem para ele ficar assim. O desgraçado do pai de Vitória me comia dez vezes se eu pedisse. –   suspirou triste.– Esse desgraçado! Esse Fernando só aguenta duas e olhe lá! Você quer saber a verdade Beth?

Entravam no quarto quando ela começou a falar.

BETH – Manda bala que eu quero até filmar! – zombou dela.

Se sentou na cama para sua mão nos cabelos botou a mão no peito como se sofresse uma dura ali sentando na cama.

TEREZA – Eu passava dias sem ele, semanas sem ser tocada como mulher. Me dava presentes levar para viajar e nada. Nada vezes nada vezes, nada! Você viu o jeito Luciano te olha!

BETH – Tetê um homem daquele tamanho não dava conta de você? Deixa Luciano para lá peste. Falou séria com ela. Eu te come ali naquela mesa depois te come no banheiro, te come na piscina, te come até no chão!

BETH – Tereza que modos são esses?

TEREZA – Mas o meu terminava feliz, uma e dormia! Dormia, Beth, satisfeito, feliz com se o mundo tivesse perfeito.

BETH – Mulher, tu gosta de pelo menos cinco, né, aí dorme exausta. Ou uma bem boa como o traste lá te pegava! Tetê posso te perguntar uma coisa? Não fica chateada comigo?

TEREZA – Sim, amiga, pergunte!

BETH – Você ainda sente saudades do traste lá?– era uma pergunta simples mais que não sabia o impacto que teria em Tereza.

Tereza ficou de pé. Foi como se a bebedeira inteira passasse, não era só uma resposta, era muito mais que isso.

TEREZA – Eu o amava, Beth, mais que tudo, só não mais que a minha filha! Você sabe que ele não bebe mais?– olhou para a amiga.

BETH – Eu fiquei sabendo.

TEREZA – Há anos!

BETH – Tem bastante tempo isso, né?

TEREZA –Desde que ficou viúvo. Ele parou de beber depois que o acidente de carro quase o matou e  deixou a esposa dele por muito tempo sem andar.

BETH – Você segue em contato com ele, Tereza?

TEREZA – Eu o acompanho, mas não como você está pensando! Eu tenho um segurança que me dá informações. Você sabe muito bem que enquanto fui casada com Fernando, eu tinha que andar de guarda-costas. São todos meus amigos e  às vezes peço notícias dele. É o pai de minha filha, quero saber se ainda está vivo. Eu nunca encontrei um homem como ele para mim como mulher, Beth, nunca! Mas depois de tudo que houve...

BETH – Você só sente saudades aí embaixo...– segurou a risada queria tirar a tensão do momento.

TEREZA – Sinto saudades no corpo todo. E Victória, essa boa filha, que eu criei vai trazer esse pau mole para tentar a minha noite. Eu implorava para usar viagra. Ele nunca usou, Beth.– se sentou de novo na cama ao lado da amiga. – Nunca! Poderia ter salvado nosso casamento.

BETH – Eu vou pedir para que ela cancele, está bem assim? Vamos achar um que dê conta aí do babado.– riu segurando as mãos da amiga.

TEREZA – Ela não vai cancelar já deve ter convidado eu vou ter que dormir com esse homem na minha cama. Ele é bonito, educado e perfumado. Beth, não é pequeno. Ele não sabe usar e eu não consegui fazer ele entender isso! Ah, mas chega de falar de mim!

Beth gargalhou com aquelas declarações da amiga.

BETH – Amiga do céu, você dormiria com ele mesmo sendo mole?

TEREZA – Uma ele dá! Uma!  – faz o gesto com a mão.– O resto da noite tenho que me satisfazer sozinha!

BETH – E pra você insaciável uma é pouca!

TEREZA – Vou te fazer uma pergunta só. Me diga se Luciano te comia só uma vez à noite? Ou de manhã? Pode tratar de me responder a verdade!

Beth suspirou.

BETH – Os dias que ele passava em casa era toda hora, só parávamos para comer e beber algo, meu homem sempre estava de pé!– sorriu lembrando. – Café, almoço e janta!

TEREZA – Tá vendo e esse homem tá lá embaixo que você tá aqui conversando comigo sobre o fracasso que era meu pau mole! – Teresa soltou uma gargalhada.– Vai lá, amiga e conversar um pouco com ele só vocês dois sozinhos! Dá uma chance de lhe falar!

BETH – Já falamos, ele disse que a noite eu vou dormir com ele. Sonhador ele! – levantou da cama.

TEREZA – O que? Puta merda! – deu um grito. – Isso que é homem!  Você está depilada?

Beth gargalhou.

TEREZA – Está com calcinhas sexy na bolsa? Precisa de algo?

BETH – Tereza, posso te contar um segredo?

TEREZA – Sim, pode!

Beth sorriu maldosa.

BETH – Ele gosta com pelos! – sorriu mais e foi para a porta para sair.

TEREZA – Elizabeth Rios Bernal! Volte aqui!– gritou.

Beth gargalhou e saiu do quarto sento abordada e grudada na parede levando um susto.

BETH – Luciano!

Luciano pressionou e roçando nela beijou seu pescoço.

LUCIANO – Vem agora me mostrar como prefere a cama, Rosinha! Ficou me provocando lá em baixo! – ergueu ela e beijou na boca, queria um beijo de arrancar os lábios. Com a saudade de um ano ele invadiu a boca dela buscando consolo que tanto queria.

BETH – Eu não te provoquei, grandão!

LUCIANO –Provocou, sim, Rosinha!– segurou o seio dela massageou sobre a roupa.

BETH – Cala boca e me beija antes que eu desista!

Ele sorriu e a ergue por completo saindo com ela do corredor e entrando no quarto. Quando empurrou a porta Luciano virou com Beth e a empurrou contra a porta já arrancando sua blusa e devorando seus lábios.

BETH – Isso não é beijo, Luciano.

As mãos dele não deram tempo de raciocinar e quando ela percebeu já estava com o seio na boca dele.  Enfiou uma das mãos por baixo da saia e buscou entre as pernas dela sorrindo vitorioso.

LUCIANO – Me quer! – ele sorriu.

BETH – Me solta agora!

Ele a soltou sorrindo mais ainda com a certeza de que a mulher o desejava e  se afastou limpando os lábios. Colocou as mãos apoiadas na porta e ficou olhando para ela respirando fundo. Ela pegou a blusa se arrumando.

BETH – Abusado, eu disse um beijo. Fominha! – ofegava enquanto dizia.

LUCIANO – Hoje a noite essa gruta vai ser minha! –  apontou para entre as pernas dela. – avançou segurando o rosto dela com as duas mãos e a beijou novamente, mas desta vez mordiscou o lábio dela.

Beth se afastou depois de se entregar por alguns segundos e saiu do quarto rapidamente. Foi direto para o quarto e tomou banho e logo deitou na cama de roupão e ficou ali escondida de tudo e de todos.

O JANTAR...

Jantaram sorrindo e de modo muito familiar. Fernando cancelou e não foi assim que soube que Teresa estava lá. Heriberto e Vitória seguiam felizes conversando amenidades. Os filhos ficaram conversando com os avós dando atenção até o momento em que passava um programa na TV os dois subiram correndo para ver depois de beber muito, Teresa frustrada foi se deitar despedindo-se de todos.

Victória e Heriberto era um só afeto um com o outro e depois de trocar alguns beijinhos os dois decidiram subir também. E lá estava Luciano e Beth sozinhos diante da conversa que não tinham tido.

LUCIANO – Você achou que eu era culpado? Só me responde de verdade isso! Você nunca acreditou na minha inocência?

BETH – Sim eu acredite. Mesmo tendo um lado meu que gritava que você era inocente. – Se levantou do sofá.– E esse assunto já me cansou Luciano não quero mais falar disso!

LUCIANO – Pois esse assunto não me canso, Beth, por que foi por causa dele que eu perdi você!

BETH – Não quero ouvir mais eu disse pra você olhar quem colocava dentro da minha empresa então você é culpado sim!

LUCIANO – Por Deus, eu não quero mais ouvir você me acusar! – bateu o copo na mesinha da sala e se levantou para ir embora.

BETH – Ótimo porque eu não quero mais conversar sobre isso. Boa noite!– subiu para o quarto e se fechou lá.

LUCIANO – Boa noite! – Luciano bufava. – Doía tanto nele que ela nunca tivesse acreditado na inocência dele e nem ficado com ele e apoiado como fizeram a vida toda. Tinha que entender porque ela não confiar nele nesse assunto. Dentro do seu quarto, ele se despiu e colocou um roupão.

Trocou de roupa a noite estava abafada abriu a porta da varanda e deixou o vento em seu quarto deitou apagando as luzes e deixando o final lençol a cobrir somente a cintura deixando as pernas a mostra. Tentou dormir.

Era quase uma da manhã e ele não conseguia dormir. O quarto era ao lado do dela. Foi na sacada e viu sacada dela, será que já estava dormindo? Beth dormia tranquilamente em seu quarto. Luciano apenas precisou esticar as pernas estava lá dentro do quarto dela.

O rosto lindo e adormecido que ela tinha o enfeitiçou. Ela conseguiu ser mais bonita agora que se dizia não do que jamais fora. Luciano foi até a cama e a primeira coisa que fez vou deslizar o lençol tirando completamente do corpo dela. Depois deslizou sua mão nas pernas dela com carinho, abaixou e beijou colo dela. Um beijo molhado e foi descendo...cheirou os cabelos dela e deixou que suas mãos passeassem por aquele corpo tão delicioso, tão especial.

Ela despertou assustada.

BETH – Esta louco?

LUCIANO – Sim, meu amor, louco por você! Ela beijou colocando o corpo dela sobre o seu.

BETH – Você está merecendo uma surra por não entender o que é não!

Ele segurou as coxas de arranhando já movendo-se embaixo dela e se roçando.

LUCIANO – Você pode me bater, Rosinha, pode me bater com força! Bate em mim com ela! Bate! – quando disse isso, ele passou a mão na genital protegida pela calcinha e pela camisola.

Beth deu um tapa na cara dele . Luciano a segurou firme nos braços.

BETH – Isso é por ter comido aquela piranha depois de tudo que eu te dei!

Ele a puxou para ele num beijo.

LUCIANO – Não comi ninguém!

Ela foi pra dar outro tapa nele, mas ele a beijou e virou-se sobre ela num movimento. Mergulhou nos seios cobertos ainda pela camisola que ele rasgou em seguida exibindo o objeto do seu desejo, que ele abocanhou sem pena e sugou com gozo! Ela arfou brava.

As mãos fortes desceram para quadril e seguraram com força rasgando a calcinha e deixando Betty completamente suscetível a ele. Seu roupão foi aberto rapidamente e ele já exibiu um ereção gigante.

BETH – Vai abusar de mim, Luciano?

Ele a olhou e deu uma gargalhada.

LUCIANO – Beth, por Deus... você não me quer? Não me deseja? – olhou nos olhos dela cheio de tesão. – Não me ama mais? – acariciou o rosto dela.– Eu nunca, nunca abusaria de você!

BETH – E se eu disser que não amo mais?

Ele se afastou um pouco.

LUCIANO – Se me disser isso, acabou! Nunca mais toco em você.

BETH – Por que me traiu com aquela mulher se me ama tanto assim? Você acha que te deixaria por um rombo na minha empresa? Eu te deixei porque eu te vi na cama daquela mulher, Luciano e você sabe que eu perdoo tudo, menos traição e dois meses depois eu achei que foi armação, mas não, você estava agarrado a ela no teu escritório! – despejou nele a verdade que a fazia se corroer de ódio dele.

Odiava aquela história.

LUCIANO – De que me adianta contar se você não acredita em mim? Já disse mil vezes que não te traí com aquela mulher! Eu já disse que acordei estava naquela cama com ela e não me lembrava de nada. Eu fui drogado para ser roubado dos documentos que me colocaria na cadeia depois! Aquela maldita mulher trabalhava para Antônio! Eu nunca traí você e quando me viu com ela agarrada em mim foi o dia em que foi debochar da minha cara e tentou me dar um beijo que eu não quis. Mas, você não acredita em mim não importa o que eu falo você não acredita em mim! – falou aborrecido com ela.– Eu nunca quis outra mulher, você sempre me deu tudo! Tudo, Beth! Só não me deu sua confiança!–  ficou de pé fechando o roupão e caminhando para a porta.

BETH – Eu te dei sim minha confiança por anos!– se cobriu.

LUCIANO – Eu te amo...–falou num fio de voz.  –  E você não acredita que não te trai!

BETH – Eu também te amo!

LUCIANO – Ela nem fazia meu tipo! Me ama? – ele se virou para ela.

BETH – Te amo a mais de quarenta anos e você não percebe isso.

LUCIANO – Não se abandona a quem se ama, Elizabeth!  Eu sou louco por você. Eu sempre te amei. Não houve outra para mim desde que me casei!

BETH – Tudo estava contra você. Tudo!

LUCIANO – Desde que te tornei minha mulher...  Sim, tudo estava contra mim, até você! Eu podia suportar tudo contra mim. O  que eu não suportei foi você não estar do meu lado! – se aproximou de novo da cama.

BETH – Eu vi você naquele cama, será que não me entende?– falou em desespero.

O rosto dele estava avermelhado.

LUCIANO – Por que não me ouviu? Me bateu na cara, arrumou as malas e se foi!

BETH – Eu estava com meu orgulho e meu ego feridos!

LUCIANO – Não me recebeu, não me ouviu!

BETH – Se fosse eu na cama de outro iria me ouvir? Não diga que sim porque é mentira!

LUCIANO – Eu nem conseguia ir lá no seu apartamento! Se fosse você, eu o mataria! Porque você é minha!

BETH – E você era meu!

LUCIANO – Como eu quis matar naquele jantar, naquele maldito jantar. Eu não era seu, Rosinha!– gritou. – Eu sou seu!

BETH – Não o vai acordar todo mundo! – se aproximou dele tocando seu rosto.

LUCIANO – Eu te amo, não sei viver sem você! – tocou o rosto dela e se aproximou, testa na testa.

BETH – Então me faça sentir que me ama!

Luciano a beijou na boca os lábios molhados se tocando com carinho e bem lentamente. As mãos puxaram Beth para sentar se em seu colo. Beth o enlaçou com os braços desfrutando dos beijos. Luciano enquanto a beijava as mãos desceram aos quadril ajudando o corpo dela a roçar no seu.

Ele a queria e sabia que ela queria também. Quando aos beijos e gemidos, ele invadiu o corpo dela... movendo... gemendo sendo feliz, tomando com força aquela mulher que o pertencia, nada mais foi dito. Era só as palavras de seus corpos dizendo "eu te amo" e os gemidos e sussurros desejando muito mais.

Beth o amou olhando todo tempo dentro de seus olhos para ter certeza que aquele homem era e sempre foi dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e Eu, Eu e Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.